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HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA

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Beatriz Marinelli 
7º termo 
 
 
Hiperplasia Prostática Benigna 
Próstata: é uma glândula exócrina que compõe o sistema reprodutor masculina, 
responsável por produzir o liquido seminal (98% do liquido ejaculado), que serve para 
nutrir e proteger o espermatozoide, maximizando as possibilidades de fecundação. Ela 
não está relacionada com a potência/ereção. Os nervos da potência sexual passam ao 
lado da próstata. 
→Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) 
A HPB é o tumor mais comum no homem, sendo uma condição clinica frequente após 
os 50 anos. A glândula prostática fisiologicamente aumenta conforme o homem 
envelhece, podendo comprimir a uretra e bloquear/diminuir o fluxo de urina. Esse fato 
pode levar uma serie de problemas. O mais importante é saber que o tamanho de 
próstata não tem relação direta com sintomatologia, ou seja, pode existir um paciente 
com uma próstata gigante sem sintomas, sem constringir a uretra; como também pode 
ter uma paciente com uma próstata pequena com sintomatologia. Tudo vai depender 
da constrição do ureter. 
 
 
→Epidemiologia 
É uma patologia relacionada ao envelhecimento do homem, devendo se atentar com a 
sintomatologia, ou seja, só vamos tratar se o paciente for sintomático, independente 
do tamanho. A prevalência histológica é que até 60 anos 50% dos homens terão HPB, e 
dos pacientes até 55 anos apenas 25% apresentarão sintomatologia. Já os pacientes até 
80 anos 90% terão HPB e dos até 75 anos apenas 50% terão sintomatologia. 
Beatriz Marinelli 
7º termo 
 
 
→Etiologia 
O HPB está intimamente relacionado com a idade, testosterona (faz a próstata crescer, 
quando tira esse hormônio a próstata para de crescer, podendo até diminuir), síndrome 
metabólica (dislipidemia, hipertensão e obesidade), histórico familiar, inflamação 
(edema). 
• Envelhecimento: principal fator de risco. Há um desequilíbrio entre fatores de 
crescimento celular e apoptose, tem menos apoptose, logo a próstata cresce. 
• Hormonal: A enzima 5-alfa-redutase converte a testosterona em Hi-
Hidrotestosterona (DHT), ou seja, ativa a testosterona onde vai levar ao aumento 
da próstata. Logo, um dos fármacos que falaremos atua nesse nível, inibindo essa 
enzima. 
• Síndrome metabólica: estatisticamente a HPB é maior em paciente com 
síndrome metabólica. 
• Inflamatório: o processo crônico induz o crescimento fibromuscular prostático. 
Essa remodelação tecidual leva a neovascularização, aumentando os fatores de 
crescimento endoteliais. 
• Genético: paciente com histórico familiar tem 4x maior chance de desenvolver a 
HPM. 
→Fisiopatologia 
A próstata tem 4 zonas: periférica, central, transição, fibromuscular. A zona periférica 
corresponde a 75% da glândula, sendo a região de origem predominante de câncer, logo 
os pacientes não costumam apresentar sintomas, uma vez que cresce na parte 
posterior, não tendo relação com a uretra. Já a zona de transição corresponde 5% da 
glândula, tendo contato direto com a uretra, é nessa região que temos a HPB. 
→Componentes que atrapalham a micção de uma pessoa 
• Mecânico: aumento da próstata diminui o calibre da uretra; 
• Dinâmico: receptor alfa-adrenergico tipo 1: presentes na próstata e colo vesical, 
estimula a contração da próstata, dificultando a passagem da urina pela 
próstata. 
• Vesical-Bexiga: alterações secundárias da musculatura detrusora decorrentes da 
obstrução, inicialmente hiperativa, em que a bexiga tem que fazer um esforço 
para vencer a resistência; e tardia falência muscular. 
→Sintomas 
Lembrar de um paciente com miopia, não sabe que estava ficando “cego” até colocar o 
óculos. A obstrução não ocorre de uma hora para outra e sim com passar do tempo. 
Sintomas de armazenamento (irritativos) 
• Frequência: quantidades de idas ao banheiro. 
Beatriz Marinelli 
7º termo 
 
 
• Urgência: quando você fica com vontade de urinar, consegue segurar ou tem que 
ir ao banheiro com urgência? 
• Nocturia: quantas vezes você acorda para urinar durante a noite? 
Sintomas de esvaziamento (obstrutivos): 
• Redução do calibre e da força do jato urinário: o jato da urina costuma ser grosso 
ou fino? 
• Intervalo entre as micções inferior a 2 horas: você vai muito ao banheiro? Qual 
frequência? 
• Esforço ou demora em iniciar a micção: quando você chega ao banheiro você 
demora para começar a urinar? 
• Jato intermintente: quando você está urinando há momentos de corte do jato 
(para e volta a urinar)? 
• Esvaziamento incompleto: ao terminar de urinar você tem a impressão de que 
não saiu tudo? Continua pingando? 
Com essas perguntas você consegue definir se o paciente está com sintomas leves, 
moderados ou graves. É importante recordar que na HPB há um resíduo de urina pelo 
não esvaziamento completo da bexiga, e esse pode levar a infeção, cálculos na bexiga. 
→Diagnóstico 
• Avaliação inicial pedir exames preventivos: Toque retal, PSA (descartar câncer), 
exame de urina I (HPB normalmente o paciente tem resíduo). 
→Diagnostico diferencial: 
A dificuldade de urinar pode estar relacionada com outras doenças tais como câncer, 
cálculos vesical, cistites, prostatites, uretrite, calculo uretral e outros. 
→Tratamento 
O que vai determinar o tratamento é a sintomatologia. Lembre-se o tamanho não 
influencia em nada. Logo paciente com sintomas leves não precisam tratar, apenas fazer 
um acompanhamento/segmento anual; moderado o tratamento é farmacológico; 
graves mais de 1/3 vão precisar de tratamento cirúrgico. 
Na pratica, inicialmente dá o tratamento clinico, se o paciente melhorou fica tomando 
o remédio (o resto da vida). Se não melhorar deve-se iniciar o tratamento cirúrgico. 
Tratamento clinico 
• Alfa bloqueadores: para próstata pequenas. É um bloqueador dos receptores 
alfa-1-adrenérgicos no musculo liso, com isso essa musculatura é relaxada, 
diminuindo a resistência. Sua resposta costuma ser rápida e não altera o PSA. O 
paciente pode apresentar hipotensão ortostática, logo pedir para tomar antes 
de se deitar. Doxazosina (2 ou 4mg/dia antes de dormir); Tansulosina Alfuzosina 
0,4 ou 10mg/dia antes de dormir. 
Beatriz Marinelli 
7º termo 
 
 
• Inibidores da 5-alfa-redutase: para próstatas grandes, uma vez que age inibido 
a conversão de testosterona em Di-Hidrotestosterona, responsável por 
aumentar a próstata. O inibidor de 5 alfa redutase diminui PSA pela metade. 
Logo deve-se tratar sempre como se fosse o dobro. Se chegar paciente que faz 
uso desse medicamento com PSA no valor de X, tratar como se o PSA dele fosse 
2X. Finasterida 5gm/dia; Dutasterida 0,5mg/dia. 
• Terapia combinada: a associação das duas acima é recomendada em caso de 
paciente com alto risco, com próstata maior que 30mg com sintomas moderados 
ou graves. 
→Tratamento cirúrgico: 
• Ressecção transuretral de próstata (RTU de próstata): é o padrão ouro. 
Costuma-se fazer quando a próstata não é grande. Ocorre nesse caso pela via 
endoscópica, realizada através da visualização da próstata pela uretra, e 
remoção do tecido por eletrocauterização ou dissecção aguda. A síndrome de 
ressecção transuretral da próstata (SRTUP) é causada pela absorção de fluidos 
usados para a irrigação vesical durante o procedimento. 
• Prostatectomia Transvesical (PTV): usada para próstatas de tamanho grande 
(maior que 100g). Nesse caso é feito um corte através da bexiga para chegar até 
a próstata. 
→Complicações: calculo na bexiga, infecção de urina (resíduo), sangramento 
(hematúria), dor.

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