Buscar

Aula 1 - Introdução às Artes Visuais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Virgínia Marcondes
Introdução às 
artes visuais
Aula 1 
A arte na pré-história
A arte na pré-história
A pré-história representa o mais longo período da experiência
humana na face da terra.
É representado pela época na qual não há registros escritos,
não há fontes primárias ou documentais escritas.
Para se estudar a pré-história, portanto, há que se recorrer às
pinturas nas paredes das cavernas, ou seja, à arte rupestre, às
pequenas esculturas em madeira, em pedra, ou outros
materiais, outros objetos de pesquisa arqueológica.
Por meio da imagem, nos comunicamos com o mundo que nos
cerca.
Durante a pré-história apareceram as grandes conquistas da
humanidade, as grandes invenções, com exceção da escrita.
Pois, quando nasce a escrita, termina o período pré-histórico e
inicia-se a história da humanidade.
Foi na vigência do período pré-histórico que os animais foram
domesticados, os vegetais também começam a ser
classificados, identificados e cultivados na mesma época.
É também na pré-história a ocasião na qual surge a cerâmica, a
tecelagem, feitos que representam as conquistas do período
neolítico.
Período paleolítico
As primeiras manifestações escritas, que serão o marco para o
término do período da pré-história, surgem ao norte da África
e na região da Mesopotâmia.
Podemos dividir a pré-história em dois grandes períodos. Um
período chamamos de paleolítico, que significa pedra antiga
(paleo = antigo, lítico = pedra) e o segundo período é o
neolítico, ou seja, período da pedra nova.
No período paleolítico a referência de arte é da região ocupada
pelos Pirineus, entre a França e a Espanha.
A arte pré-histórica gira em torno dos Pirineus.
A arte pré-histórica se manifesta em todas as regiões da terra,
inclusive no Brasil, onde temos um sítio arqueológico de
grande expressão. A serra da Capivara abriga o Parque
Nacional da Serra da Capivara, localizado no estado do Piauí.
É o parque que tem o maior número de pinturas pré-históricas
da Terra. São 33.000 diferentes pinturas rupestres existentes
nessa região.
Agora vamos estudar a região que atualmente é conhecida
como França e Espanha, a região dos Pirineus.
O último período de glaciação, quando a temperatura na Terra
começa a subir, há o degelo que representa o período entre
30.000 a.C. e 10.000 a.C.. Que é o período paleolítico.
É o período de maior evolução da humanidade, já que a
humanidade passa a controlar a alimentação por meio do
domínio de técnicas de agricultura e da criação doméstica dos
animais.
Toda essa evolução ocorre nessas regiões já citadas,
especialmente entre rios Eufrates e Tigre, por volta de 10.000
a.C..
O fim do período pré-histórico
De 10.000 a.C. até 4.000 a.C., em algumas regiões surge a
escrita, às margens do Rio Nilo, na região da Mesopotâmia.
É um marco, o período no qual surge a escrita e termina o
período da pré-história e começa propriamente o período
histórico.
Portanto, podemos dividir a pré-história entre períodos
específicos: de 30.000 a.C. a 10.000 a.C. e de 10.000 a.C. a
4.000 a.C..
No primeiro período, a grande atividade é a caça, a coleta, os
povos são nômades e é o último período de glaciação.
O ser humano organicamente já estava formado, evoluído. Ou
seja, do ponto de vista físico e orgânico, o ser humano estava
formado. Haverá alterações culturais diferentes na
humanidade, mas a base orgânica se forma nessa ocasião.
Esse período está relacionado intimamente à nossa
humanidade, à nossa produção cultural e artística.
As pinturas rupestres e as esculturas em pedra ou marfim
representam os vestígios de arte da humanidade dessa época.
O passado desses povos antigos representa um passado tão
antigo quanto o nosso em relação ao deles. Assim, podemos
afirmar que o passado é um amigo sem fim: já que
representam o mais antigo registro da humanidade.
Os registros das artes da pré-história ainda são nebulosos, ou
seja, há algumas conjecturas, entretanto ainda não
identificamos com clareza as representações da arte rupestre.
Não sabemos com certeza qual significado eles atribuíam
àquelas imagens, mas mesmo não sabendo o significado das
imagens, podemos vê-las, apreciá-las, atribuir impressões, etc.
Podemos, principalmente, criar a partir delas, podem ser a
inspiração, podemos dialogar com elas.
Em 1940, Picasso vai ao sul da França, numa gruta chamada
Lascaux e afirma ter certeza de que o Homem não cria nada,
pois tudo já tinha sido criado.
Picasso afirma isso e a partir de seu desenho identificamos que
ele mesmo foi buscar na arte rupestre a inspiração para seus
desenhos e pinturas.
Picasso faz releituras das imagens que viu na gruta de
Lascaux.
Dos anos 50, dos anos 60, representa a visão de Altamira, ele,
o Picasso vai modificando e transformando até chegar nessa
representação:
Podemos entender o passado como algo vivo, de excelente
qualidade e as pinturas pré-históricas dialogam conosco
plenamente, dando pistas desse período.
As técnicas de pintura utilizadas são extremamente
sofisticadas, assim como a arte de uma forma geral.
A arte é a experiência mais antiga e extraordinária, a partir da
qual podemos nos expressar e nos comunicar.
A arte na Grécia e Roma antigas
A palavra método é uma palavra grega e significa caminho,
significa caminho de reflexão, caminho de pesquisa.
Assim sendo, lançamos mão de método para estudarmos a arte
romana, a cultura romana da antiguidade.
O método para entendermos a civilização de Roma é
estabelecer um diálogo entre a cultura romana e a cultura
grega.
A cultura romana representava muitas vezes um plágio da
cultura grega, mas tem seu desenvolvimento particular.
Os primeiros contatos entre a cultura grega e a cultura de
Roma se darão por um povo que podemos caracterizar de
obscuro e que ocupou grande parte (2/3) da Itália, no século 6
a.C. e seu domínio, que são os etruscos.
Os etruscos dominaram Roma, os dois últimos reis de Roma
foram etruscos e chamados de reis Tarquínio.
Tarquínio Prisco, (palavra que permanece em português como
priscas, ou seja, eras antigas).
Os reis eram o Tarquínio Prisco, o antigo e o soberbo. Foram
esses os dois últimos reis de Roma.
Roma passa por três períodos políticos muito característicos: o
primeiro período foi a monarquia.
Roma teve sete reis e há uma ligação muito forte com o
número sete, pois Roma foi construída sobre sete colinas. À
beira do rio Tibre.
Os dois últimos reis romanos eram etruscos e depois houve a
deposição romana do rei Soberbo e Roma Antiga foi
proclamada República, quando se dá a expansão militar de
Roma.
A formação do grande império romano é o período político da
república. República esta que tem um exército muito
importante que domina um vasto território e aí começa o
período do império.
Roma então passa por três fases políticas muito nítidas: a
monarquia, a república e o império.
Sete reis romanos, depois a república, cujo órgão político era o
senado e depois o império, cujos representantes eram os chefes
militares, os comandantes militares, os generais que se
impuseram ao senado e estabeleceram o poder imperial.
O importante a salientar é que entre os reis romanos houve
dois reis etruscos. Há poucas informações sobre os etruscos,
mas o que se sabe seguramente é que esses dois reis etruscos
vão promover a ligação entre Roma e a Grécia.
Pois ao dominar Roma, levam para Roma parte da cultura
Grega, para a monarquia romana.
As poucas informações que temos sobre os etruscos, são
informações que se tem a partir de seus inimigos.
Os romanos diziam que os etruscos eram os mais
supersticiosos dos povos porque os etruscos liam o futuro nas
vísceras dos animais, faziam pesquisas a partir do voo dos
pássaros, observavam os pássaros voando e faziam previsões.
Os etruscos negaram isso aos romanos, mas os próprios
romanos também liam o futuro interpretando as vísceras dos
pássaros.
Júlio Cesar, (100 a.C. - 44 a.C.), imperador Romano foi
assassinado,como se sabe. O imperador chegou ao poder, em
Roma no ano 46 a.C., após uma guerra civil contra nobres
conservadores.
Os oficiais que o acompanharam nessa batalha esperavam que
ele compartilhasse o poder político e a riqueza após a vitória.
No começo, isso até se deu dessa forma. Mas, em 44 a.C.,
Júlio César se declarou ditador perpétuo, na contramão da
tradição romana republicana.
Sua sede pelo poder não foi bem vista pelo senado, que
decidiu eliminá-lo. César planejava deixar Roma em 18 de
março de 44 a.C., para uma campanha militar.
Mas, três dias antes, ao chegar para um encontro com o
senado, foi abordado por Tílio Cimbro, que apresentou uma
petição para trazer o irmão de volta do exílio. Era só um
pretexto, pois a intenção era assassiná-lo.
O primeiro a apunhalá-lo foi Publius Servilius Casca. O
estadista tentou resistir, mas outros senadores se revezaram no
ataque fatal.
César foi ferido nas mãos, nos braços, na cabeça e,
especialmente, no torso, num total de 23 punhaladas. Um dos
líderes da tramoia foi Marco Júnio Bruto, um amigo próximo.
Esse evento foi representado por William Shakespeare, na
peça Júlio César. Peça na qual há a célebre frase imortalizada:
“Até tu, Brutus?”.
A frase foi invenção de Shakespeare, a partir do ocorrido, já
que Brutus era amigo de Júlio César, mas um dos que
organizou a emboscada.
Os conspiradores fugiram da cidade e o restante do senado
teve de acalmar o povo, exaltado com o crime.
Com o tempo, as coisas se normalizaram, mas a república não
durou muito, afetada por disputas internas pelo poder.
Otaviano, sobrinho-neto e filho adotivo de César, caçou os
assassinos de seu pai e, em 29 a.C., tornou-se o primeiro
imperador de Roma.
Mas o importante é saber que Júlio César foi avisado de sua
morte por uma previsão de futuro a partir do estudo das
vísceras, exatamente como os etruscos faziam.
Os gregos também não registraram informações sobre os
etruscos.
Aliás, nos dias de hoje, somente conhecemos os povos que os
gregos conheceram e dos quais deixaram registros. Pouco
sabemos sobre os gauleses, exatamente porque os gregos os
conheciam pouco.
O território francês era gaulês, foi dominado por Roma e os
gregos fundaram na Gália várias cidades, mas os gregos
escreveram muito pouco sobre os gauleses, então
desconhecemos esse povo.
Gauleses eram povos celtas que habitavam a região da Gália,
que corresponde hoje ao território da França. A origem de
Paris é a antiga “Lutécia” (nome celta, latinizado – que
significa “habitação em meio às águas”), do tempo dos
gauleses.
Os gauleses eram chamados de bárbaros pelos gregos e
romanos da Antiguidade, pois eram povos que falavam língua
estranha e tinham uma civilização considerada menos evoluída
que a deles.
Os celtas viviam na região central da Europa e compreendiam
vários grupos distintos, sendo o mais importante o dos
gauleses, que na Idade do Bronze e do Ferro se destacaram
como excelentes metalúrgicos.
Apesar dos hebreus terem traduzido a bíblia para os gregos, os
gregos não leram a bíblia, pois a narrativa de escrita e leitura
grega era de caráter filosófico, historiográfica, bem diferente
da escrita dos hebreus, por meio de metáforas.
Ou seja, os gregos desprezaram os gauleses e os etruscos.
Um dos únicos registros que há dos gregos sobre a sociedade
etrusca é a afirmação de que os turcos conhecem e sabem
quem são suas mães, mas desconhecem seus pais, o que pode
representar um forte poder feminino na sociedade concebida,
possivelmente pela liberdade sexual.
O banquete de Platão, por exemplo, é um texto que tem só a
participação masculina. Evidentemente que havia a
participação das mulheres na sociedade, mas não há registro
algum disso.
Já na Turquia, a presença das mulheres se dá nas artes
plásticas.
A grande dificuldade em se estudar os etruscos é que o que se
sabe desse povo, é a partir de depoimentos dos romanos, que
eram inimigos dos etruscos e dos depoimentos dos gregos, que
simplesmente desprezaram os etruscos.
A influência etrusca na arte
Portanto, ainda hoje, o alfabeto etrusco não foi decifrado.
Há caracteres etruscos indecifráveis, mas há caracteres gregos
no alfabeto etrusco.
O que representa uma outra dificuldade para se estudar os
etruscos.
Quando Roma conquista todo esse território da Etrúria, os
antigos romanos destruíram as cidades etruscas e levantaram
cidades romanas nos seus lugares.
Algumas cidades romanas tiveram nomes etruscos, mas os
romanos liquidaram os etruscos.
Destruíram as cidades, mas não tocaram nos túmulos etruscos.
Parece ser um princípio antropológico: derrota-se o povo,
destroem-se as cidades, escraviza-se a população, mas não se
toca nos túmulos.
As melhores informações sobre os etruscos encontram-se nos
túmulos etruscos que foram preservados pelos romanos.
Durante os séculos 13 a 200 a.C. que completam o domínio da
Etrúria.
O território original dos etruscos era entre o rio Tibre e o rio
Arno, eram as cidades etruscas, as latinas.
Os Etruscos representaram os latinos (ao sul da Itália), perto
de Roma, a cidade Tarquínia abriga mais de 70 casas túmulos.
Os etruscos são um povo importante, de origem obscura
informações muito vagas, pois os gregos desprezaram os
etruscos e vemos o mundo a partir da perspectiva grega.
Conhecemos muito bem os persas exatamente porque os
gregos invadiram a Pérsia e escreveram sobre os persas que
eram seus inimigos, não escreveram sobre os etruscos, então
não temos informações sobre os etruscos.
As mulheres etruscas eram muito importantes: há espelhos de
bronze com inscrições, o que leva a crer que as mulheres eram
alfabetizadas.
As mulheres romanas não tinham nem nomes, levavam os
nomes dos pais, ou seja, se Otávio tivesse tido uma filha se
chamaria Otávia, se Cesar tivesse tido uma filha se chamaria
Cesária, Cornélio teve filha que se chamou Cornélia. Se
tivesse tido mais de uma filha seria Cornélia II, ou seja, as
mulheres eram desimportantes, mas as etruscas eram
alfabetizadas.
Na Etrúria, a presença das mulheres na sociedade era notória.
Pelos objetos artísticos se percebe a presença das mulheres na
sociedade da Etrúria.
Nas casas túmulo da Tarquínia, a 90 Km de Roma, pode-se
observar a cultura dos etruscos, já que as casas túmulo eram
decoradas por afrescos e por móveis. O que demonstra que os
etruscos tinham uma concepção da vida após morte como
continuação da vida propriamente dita. Decoravam os túmulos
relativamente semelhantes à decoração egípcia, como durante
a vida antes da morte.
São 70 túmulos, numa região próxima ao mar.
As condições de preservação desses túmulos são precárias por
causa da salinidade (cidades próximas ao mar), mas as
pinturas afrescos estão bem avariadas.
Hoje os turistas só conseguem entrar em 30 das 70 casas
túmulo da época.

Outros materiais