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Curso
	ESTUDOS DISCIPLINARES XI
	Teste
	QUESTIONÁRIO UNIDADE II
	
	
	
	
	Status
	Completada
	
	
	
	
	
	
· Pergunta 1
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
 
A Economia Solidária expressa formas de organização econômica – de produção, prestação de serviços, comercialização, finanças e consumo – baseadas no trabalho assalariado, na autogestão, na propriedade coletiva dos meios de produção, na cooperação e na solidariedade. São diversas atividades econômicas realizadas por organizações solidárias como cooperativas, associações, empresas recuperadas por trabalhadores em regime de autogestão, grupos solidários informais, fundos rotativos etc. Nos últimos anos a Economia Solidária tem experimentado expansão no Brasil, em especial entre os segmentos populacionais mais vulneráveis.
 
Disponível em <http://www.unisolbrasil.org.br/>. Acesso em 12 jul. 2018 (com adaptações).
 
Considerando as informações apresentadas, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
 
I. O fomento de atividades econômicas orientadas pelos princípios da Economia Solidária deve ser objeto de atenção no âmbito da gestão pública e requer políticas voltadas para essa área de atuação.
 
PORQUE
 
II. A destinação de recursos públicos para empreendimentos fundamentados na Economia Solidária viabiliza a inclusão de diversos segmentos sociais na economia e promove a valorização de práticas e saberes construídos coletivamente.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a.
As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II justifica a I.
	
	
	
· Pergunta 2
	
	
	
	Leia o texto e analise a ilustração a seguir.
 
As questões relacionadas a organismos geneticamente modificados deixaram, há muito tempo, de ser discutidas no âmbito acadêmico-científico. Também na arte, a transgenia ganhou lugar, ocupando o imaginário e a criatividade de artistas. Nesse campo, o brasileiro Eduardo Kac transita pela zona fronteiriça entre arte, ciência e tecnologia. Em seu currículo, constam obras de arte transgênicas, como GFP Bunny, uma coelha geneticamente modificada cujo pelo emite fluorescência verde ao ser iluminado por luz ultravioleta. Ela foi batizada com esse nome em razão da proteína verde fluorescente ( green fluorescente protein) obtida de uma água-viva do Pacífico e injetada em óvulos de coelhos albinos, procedimento efetivamente realizado em um centro de pesquisa na França.
 
Disponível em <www.g1.globo.com/Noticias/PopArte/>. Acesso em 18 ago. 2018 (com adaptações).
A partir das informações apresentadas, avalie as afirmativas.
 
I) A obra GFP Bunny, de Eduardo Kac, contribui para a ampliação dos horizontes artísticos por meio do uso da engenharia genética como técnica de criação artística.
II) A obra GFP Bunny suscita várias questões, entre as quais se inclui a de caráter ético, como, por exemplo, a dos limites da pesquisa científica e do uso de aplicações tecnológicas.
III) As obras de arte biotecnológicas promovem a circulação de conceitos do campo da arte e de técnicas laboratoriais, mas, ao mesmo tempo, banalizam a singularidade da produção do artista.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.I e II apenas.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
· Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os textos a seguir.
Os fluxos migratórios, fenômenos que remontam à própria história da humanidade, estão em ritmo crescente no mundo, tornando urgentes, em todos os países, as discussões sobre políticas públicas para migrantes. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), 65,6 milhões de pessoas foram deslocadas à força no mundo em 2016.
Em relação aos destinos de acolhimento, no mesmo período, dados oficiais do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) apontam que 56% das pessoas deslocadas no mundo foram acolhidas por países da África e do Oriente Médio, 17% da Europa e 16% das Américas. Considerando o contexto brasileiro, de 2010 a 2015, a população de migrantes vindos de países da América do Sul cresceu 20% e alcançou o total de 207 mil pessoas.
 
Disponível em <https://nacoesunidas.org/populacao-de-migrantes-no-brasil-aumentou-no-periodo-2010-2015-revela-agencia-da-onu/>. Acesso em 11 set. 2018 (com adaptações).
 
Recentemente, a situação de imigração no Brasil, por ondas de deslocamento de pessoas nas fronteiras, tem sido percebida cotidianamente em matérias divulgadas pela grande mídia, principalmente no caso do estado de Roraima, que tem notificado a entrada de um grande número de venezuelanos. Somente em solicitações, na condição de refugiados, os venezuelanos formalizaram 17.865 pedidos de acolhida ao Brasil em 2017.
 
Disponível em <https://acnur.org/portugues/dados-sobre-refugio/dados-sobre-refugio-no-brasil/>. Acesso em 11 set. 2018 (com adaptações).
 
Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmativas.
 
I) A situação econômica dos países é fator determinante dos padrões de contorno dos deslocamentos internacionais e está representada na distribuição geográfica dos continentes que mais acolhem pessoas deslocadas no mundo.
II) A América do Sul é a região em que há maior acolhimento de povos que, em razão de conflitos internos em seus países, têm se deslocado em massa.
III) As situações de conflitos entre brasileiros e venezuelanos apontam para a necessidade de revisão da infraestrutura e das políticas públicas voltadas aos migrantes e refugiados.
 
É correto apenas o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
III
	
	
	
	
	
	
	
· Pergunta 4
	
	
	
	Leia a imagem e os textos 1 e 2 a seguir.
 
 
TEXTO 1
A frase em latim “ Ex Africa semper aliquid novi”, do escritor romano Caio Plínio, dita há 2.000 anos, significa “da África sempre há novidades a reportar”. A partir dessa ideia, o curador alemão Alfons Hugs montou a exposição Ex Africa, que conta com 18 artistas de oito países africanos e dois artistas brasileiros. A ideia da mostra é retratar a produção artística africana sem estereótipos aos quais estamos acostumados, como objetos de artesanato e referências iconográficas.
 
Disponível em <https://www.1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/>. Acesso em 12 jul. 2018 (com adaptações).
 
TEXTO 2
Até as vésperas da era colonial era comum encontrar as imagens positivas sobre a África. Árabes e europeus descreveram as formas políticas africanas altamente elaboradas e socialmente aperfeiçoadas, entre as quais se alternavam reinos, impérios, cidades-Estado, entre outras. Após a conferência de Berlim (1885), que definiu a partilha colonial da África, essas imagens “simpáticas” começaram a sombrear. Reinos e Impérios foram substituídos pelas tribos primitivas, em estado de guerra permanente, umas contra outras, para justificar e legitimar a Missão Civilizadora que até hoje alimenta o imaginário da África no Brasil.
 
VIEIRA, F. S. S. Do eurocentrismo ao afropessimismo: reflexão sobre a construção do imaginário “África” no Brasil. Em Debate. PUC-Rio, n. 03, 2006 (com adaptações).
 
A partir dos textos apresentados, avalie as afirmativas.
 
I) A África tem sido pensada por muitos como um único país, compreendida de forma monolítica, como se fosse formada por uma cultura única ou, até mesmo, um lugar de povos sem cultura alguma, o que contribui e reforça a exclusão social das obras africanas do sistema de artes visuais.
II) Construídas sob a égide do clichê da miserabilidade, as clássicas representações sobre a África, que retratam o continente como um celeiro da tradição, do arcaísmo, da produção manufaturada e artesanal, são estereótipos que precisam ser superados por serem incompatíveis com a multiplicidade de expressões artísticas africanas.
III) Os estereótipos sobre o continente africano foram construídos a partir de interesses políticos, culturais e econômicos que sustentaram, durante séculos, projetos de exploração e ações excludentes.
 
É correto o que se afirma em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
I, II e III.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
· Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os textos1 e 2 a seguir.
 
TEXTO 1
Com base em dados de 2015, estima-se que, no Brasil, haja em torno de 100 mil pessoas em situação de rua. A população que vivencia situação de rua é formada por pessoas que, em sua maioria, possuem menos que o necessário para atender às necessidades básicas do ser humano, estando no limite da indigência ou da pobreza extrema, com comprometimento da própria sobrevivência. A situação desse grupo excluído e marginalizado pode decorrer de diversos fatores, como desemprego estrutural, migração, uso prejudicial de álcool e outras drogas, presença de transtornos mentais, conflitos familiares, entre outros.
 
HINO, P.; SANTOS, J. O.; ROSA, A. S. Pessoas que vivenciam situação de rua sob olhar da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem. v. 71. Suplemento 1, p.732-740, 2018 (com adaptações).
 
TEXTO 2
O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), lançou uma campanha que objetiva valorizar a saúde como um direito humano de cidadania e ressaltar que as pessoas em situação de rua têm o direito de ser atendidas na rede de serviços do SUS. Disponível em
 
<http://portalsaude.gov.br/index.php/cidadao/principal/campanhas-publicitarias/19330-campanha-pop-rua>. Acesso em 11 set. 2018 (com adaptações).
 
A respeito da população que vivencia situação de rua e considerando os textos apresentados, avalie as afirmativas.
 
I) Na elaboração de políticas públicas devem ser considerados os fatores pessoais e contextuais que levam pessoas a viver em situação de rua, o que exige o trabalho de equipes multidisciplinares, com o objetivo de assegurar direitos de saúde, dignidade e cidadania a essa população.
II) A inexistência de endereço fixo que possibilite fazer cadastros oficiais e estabelecer contato quando necessário inviabiliza a inserção dos indivíduos em situação de rua nas políticas públicas de saúde, educação e moradia.
III) A homogeneidade do grupo de pessoas que vivem em situação de rua contribui para o desenvolvimento das estratégias de acolhimento e de atendimento pelas equipes envolvidas em campanhas dirigidas a esse público.
IV) A falta de moradia convencional e o comprometimento da identidade, da segurança, do bem-estar físico e emocional e do sentimento de pertencimento são problemas vivenciados pelas pessoas que vivem em situação de rua e requerem atenção do poder público.
 
É correto apenas o que se afirma em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
I e IV
	
	
	
· Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o artigo e a charge a seguir.
 
A longa história das notícias falsas
Utilização política das mentiras começou muito antes das redes sociais, e a construção de outras realidades era uma constante na Grécia antiga.
A primeira vítima da guerra é a verdade, afirma um velho ditado jornalístico. Embora o mais correto fosse dizer que a verdade é vítima recorrente em qualquer sociedade organizada, porque a mentira política é uma arte tão velha quanto a civilização. A verdade é um conceito fugidio na metafísica e mutante nas ciências – uma nova descoberta pode anular o que se dava como certo –, mas, no dia a dia, o assunto é bem diferente: há coisas que aconteceram, e outras que não; mas os fatos, reais ou inventados, influenciam a nossa percepção e opinião.
Desde a Antiguidade, verdade e mentira se misturaram muitíssimas vezes, e essas realidades falsas influenciaram nosso presente. Assim já escreveu o grande historiador francês Paul Veyne em seu ensaio “Os gregos acreditavam em seus mitos?” (Unesp): “Os homens não encontram a verdade, a constroem, como constroem sua história”.
Chegados a este ponto, convém fazer uma distinção entre notícias falsas e propaganda: ambas crescem e se multiplicam no mesmo ecossistema, mas não são exatamente iguais. A propaganda procura convencer, ser eficaz, e para isso pode recorrer a todo tipo de instrumento, da arte e do cinema aos pasquins e redes sociais. As notícias falsas, um dos ramos da propaganda, são diferentes: procuram enganar, criar outra realidade. A preocupação com a perpetuação desses equívocos e com os mecanismos que os criam e multiplicam não é nova.
 
Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/08/cultura/1528467298_389944.html>. Acesso em 14 jul. 2018 (com adaptações).
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I) O artigo afirma que as propagandas são sempre falsas e procuram enganar o consumidor.
II) A charge tem por objetivo mostrar que as pessoas sabem identificar a veracidade de uma notícia, ao contrário do que afirma o artigo.
III) De acordo com o artigo, independentemente de um fato ter ou não ocorrido, a divulgação dele influencia a opinião pública.
IV) Segundo o artigo, por ser um conceito fugidio, a verdade é sempre transitória, e, assim, não se pode julgar uma notícia como mentirosa.
 
Está correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
III
	
	
	
· Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a reportagem e a charge a seguir.
 
Dados do IBGE mostram que desigualdade ainda é batalha a ser vencida:
IBGE mostrou que os 1% mais ricos recebem 36 vezes mais que os 50% mais pobres. Marcello Corrêa, 29/11/2017
 
RIO – Dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE sugerem que a desigualdade social, intensificada pela recessão econômica, deve demorar a ser superada no país, na avaliação de especialistas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), metade dos trabalhadores tinha renda média inferior a um salário mínimo em 2016. Além disso, a parcela dos 1% com mais rendimentos recebia 36 vezes mais que os 50% mais pobres.
 
Por mudanças metodológicas na pesquisa, os números não podem ser comparados com os de anos anteriores. Portanto, o IBGE não divulgou a variação em relação a 2015. Mas, para o economista Cláudio Dedecca, especialista em trabalho e rendimento da Unicamp, há sinais de que a desigualdade aumentou no ano passado.
— Os 10% mais ricos do país concentram 43,4% dos rendimentos. Pela metodologia antiga, esse número era de cerca de 40%. Por mais que haja alteração da amostra, diria que os indicadores sugerem uma aceleração da desigualdade enorme — disse o pesquisador, que considera correto o cuidado do IBGE em não comparar diretamente dados de pesquisas diferentes.
 
Disponível em <https://oglobo.globo.com/economia/economistas-dados-do-ibge-mostram-que-desigualdade-ainda-batalha-ser-vencida-22128307 >. Acesso em 16 set. 2018.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
 
I. O objetivo da charge é criticar as pessoas que, sem verificarem se as informações recebidas são verdadeiras, fazem comentários sobre a situação do país.
II. A charge e o texto evidenciam a desigualdade social no Brasil. De acordo com os dados, 1% da população tem renda igual à soma das rendas recebidas por 50% dos trabalhadores.
III. Segundo os dados apresentados, infere-se que os mais pobres concentram quase 60% da riqueza gerada no país.
IV. Na charge encontra-se uma crítica à falta de percepção da realidade, pois o personagem com o celular não enxerga a desigualdade na situação cotidiana.
 
É correto o que se afirma somente em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
IV
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Feedback da resposta:
	Resposta: E
Comentário: Na charge, o personagem com o celular não percebe que o outro não goza de seus direitos de cidadão.
	
	
	
· Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia a charge e o texto a seguir.
Gente que comenta sem ler
Reflexões sobre uma epidemia digital
Danilo Venticinque
 
Clique em qualquer notícia de um grande portal, vá à seção de comentários e faça sua aposta: quantas pessoas realmente leram todo o texto antes de comentar? Quando comecei no jornalismo, ingênuo, acreditava que todos liam tudo. Os anos me tornaram cético. Hoje, tenho certeza de que o número é próximo de zero. Na internet, quase todos nós lemos muito mal.
Num universo de leitura fragmentada, os comentaristas conseguem se destacar negativamente. Ao contrário dos outrosmaus leitores, que prestam conta apenas às suas consciências, quem comenta deixa registrada, definitivamente, a sua falta de atenção. Só não morrem de vergonha disso porque sabem que ninguém notará suas falhas. Afinal, se quase ninguém lê as notícias, é seguro apostar que mesmo o mais absurdo dos comentários passará despercebido por todos. Exceto, é claro, por outros comentaristas.
Quanto maior a audiência de uma notícia, maior a chance de a caixa de comentários se transformar numa sala de bate-papo delirante, sem nenhuma relação com o assunto original. Não importa se o texto é sobre a Petrobras, sobre novas marcas de esmalte ou sobre o álbum da Copa: sempre haverá uma desculpa para transformá-lo em palco para brigas políticas. Quando a vontade de expressar uma opinião é irresistível, a lógica é o que menos importa.
[...] Por muito tempo acreditei que a multidão que comenta sem ler era a escória da internet. Que o mundo seria melhor se lêssemos todos os textos antes de palpitar sobre eles. Eu estava errado. Hoje penso exatamente o contrário. A enorme maioria dos textos que circulam pela internet é inútil. Os comentaristas ensandecidos simplesmente decidiram parar de perder tempo com esse tipo de bobagem. São seres mais evoluídos do que nós. Basta aplicarem em algo útil todas as horas de leitura superficial que economizam e logo dominarão o mundo.
Saber comentar sem ler é uma habilidade indispensável para ser bem-sucedido no mundo digital. Se você ainda não aderiu, pare de ler agora e junte-se a nós. Seja bem-vindo ao futuro.
O próximo passo rumo à iluminação digital é aprender a não ler e não comentar.
As discussões na internet, convenhamos, nunca mudaram a opinião de ninguém. Nos meus anos menos esclarecidos li muitos debates em seções de comentários. Nunca vi um crítico do governo terminar uma discussão com “pensando bem, acho que a culpa não é da Dilma”. Ou um ativista, após longas réplicas e tréplicas, decidir dar o braço a torcer: “diante de todos os argumentos aqui expostos, cheguei à conclusão de que #vaitercopa”. As discussões virtuais são tão dispensáveis quanto as notícias que as antecedem. Abençoado seja quem guarda sua opinião para si e cultiva o silêncio digital. É o que vou fazer agora. Até a próxima semana.
 
Disponível em <https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/04/gente-que-bcomenta-sem-lerb.html>. Acesso em 20 set. 2018.
 
Com base na leitura, analise as afirmativas a seguir.
 
I) A charge apresenta um posicionamento oposto ao do artigo, uma vez que ela critica o ato de comentar sem ler e o autor do texto afirma que “comentar sem ler é uma habilidade indispensável para ser bem-sucedido no mundo digital”.
II) A charge faz referência aos conhecidos macacos (“não vejo”, “não falo”, “não ouço”) e, ao modificar as características deles, elogia aquele que, em vez de ficar mudo, manifesta-se nas redes sociais.
III) De acordo com o artigo, o número de pessoas que comentam textos sem ler não é minoritário.
 
É correto o que se afirma somente em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
III
	
	
	
· Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
 
O mundo mediado por algoritmos
Sistemas lógicos que sustentam os programas de computador têm impacto crescente no cotidiano.
Bruno de Pierro – Revista Pesquisa Fapesp
 
Os algoritmos estão em toda parte. Quando a bolsa sobe ou desce, eles geralmente estão envolvidos. Segundo dados divulgados em 2016 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), robôs investidores programados para reagir instantaneamente ante determinadas situações são responsáveis por mais de 40% das decisões de compra e venda no mercado de ações no país – nos Estados Unidos, o percentual chegou a 70%. O sucesso de uma simples pesquisa no Google depende de uma dessas receitas escritas em linguagem de programação computacional, que é capaz de filtrar em segundos bilhões de páginas na web – a importância de uma página, definida por um algoritmo, baseia-se na quantidade e na boa procedência de links que remetem a ela. Na fronteira da pesquisa em engenharia automotiva, conjuntos de algoritmos utilizados por carros autônomos processam informações captadas por câmeras e sensores, tomando instantaneamente as decisões ao volante sem intervenção humana.
[...] Um algoritmo nada mais é do que uma sequência de etapas para resolver um problema ou realizar uma tarefa de forma automática, quer ele tenha apenas uma dezena de linhas de programação ou milhões delas empilhadas em uma espécie de pergaminho virtual. “É o átomo de qualquer processo computacional”, define o cientista da computação Roberto Marcondes Cesar Junior, pesquisador do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP).
[...] A construção de um algoritmo segue três etapas. A primeira consiste em identificar com precisão o problema a ser resolvido – e encontrar uma solução para ele. “O desafio é mostrar que a solução do problema existe do ponto de vista prático, que não se trata de um problema de complexidade exponencial, aquele para o qual o tempo necessário para produzir uma resposta pode crescer exponencialmente, tornando-o impraticável”, explica o cientista da computação Jayme Szwarcfiter, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A segunda etapa consiste em descrever a sequência de passos no idioma corrente para que todos possam compreender. Por último, essa descrição é traduzida para alguma linguagem de programação. Só assim o computador consegue entender os comandos – que podem ser ordens simples, operações matemáticas e até algoritmos dentro de algoritmos –, tudo em uma sequência lógica e precisa.
 
Com base na leitura, analise as afirmativas.
 
I) Um algoritmo, usado para resolver problemas de qualquer natureza é uma forma organizada e sequencial de etapas.
II) Considerando a simplicidade dos números (utilizados pelos algoritmos), podemos concluir que, para uma pessoa qualquer, tudo é muito mais fácil, desde usar o Facebook® até pilotar um Boeing 787.
III) Para que um robô pudesse reconhecer algo, foi necessário que ele fosse instruído por programadores da polícia, que inseriram em seus programas linhas de programação.
IV) As fake news são desenhadas por algoritmos para manipular a atenção de usuários de computadores.
 
É correto o que se afirma apenas em:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b.
I
	
	
	
· Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Leia os fragmentos dos textos a seguir.
 
O primeiro aborda a lenda das cobras Norato e Caninana. O segundo apresenta a definição da lenda como gênero textual.
 
Texto 1
No paranã do Cachoeiri, entre o Amazonas e o Trombetas, nasceram Honorato e sua irmã Maria, Maria Caninana... A mãe sentiu-se grávida quando se banhava no rio Claro. Os filhos eram gêmeos e vieram ao mundo na forma de duas serpentes escuras.
... Cobra Norato era forte e bom. Nunca fez mal a ninguém.
... Maria Caninana era violenta e má. Alagava as embarcações, matava os náufragos, atacava os mariscadores que pescavam, feria os peixes pequenos.
... No porto da Cidade de Óbitos, no Pará, vive uma serpente encantadora, dormindo, escondida na terra, com a cabeça debaixo do altar da Senhora Sant'Ana, na Igreja que é da mãe de Nossa Senhora. ... se a serpente acordar, a Igreja cairá. Maria Caninana mordeu a serpente para ver a Igreja cair. A serpente não acordou, mas se mexeu. A terra rachou, desde o mercado até a Matriz de Óbidos.
... Cobra Norato matou Maria Cananina porque ela era violenta e má. E ficou sozinho, nadando nos igarapés, nos rios, no silêncio dos paranãs.
 
CASCUDO, L. C. Lendas brasileiras para jovens. São Paulo: Global, 2015.
 
Texto 2
Lenda: narrativa ou crendice acerca de seres maravilhosos ou encantatórios, de origem humana ou não, existentes no imaginário popular. Trata-se de história, também chamada legenda, cheia de mistério e fantasia, de origem no conto popular, que nasceu com o objetivo de explicar acontecimentos que teriam causas desconhecidas. Nessa busca do maravilhoso, o ser humano sempreprocurou dar sentido à movimentação dos astros, à migração de animais, aos fenômenos naturais, etc.
Essa narrativa de caráter maravilhoso pode também se referir a um fato histórico que, centralizado em torno de algum herói popular (revolucionário, santo, guerreiro), se amplifica e se transforma sob o efeito da invocação poética ou da imaginação popular. Desse modo, como o conto popular oral, apresenta algumas características básicas: (I) rica em ações e situações antigas; (II) permanência no tempo; (III) de autoria anônima ou desconhecida; (IV) transmissão e divulgação de geração em geração entre pessoas e comunidades; (V) convergência das ações para o tema ou foco da lenda, como a busca, por exemplo, de um mundo feliz, de paz, de justiça, etc.; (VI) sequência lógica no tempo e no espaço narrativo; (VII) destaque de algum personagem por seus poderes sobrenaturais ou atos de heroísmo; (VIII) relação direta da história com o momento histórico da região e da comunidade que a cria; (IX) final emblemático, com desenlace maravilhoso ou extraordinário.
 
COSTA, S. R. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas.
 
I) A história da lenda do texto 1 tem fundo maniqueísta, pois revela a disputa entre o bem e o mal, com final moralista.
II) De acordo com o texto 2, a lenda caracteriza-se como crendice fantasiosa e imaginativa e, por isso, não tem validade no conhecimento dos fenômenos (naturais ou sociais).
III) Na lenda do texto 1, observam-se algumas características enumeradas pelo texto 2, como a busca de justiça, o destaque de algum personagem por seus poderes sobrenaturais ou atos de heroísmo e o desenlace maravilhoso ou extraordinário.
 
É correto o que se afirma somente em
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d.
I e III

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