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auditoria e controle

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Prévia do material em texto

2016
AuditoriA e Controle no 
Setor PúbliCo
Profa. Isabella Maria Nunes Ferreirinha
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Profa. Isabella Maria Nunes Ferreirinha
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
657.83045
F383a Ferreirinha, Isabella Maria Nunes
 Auditoria e controle no setor público/ Isabella Maria Nunes 
Ferreirinha. Indaial : UNIASSELVI, 2016.
 
 226 p. : il.
 ISBN 978-85-7830-947-3
 
 1. Auditoria – Empresas Públicas. 
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
Impresso por:
III
APreSentAção
Acadêmico(a)!
Esse Caderno de Estudos irá apresentar a você o universo de 
Auditoria e Controle no Setor Público. O estudo é muito importante porque 
se refere às ferramentas de controle e avaliação dos recursos públicos.
Cada vez mais a Administração Pública busca mecanismos para que 
o processo dos gastos públicos esteja alinhavado com as políticas públicas, 
em comum com interesses da coletividade, e, principalmente para que seus 
recursos sejam otimizados e muito bem aplicados. Para tanto, é preciso que 
o sistema seja muito bem ajustado e que a Administração Pública possa 
encontrar servidores e profissionais preparados aos serviços de auditoria, 
controle e controladoria.
O processo de transparência tem uma história contemporânea 
para a Administração Pública e as leis que limitam as suas ações também 
são recentes, para que a gestão possa desempenhar seu papel diante dos 
princípios constitucionais e éticos.
Na Unidade 1, vamos estudar os conceitos fundamentais da Auditoria, 
Controle e Controladoria no Setor Público, para que você possa obter uma 
base teórica e sustentável no momento em que estiver no campo prático que 
poderá ser um dos seus campos de trabalho. Todavia, mesmo que não seja 
o seu campo de atuação, ainda assim, o conhecimento das ferramentas de 
auditoria, controle e controladoria poderão subsidiar quaisquer das práticas 
profissionais da gestão pública.
A Unidade 2 abordará a aplicabilidade desses conceitos ao exercício 
prático do campo da auditoria e controle. O perfil do profissional, os 
campos de atuação, os processos, o planejamento de auditoria e controle 
e, principalmente, a complexidade de acompanhar a gestão financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial.
Na Unidade 3, você perceberá mais da prática desse nicho profissional, 
com exemplos práticos, a fim de dar uma oportunidade para você perceber a 
base conceitual estudada com alguns exemplos práticos no Brasil.
Dessa maneira, você poderá consolidar o seu conhecimento e adquirir 
habilidades, tal como o princípio norteador da UNIASSELVI: “Não basta 
saber, é preciso saber fazer”.
Bons estudos! Sucesso!
Profa. Isabella Maria Nunes Ferreirinha
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO .......... 1
TÓPICO 1 – AUDITORIA ...................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO MUNDO ................................................................. 5
3 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO BRASIL.................................................................... 7
4 CONCEITO E NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA .................................................. 9
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA ........................................................................................................... 12
6 ATITUDES NA AUDITORIA ............................................................................................................. 17
7 CLASSIFICAÇÃO DE AUDITORIA ................................................................................................ 17
8 TIPOS DE AUDITORIA ...................................................................................................................... 18
9 TIPOS DE AUDITORES ...................................................................................................................... 24
10 AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO .............................................................................................. 24
10.1 CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................................................... 26
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 28
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 29
TÓPICO 2 – CONTROLE ....................................................................................................................... 31
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 31
2 BREVE HISTÓRIA DE CONTROLE INTERNO NO BRASIL .................................................... 31
2.1 CONTROLE ...................................................................................................................................... 33
2.1.1 Controle interno ...................................................................................................................... 34
2.1.2 Características do controle interno ....................................................................................... 36
2.1.3 Controle interno na administração pública ........................................................................ 37
2.1.4 Princípios do controle interno .............................................................................................. 39
3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SUBJACENTES AOS COMPONENTES DE CONTROLE .......41
4 REGISTRO NO CONTROLE INTERNO ......................................................................................... 43
4.1 CONTROLE EXTERNO .................................................................................................................. 45
4.2 CONTROLE SOCIAL ...................................................................................................................... 47
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................49
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 50
TÓPICO 3 – CONTROLADORIA ........................................................................................................ 51
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 51
2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A CONTROLADORIA .................................................................. 54
3 FINALIDADE E ESTRUTURA DA CONTROLADORIA ............................................................ 55
4 PERFIL DO CONTROLLER ................................................................................................................ 57
5 TIPOS DE CONTROLADORIA ........................................................................................................ 59
6 GESTÃO OPERACIONAL ................................................................................................................. 60
7 GESTÃO ECONÔMICA ..................................................................................................................... 62
8 GESTÃO ESTRATÉGICA ................................................................................................................... 62
9 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTROLADORIA ........................................................ 63
10 CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO .................................................................................... 64
11 CONSELHO NACIONAL DE CONTROLE INTERNO – CONACI ........................................ 66
Sumário
VIII
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 69
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 76
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 77
UNIDADE 2 – ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE .................... 79
TÓPICO 1 – SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................ 81
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 81
2 ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA......................................................................... 81
3 AUDITORIA INTERNA E AUDITORIA EXTERNA .................................................................... 83
4 SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO FEDERAL ........................ 87
5 SISTEMA DE CONTROLE INTERNO ............................................................................................ 90
6 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA........................................................................... 92
7 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ............................................................................................. 92
9 EXCESSO DE CONTROLE ................................................................................................................. 95
10 SERPRO – SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS ................................. 98
11 SIAFI – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO GOVERNO 
FEDERAL .............................................................................................................................................. 99
12 SIADS – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS GERAIS ........ 101
13 SIASG – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS......................... 101
14 SIORG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES ORGANIZACIONAIS DO GOVERNO FEDERAL ........102
15 SIOP – SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO ........................... 103
16 SIAPE – SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS – 
SIAPE ..................................................................................................................................................... 104
17 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ........................................................................................ 105
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 107
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 108
TÓPICO 2 – PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO ................................... 111
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 111
3 FORMAS DE CONTROLE INTERNO ............................................................................................. 112
4 PROCEDIMENTOS DE CONTROLE INTERNO E AUDITORIA ............................................. 114
5 TÉCNICAS DE AUDITORIA ............................................................................................................. 114
6 PLANEJAMENTO EM AUDITORIAS GOVERNAMENTAIS ................................................... 117
7 ELEMENTOS DE AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO ............................................................... 118
8 MODELOS DE QUESTIONÁRIOS .................................................................................................. 119
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 131
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 132
TÓPICO 3 – ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A AUDITORIA .......................................... 133
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 133
2 ÓRGÃOS RELACIONADOS COM OS AUDITORES ................................................................. 133
3 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS ................................................................................... 133
4 INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTADORES ............................................................................ 135
5 INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL ......................................................... 136
6 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E CONSELHOS REGIONAIS DE 
CONTABILIDADE ............................................................................................................................... 137
7 DECLARAÇÃO DE LIMA SOBRE PRECEITOS DE AUDITORIA ........................................... 139
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 141
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 146
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 147
IX
UNIDADE 3 – A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO 
 PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS ......................... 149
TÓPICO 1 – INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA GESTÃO DE FROTAS NOS 
MUNICÍPIOS PARANAENSES .................................................................................... 151
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 151
2 CASO 1 – CONTROLE DA FROTA POR FORÇA DE EXIGÊNCIA DO CONTROLE 
EXTERNO ............................................................................................................................................... 151
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................174
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 175
TÓPICO 2 – GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO .................. 177
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 177
2 GESTÃO DE PESSOAS ....................................................................................................................... 177
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 187
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 188
TÓPICO 3 – AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS.................................................. 189
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 189
2 GESTÃO DE PATRIMÔNIO .............................................................................................................. 189
3 GESTÃO DAS RECEITAS .................................................................................................................. 201
4 GESTÃO DE LICITAÇÕES ................................................................................................................ 209
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 213
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 218
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 219
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 221
X
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À AUDITORIA E 
CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• verificar a história da auditoria;
• conceituar auditoria e controle;
• identificar os tipos de auditoria e de auditores;
• compreender os principais valores, competências e serviços;
• analisar a organização de auditoria no setor público;
• reconhecer as principais práticas de auditoria e controle no setor público.
Esta unidade apresenta-se dividida em três tópicos para facilitar a 
compreensão do conteúdo. Ao final de cada tópico, há atividades que servirão 
para revisar, fixar e ajudar a construir seu conhecimento sobre o tema.
TÓPICO 1 – AUDITORIA
TÓPICO 2 – CONTROLE
TÓPICO 3 – CONTROLADORIA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
AUDITORIA
1 INTRODUÇÃO
A auditoria surge como um campo profissional de caráter importante 
para as organizações. É a auditoria que vai auxiliar as organizações, públicas 
e privadas, no controle das contas e processos. Na verdade, a auditoria é vista 
como um campo em que os procedimentos contábeis devem ser verificados, a 
fim de confirmar se as organizações estão tendo os resultados esperados. Assim 
podemos entender, primeiramente, que a auditoria tem suas raízes nas ciências 
contábeis, tal como conceituam Franco e Mafra (2000, p. 26) a auditoria:
A técnica contábil que – através de procedimentos específicos que 
lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, 
inspeções, e na obtenção de informações e confirmação, relacionados 
com o controle do patrimônio de uma entidade – objetiva obter 
elementos de convicção que permitem julgar se os registros contábeis 
foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais e normas 
de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes 
refletem adequadamente a situação econômico-financeira e as demais 
situações neles demonstradas. (FRANCO; MAFRA, 2000, p. 26).
Visto dessa forma podemos entender que a auditoria é uma técnica contábil 
que deve ser apresentada através de registros e documentos para confirmar a 
situação econômico-financeira de uma entidade. Ao fazer longa análise sobre 
auditoria, verificar conceitos em diversos autores de diversos países, Sá (2000, p. 
25) resume auditoria como:
Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame 
dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos 
de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, 
críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da 
riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer 
ou prospectados e diagnosticados.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
4
FIGURA 1 – AUDITORIA
FONTE: Disponível em: <http://william.com.br/blog/wp-content/
uploads/2011/02/auditor.jpg>. Acesso em: 30 out. 2015.
Chaves (2011) apresenta que as especializações da auditoria ultrapassam 
os limites das Ciências Contábeis, isto é, o campo da auditoria tornou-se tão 
extenso que a segmentação se tornou inevitável. Assim, Chaves (2011, p. 16-17) 
apresenta como especializações da auditoria:
• Auditoria Interna – analisa os atos e fatos ocorridos dentro de uma instituição, 
por funcionários dessa mesma instituição denominados auditores internos;
• Auditoria Externa ou Independente – os atos e fatos são verificados por 
profissional liberal ou instituição independentemente daquela, auditada, 
portanto, por estranhos à instituição;
• Auditoria Governamental – analisa os atos e fatos levados a efeito do setor 
público;
• Auditoria Operacional – atua avaliando as metas institucionais relacionadas à 
economicidade, eficiência, eficácia e efetividade;
• Auditoria Fiscal – abrange o exame da legalidade dos fatos patrimoniais em 
face das obrigações tributárias, trabalhistas e sociais (SÁ apud CHAVES, 2011, 
p. 17);
• Auditoria de Sistemas – analisa o ambiente computacional e a segurança de 
informações, testando e avaliando com profundidade todos os controles num 
sistema informatizado, abrangendo suas aplicações e produtos;
• Auditoria Médica – realiza a análise da qualidade da assistência médica 
prestada aos usuários, comparando o atendimento prestado com padrões de 
atendimento e utilização de recursos previamente estabelecidos.
A auditoria pode ser realizada pela própria organização, ou a organização 
poderá terceirizar esse serviço. Tanto uma quanto a outra, apresentam 
vantagens e desvantagens. A auditoria interna tem a vantagem de contar com 
o comprometimento de seus funcionários e de seu próprio conhecimento da 
organização. Em compensação se não há o comprometimento ou se há algum 
desvio de comportamento essa vantagem torna-se uma desvantagem. 
Já a auditoria externa tem a vantagem de despertar para as soluções 
de problemas que os funcionários da organização em algum momento não 
perceberam ou se sentiram incapazes de resolver.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
5
Para compreendermos o mundo da auditoria, vamos apresentar sua 
história, sua evolução, conceitos, práticas, e tudo que a auditoria e controle faz 
para que as organizações sejam mais eficientes e usem seus recursos com maior 
consciência e eficácia.
2 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO MUNDO
A maioria das referências bibliográficas apresenta a história da auditoria 
no mundo e no Brasil, essas histórias tornam-se interdependentes, porque de 
certa forma o que acontece no mundo pode influenciar nas práticas locais e, 
muitas vezes, vice-versa.
Ao estudarmos os livros sobre auditoria, poderemos encontrar diferenças 
em alguns detalhes sobre a evolução da auditoria, um ou outro autor descrevem 
mais detalhes históricos de um país e de outro.
A história se converge no sentido de que a auditoria surgiu em virtude 
do crescimento econômico e em função do desenvolvimento das indústrias, das 
organizações e do próprio mercado financeiro.
Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 16)apresentam algumas passagens 
históricas importantes da evolução histórica da auditoria:
• Iniciou no século XIV, na cidade de Bruges, Bélgica, por iniciativa de 
comerciantes que se reuniam para fazer negócios;
• Na Itália – século XV ou XVI –, supõe-se que a auditoria surgiu como profissão 
no momento em que um especialista deixou de praticar Contabilidade para 
assessorar outros profissionais e mercadores, transformando-se em consultor 
público liberal;
• Pelo interesse do clero e pelos empreendimentos da Europa Moderna ou 
Medieval dirigidas pela Igreja. A primeira dívida organizada (que se tem 
notícia) foi contraída pelo Vaticano, com títulos mobiliários no mercado;
• E pela Revolução Industrial, na Inglaterra, que propiciou que o tema fosse 
discutido e desenhado como demonstra o quadro apresentado pelos autores:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
6
QUADRO 1 - PRIMÓRDIOS DA AUDITORIA
FONTE: Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 17)
Foi com a Revolução Industrial, que as indústrias e as organizações 
passam a adquirir com mais sistematização a auditoria como controle. Para que 
a administração ganhasse mais eficiência no acompanhamento, no controle e 
também nos resultados.
A expansão das atividades com a Revolução Industrial gerou um giro de 
capital maior e isso provocou que as organizações contratassem ou formassem 
funcionários, no caso auditores, que gerassem relatórios para o acompanhamento 
dos resultados econômicos e sobre a integridade das demonstrações contábeis.
Apresentando a sequência de fatos ocorridos no mundo em relação 
à auditoria Magalhães, Lunkes e Müller (2001) apresentam resumidamente as 
seguintes ocorrências:
Expansão de atividades
Auditor Contador Público, Contabilidade Pública (auditoria)
sobre integridade e resultados econômicos dos 
empreendimentos
Gera relatórios
demanda de capital
a) Das origens da auditoria
 • Aparecimento das grandes empresas;
 • Necessidade de credibilidade nos registros contábeis;
 • Tributação de impostos de renda na Inglaterra;
 • Empresas formadas por capitais de muitas pessoas;
 • Grandes companhias inglesas de comércio e navegação.
b) Da evolução
 • Primeiramente, em contas públicas, na Inglaterra (1314);
 • A prática sistematizada ocorreu nos séculos XIX e XX.
c) Da organização da profissão de auditores
 • Surgimento dos guias profissionais:
 - guia profissional de New York – 1786
 - guia comercial inglês – 1786
 • Surgimento das associações de classe:
Na Inglaterra
 - Primeiras Associações de Contadores Ingleses – 1854 a 1867;
 - Sociedade dos Contadores da Inglaterra – 1879 (Institute of Chartered 
Accountants in England and Wales);
TÓPICO 1 | AUDITORIA
7
Nos Estados Unidos:
 - Primeiras Associações de Contadores Americanos – 1874 a 1882;
 - American Accounting Association (AAA) – 1916;
 - American Institute os Certified Public Accountants (AICPA) – 1886;
Na Holanda
 - Instituto Holandês de Contadores Públicos – 1894
Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 17).
Assim, dessa forma bem breve, entendemos que o desenvolvimento 
industrial aliado ao movimento de capital, gerou para as indústrias e para as 
empresas, a necessidade de controlar seu capital financeiro. E posteriormente, 
também para auxiliar na gestão de bens, materiais, recursos humanos e avaliar 
resultados.
3 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO BRASIL
A auditoria surge em virtude de verificar a realidade econômico-
financeira do patrimônio de empresas. Com o desenvolvimento das empresas e 
de sua ocupação heterogênea no espaço geográfico, investidores e proprietários 
sentiram a necessidade de averiguar seu patrimônio por pessoas (jurídica ou 
física) que pudessem confirmar dados e informações.
FIGURA 2 – AUDITORIA NO BRASIL
FONTE: Disponível em: <http://www.bitmag.com.br/wp-content/
uploads/2014/01/Brasil-TI.jpg>. Acesso em: 30 out. 2015.
De acordo com Attie (2011), a auditoria é uma ramificação da Contabilidade, 
ou seja, a contabilidade foi a primeira disciplina a auxiliar e informar a 
administração. Entretanto, com o desenvolvimento econômico dos países e com 
a expansão de atividades produtoras, a complexidade administrativa tornou-
se crescente, assim a contabilidade também evoluiu e a auditoria torna-se uma 
prática especializada provinda da contabilidade.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
8
No Brasil, conforme Magalhães, Lunkes e Müller (2001), o primeiro 
parecer de auditoria no país foi publicado em 1903, parecer nos livros da São 
Paulo Tramway, Light and Power Company, cuja matriz encontrava-se em 
Toronto, no Canadá.
E também de acordo com os autores Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 
18) “a primeira firma de auditoria a se estabelecer no Brasil foi a Mc-Auliffe Davis 
Bell & Co, em 1909, que passou a se chamar Arthur Andersen S.C.”
De acordo com Attie (2011, p. 8) podemos entender que:
A evolução da auditoria no Brasil está primariamente relacionada com 
a instalação de empresas internacionais de auditoria independente, 
uma vez que investimentos também internacionais foram aqui 
implantados e compulsoriamente tiveram de ter suas demonstrações 
contábeis auditadas.
Então o desenvolvimento econômico das empresas resultou aumento de 
volume de instrumentos estabelecidos para acompanhar as organizações quanto a 
sua vida contábil e financeira. Ainda de acordo com a apresentação de Attie (2011, 
p. 8 e 9), as influências e acontecimentos que possibilitaram o desenvolvimento 
de auditoria no Brasil foram:
a) Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais;
c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização e 
diversificação de suas atividades econômicas;
d) Evolução do mercado de capitais;
e) Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 
1972;
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades por Ações 
em 1976.
Para Magalhães, Lunkes e Müller (2001), a consolidação da auditoria no 
Brasil surgiu em virtude da Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404, de 15 
de dezembro de 1976 e pela Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que criou a 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Comissão de Valores Mobiliários – CVM será apresentada com maiores 
detalhes na Unidade 2 desse caderno. Aguarde!
Assim, podemos concluir que as dinâmicas da evolução econômica 
dos países, com o desenvolvimento da contabilidade e a complexidade de 
novas práticas, fizeram com que a auditoria se tornasse um nicho profissional 
especializado.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
9
4 CONCEITO E NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA
Conceituar os termos que utilizaremos ao longo desse estudo não só é 
primordial para que a base do conhecimento seja solidificada, mas também é, 
principalmente, para que a construção de significados faça melhor sentido na 
prática.
O dicionário de contabilidade apresenta auditoria com o seguinte 
significado: “Tecnologia contábil que tem por objetivo a verificação ou revisão de 
registro e demonstrações e procedimentos adotados para a escrituração, visando 
avaliar a adequação e a veracidade das situações memorizadas e expostas”. (SÁ; 
SÁ, 1995, p. 38).
Para Attie (2011, p. 5) auditoria é uma “especialização contábil voltada a 
testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de 
expressar uma opinião sobre determinado dado”.
Auditoria e seus significados verbais apresentados por Imoniana (2001) 
tais como: examinar, investigar, periciar, ajustar ou balancear, contar, apresentar 
balanços, ativos e passivos, dá a entender que o campo de atuação e a função da 
auditoria são intensos complexos e dinâmicos.
Conceituando auditoria Imoniana (2001, p. 20) define como “atividade que 
se refere à verificação das informações contábeis para certificar a sua acuracidade 
e determinar a confiabilidade das demonstrações financeiras”.
E numa maior abrangência Imoniana (2001, p. 20) apresenta a auditoriacomo:
Processo de avaliação sistemática dos registros contábeis e das 
operações correlatas para determinar a aderência aos princípios 
contábeis, geralmente aceitos, políticas empresariais e os regulamentos 
que regem as operações das entidades contábeis.
Magalhães, Lunkes e Müller (2001) apresentam um quadro de conceituação 
dos termos principais de auditoria. Alguns desses termos serão recorrentes 
no decorrer desse estudo e outros serão pouco ou nada usados, entretanto, o 
destaque é importante para introduzirmos nesse universo da auditoria e para 
futuras leituras complementares.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
10
QUADRO 2 - PRINCIPAIS TERMOS EM AUDITORIA E CONCEITUAÇÃO
A auditoria deve ser exercida para que os procedimentos e controles 
internos estejam adequados aos resultados esperados, no que diz respeito aos 
registros contábeis e também quanto as suas relações externas.
A auditoria então, através de métodos e procedimentos, verifica por 
meio de observação, análise, para que os usuários internos e externos possam 
ter um ganho gerencial. As suas ações debruçam sobre os registros contábeis, 
os procedimentos internos e as relações externas e assim no final do processo 
verifique se os resultados estão em conformidade aos dados e objetivos traçados.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
11
QUADRO 2 - PRINCIPAIS TERMOS EM AUDITORIA E CONCEITUAÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://advivo.com.br/index.php?q=sites/default/
files/imagecache/imagens_blog/imagens/calvin_auditoria.jpg>. 
Acesso em: 30 out. 2015.
FIGURA 3 - AUDITORIA
Para Attie (2011) a auditoria com sua análise e relatórios auxilia na área 
contábil, gerencial, de controles e financeiros, através de atitudes que exigem 
habilidades mental, profissional e preventiva. O sinóptico de auditoria pode ser 
assim apresentado:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
12
FONTE: Attie (2011, p. 5)
QUADRO 3 – SINÓPTICO DA AUDITORIA
Como toda profissão, a de auditor também necessita seguir preceitos 
éticos e atitudes compatíveis com o código de ética da organização ou com os 
princípios constitucionais. Nesse sentido, a finalidade da auditoria não é apenas 
analisar e confirmar registros e comprovantes, mas julgar a moralidade dos atos.
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA
A auditoria tem como objetivo principal controlar o patrimônio 
administrado. Para tanto, precisa analisar registros contábeis, documentos, 
fichas, entre outros documentos comprobatórios. Mas tem também como objetivo 
verificar a veracidade das informações e dados e também a moralidade dos atos.
De acordo com Lemos (2006, p. 14), a auditoria tem ações preventiva, 
saneadora e moralizadora, em que os objetivos do processo são:
• Confirmar a veracidade dos registros e a confiabilidade dos comprovantes;
• Opinar sobre a adequação das situações e informações contidas nas 
demonstrações contábeis;
• Resguardar os direitos dos proprietários, dos financiadores do patrimônio, do 
próprio fisco e da sociedade em geral.
O objetivo, fim e objetos da auditoria além de bem extensos, são também 
de grande complexidade e responsabilidade. Lemos (2006, p. 15) destaca objetos 
do exame de auditoria, que são:
TÓPICO 1 | AUDITORIA
13
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA
• Sistemas administrativos e operacionais de controle interno utilizados na 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial;
• Execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam recursos 
públicos;
• Aplicação dos recursos transferidos pelo Estado a entidades públicas ou 
privadas;
• Contratos firmados por gestores públicos com entidades privadas para 
prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais;
• Processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;
• Instrumentos de sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio 
sob a responsabilidade das unidades da administração direta e entidades 
supervisionadas;
• Atos administrativos que resultem em direitos e obrigações para o Poder 
Público, em especial os relacionados com a contratação de empréstimos 
internos ou externos e com a concessão de avais;
• Arrecadação e restituição de receitas de tributos;
• Sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas entradas (inputs) e 
informações de saída (outputs), objetivando constatar:
 - Segurança física do ambiente e das instalações do Centro de Processamento 
de Dados (CPD);
 - Segurança lógica e confiabilidade dos sistemas (software) desenvolvidos em 
computadores de diversas partes;
 - Eficácia dos serviços prestados pela área de informática;
 - Eficiência na utilização dos diversos computadores (hardware) existentes na 
entidade;
 - Verificação do cumprimento da legislação pertinente.
Oliveira e Diniz Filho (2001) apresentam um quadro em que os tipos de 
auditorias são classificados conforme os seus objetivos, vejamos:
QUADRO 4 – TIPOS DE AUDITORIA E SEUS OBJETIVOS 
TIPOS DE AUDITORIA OBJETIVOS
Auditoria das 
demonstrações 
contábeis
Emissão de parecer sobre as demonstrações contábeis da 
empresa ou entidade em determinada data.
Auditoria interna
Revisão sistemática das transações operacionais e do sistema 
de controles internos, visando:
• A proteção dos bens e direitos da empresa contra fraudes, 
desvios e desfalques;
• A constatação de possíveis irregularidades e usos indevidos 
dos bens e direitos da empresa.
Auditoria operacional
Avaliação sistemática da eficácia e eficiência das atividades 
operacionais e dos processos administrativos, visando:
• Ao aprimoramento contínuo da eficiência e eficácia 
operacional, contribuindo com soluções.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
14
Auditoria de 
cumprimento normativo 
ou compliance autid
Auditoria para verificação do cumprimento/observância de 
normas e procedimentos implantados pela empresa ou pelos 
órgãos reguladores de determinadas atividades.
Por exemplo, normas implantadas pelo Banco Central do 
Brasil a serem observadas pelas instituições financeiras para 
o combate do crime de ‘lavagem de dinheiro’.
Auditoria de gestão
Trabalhos dirigidos à análise dos planos e diretrizes da 
empresa, objetivando mensurar a eficiência da gestão 
das operações e sua consistência com os planos e metas 
aprovados.
Auditoria de sistemas
Exames e avaliações da qualidade do sistema de computação 
de dados e dos controles existentes no ambiente de tecnologia 
de informações, visando otimizar a utilização dos recursos 
de computação de dados, minimizar os riscos envolvidos 
nos processos e garantir a geração de informações e dados 
confiáveis, em tempo, ao menor custo possível.
Auditoria fiscal e 
tributária
Análise da eficiência e eficácia dos procedimentos adotados 
para a apuração, controle e pagamentos dos tributos que 
incidem nas atividades comerciais e operacionais da empresa.
Avaliação do planejamento tributário.
Auditoria ambiental
Avaliação dos processos operacionais e produtivos das 
empresas visando à identificação de danos ao meio ambiente 
e quantificação de contingências e (b) preparação da empresa 
para receber o Certificado ISSO 14000 – meio ambiente.
Auditoria nos 
processos de compras 
e vendas de empresas 
e reestruturações 
societárias – 
incorporações, fusões, 
cisões e formação de 
joint ventures
• Auditoria das demonstrações contábeis das empresas 
envolvidas;
• Assessoria na avaliação das empresas objetos de negociação 
societária;
• Avaliação dos ativos objetos de negociação;
• Identificação de contingências fiscais, trabalhistas, 
ambientais, cíveis etc. 
FONTE: Oliveira e Diniz Filho (2001, p. 19)
UNI
joint ventures – “associação de duas ou mais organizações visando a investir 
num projeto para alcançar objetivos bem definidos, tais como: desenvolvimento de novos 
produtos, montagem de uma rede de distribuição e vendas, fabricação de peças ou produtos 
de interesse comum, etc.[...] caracteriza-se por ser uma entidade jurídica, mas uma simples 
operação conjunta mediante contrato de duas ou mais empresas,teremos uma aliança 
estratégica”.
Lacombe (2004, p. 186).
TÓPICO 1 | AUDITORIA
15
FONTE: Oliveira e Diniz Filho (2001, p. 19)
UNI
ISSO 14000 – meio ambiente – A ISSO 14000 é auditada pelo ISSO (International 
Organization for Standardization) que é uma autoridade em certificações em todo mundo. 
Tem como principal foco a gestão ambiental e fornece uma estrutura organizada para que 
as empresas consigam promover ações internas para obter a certificação.
Fonte: Disponível em: <http://inst.sitesustentavel.com.br/iso-14000-o-que-e-requisitos/>. 
Acesso em 31 out. 2015.
Assim pode-se concluir que o campo de atuação de auditoria é bem extenso 
e exige bastante conhecimento e responsabilidade para que o seu cumprimento 
aprove, previna e aponte ajustes necessários.
PRINCÍPIOS ÉTICOS NA AUDITORIA
Já sabemos que a auditoria é um braço da contabilidade, por esse motivo 
é regida pelo Conselho Federal de Contabilidade, que conforme a Resolução de 
nº 803, de 10 de outubro de 1996, estabelece o Código de Ética Profissional do 
Contador – CEPC.
Destaca-se o artigo nº 2 da resolução, do Capítulo II, intitulado dos deveres 
e das proibições, assim:
QUADRO 5 - DEVERES DA AUDITORIA
Art. 2º São deveres do Profissional da Contabilidade: (Redação alterada 
pela Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade 
técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de 
Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os 
interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e 
independência profissionais; (Redação alterada pela Resolução CFC nº 1.307/10, 
de 09/12/2010)
II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, 
inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei 
ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos 
Regionais de Contabilidade;
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços 
a seu cargo;
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
16
IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento 
reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão 
daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a 
obrigação a sócios e executores;
V – inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre 
qualquer caso;
VI – renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança 
por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de 
antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam 
prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;
VII – se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos 
que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom 
desempenho das funções a serem exercidas;
VIII – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o 
exercício da profissão;
IX – ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, 
seja propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de 
trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e 
seu aprimoramento técnico.
X – cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos 
pelo CFC; (Criado pelo Art. 5º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
XI – comunicar, ao CRC, a mudança de seu domicílio ou endereço e da 
organização contábil de sua responsabilidade, bem como a ocorrência de 
outros fatos necessários ao controle e fiscalização profissional. (Criado pelo Art. 
6º, da Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
XII – auxiliar a fiscalização do exercício profissional. (Criado pelo Art. 7º, da 
Resolução CFC nº 1.307/10, de 09/12/2010)
CFC (1996)
Dessa forma, além dos princípios éticos que norteiam o campo profissional 
de auditoria, a atitude do profissional pode ajudar na detecção e prevenção de 
problemas. Portanto, além da conduta ética, atitudes que antecipem ações e atos 
administrativos são funções que fazem da auditoria um braço importante no 
processo gerencial.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
17
6 ATITUDES NA AUDITORIA
Attie (2011) apresenta três atitudes (mental, profissional e preventiva) na 
auditoria que são complementares entre si. Na verdade, o autor quer destacar 
que essas três atitudes formam o pilar da profissão, para que a avaliação final seja 
eficiente.
• Atitude mental – como a auditoria é uma análise crítica, é preciso que o auditor 
verifique as possibilidades de riscos e erros. Nesse sentido, a auditoria não 
pode se limitar aos livros oficiais, a auditoria tem que ser factual;
• Atitude profissional – se refere ao conhecimento técnico e estudo permanente, a 
fim de adquirir novos conhecimentos e ferramentas de trabalho; aprimoramento 
pessoal e ter conhecimento das regulamentações e legislação;
• Atitude preventiva – a opinião do auditor deve estar embasada em informações, 
controles, documentos. Essa concentração de informações deve ser utilizada 
como prevenção ou repressão de erros para futuros ajustes.
A habilidade mental vai além da leitura rígida das demonstrações 
contábeis, mas no que se refere à competência de observar eventuais riscos e 
erros. A habilidade profissional é aquela que se refere à competência técnica do 
conhecimento adquirido nas cadeiras da academia e pela formação continuada, 
em que é preciso acompanhar novas legislações e regulamentos. E ainda a 
habilidade preventiva que quer dizer a habilidade de através dos demonstrativos 
e conhecimentos, prevenir contra erros futuros e realizar ajustes necessários.
Assim podemos entender que o auditor deve ter perspicácia para perceber 
além dos registros, aprimorar-se constantemente e acompanhar mudanças; e 
por fim, contribuir para que ajustes sejam realizados e a organização possa ser 
eficiente.
7 CLASSIFICAÇÃO DE AUDITORIA
Vimos que a auditoria requer diferentes habilidades, dessa maneira a 
auditoria por sua complexidade e congregar diferentes competências e atitudes 
profissionais, poderia ainda ser classificada, para demonstrar o quanto é extensa, 
profunda e oportuna.
Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 25) classificam a auditoria em três 
diferentes formas, quanto à extensão, profundidade e tempestividade, assim 
explicadas:
Quanto à extensão podem ser:
• Geral – quando abrange todas as unidades operacionais;
• Parcial – quando abrange especificamente determinadas unidades operacionais;
• Por amostragem – a partir da análise do controle interno.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
18
Quanto à profundidade podem ser:
• Integral – são consideradas as auditorias mais longas, que auditam desde os 
primeiros contatos das negociações até as informações finais;
• Por revisão analítica – se referem ao conceito de auditoria prenunciativa, para 
evitar riscos a auditoria torna-se mais curta, a fim de obter fidedignidade às 
informações.
Quanto à tempestividade podem ser:
• Permanente – são as feitas habitualmente, constante ou sazonal, em todos os 
exercícios sociais;
• Eventual – não é habitual, por esse motivo não tem tempo certo. Esse processo 
de auditoria exige a ambientação dos auditores e planejamento para todas as 
vezes em que for realizada.
E por fim Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 27) apresentam as 
finalidades básicas de auditoria em relação ao atendimento de seus usuários 
interno e externo, assim:
a) Usuário interno:
• Interesse dos acionistas ordinários (majoritários);
• Atendimento às estratégias de investimentos de relevância, em determinados 
projetos.
b) Usuário externo:
• Interesse dos acionistas preferenciais (minoritários);
• Interesse dos financiadores (emprestadores, debenturistas);
• Interesse do Estado.
A classificação da auditoria é uma forma de mapear o campo de sua 
atuação, conforme a eventualidade, o tempo e a sua finalidade. Éuma maneira 
de auxiliar e demonstrar o quanto a auditoria é extensa no seu campo de atuação.
8 TIPOS DE AUDITORIA
A auditoria pode ser dividida em dois grandes grupos: interna e 
externa. A auditoria interna significa que os funcionários da própria empresa ou 
organização executarão a atividade. Enquanto na auditoria externa, a atividade 
deverá ser executada por uma empresa ou por auditores independentes.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
19
Lins (2011) apresenta as características gerais de auditoria interna e 
externa, de forma separada em seu livro, todavia para melhor compreensão 
apresenta-se aqui em um único quadro, a fim de facilitar para a analogia das 
diferentes categorias:
QUADRO 6 – AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA
 Auditoria Interna Auditoria Externa
Executor Funcionário da empresa Funcionário da empresa de auditoria independente
Isenção para informação 
externa Menor Maior
Objetivo principal
Prevenção e detecção 
de falhas nos controles 
internos
Exame das DCs com 
evidenciação da situação da 
empresa auditada através do 
parecer
Resultado do trabalho Relatório de recomendações Emissão de parecer
Cliente do serviço
Em linhas gerais, alta 
administração e diretoria/
gerências
Empresa contratante
Sigilo Sim Sim para o Wps; não para o parecer
Frequência Permanente Periódica
Detalhamento da análise Alto Baixo
FONTE: Adaptado de Lins (2011, p. 6 e 10)
No quadro anterior, pode-se perceber nas diferenças dos tipos de controles 
que existem vantagens e desvantagens, como exemplo da auditoria realizada pelo 
funcionário da própria organização e pela auditoria (externa) contratada. Haverá 
situações da organização que a auditoria realizada pelo próprio funcionário, 
conhecedor da instituição é vantagem. Entretanto, em outros momentos, a 
solicitação de uma auditoria externa será mais vantajosa, para uma avaliação 
imparcial e com olhar diferenciado.
Custo, imparcialidade, periodicidade, detalhamento, conhecimento da 
empresa, entre tantos outros fatores podem auxiliar numa boa auditoria como 
podem também serem fatores que prejudicariam na avaliação final.
Magalhães, Lunkes e Müller (2001) apresentam um quadro comparativo 
entre auditoria interna e externa:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
20
QUADRO 7 - COMPARATIVO ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA
Auditoria Interna Auditoria Externa
1. Proteção à organização.
2. Acompanha o cumprimento de normas 
técnicas e a política de administração da 
empresa, na consecução de seus objetivos.
3. O auditor interno desenvolve, 
continuadamente, seu trabalho que 
termina em relatório.
4. O grau de independência do auditor 
interno é limitado, porém segue as 
normas e procedimentos de auditoria na 
execução do trabalho.
5. Objetiva prevenir erros e fraudes, 
sugerindo aos detentores do poder de 
decisão os ajustes necessários.
1. Proteção do investidor.
2. Analisa e testa os sistemas de controle 
interno e contábil, em busca da razoável 
fidedignidade das DFs.
3. O auditor externo desenvolve o 
trabalho por gestão (anual) que termina 
em parecer.
4. O grau de independência do 
auditor externo é amplo e o trabalho é 
exercido com observância das normas 
internacionais.
5. Objetiva reprimir erros e fraudes.
FONTE: Magalhães, Lunkes e Müller (2001, p. 28)
O livro dos americanos Boynton, Johnson e Kell (2002) apresentam a 
auditoria em três diferentes tipos: auditoria de demonstrações contábeis, auditoria 
de compliance e auditoria operacional. Assim Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 31 
e 32) explicam-nas:
• Auditoria de demonstrações contábeis – envolve obtenção e avaliação de 
evidências a respeito das demonstrações contábeis de uma entidade, para 
emissão de parecer se sua apresentação está adequada, de acordo com os 
princípios contábeis;
• Auditoria de compliance – envolve obtenção e avaliação de evidências para 
determinar se certas atividades financeiras ou operacionais de uma entidade 
obedecem a condições, regras ou regulamentos a ela aplicáveis;
• Auditoria operacional – envolve obtenção e avaliação de evidências a respeito 
da eficiência e eficácia das atividades operacionais de uma entidade, em 
comparação com objetivos estabelecidos.
O termo compliance tem origem no verbo em inglês, to comply, que 
significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando 
ou um pedido, ou seja, estar em “compliance” é estar em conformidade com leis 
e regulamentos externos e internos.
FONTE: Disponível em: <http://michaellira.jusbrasil.com.br/artigos/112396364/o-que-e-
compliance-e-como-o-profissional-da-area-deve-atuar>. Acesso em: 31 out. 2015.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
21
De forma comparativa quanto aos três tipos de auditoria, podemos 
observar o quadro que segue:
QUADRO 8 - TIPOS DE AUDITORIA
Tipo de auditoria Natureza das afirmações
Critérios 
estabelecidos
Natureza do 
parecer do auditor
De demonstrações 
contábeis
Dados das 
demonstrações 
contábeis
Princípios contábeis 
geralmente aceitos
Opinião a respeito 
da adequação das 
demonstrações 
contábeis
De compliance
Direitos ou dados 
relacionados 
com obediência 
a políticas, leis, 
regulamentos etc.
Políticas da 
administração, leis, 
regulamentos ou 
outras exigências 
estabelecidas por 
terceiros
Resumo dos 
resultados ou 
segurança a 
respeito do grau de 
obediência
Operacional Dados operacionais ou de desempenho
Objetivos 
estabelecidos pela 
administração ou 
pela legislação 
aplicável, por 
exemplo
Eficiência e eficácia 
observadas; 
recomendações 
para 
aperfeiçoamento
FONTE: Boynton, Johnson e Kell (2002, p. 33)
De acordo com o professor Cruz (2002), a auditoria em sua evolução 
técnica-científica, pode ser classificada em três diferentes áreas (fiscalizadora, de 
gestão e operacional), assim observada:
Auditoria
fiscalizadora
Auditoria
de gestão
Auditoria
operacional
Quem 
exerce?
Auditores 
independentes;
Contadores das áreas 
financeira e tributária; 
Fiscais de tributos;
Técnicos de controle 
externo;
Funcionários do 
controle governamental 
sobre instituições 
financeiras;
Empresas financiadas 
ou de atividade 
controlada;
Auditores internos das 
empresas em geral.
Auditores 
independentes;
Contadores das áreas 
financeira e gerencial;
Gerentes de operação;
Técnicos de controle 
externo;
Funcionários 
do controle 
governamental sobre 
instituições financeiras;
Empresas financiadas 
ou de atividade 
controlada;
Auditores internos das 
empresas em geral.
Auditores independentes;
Contadores das áreas 
financeira e gerencial;
Administradores;
Gerentes;
Técnicos de controle 
externo;
Funcionários do controle 
governamental sobre 
instituições financeiras;
Empresas financiadas ou 
de atividade controlada;
Economistas e auditores 
internos das empresas em 
geral.
QUADRO 9 - TIPOS DE AUDITORIA
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
22
Principal 
objetivo
Fiscalizar as 
transações sob as 
óticas financeira e 
patrimonial, bem 
como os registros 
delas decorrentes.
Vigiar a produção 
e a produtividade e 
avaliar os resultados 
alcançados diante 
de objetivos e metas 
fixados para um 
determinado período 
dentro da tipicidade 
própria.
Vigiar as transações 
sob as óticas da 
economicidade, eficiência 
e eficácia e das causas e 
dos efeitos decorrentes;
Verificar a efetividade 
de programas 
específicos diante 
do posicionamento 
da empresa em seu 
ambiente de atuação 
e o significado do 
desempenho obtido 
diante de metas-desafios 
estabelecidos nos vários 
campos de resultados 
maximizadores do valor 
da entidade.
Principal 
resultado
Certificar a adequação 
dos controles 
internos e apontar 
irregularidades, 
truques e fraudes 
detectados.
Identificar desvios 
relevantes e apontar 
atividades e/ou 
departamentos 
fora do padrão 
de desempenho 
esperado.
Certificar a efetividade 
e oportunidade dos 
controles internos 
e apontar soluções 
alternativas para 
melhoria do desempenho 
operacional. Medir grau 
de atendimento das 
necessidades dos clientes 
e acompanhar, medianteindicadores do nível 
de eficiência e eficácia, 
o desvio em relação ao 
desafio-padrão.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
23
Recursos 
técnicos
• Contagens físicas;
• Prova de exatidão 
de cálculos e somas;
• Confirmação 
de saldos junto a 
terceiros;
• Exame de livros e 
registros fiscais;
• Exame de livros e 
registros contábeis;
• Recomendações 
denunciadoras e 
corretivas.
• Adequação ao 
custo-padrão;
• Testes de 
efetividade;
• Indicadores de 
desempenho;
• Circularização de 
informação sobre 
existências;
• Recomendações 
punitivas, saneadoras 
ou estimuladoras.
• Seleção de amostras 
para áreas determinadas;
• Apreciação dos desvios 
reais ou potenciais;
• Avaliação da 
informação financeira 
relacionada;
• Identificação de causas 
e efeitos envolvidos;
• Prova de verificação 
e confirmação de 
evidências;
• Recomendações de 
ordem técnica e moral, 
além das de ordem 
normativa;
• Indicadores de 
qualidade dos líderes do 
setor;
• Interpretação e 
avaliação de programas 
de qualificação;
• Testes sobre resultados 
desejados X resultados 
obtidos;
• Mensuradores de 
repercussão econômico-
financeira;
• Impactos 
mercadológicos e 
tecnológicos de longo 
prazo.
FONTE: Adaptado de Cruz (2002, p. 26-28)
Lins (2011) já classifica a auditoria interna em seis diferentes tipos conforme 
o objetivo a ser alcançado, que aqui serão apresentados resumidamente:
a) Contábil – principal objetivo é o controle interno e a qualidade das informações 
geradas. Como resultado apresenta relatório em que apresenta: o problema 
verificado, consequências para a empresa e sugestões para a solução do 
problema.
b) Operacional – também chamada de auditoria de desempenho, tem como 
objetivo a análise das atividades operacionais. Avalia e/ou corrige a relação 
custo-benefício entre recursos e sua aplicação eficiente e eficaz.
c) De compliance – verifica o cumprimento das normas aplicáveis à organização 
e os seus regulamentos internos.
d) De sistemas – a auditoria de sistemas tem como objetivo verificar a segurança 
das informações geradas pelo sistema de informação.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
24
e) Fiscal e tributária – principal objetivo é avaliar os procedimentos fiscais e 
tributários e verificar o cumprimento das normas fiscais e tributárias.
f) De qualidade e ambiental – visam à melhoria do sistema de gestão e ambiental. 
A auditoria de sistemas e a auditoria contábil são as principais análises 
para que a auditoria externa estabeleça os seus exames e o volume de trabalho e 
testes a serem executados.
9 TIPOS DE AUDITORES
Dada a complexidade da prática em auditoria e da extensão do campo de 
atuação, porque em cada área exige conhecimentos específicos. Dessa maneira, 
a auditoria passa a se dividir em categorias diferentes para cada especialidade. 
Boynton, Johnson e Kell (2002) apresentam três tipos de auditores: independentes, 
internos e públicos.
• Auditores independentes – trabalham por conta própria ou são membros de 
empresas de auditoria.
• Auditores internos – são empregados das organizações que são auditadas.
• Auditores públicos – são empregados por várias agências governamentais 
municipais, estaduais e federais.
A segmentação dos auditores é importante porque favorece na 
especificação de habilidades, procedimentos e comportamento do auditor. Para 
cada segmento de auditoria, diferentes são os nichos de oportunidades, vínculo 
de trabalho, modelos de relatórios, objetivos, avaliação, entre outras grandes 
diferenças.
10 AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO
A auditoria embora seja formada por procedimentos e técnicas, a fim 
de verificar e analisar a eficiência e eficácia dos atos e fatos administrativos em 
organizações públicas e privadas e outros modelos de organizações. No setor 
público requer uma prática singular, a linguagem, os demonstrativos, relatórios, 
análise, são aplicados de forma diferenciada.
Cruz (2002) apresenta diferenças básicas sobre os atores, linguagem e 
relações do setor público mediante ao setor privado e terceiro setor.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
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QUADRO 10 - SEGMENTOS DAS ORGANIZAÇÕES 
SETOR PÚBLICO SETOR PRIVADO TERCEIRO SETOR
Diretores
Associação de Servidores
Credores
Investidores
Público em geral
Instituições Financeiras
Contribuintes
Analista de Resultados
Gerentes
Sindicatos de Empregados
Fornecedores
Acionistas
Terceiros e Interessados
Bancos Comerciais
Clientes
Analista do Lucro e Perdas
Dirigentes
Associados e Colaboradores
Fornecedores
Instituidores e Afiliados
Terceiros e Interessados
Bancos Comerciais
Parceiros e Financiadores
Analistas de Desempenho
FONTE: CRUZ (2002, p. 32)
Visto dessa maneira, pode-se observar que a auditoria voltada ao setor 
público está bastante preocupada com os resultados, ou seja, os investimentos 
empenhados no setor público devem ter uma contrapartida que beneficiem o seu 
público geral.
A auditoria no setor público é instruída pela Normativa nº 16 do Ministério 
do Estado da Economia, Fazenda e Planejamento – MEFP/ Direção Técnica 
Nacional – DTN / Coordenadoria de Auditoria – COAUD, de 20 de dezembro de 
1991 e também pelas adaptações realizadas posteriormente.
Já vimos anteriormente os objetivos da auditoria aplicados a quaisquer das 
organizações, entretanto, Alves e Reis (2015, p. 841) destacam que os objetivos da 
auditoria no setor público são:
• Comprovar a legalidade e legitimidade e avaliar os resultados, quanto à eficiência 
e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da 
administração direta e entidades supervisionadas da administração federal;
• Observar o cumprimento dos princípios fundamentais de planejamento, 
coordenação, descentralização, delegação de competência e controle, pelos 
órgãos e entidades;
• Examinar a observância da legislação federal específica e normas relacionadas;
• Avaliar a execução dos programas de governo, dos contratos, convênios, 
acordos, ajustes e outros instrumentos de mesma origem;
• Avaliar o desempenho administrativo e operacional das unidades da 
administração direta e entidades supervisionadas;
• Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos 
administradores ou gestores;
• Examinar e avaliar as transferências e a aplicação dos recursos orçamentários e 
financeiros das unidades da administração direta e entidades supervisionadas;
• Verificar e avaliar os sistemas de informações e a utilização dos recursos 
computacionais das unidades da administração direta e entidades 
supervisionadas.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
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O setor público está mais voltado para os resultados porque uma vez que 
houve aplicação de recursos para determinado fim, é necessária uma avaliação 
para verificar se o objetivo foi realmente alcançado com eficiência e eficácia, por 
esse motivo no setor público os resultados são realmente importantes.
Auditoria governamental – “comprovar a legalidade e a legitimidade; 
e avaliar os resultados obtidos ou previstos pelos gestores, que, de forma 
temporária, comandam atividades da administração pública estatal”. (CRUZ, 
2012, p. 139).
10.1 CLASSIFICAÇÃO
Apresentamos no presente trabalho os tipos de auditoria: interna e 
externa, demonstrações contábeis, compliance e operacional. São tipos de auditoria 
aplicados a quaisquer organizações, primeiro, segundo e terceiro setor.
O setor público com as suas especificidades exige uma auditoria que 
possa verificar seus resultados, os atos e fatos administrativos e suas ações. Dessa 
maneira Alves e Reis (2015, p. 842) apresentam os tipos de auditoria com mais 
funcionalidade para o setor público:
• Auditoria de Gestão – tem o objetivo de certificar a regularidade das contas, 
verificar a realização de contratos, convênios, acordos ou ajustes, a honestidade 
na aplicação dos dinheiros públicos e no zelo ou administração de valores e 
outros bens da União ou a ela confiados, abrangendo os seguintes aspectos: 
verificação da existência física de bens e outros valores; exameda documentação 
comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação do cumprimento 
da legislação pertinente entre outros.
• Auditoria de Programas – tem o objetivo de examinar, avaliar e observar a 
execução de programas e projetos governamentais específicos.
• Auditoria Operacional – atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade, e 
sua teoria de abordagem dos fatos é de apoio, pela avaliação do atendimento às 
normas, e apresentação de sugestões para seu aperfeiçoamento. Tem o objetivo 
de avaliar a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, 
humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência 
dos controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos.
• Auditoria Contábil – é a técnica utilizada na coleta de informações e no exame 
dos registros e documentos, mediante procedimentos específicos, relacionados 
ao controle do patrimônio.
• Auditoria de Sistema – observando as normas estabelecidas e a legislação 
específica, tem o objetivo de assegurar a adequação, privacidade dos dados e 
informações vindas dos sistemas eletrônicos de processamento de dados.
TÓPICO 1 | AUDITORIA
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• Auditoria Especial – tem por objetivo o exame de fatos considerados 
importantes, de caráter extraordinário ou incomum, sendo realizadas para 
atender determinação do Presidente da República, Ministros de Estado ou por 
solicitação de outras autoridades.
Podemos concluir que a auditoria no setor público se apresenta com 
ramificações interligadas para que as ações governamentais sejam avaliadas e 
conduzidas ao principal objetivo que é zelar pelo patrimônio público e manter 
os objetivos de interesse comum, e aos objetivos motivadores de projetos e 
programas, ou de políticas públicas.
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O Tópico 1 apresentou a introdução à auditoria e com essa aprendizagem 
foi possível:
• O entendimento do conceito de auditoria.
• A assimilação da evolução histórica de auditoria no mundo e no Brasil.
• A compreensão dos objetivos, princípios, atitudes e tipos de auditoria.
• Verificação do que é controle interno e externo.
• Introdução da necessidade da auditoria nas organizações, e em especial no 
setor público.
RESUMO DO TÓPICO 1
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1 O que é auditoria?
2 Quais são os principais objetivos da auditoria?
3 Faça um breve resumo dos tipos de auditoria.
4 Quais são os tipos de atitudes na auditoria?
AUTOATIVIDADE
30
31
TÓPICO 2
CONTROLE
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O controle vem da ideia de que para que os processos e procedimentos 
sejam eficazes deve haver um acompanhamento para não perder o foco do 
objetivo proposto. O bom controle no setor público é aquele que permite que o 
seu acompanhamento seja o mais matemático possível, ou seja, quanto menor for 
a interação humana mais eficaz serão os resultados no que se refere ao controle.
O controle dentro da ciência da Administração permite que as funções 
básicas sejam executadas, tais como planejamento, organização, execução e o 
próprio controle. É o controle o melhor instrumento para delimitar os padrões de 
execução, sejam eles, orçamentários, financeiros ou de gestão.
O controle além de requisitar uma habilidade técnica, cada vez mais se 
torna um meio para que os diversos segmentos da sociedade possam participar, 
acompanhar e cobrar a aplicação correta dos recursos públicos. Essa ação 
fiscalizadora exige que a Administração Pública aplique os recursos da melhor 
maneira possível e apresente resultados das políticas públicas.
Vamos acompanhar como foi o desenvolvimento do controle no setor 
público no Brasil.
2 BREVE HISTÓRIA DE CONTROLE INTERNO NO BRASIL
De acordo com o TCU (2015), a história de controle no Brasil vem de longe, 
desde o período colonial. Em 1680 foram criadas as Juntas das Fazendas das 
Capitanias e a Junta da Fazenda do Rio de Janeiro, sob a jurisdição de Portugal.
Na administração de Dom João VI, em 1808, foi instalado o Erário Régio 
e criado o Conselho da Fazenda que era responsável em acompanhar a execução 
da despesa pública.
Após a proclamação da Independência em 1822 e depois da Constituição 
monárquica de 1824, o Erário Régio foi transformado em Tesouro e assim foram 
realizados os primeiros orçamentos e balanços gerais.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
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Erário Régio – O Erário Régio, também chamado de Real Erário, Real 
Fazenda, Tesouro Público ou Tesouro Geral, foi criado no Brasil pelo Decreto 
de 11 de março de 1808, quando foi nomeado seu presidente D. Fernando José 
de Portugal, que exerceu o cargo juntamente com o ministro e secretário de 
Estado dos Negócios do Brasil e o ministro assistente do despacho do Real 
Gabinete.
FONTE: MAPA (2015)
Ainda segundo o TCU (2015), a ideia da criação do primeiro Tribunal 
de Contas foi em 23 de junho de 1826, através de projeto de lei apresentado ao 
Senado do Império.
Em 7 de novembro de 1890, com a reforma político-administrativa da 
República, foi criado o Tribunal de Contas da União através do Decreto nº 966-
A, que de acordo com o TCU (2015) “norteado pelos princípios da autonomia, 
fiscalização, julgamento, vigilância e energia”.
Foi na Constituição de 1891, no artigo 89, que o Tribunal de Contas da 
União foi institucionalizado finalmente. Todavia a instalação só ocorreu dois 
anos depois, em 17 de janeiro de 1893.
Conforme a página do TCU (2015), originariamente, o Tribunal de 
Contas da União tem por competência: “exame, revisão e julgamento de todas as 
operações relacionadas à receita e a despesa da União”.
E é na Constituição de 1988, que finalmente, o Tribunal de Contas da 
União teve a sua competência ampliada, assim como observa o TCU (2015):
Recebeu poderes para, no auxílio ao Congresso Nacional, exercer 
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial da União e das entidades da administração direta e 
indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade e a 
fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas. 
Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, 
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores 
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, 
assuma obrigações de natureza pecuniária tem o dever de prestar 
contas ao TCU.
No Brasil, hoje, além do Tribunal de Contas da União com sede no Distrito 
Federal, existem mais vinte e seis Tribunais de Contas, nas capitais dos Estados, 
e, mais o Tribunal de Contas do Distrito Federal, e ainda, mais seis municipais, 
assim distribuídos:
TÓPICO 2 | CONTROLE
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QUADRO 11 - QUANTIDADE DE TRIBUNAIS DE CONTAS NO BRASIL
Quantidade Tribunais de Contas Sede
01 Tribunal de Contas da União Distrito Federal
26 Tribunal de Contas do Estado Capital de cada Estado
01 Tribunal de Contas do Distrito Federal Distrito Federal
04 Tribunal de Contas dos Municípios Goiás, Pará, Ceará e Bahia
02 Tribunal de Contas do Município São Paulo e Rio de Janeiro
FONTE: Silva (2014, p. 9)
Os Tribunais de Contas dos Municípios verificam as contas dos municípios 
do Estado. As contas do governo são apreciadas pelo Tribunal de Contas do 
Estado. Os Tribunais de Contas de São Paulo e Rio de Janeiro analisam somente 
as contas dos municípios correspondentes, os demais municípios desses dois 
Estados são analisados pelo Tribunal de Contas do Estado.
2.1 CONTROLE
Controle é uma palavra que denota uma expressão negativa, 
principalmente quando nos imaginamos sob o controle de alguma coisa. Talvez 
a fiscalização dos nossos atos se torna uma ação desconfortável, porque podem 
manifestar eventuais erros ou por evidenciar nossa vida privada. E é claro que 
ninguém quer errar ou muito menos deseja que seus erros sejam evidenciados 
em relatórios ou quaisquer outros instrumentos ou veículo de comunicação. 
Entretanto, o controle que queremos apresentar é o controle que faz avaliação. 
Aquele que auxilia na gestão da organização, que compara objetivos e resultados; 
portanto, o controle com a conotação positiva.“O controle consiste em verificar se 
tudo ocorre de acordo com o programa adotado, as ordens dadas e os princípios 
admitidos. Tem por fim assinalar os erros, a fim de que se possa repará-los e 
evitar a sua repetição”. (FERRAZ, 1999, p. 69).
As três formas básicas de controle podem ser:
a. Antes do fato administrativo – é verificar se os objetivos constam no 
planejamento de forma clara para que possa ser realizado um comparativo na 
análise de resultados;
b. Durante o fato administrativo – é o controle e verificação das ocorrências e 
falhas que ocorrem ainda em tempo de serem corrigidas antes do relatório final 
de análise, ou seja, durante o fato administrativo;
c. Depois do fato administrativo – é a avaliação final dos resultados reais em 
comparação aos resultados esperados.
Para Guerra (2007) o controle tal como é entendido hoje é o exercício de 
fiscalizar, a fim de imprimir um juízo de valor, assim conceitua:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
34
É a fiscalização, quer dizer, a inspeção, exame, acompanhamento, 
verificação, exercida sobre determinado alvo, de acordo com 
certos aspectos, visando averiguar o cumprimento do que já foi 
predeterminado ou evidenciar eventuais desvios com fincas de 
correção, decidindo acerca da regularidade ou irregularidade do ato 
praticado. (GUERRA, 2007, p. 90).
Na verdade, a conotação negativa reverte-se em positiva no momento em 
que se perceba que a sua finalidade nada mais é que verificar se objetivos foram 
alcançados, os procedimentos estão sendo praticados em excelência, os recursos 
estão sendo otimizados, os atos estão em conformidade com a lei.
Assim, controlar não é a verificação de erros, mas é tão somente garantir 
que a conjuntura da organização se mantenha saudável, produtiva e sustentável.
2.1.1 Controle interno
O controle interno é uma forma de manter a organização no prumo 
conforme os seus objetivos e finalidades. O controle interno colabora para que 
eventuais riscos e erros sejam minimizados e/ou solucionados. É uma forma de a 
Administração Pública verificar a legalidade dos seus atos.
De forma simples e sintetizando o conceito de controle, Barreto e Graeff 
(2014, p. 97) apresentam:
O controle é uma das funções básicas da administração e tem como 
objetivo primordial garantir que os diferentes processos e atividades 
institucionais estejam de acordo com o que foi planejado, permitindo 
que sejam efetuadas correções sempre que necessárias.
Nascimento (2014) apresenta que embora não haja unanimidade quanto 
às funções básicas do controle interno, as mais citadas pelos estudiosos podem 
ser consideradas como sendo:
• Organização (administrativa, jurídica e técnica);
• Procedimentos e métodos;
• Informações (planejamento, orçamentação, contabilidade, estatística e 
informatização);
• Recursos humanos;
• Autoavaliação.
Diante dessas funções básicas podemos considerar que o controle interno 
não deve só ficar atento às questões contábeis e financeiras, a sua extensão 
percorre tudo que envolve a Administração Pública.
Controle interno é uma função permanente que garante que a 
administração tenha as suas ações avaliadas e possa perceber erros e acertos. É 
TÓPICO 2 | CONTROLE
35
através do controle que os resultados podem ser apurados e verificados se os 
objetivos foram atingidos ou não, e quais são as novas ações necessárias para que 
a administração realize ajustes para otimizar cada vez mais seus recursos.
FIGURA 4 - CONTROLADORIA
FONTE: Disponível em: <http://www.enabrasil.
sc.gov.br/shared/imagens/imagem_
grande_4778958c67f9cdd20f72dcac46e28a78.jpg>. 
Acesso em: 1 nov. 2015.
Controles internos são o conjunto de atividades, planos, métodos e 
procedimentos interligados, a fim de assegurar que os objetivos das organizações 
da Administração Pública sejam alcançados (PETER; MACHADO, 2003). E ainda 
ressaltam que para que esses objetivos ascendidos “de forma confiável e concreta, 
evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos objetivos 
fixados pelo Poder Público” (p. 24).
UNI
Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, devem comunicar ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária.
(LEMOS, p. 63).
Na verdade, controle interno são ações que dão oportunidade de 
verificação para que a administração possa verificar se os seus objetivos estão 
sendo alcançados conforme os objetivos preestabelecidos.
O Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000, dispõe sobre o Sistema de 
Controle Interno do Poder Executivo Federal e dá outras providências. No artigo 
primeiro pode-se observar:
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
36
Art. 1o O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa 
à avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores 
públicos federais, com as finalidades, atividades, organização, 
estrutura e competências estabelecidas neste Decreto. (BRASIL, 2000).
Quantos às suas finalidades, o Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000, 
determina:
I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução 
dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência 
da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da 
Administração Pública Federal, bem como da aplicação de recursos públicos 
por entidades de direito privado;
III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos 
direitos e haveres da União;
IV. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
O controle interno tem como principal função avaliar a ação governamental 
e da gestão da administração pública. É pelo controle e avaliação dos atos e contas 
públicas, que é possível coibir desvios de verbas, corrupção, ingerências, entre 
outras.
2.1.2 Características do controle interno
Uma organização pública ou privada, ou mesmo em outro formato, 
necessita de controle interno para que mantenham a saúde financeira, de 
recursos humanos, administrativa e operacional salutar. Para tanto, necessita do 
envolvimento de todos da organização, métodos, procedimentos, documentos e 
relatórios para análise.
O controle interno possui características importantes que por definição 
pode ser identificado como apresenta Barreto e Graeff (2014, p. 97 e 98):
• É um processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança, 
administração e outros funcionários, ou seja, é responsabilidade de todos – 
operários de linha, gerentes e diretores etc. -, assim, o controle interno somente 
será efetivo se todos os envolvidos na consecução dos objetivos da empresa 
tomarem parte da responsabilidade;
• Fornece segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade, assim, o 
controle interno é um processo desenvolvido para garantir com razoável 
certeza (nunca com garantia absoluta), que sejam atingidos os objetivos da 
organização;
• No que se refere à confiabilidade dos relatórios financeiros, efetividade e eficiência 
das operações e conformidade com leis e regulamentos aplicáveis. Dessa forma, o 
controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, 
TÓPICO 2 | CONTROLE
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2.1.2 Características do controle interno
métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos e produzir dados 
contábeis confiáveis (controles contábeis), ajudar a administração na condução 
dos negócios com eficiência (controles operacionais ou administrativos); e 
promover o cumprimento das normas e regulamentos (controles normativos).
Dessa maneira, o controle interno deve envolver todos os funcionários 
da entidade, cada um com a sua responsabilidade na operação de controle. O 
comprometimento com a realização de suas funções, bem como no fornecimento 
de dados e informações que demonstrem a real situação da organização, mas tendo 
como foco a missão, visão e

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