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Apostila - Teoria do Crime - DIREITO PENAL I - Legisday

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DIREITO PENAL I – TEORIA DO CRIME 
Conceito de crime 
Conceito material: se ocupa com a essência 
do fato, com o que torna a conduta 
penalmente relevante penalmente 
relevante. Estabelece para o legislador 
quais condutas podem ser consideradas 
como criminosas. 
Conceito formal: Define o delito através de 
suas consequências jurídicas, a sua 
sanção. Fornece ao operador do Direito 
Penal quais são os ilícitos penais. 
Conceito analítico: estuda a estrutura do 
crime e sistematiza seus elementos. 
Possibilita uma aplicação racional e 
uniforme do Direito Penal. 
“Considera-se crime toda ação ou omissão 
consciente e voluntária, que, estando 
previamente definida em lei, cria um risco 
juridicamente proibido e relevante a bens 
jurídicos considerados fundamentais para a 
paz e o convívio social”. 
Sob a ótica do conceito analítico, diversas 
teorias discorrem sobre os elementos do 
crime: 
1) Bipartida: Crime é fato típico e 
antijurídico. 
Só há crime quando o fato for típico 
(previsto e punido em lei penal anterior). 
Quanto à ilicitude, é parte integrante do 
conceito de crime, porque o Código Penal 
declara não haver crime quando o fato é 
praticado ao abrigo de uma causa 
excludente de ilicitude 
Quanto à culpabilidade constitui 
pressuposto de aplicação da pena. 
2) Tripartida: o delito é fato típico, 
antijurídico e culpável. 
3) Quadripartida: típico, antijurídico, 
culpável e punível. Considera que não pode 
haver crime numa ação desmerecedora de 
reprovabilidade. A culpabilidade, desta 
forma, deve ser parte integrante do 
conceito. 
Sistemas Penais 
1) Teoria clássica (Causal ou naturalística): 
o crime continha dois aspectos, a saber, um 
objetivo, composto pelo fato típico (ação + 
tipicidade) e pela antijuridicidade, e outro 
subjetivo, integrado pela culpabilidade. 
O fato típico resultava de mera comparação 
entre a conduta objetivamente realizada e a 
descrição legal do crime, sem analisar 
qualquer aspecto de ordem interna, 
subjetiva. 
(Ação + Tipicidade) + antijuridicidade = Aspecto objetivo 
Culpabilidade = Aspecto subjetivo 
2) Teoria finalista: dolo e a culpa passam a 
integrar o tipo penal; demonstrando que 
qualquer pessoa, ao agir, tem alguma 
finalidade; a culpabilidade não perdeu o seu 
valor, continuou a ser um juízo de 
reprovação social, voltado para o autor do 
fato. 
3) Teoria social da ação: a finalidade do 
agente só teria sentido para tipificação se 
fosse considerada socialmente relevante. 
Encontra obstáculo para se definir o que 
pode ser considerada uma valoração 
socialmente relevante. Despertou a 
necessidade de se observar condutas que 
pudessem ser consideradas socialmente 
relevantes. 
Sujeitos do crime 
Sujeito ativo: somente ser vivo, nascido de 
mulher, pode ser autor de crime. Sujeito 
ativo é quem pratica o fato descrito como 
crime na norma penal incriminadora. Para 
ser considerado sujeito ativo é preciso 
executar total ou parcialmente a figura 
descritiva de um crime. 
Sujeito passivo: é o titular do bem jurídico 
atingido pela conduta criminosa. Podem 
ser: 
› Ser humano 
› Estado 
› Coletividade 
• Pessoa jurídica 
Atenção! Pessoa jurídica pode ser sujeito 
ativo? A legislação brasileira afirma que a 
responsabilidade penal continua a ser 
pessoal. Por isso, quando se identificar 
quem são os autores físicos dos fatos 
praticados em nome de uma pessoa 
jurídica, deverão ser responsabilizados 
penalmente. 
Conduta 
É a ação ou omissão humana, consciente e 
voluntária, dirigida a uma finalidade. O 
direito penal funda-se no princípio geral da 
evitabilidade (só interessam as condutas 
que poderiam ser evitadas). Por isso, onde 
não houver vontade, não existirá conduta 
perante o ordenamento jurídico. 
Atenção! Só pessoas humanas podem 
realizar a conduta, pois são as únicas 
dotadas de vontade e consciência para 
buscar uma finalidade. 
Formas de conduta 
+ Ação: desatende a preceitos proibitivos. 
- Omissão: desatende mandamentos 
imperativos. 
Conduta ≠ Ato 
É apenas uma parte da conduta, 
quando esta se apresenta sob 
forma de ação. 
Realização material da vontade humana mediante a 
prática de um ou + atos. 
Teorias da conduta 
Teoria finalista (adotada pelo CP): A 
conduta é ação ou omissão, voluntária e 
consciente, implicando um comando de 
movimentação ou inércia do corpo humano 
voltado para uma finalidade. 
Dependendo do elemento subjetivo do 
agente, ou seja, de sua finalidade, a 
qualificação jurídica do crime muda 
completamente. Não se pode desconhecer 
que finalidade, dolo e culpa estão na própria 
conduta. A finalidade é o fim visado pelo 
agente em sua conduta. 
Teoria social: A ação é a causação de um 
resultado típico socialmente relevante. Um 
fato não pode ser definido em lei como 
infração penal e, ao mesmo tempo, ser 
tolerado pela sociedade. Teve poucos 
adeptos pois há um problema em se 
esclarecer o que é socialmente relevante. 
Elementos da conduta 
Vontade: consiste no querer ativo, apto a 
levar o ser humano a praticar um ato 
livremente. 
Consciência: é a possibilidade que o ser 
humano possui de separar o mundo que o 
cerca dos próprios atos, realizando um 
julgamento moral das suas atitudes. 
Classificação dos crimes quanto ao 
resultado naturalístico 
Crime material: o tipo penal descreve a 
conduta e um resultado material, exigindo-
o para fins de consumação. Exemplos: 
homicídio (CP, art. 121), furto (CP, art. 155) 
Conduta + Resultado naturalístico 
Crime formal: o tipo penal descreve a 
conduta e o resultado material, porém não 
o exige para fins de consumação. 
Exemplos: extorsão (CP, art. 158) 
Resultado naturalístico dispensável 
Crime de mera conduta: o tipo penal não faz 
nenhuma alusão a resultado naturalístico, 
limitando-se a descrever a conduta punível 
independentemente de qualquer 
modificação no mundo exterior. Exemplos: 
omissão de socorro (CP, art. 135) 
Nexo causal 
Entende-se por relação de causalidade o 
vínculo que une a causa, enquanto fator 
propulsor, a seu efeito, como consequência 
derivada. Trata-se do liame que une a 
causa ao resultado que produziu. 
Concausas 
• Causas absolutamente independentes: 
sempre excluem o nexo causal, de modo 
que o agente nunca responderá pelo 
resultado; somente pelos atos praticados. 
• Causas relativamente independentes: não 
excluem o nexo causal, motivo por que o 
agente, se as conhecia ou se, embora não 
as conhecendo, podia prevê-las, responde 
pelo resultado; 
• Causa relativamente independente: 
superveniente à conduta, embora exista 
nexo de causalidade entre esta e o 
resultado, o legislador afasta a imputação, 
impedindo que o agente responda pelo 
evento subsequente, somente sendo 
possível atribuir-lhe o resultado que 
diretamente produziu. 
 
Imputação Objetiva 
Imputar um resultado ao agente quando 
sua conduta criou risco a algum bem 
jurídico, precisando levar em consideração 
o dolo do agente, ou seja, o ato de atribuir a 
alguém determinado resultado, sujeitando-
o às suas consequências. 
Depois de constatada a presença do nexo 
de causalidade entre a conduta e o 
resultado, deve o intérprete exigir a 
demonstração de outros requisitos, que 
atuarão conjugadamente e, se presentes, 
permitirão a imputação do evento ao autor. 
São eles: 
1) a criação de um risco juridicamente 
proibido e relevante. 
2) a produção do risco no resultado. 
3) que o resultado provocado se encontre 
na esfera de proteção do tipo penal violado. 
Dolo 
Consiste na vontade de concretizar os 
elementos objetivos e normativos do tipo. 
Trata-se de elemento subjetivo implícito da 
conduta, presente no fato típico de crime 
doloso. 
Nosso Código Penal adotou a teoria da 
vontade (dolo direto) e a do consentimento 
(dolo eventual). 
Teoria da vontade: dolo é a vontade dirigida 
ao resultado (Carrara). Age dolosamente a 
pessoa que, tendo consciênciado 
resultado, pratica sua conduta com a 
intenção de produzi-lo. 
Teoria do consentimento ou do 
assentimento: consentir na produção do 
resultado é o mesmo que o querer. Aquele 
que, prevendo o resultado, assume o risco 
de produzi-lo, age dolosamente. 
 
Referências: 
ESTEFAM, André Direito penal 
esquematizado: parte geral / André Estefam 
e Victor Eduardo Rios Gonçalves. São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal. 
Vol. I. São Paulo: Saraiva, 2004. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de 
direito penal: parte geral: parte especial. 6ª 
edição

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