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! 
Montessori: o tempo o faz cada vez ! I 
mais atual	 ii 
Talita de Almeida * 
RESUMO 
A autora evidencia a origem do Método Montessori e suas carac­
terísticas peculiares. Enfatiza a organização das classes montessorianas 
dando o perfil da criança. Refere-se ao material e ao currículo da escola 
montessoriana e apresenta a nova dimensão que o "Constructor Sui" 
tem dado à educação no Brasil. Conceitua Casa-Escola e relaciona este 
novo ambiente com a proposta metodológica montessoriana. Apre­
senta os princípios que orientam uma escola montessoriana e situa a 
chegada do Método Montessori no Brasil salientando as dificuldades 
encontradas e as soluções pretendidas. Evidencia a eficiência do mé­
todo para a criança e conclui que o mais "importante será pessoas que­
rerem que.outros sejam também pessoas". 
o MÉTODO E A NOVA CRIANÇA 
O Método Montessori não é tão novo, apesar de propor um trata­
mento quase revolucionário. Surgido em 1907, ele foi elaborado pela 
cientista italiana Maria Montessori e começou a ser aplicado num bairro 
pobre de Roma. A primeira escola chamou-se "Casa dei Bambini", e todas 
as que foram sendo implantadas na Europa receberam também esse 
nome. O sistema educacional desenvolvido por Maria Montessori carrega 
também influências dos pensadores da época, mas é acima de tudo o 
reflexo da observação daquela educadora no que a criança tem de mais 
peculiar. É preciso lembrar que ela foi a introdutora do que se pode chamar 
de mundo dos pequenos, criando a cadeirinha, os trincos de portas baixas e 
as tomadas de luz a uma altura que a criança possa alcançar sem pro­
blemas, promovendo sua independênciae dando-lhe mais participação no 
mundo dos adultos. 
*	 Presidente da OBRAPE - Organização Brasileira de Atividades Pedagógicas; Presidente 
da ABEM - Associação Brasileira de Educação Montessori; Diretora Geral do CONS­
TRUCTOR SUl - Escola de Aplicação do Método Montessori no Brasil. 
Perspectiva; r. CEV, Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 9
i 
l
Maria Montessori define o método que leva o seu nome como "o 
primeiro trabalho na sociedade humana guiado pela criança". 
Inicialmente testado em crianças de três a seis anos, a educação 
montessoriana foi se ampliando e hoje existe desde o atendimento da 
mulher grávida, com orientação para o parto, até o 2': grau. E ainda há uma 
proposta de educação Universitária, atualmente sendo utilizada na índia. 
As escolas montessorianas existem em todas as partes do mundo, 
desde as cidades mais populosas às pequenas cidades (aldeias ou 
mesmo em cidades rurais). Os grandes centros de educação estão hoje no 
México, Japão, Estados Unidos e índia, pois as escolas surgem dia a dia em 
melhor qualidade e maior número. Diferentemente do ensino tradicional, 
as crianças são divididas em classes agrupadas, que não obedecem aos 
critérios de seriação. Assim sendo, em geral, agrupam-se crianças de 3 
meses a 3 anos, de 3 a 6 anos, de 6 a 9 anos, etc. 
As classes agrupadas obedecem às associações comuns de vida. 
Ninai a família é também uma classe agrupada, com pessoas de idades 
variadas convivendo diariamente. 
Através da observação, sabe-se que a criança cresce imitando as atitu­
des dos outros. No ambiente estabelecido determina-se o "poder" da 
criança, ou seja, o que ela pode ou não pode fazer. No mundo de hoje, o 
que ela pode geralmente é o que o adulto permite. 
No Método Montessori se estabelece um campo de ação. Através do 
convívio com crianças de idades diferentes, ela tem condições de manter 
um referencial sobre o mais velho e o mais moço do que ela. O limite, no 
caso, não é estabelecido pelo adulto, mas pelas próprias crianças. Aos 
poucos, com a orientação do professor, ela vai entendendo o meu e o teu, 
vai criando seus esquemas mentais próprios. A criança pequena é muito 
conservadora e detalhista, e todo o seu pensamento matemático e lingua­
gem partem do contato com o real. 
O que a criança pode e o que não pode é, para o Método Montessori, 
uma discussão subjetiva que vai depender de vários fatores, especialmente 
de cada criança e do adulto que a orienta. A liberdade de uma criança de 
um ano, por exemplo, é diferente da liberdade que terá uma outra de cinco 
anos. Esta liberdade está associada a seu grau de independência e res­
ponsabilidade, não só teoricamente, mas também na prática. Montessori 
sustenta que a verdadeira liberdade não se expressa somente nos atos 
externos, mas acima de tudo nos atos internos que vão definir sua conduta. 
"Deve-se determinar certos limites para a criança, mas às vezes o adulto 
não sabe qual é o limite daquela criança". 
O Método Montessori acred 
desenvolvimento da criança lTliII 
Na família e na escola traciciI 
educação direta, "que vem de ciI 
de escolha: na infância se obedeI 
sintomas de revolta, que lTlUitiII 
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prefere eliminar os incômodos d 
O Método Montessori não PI 
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um contato direto com os prcfe! 
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de uma criança de 
wna outra de cinco 
dependência e res­
prática. Montessori 
somente nos atos 
definir sua conduta. 
s as vezes o adulto 
O. 9-19. 
o Método Montessori acredita que o adulto tem o direito de intervir no 
desenvolvimento da criança, mas o que se discute é o tipo de intervenção. 
Na família e na escola tradicional, a criança geralmente recebe uma 
educação direta, "que vem de cima" e sobre a qual ela tem pouca margem 
de escolha: na infância se obedece e na adolescência surgem os primeiros 
sintomas de revolta, que muitas vezes acabam servindo para qualificar 
crianças normais como "alunos-problemas". Isso é freqoente porque o 
sistema educacional se omite na abordagem das questões centrais e 
prefere eliminar os incômodos da educação em si. 
O Método Montessori não percebe a educação como o sistema tradi­
cional, que adota ,a nota como estímulo. O mais importante é o aprendi­
zado global da criança, sua mente, seu desenvolvimento e a formação de 
uma estrutura de conceitos e valores. Lentamente, o Montessori conduz a 
criança a uma visão crítica e a uma compreensão maior dá sociedade. "No 
final de um processo, as crianças acabam compreendendo melhor os pais 
do que eles a elas". O tipo de educação que elas recebem na escola e em 
casa não deve entrar em conflito. Os pais que colocam seus filhos na 
escola Montessoriana precisam acreditar nos efeitos do Método e manter 
um contato direto com os professores através de reuniões ou entrevistas.A criança Montessori desenvolve um aguçado senso de observação e 
crítica; não tem "medo" nem "vergonha". Ela encara as coisas com mais 
naturalidade; é muito espontânea e pensa diferente. No Método Montessori 
a criança opta, é segura. Durante o aprendizado se procura o rodízio de 
professor para não criar dependências, mas não há preocupação maior­
tudo sai muito naturalmente. Mas tudo isso não significa que essas crian­
ças não passem por fases difíceis. Elas tem suas crises e as exteriorizam 
normalmente, talvez com mais espontaneidade que as outras crianças, 
pois não são reprimidas. 
O material montessoriano, que serve de instrumento para a educação, 
é apenas um elemento de ligação entre a criança e o currículo. O nosso 
objetivo não está no material nem no currículo, mas sim na criança como 
pessoa, desenvolvendo as suas potencialidades, a sua linguagem. No 
cotidiano, o adulto costuma facilitar as coisas para as crianças - quando 
não faz as coisas por ela. Para o Método Montessori o material é um 
elemento que carrega uma proposta: a reflexão. A criança tem que pensar 
para usá-lo, para conquistá-lo. Como dizia Maria Montessori, "o material é 
um professor que não castiga, não briga, não dá prêmios", mas que faz a 
criança lutar e desafiar com ele. 
Jan./Jun. 1984 Perspectiva; r. CEiV, Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 11 
I 
I
o QUE É A CASA-ESCOLA 
Introduzindo este novo conceito, o Constructor SUÍ dá à educação no 
Brasil uma nova dimensão. Todos sabemos que de uma boa educação de 
base depende o futuro da personalidade, em termos de pessoa humana e 
cidadão. Ora, a condição mais favorável para o desenvolvimento físico € 
psíquico de uma criança é a liberdade em "atmosfera familiar", enquanto 
que para o pré-adolescente e adolescente é a liberdade em atmosfera 
"comunidade-mundo", com base nas conquistas anteriores. 
Na Casa-escola todos têm possibilidade de uma integração contínua, 
diária e gradativa. As atitudes são modelos contestáveis, mas definem 
padrões culturais, limites, favorecem opções, exigem responsabilidade 
obediência consciente, disponibilidade e respeito. 
A casa-escola é o prolongamento do lar e do grupo social por isso abre 
para o amor, para a auto-regulação e para a vida plena. Tendo sido 
despertada para um desenvolvimento equilibrado e harmonioso, a criança 
precisa encontrar sempre no exemplo dos educadores seu melhor cami­
nho. O adulto não pode ter mais duas verdades: a que prega e a que faz. O 
adulto, diante de sua responsabilidade, procura rever-se, autocriticar-se, 
autoconquistar-se a fim de ser uma pessoa capaz de assumir com eficácia 
e sabedoria sua função orientadora. A flexibilidade, a sinceridade, a har­
monia e a fé na pessoa humana são elementos básicos no processo de 
interação e educação. 
O conceito de escola como local que fornece instruções de conhe­
cimentos não deixa de existir na Casa-escola, mas tem uma conotação 
diversa na práxis utilizada. Partimos do pressuposto de que o homem é o 
construtor de si mesmo, ele é quem absorve e integra sua cultura e constrói 
sua personalidade. Assim sendo,o programa que propomos é a integração 
total da criança com o meio, onde troca, usa seus conhecimentos e sente­
se participante do desenvolvimento social. A cultura, assim, vem assimi­
lada e integrada nos atos, raciocínios, seguindo os padrões intemos de 
amadurecimento. 
Para as classes pré-escolares não existe um programa rígido, mas um 
planejamento integrado das viabilidades de aprendizagem (experiências 
sobre o real). 
No primeiro grau, o Sistema Montessori apresenta uma visão cósmica 
que é apresentada à criança, atendendo à sua capacidade imaginativa e ao 
período de inteligência lógica concreta. O programa oficial deverá ser 
12 Perspectiva; r. CEV, Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 
seguido, porém dentro de ..na 
conhecimento, construção de 
problemas, atitudes coerenlies e 
social. 
A instrução é um meio para 
de cultura, é base para as opçÕII! 
deve o educando chegar a um 
avaliado. 
Alunos, orientadores. pois t 
todos são responsáveis pelo su 
conhecimento adquirido éIItJiMé 
aprendem e ensinam, todos aval 
a viver, para que não haja aquete 
é dirigido. 
Cada pessoa é singular" e Ú 
nitária com o objetivo de se real 
PRINCÍPIOS QUE ORIENT"'" (I 
AMBIENTE - Uma cIassIl 
m2, onde o mobiliário e rT1iiIRIiIl 
fora da classe. Na verdade.. todo4 
natureza - serve à expeimenl 
reta. 
ESPAÇO-Acriançaé-. 
propriedade lógica e cot:id*=.o 
trabalho (tapete, mesa) mas 01 
atividades). 
ORDEM- Todoanbe:t. 
do educando, estabelecendcHll 
são agrupados por objetivos_ 
ordem deve ser de COlTllml aq 
classe, mas com todo o ~ 
TEMPO - A criança. de!If 
gará às atividades dentro de .. 
cer várias opções de trebalau.. 
realmente fazer, no tempo di 
MATERlAlS PEDAGÕG1C09 
Perspectiva; r. CEV. F.or'sniipcbL 
seguido, porém dentro de uma didática de participação plena, busca do 
conhecimento, construção de esquema, resolução prática e teórica dos 
JCação no problemas, atitudes coerentes e lógicas de um ser inserido num contexto
 
Llcaçãode social.
 
humana e A instrução é um meio para a integração social, é um código de ética e
 
to físico e de cultura, é base para as opções futuras. Partindo de uma autoconÇJuista,
 
enquanto deve o educando chegar a um conhecimento estruturado sempre auto­
atmosfera avaliado. 
Alunos, orientadores, pois fazem parte do contexto casa-escola, onde 
Icontínua, todos são responsáveis pelo sucesso da ação integrativa do grupo e pelo 
s definem conhecimento adquirido através das conquistas pessoais. Assim, todos 
sabilidade aprendem e ensinam, todos avaliam e são avaliados, todos vivem e ajudam 
a viver, para que não haja aquele que dá e o que recebe, o que dirige e o que 
r isso abre é dirigido. 
~do sido Cada pessoa é singular e única, capaz de optar por uma vida comu­
•a criança nitária com o objetivo de se realizar na construção com o outro. 
horcami­
que faz. O PRINCÍPIOS QUE ORIENTAM UMA ESCOLA MONTESSORIANA
 
criticar-se,
 
meficácia AMBIENTE - Uma classe agrupada ideal seria de, no mínimo, 100
 
de, a har­ m2, onde o mobiliário e material permitam livre movimentação dentro e
 
ocesso de fora da classe. Na verdade, todo o corpo físico da escola - seu prédio e sua
 
natureza - serve à experimentação, vivência e aprendizagem ampla, di­
de conhe­ reta. 
:onotação ESPAÇO-Acriança é livre para usar o espaço interno e externo com 
Dmeméo propriedade lógica e coerente. Ela escolhe não somente onde realizar o 
e constrói trabalho (tapete, mesa) mas como realizá-lo (com materiais e através de 
ntegração atividades). 
)Se sente­ ORDEM - Todo ambiente é construído com base nas necessidades 
m assimi­ do educando, estabelecendo-se os lugares específicos dos objetos, que 
!temos de são agrupados por objetivos similares e específicos. Qualquer alteração da 
ordem deve ser de comum acordo, não só com o agrupamento daquela 
D,masum classe, mas com todo o grupo escolar. 
periências TEMPO - A criança, despertada por um interesse interior, se entre­
gará às atividades dentro de um ritmo próprio. Apesar do ambiente ofere­
o cósmica cer várias opções de trabalho, a criança é livre para escolher o que deseja 
nativa e ao realmente fazer, no tempo determinado pela sua necessidade interior. 
:leverá ser MATERIAIS PEDAGÓGICOS - Oferecem à criança oportunidades de 
D../Jun. 1984 Perspectiva; r. CEIU, Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 13 
!
contato direto, concreto com o real, a fim de esquematizar conceitos. 
abstratos. O material não só oferece conquistas gradativas (em si ele é 
básico para outros materiais) como, muitas vezes, exige um amadureci­
mento para ser usado: tem um momento e exige da criança a capacidade 
de compreendê-lo e usá-lo. 
RESPEITO - A criança cedo compreende que para ser respeitada 
deve ter a mesma atitude para com seus colegas, o orientador, o pessoal 
complementar, os materiais e o ambiente. Conservar o ambiente, respeitar 
as atividades do grupo significapreservar a sua individualidade, e isto, no 
grupo heterogêneo, fica bem claro. 
RESPONSABILIDADE - É a atitude gerada pela liberdade, de modo 
consciente, na conquista de seus valores e como capacidade de opção. 
Tudo é simples e operativo. Cada um é responsável por si, a partir dos 
cuidados ambientais, pessoais e nas relações sociais. 
O orientador ajuda a criança na tomada de consciência do seu am­
biente, na opção de suas atividades, na relação com o meio e com os 
outros. Ele é mediador, mostrando os limites e incentivando a conquista da 
independência. 
LIBERDADE - Talvez seja o elemento básico do Sistema Montessori, 
mas também o mais controvertido e incompreendido. Cada pessoa con­
ceitua liberdade a seu modo e quer que os outros a vivam com suas lentes. 
É importante refletir sobre liberdade e limites, pois são conceitos afins. 
Liberdade não é viver sem estruturas externas, sem planejamento ou 
cedendo às pressões sociais e adulterando seu caráter. 
"Desde que o homem viva num contexto social que condiciona sua 
saúde psicológica, é necessário que a sociedade dê a cada um o máximo 
de oportunidades para realizar-se, desenvolver o uso de suas potenciali­
dades e trabalhar como um ser humano digno, em intercâmbio com seus 
semelhantes". 
A liberdade é acumulativa: uma opção feita com um elemento de 
liberdade possibilita um maior crescimento desse valor na próxima opção. 
A liberdade revela-se no ajuste da própria vida com a realidade. Ser 
livre é saber enfrentar a realidade, mesmo que com erros, mas desde que 
haja consciência e escolha nas opções. Quando um orientador deixa a 
criança "livre" ao seu controle, há sua fuga da realidade, somente porque 
ele mesmo não sabe como definir os seus limites e encontrar-se, ele estará 
negando um dos princípios mais fundamentais do Sistema Montessori e 
estará colaborando para uma não estruturação da personalidade. 
14 Perspectiva; r. CEV, Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 
COOPERAÇÃO - Num amI 
versas movimentando-se ~ 
ge da convivência e respeito reeíJ 
A criança, vivendo junto a od 
mente as diferenças individuais. ti 
plesmente coopera com a ordem I 
não somente sabe que é esse IJQ 
mento para a sua vida psíquica. 
A cooperação não surge de SI 
mente uma integração do irxiW:II! 
Ajudar e ser ajudada é faIor dIl 
ela é aluna dos mais vebos e 11 
permite o desenvoMmento do .. 
princípios básicos do sistema 
ROTINA DE CLASSE - 0beI 
responsável para executm suas aIIil 
tempo é flexível às suas exi~ 
fora de sala. 
ORIENTADOR DE ClASSE. 
ambiente e com a interação do edI 
tação, sua fisionomia, suas atitudl 
modelo para as crianças. Ele ~ 
ambiente, a utilização do tempo. OI 
pelo trabalho e a vivência da ibeIl 
suas metas. 
O MÉTODO NO BRASIL 
O Método Montessori chegou 
de vinte anos; divulgou-se por aIg 
grande concentração nas cidades d 
haver sido divulgado de aJguna I 
Social, Montessori ainda é um méto 
sorado brasileiro, quer perante a 011 
No Brasil existem pouquíssim 
los Centros e Cursos Intemaciona 
induz ao ceticismo de ter que acei 
queles que, mesmo na boa fé. preIE 
a psicopedagogía montessoriana. 
montessoriana é de condição básia 
Perspectiva: r. CEI1, FloriAnópoUs.. : 2._ 
I
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m suas lentes. 
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rtador deixa a 
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lidade. 
Jan./Jun. 1984 
COOPERAÇÃO - l'ium ambiente heterogêneo, de faixas etárias di­
versas movimentando-se livremente, a necessidade de cooperação sur­
ge da convivência e respeito recíprocos. 
A criança, vivendo junto a outras de diferentes idades, percebe clara­
mente as diferenças individuais, e não se compara ou compete; ela sim­
plesmente coopera com a ordem social, reflexo de sua ordem interna pois, 
não somente sabe que é essencial no todo, como precisa de cada ele­
mento para a sua vida psíquica. 
A cooperação não surge de sermões ou conselhos morais; é simples­
mente uma integração do individual no contexto social. 
Ajudar e ser ajudada é fator de seu crescimento; ela apr~nde e ensina, 
ela é aluna dos mais velhos e professora dos menores. A escola que 
permite o desenvolvimento do individualismo egoísta está negando os 
princípios básicos do sistema. 
ROTll'iA DE CLASSE - Obedecendo a uma rotina, a criança é livre e 
responsável para executar suas atividades dentro de seu próprio ritmo. O 
tempo é flexível as suas exigências, porém ela deve concentrar-se dentro e 
fora de sala. 
ORIENTADOR DE CLASSE - Ele é a pessoa preocupada com o 
ambiente e com a interação do educando sobre o mesmo. Sua movimen­
tação, sua fisionomia, suas atitudes são firmes, ordenadas e servem de 
modelo para as crianças. Ele deve interferir sempre que for agredido o 
ambiente, a utilização do tempo, ou as pessoas. Aresponsabilidade, o zelo 
pelo trabalho e a vivência da liberdade e valores montessorianos são as 
suas metas. 
O MÉTODO NO BRASIL 
O Método Montessori chegou no Brasil por vários caminhos, há mais 
de vinte anos; divulgou-se por alguns estados brasileiros e manteve sua 
grande concentração nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Apesar de 
haver sido divulgado de alguma forma pelos veículos de Comunicação 
Social, Montessori ainda é um método desconhecido, quer junto ao profes­
sorado brasileiro, quer perante a opinião pública. 
No Brasil existem pouquíssimas pessoas formadas efetivamente pe­
los Centros e Cursos Internacionais Montessori. Essa circunstância nos 
induz ao ceticismo de ter que aceitar como reticente a contribuição da­
queles que, mesmo na boa fé, pretendem transmitir conhecimentos sobre 
a psicopedagogia montessoriana. Sabemos de antemão que a práxis 
montessoriana é de condição básica para que se mantenha a fidelidade aos 
Perspectiva; r. ero, Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 15 
I
princípios originais. Sem o conhecimento profundo dessa "práxis" é im­
possível executar um trabalho genuinamente mon~essoriano. 
Esse fato traz consigo uma série de conseqüências. A mais grave há 
de ser a formação de uma liderança no setor, suficientemente capaz para 
promover a divulgação do Método com todas as suas características 
básicas e científicas. 
Sabemos, além disso, que a grande maioria dos "iniciados" em 
Montessori está baseando sua fundamentação científica em apenas sete 
títulos de livros publicados em língua portuguesa (Mente Absorvente, A 
criança, Formação do Homem, Montessori em Fami1ia, O que você precisa 
saber sobre seu Filho, Maria Montessori: Uma História no Tempo e no 
Espaço, Educação para o Desenvolvimento Humano). Naturalmente, essa 
informação sobre a Metodologia não é suficiente para formar um lastro de 
fundamentação. O que consta desses livros permite apenas a visão de 
alguns perfís traçados cientificamente. Além do mais, como já dissemos, 
apenas a leitura não permitirá o conhecimento da Metodologia, que para 
ser assimilada precisará de aprendizado prático - bem montessoriano, 
por sinal. 
Assim, é praticamente impossível dispor de dados confiáveis sobre o 
número de escolas e alunatos ditos montessorianos existentes no Brasil 
afora. 
Desconhecendo os legítimos princípios montessorianos - e porque 
se empolgam com muita facilidade - muitos professores e professoras 
têm procurado, após leituras que reputam suficientes, improvisar escolas 
montessorianas; procuram fazer adaptações, criando universos estranhos. 
É preciso lembrar que o trabalho da Ora. Montessori foi laborioso e 
profícuo, mais profícuo e laborioso porque decorrente de décadas de 
experimentação e fundamentação científica. O Método Montessori não foi 
inventado, foi construido no dia a dia de toda uma existência. 
O que se observaé que os interessados em Montessori presumem 
necessitar apenas de alguns poucos dias para montar uma escola. Não se 
fundamentam, não procuram dotar a escola de alguém suficientemente e 
corretamente treinado para conduzir os trabalhos. Mário Montessori já 
disse uma vez: "Nada pior para uma criança do que uma escola montes­
soriana mal orientada". 
O problema, felizmente, não é apenas brasileiro. O inimigo da metodo­
logia não foi sempre a imperfeição com que foi tratado. A história registra 
que o Método Montessori teve, como obstáculos para se aceito, algumas 
16 Perspectiva: r. CED, Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 
barreiras poderosas. O facismo d 
pre - porque se toma forte e rT 
empregado - o Método Mor1tessl 
sive as críticas de famosos pedag 
todos os países do mundo. o Mé4D 
a comercialização. Por tcxlos os 
Montessori é excelente rótuto I 
matrículas. Essa visão de marl<etir 
é perniciosa, na medida em que n;j 
básicos para o funcionamento d 
seminação do nome de Maria li 
desonesta e abusiva. É preciso c 
para que não se desmoral.ize nacic 
A melhor contribuição que o 
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[2), 9-19. Jan./Jun. 1984 
barreiras poderosas. O facismo de Mussolini foi um dele. Resistindo sem-
pre - porque se torna forte e mais convicente quando é corretamente 
empregado - o Método Montessori atravessou muitas dificuldades, inclu-
sive as críticas de famosos pedagogos. Hoje, aceito e aclamado em quase 
todos os países do mundo, o Método Montessori tem um inimigo moderno: 
a comercialização. Por todos os lugares tem-se descoberto que o nome 
Montessori é excelente rótulo para a corrquista de maior número de 
matrículas. Essa visão de marketing escolar em cima do nome Montessori 
é perniciosa, na medida em que não corresponde às condições e requisitos 
básicos para o funcionamento do método. Diríamos mais ainda: a dis-
seminação do nome de Maria Montessori, em tais casos, chega a ser 
desonesta e abusiva. É preciso que essa irregularidade seja combatida, 
para que não se desmoralize nacionalmente um trabalho pertinente e sério. 
A melhor contribuição que os educadores poderia.m dar seria refletir 
sobre a necessidade que têm, nacionalmente, de defender a cultura brasi-
leira, de zelar pela nossa linguagem, conhecimento, expressão, não se 
atendo a um rótulo como método, mas a um método como filosofia. 
A melhor contribuição que os montessorianos poderiam dar seria a 
observância aos princípios do método e a dedicação, o trabalho de fazer 
Montessori como realmente é: muito mais um estilo de vida do que uma 
opção de técnica pedagógica. 
A CRIANÇA E O MÉTODO 
Muitos perguntam se a criança que sai de uma escola montessoriana 
é capaz de adaptar-se a uma outra escola, a uma outra realidade e, em 
especial, a uma escola tradicional. 
Esta pergunta, em geral, é feita por leigos, pois qualquer pessoa que 
conheça a metodologia sabe que a criança é preparada para enfrentar a 
realidade e não para se submeter a ela. É lógico que ela perceberá as 
diferenças e que, de início, terá de refletir, entendendo o que se passa à 
volta. Ela não agredirá esta nova realidade; no máximo, ela não permitirá 
abusos e prepotências, desrespeito dessa realidade. Também, ela pode 
ser seduzida pelo novo ambiente e perder sua capacidade de reflexão e 
crítica, passando a assumir valores que não eram seus, perdendo-se no 
anomimato da numerosidade. 
O Método atende a qualquer criança, de qualquer nível social. Seus 
melhores resultados são com crianças carentes, de classe C, que precisam 
dos estímulos que todo o instrumental oferece. As primeiras escolas 
montessorianas estavam localizadas em bairros proletários e mesmo hoje, 
Perspectiva; r. CEII1. Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 17 
na Europa, Estados Unidos, México, são montadas e financiadas pelo 
governo ou grupos de pais operários. Isto não a torna elitizante, no sentido 
de atender a uma classe A ou B, como acontece no Brasil, pois qualquer 
criança será diferente quando cursa uma escola montessoriana, fazendo 
parte de uma elite privilegiada que teve acesso à instrução, à educação, à 
alimentação. Assim, no Brasil, poderíamos dizer que a criança que tem 
acesso a qualquer escola já está englobada numa elite pensante, pois não 
é o dinheiro que constrói o Homo Sapiens. 
CONCLUSÃO: 
Sabemos da difiçuldade em se obter material montessoriano no Brasil 
e da impossibilidade que a Cacex cria para a importação do produto 
europeu. Sabemos que a montagem de uma Classe fica dispendiosa e 
muitas vezes inacessÍVeL Porém, aqui, o método sofre interferência acima 
de qualquer desculpa, destes três pontos básicos: 
- desconhecimento da metodologia por quase 80% dos professo-
res; 
- utilização indevida do "marketing" Montesson pelos diretores, por 
falta de conhecimento e desejo de usar um "modismo" vantajoso; 
incompatibilização de princípios, de valores com uma sociedade 
consumista, alienada, desinformada, que está ignorando o valor 
da família, que não está valorizando o papel da mãe ao amamentar 
e educar seu filho, que está se perdendo no supérfluo, pois não 
tem profundidade de querer. 
Com professores capazes, diretores conscientes e íntegros, com uma 
família organizada, confiante, duvidamos que haja dificuldade em implan-
tar o Montessori, quer em Copacabana, quer nos núcleos de favela, quer. 
nos centros assistenciais, de educação e reeducação. 
Com uma melhor sociedade, aliás, qualquer metodologia dá certo. O 
importante será pessoas quererem que outros sejam também pessoas. E 
isto é puro Montessori. 
(Procedência ABEM - Associação Brasileira de Educação 
Montessori) 
18 Perspectiva; r. CE,U. Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 
La autora pane en eW:Ien 
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,19. Jan./Jun.198~ 
RESUMEN 
La autora pone en evidencia el origen deI Método Montessori y sus 
características peculiares. Enfatiza la organización de los c\ases monteso-
rianas dando el perfil dei nino. Se refiere ai material y a las asignaturas de la 
escuela montesoriana y presente la nueva dimensión que ha dado el 
"Constructor Sui" a la educación en Brasil. Define la Casa-Escuela y 
relaciona este nuevo ambiente con los principios que orientam una escuela 
montesoriana y sitúa la introducción dei Método Montessori en Brasil 
senalando las dificuldades encontradas y las soluciones propuestas. 
Subraya la eficiencia dei método para el nino y conc\uye que la más 
"importante será que las personas quieram que las otras también sean 
personas". 
Perspectiva; r. CEm, Florianópolis, 1(2), 9-19. Jan./Jun. 1984 19

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