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DFOF- Fonação A4

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DFOF- A4 
Mecanismos de controle neurológico da fonação. 
Como acontece o controle neurológico da fonação? ...Então para que a laringe receba uma informação 
para os músculos contraírem para que ela possa fechar para produzir a voz ou para ela abrir para fazer 
entrada respiratória, este comendo tem que vir do SNC, pois quando o nervo vago que está recebendo 
informação da periferia, tem-se uma série de processos que aconteceram antes para mandar esta 
informação. É algo que começa corticalmente, vem direto com uma informação de comando motor. 
Existem duas formas principais de mandar informação: ex. quando eu decido ‘’eu quero falar A’’ tenho que 
mandar uma ordem, esta ordem vai pelo trato corticobulbar até o tronco encefálico, lá dispara as 
informações para os nervos cranianos, neste caso o nervo principal da fonação é o nervo vago e dali vai o 
comando para a laringe executar a ação - VIA DIRETA DE CONTROLE; TRATO PIRAMIDAL (comando- ordem- 
aciona tronco encefálico - tronco encefálico aciona ordem). 
 Qual é a quantidade de fibras; qual a força necessária para falar A ou a (intensidades diferentes); 
quanto tempo dura este movimento, esta contração; como posso fazer para esta contração ser 
estável e não ser instável? 
A forma como este movimento vai acontecer é determinada por um controle que não é direto; que são 
vias que conversam com o córtex para dizer se é forte é necessário utilizar mais fibras, ter mais força e 
ser muito rápido; se é longo tem que utilizar outro tipo de fibra que sustenta mais movimento. Este 
comando INDIRETO é feito pelo SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL, que é a ‘’conversa’’ do cerebelo e gânglios 
da base com o córtex e entre eles. 
Pode-se ter problemas na via direta ou na indireta, em todas as aéreas que envolvem isso, que vão 
comprometer a fonação; se houver um problema de córtex frontal manda a ordem errada e com isso 
executa a função errada, um problema de córtex motor primário a área que contém neurônios para 
acionar a laringe não consegue aciona-la inteira fazendo o comando errado, se tiver um problema no 
tronco encefálico com o vago chega a ordem certa mas o comando manda fazer errado, se houver um 
problema no trajeto do vago depois que ele sai do tronco encefálico o movimento sai errado, um problema 
no cerebelo regula errado este movimento errando por exemplo a hora da laringe fechar etc, problemas 
nos gânglios da base erra-se o quanto de tônus deve-se recrutar e o disparo do movimento. 
-Quando uma pessoa tem uma alteração neurológica local, ela pode estar relacionada a diferentes tipos de 
controle, que pode ser cortical, subcortical, gânglios da base, tronco encefálico etc. 
Existe fonação involuntária reflexa? Sim, a tosse; engasgo etc. O que será discutido não é o controle 
reflexo, pois ele é mais baixo, pode-se ter lesão cortical e o indivíduo continuar tossindo pois na verdade 
ato reflexo de laringe direto ali com a questão sensorial ali da laringe, mas se houver lesão de tronco 
encefálico pode comprometer a fonação reflexa e se não dispara a tosse não terá proteção. 
Regiões corticais responsáveis pela fonação, temos uma região no córtex motor primário só de laringe e 
temos doenças, as apraxias fonatórias, que são quando o paciente está falando normalmente a laringe não 
trabalha de forma correta, cortando o som durante a fala – sabendo que da pra tratar a laringe separada 
da fala, pois está alterado em sistemas diferentes. 
Área motora suplementar e giro pré central que vão dizer : ‘’ é pra inspirar, expirar, fechar a laringe, 
posicionar os articuladores – manda este comando para uma área próxima a aérea de broca, que está mais 
relacionada a questão práxica da fala, que é mandar a ordem. Então manda este comando para a área 
motora e para motora suplementar e eles disparam a sequência, logo depois dispara para o córtex motor 
primário que irá saber ‘’quem eu tenho que chamar para sair’’ 
- resumindo: assim organiza o que quer falar; manda a sequência para a área pré-motora e para a área 
motora suplementar do o que tem que ser feito, assim cada pedaço do córtex motor primário é 
responsável por uma região. 
 
-Temos língua, face próximas a laringe, estes neurônios são 
principalmente responsáveis pelo controle motor da laringe, 
mas eles se conversam. Sendo assim mesmo quando se 
perde muitos neurônios de uma região ‘’chama’’ o vizinho 
para fazer a função dos neurônios que morreram. 
Existe uma região específica da laringe, que é uma região 
mais baixa e bem protegida, com isso pode acontecer de o 
paciente apresentar uma lesão de língua ou face e não afetar tanto a laringe, o que se sabe é quanto mais 
baixo mais fácil de pegar a laringe pois está muito perto. 
EX: AVC com paralisia facial não quer dizer necessariamente se vê um comprometimento vocal, pois a face 
está mais acima, dependendo da extensão do AVC na hora que interrompe a vascularização de uma aérea 
podem afetar toda uma região. Um paciente com um AVC que afetou face e braço, pela face já irá 
interferir na fala pois causa problemas nas articulações, mas a língua pode estar integra e se a mesma 
estiver integra há chances da laringe não ser afetada. Se o AVC atingiu braço, face, língua e voz sabe-se que 
foi de grande extensão, tornando a reabilitação mais difícil pois todos os neurônios próximos foram 
afetados. 
Formas de controlar a voz: córtex - quem executa primeiro, uma ordem que foi enviada pelo trato 
piramidal e vai direto ativar o tronco, que vai direto ativar a laringe, isto é mediado pelo trato 
extrapiramidal e é feito um recorte pois os circuitos de controle, gânglios da base e cerebelo, isoladamente 
possuem interferência para controlar qualquer movimento e eles mediam isso por estas vias indiretas. 
Resumindo: Tudo começa no meu comando e eu disparo pelo córtex motor primário uma ordem que vai 
direta para a laringe. O caminho que isto é feito é pelo trato piramidal, então a via direta manda abrir a 
boca e falar ‘’A’’ por exemplo, que é o caminho direto. O trato que nos atende para falar ‘’A’’ é o córtico 
bulbar, relação córtex-> tronco, que aciona o vago que manda falar ‘’A’’, um outro nome para este 
caminho é neurônio motor superior, quando este aciona o tronco passa a ser chamado neurônio motor 
inferior. O n. superior é o trajeto direto do córtex até o tronco encefálico a partir dali ele é n. inferior 
NMS: está relacionado a influência de movimentos conscientes controlados distintos e rápidos. Então se 
houver uma lesão frontal que mexe com a volição, a pessoa ouve, entende, mas não fala, a laringe está 
pronta para ser usada, o nervo vago está integro, só que o disparo inicial de ‘’querer falar’’ está com 
problema, a sequência vem errada. 
*estamos falando da mesma coisa, Trato piramidal possui várias vias (caminhos), se eu quero levantar o 
braço não será o córtico bulbar, então o córtico bulbar é o que me atende para a laringe e este comando 
que manda a laringe falar o ‘’A’’ até chegar no tronco encefálico é o neurônio motor superior, do tronco 
para baixo passa a ser neurônio motor inferior, esta divisão ocorre para entendermos lesões, pois as lesões 
de n. superior irão dar um tipo de manifestações e as de n. inferior outro tipo de manifestações e estas 
manifestações irão levar ao diagnóstico, uma voz mais ‘’forçada’’ esta relacionada a n. superior e uma voz 
mais ‘’fraca’’ está relacionada a n. inferior. 
 
O trato extrapiramidal é a via indireta, é o caminho longo que requer mais fibras de disparo, força para 
sustentar mais tempo, maior resistência. Como vai ser falado, o córtex manda a informação do que será 
falado e por quanto tempo para os gânglios da base, informando a posição e a abertura da laringe para 
que o movimento seja feito de forma correta, essa ação é feita pela comunicação do córtex com outras 
estruturas, por isso uma via indireta. Existem diferentes regiões do córtex que conversam com outras 
estruturas. O principal componente
cortical é o lobo frontal que vai incluir qual é o comando, qual a ordem 
e quem irá realizar o movimento. 
*estamos falando de como a gente fala e presta fonação, não estamos falando como se retroalimenta isso. 
Por que o giro pós central, que é o córtex sensorial, está presente? Pois ao emitir um som de ‘’A’’ diferente 
do som esperado, eu irei reconhecer que estava errado e não era a emissão desejada e irei gerar a 
correção para a emissão que eu queria, então o giro pós-central esta ali para avisar que aquela emissão 
não esta boa e será necessária uma correção ou seja ajuda a modelar e corrigir, trazendo as percepções 
auditivas e proprioceptivas. 
Quando existem problemas nestas vias ou nas estruturas que se comunicam, existirão problemas em início 
de movimento, equilíbrio, postura e no controle de tônus (relaxamento e contração), podendo ocorrer as 
distonias, problema de regulação a inibição da contração muscular, ao contrair não consegue voltar ao 
estado de relaxamento, pois apresenta defeitos nos gânglios da base e não consegue inibir esse tônus 
muscular, é uma tarefa dependente só ocorre quando ativa a contração, quando dispara o movimento. 
Quando o problema é no cerebelo pode-se errar a ordem em que a laringe liga e pode não conseguir 
manter esta estrutura com aquele controle do tônus, podendo ocorrer o tremor (dependendo do tipo 
pode ser relacionado aos gânglios da base também). 
O sistema extrapiramidal inclui as vias que ligam córtex com gânglios da base, se houver um problema 
neste caminho pode ocorrer um problema no controle do movimento, mas se o problema for no próprio 
gânglio da base pode ocorrer problemas na postura e no tônus muscular ex: Parkison, apresenta 
problemas no disparo do movimento. 
Em relação ao cerebelo, este integra os movimentos finos, não existe movimento mais fino do que a 
articulação da fala, qual fonema emitir etc. Trabalha junto das correções de emissão também e coordena a 
articulação com a respiração. 
Ao mandar realizar a função é neurônio motor inferior, para voz é nervo craniano (X), tem a porção que é 
ativada intracraniana, que ele é ativado por inteiro, se houver uma lesão de vago dentro do tronco 
encefálico, pega toda as funções dele. O n. inferior contrai e comanda o movimento, se o nervo que está 
chegando ao músculo não esta trazendo a informação toda pode atrofiar o músculo, pois não recebe 
informação suficiente para ‘’se manter vivo’’. 
O Nervo Vago (X) tem fibras aferentes relacionadas as informações viscerais, desde faringe até as questões 
abdominais e fibras eferentes que descem, com informações parassimpáticas relacionadas a SNA, e uma 
parte dessas vias vão fazer a movimentação de parte da laringe e da faringe. 
 Possui suas divisões na laringe, quando sai do tronco encefálico, 
no gânglio na região da faringe, há a 1° divisão onde se junta com 
fibras do IX e do XI par (glossofaríngeo e acessório), compondo o 
plexo faríngeo e trabalha na movimentação do esfíncter 
neofaringeo - Hiper nasalidade pode ter haver com o vago. 
 
Depois ele se divide no laríngeo superior e no 
laríngeo inferior, temos laríngeo superior interno e 
externo e ai cada um terá uma função. O inferior 
recorre a laringe, desce, fazendo um caminho longo 
em um lado pela subclávia e pelo outro pela aorta 
e volta entrando pela região posterior da laringe – 
cirurgias de tiroide podem afetar o nervo laríngeo 
inferior, pois possuem um contato anatômico – O 
superior também está próximo a tiroide, mas é 
possível separa-los o que diminui as chances de 
afetar a laringe, mas pode ocorrer. 
Laríngeo Superior ramo interno, região osso hioide, 
cartilagem tireóidea – membrana tireóidea, o ramo interno do laríngeo superior entra pela membrana 
tireóidea e faz toda a inervação sensorial da laringe, se lesar o LS, terá dificuldade de proteger a laringe 
(pelo menos em algum dos lados) – em um exame de laringe será analisado o acúmulo de saliva que o 
paciente não se incomoda, que corre riscos da saliva descer para a via aérea. O ramo externo, vai pegar o 
músculo que está conectando a tiroide com a cartilagem cricóide – o cricotireoide (CT), recebe inervação 
do laríngeo superior – Paralisia de laríngeo superior é analisada ao paciente possuir uma voz ‘’molhada’’, 
com secreção e dificuldade de emissão de sons agudos; em uma paralisia unilateral o outro lado irá esticar 
e ao esticar roda a laringe e apresentará defeito no agudo emitido. O Laríngeo Superior é a única inervação 
sensorial da laringe e motora do CT, o LS irá regular a lubrificação da laringe, se está normalmente 
lubrificada ou se há necessidade de um medida inflamatória (quando forçamos ou por meio de uma 
bactéria.) 
Laríngeo Inferior irá inervar todo os outros músculos, entra pela parte de trás da laringe, inervando o TA, 
Cricoaritenoide Lateral, Aritenoide e CAP. Possui um ramo anterior e um ramo posterior, o anterior irá 
inervar mais o TA e o CAL; o ramo posterior irá inervar mais o CAP e os aritenoides. 
Por que o L I pode ser chamado de RECORRENTE? Pois ele passa lateral a laringe, passa debaixo da 
subclávia do lado direito, debaixo da aorta do lado esquerdo e volta e recorre a laringe por trás. Por ser um 
caminho maior aumentam as suas chances de ocorrer algum problema. 
Como eles chegam (LS e LI) ao mesmo tempo na laringe? A fibra de mielina no LI é maior para correr mais 
rápido e chegar ao mesmo tempo. 
 
 
Respiração e a Relação da fonação a outras funções. 
Pensando que o controle neural está integro, será dividido o que tem que se observar quando for analisar 
respiração: 
1° respiração: Olhar a respiração é importante, mas principalmente a coordenação da respiração, o quanto 
esta função respiratória está comprometida ela pode interferir na fonação – a fala não terá força, volume, 
não será longa etc, pois não possui um controle expiratório para ajustar a pressão. 
Fase ativa da respiração: Qual a fase que interferimos mais? Ou quando vamos ler é a mais ativa – 
Inspiração. 
Conseguimos manejar a expiração, mas quanto melhor a inspiração melhor garante a expiração. 
Apesar de virmos de uma base de terapia de voz muito relacionada ao canto, que trabalha inspiração e 
expiração, ao longo dos últimos anos dirigiu muito o estudo para o controle da função em si, que é 
manipular a inspiração, pessoas que fazem uso profissional da voz, temos trabalhado para melhorar a 
inspiração, pois isto melhora a força muscular, controle de extensão, gerando uma resistência maior. 
A inspiração é importante, a maior parte do investimento de treinos é nela, com a expansão há maior 
entrada de ar, pois o fisioterapeuta está preocupado com a troca gasosa e os fonoaudiólogos preocupados 
com a força inspiratória e com a quantidade de ar que seja controlada para falar por tanto tempo que irá 
fazer o som da voz. 
capacidade respiratória 
Se encher muito o pulmão de ar, terá que aumentar a pressão da laringe, podendo gerar ‘’ ataques 
bruscos’’ na saída do ar, por isso a necessidade do equilíbrio. 
*É necessário haver uma pressão X para iniciar o ciclo glótico, se tem pouco ar não dispara a pressão 
suficiente para entrar em vibração, mas esta pressão não depende do pulmão para fazer vibrações. 
A fonação está relacionada ao tanto de ar que é possível inspirar, a forma como a saída é controlada em 
harmonia total com a resistência glótica para manter a pressão subglótica do jeito que ela não 
aumente/desequilibre a força entre a pressão do ar e o músculo da laringe. Depois este ar sonorizado é 
modelado pelas estruturas da prega vocal. 
Não exercemos um controle voluntário do diafragma 
Na fisiologia da respiração normal temos sim uma contração diafragmática que abaixa para abrir espaço 
para o ar entrar, que ocorre na inspiração. – esta respiração é a respiração utilizada para alimentar todas 
as células do organismo. 
Como funciona a respiração quando não estamos falando? Em termos de técnica:
Expiração muito mais 
longa, interferimos neste ciclo. 
Na fonação tem uma expiração mais longa do que a inspiração. 
É necessário sempre equilibrar a pressão do ar com a resistência da laringe, se errar na sua resistência e a 
mesma for fraca, escapa ar; se houver muita pressão de ar e a musculatura laríngea esta normal e tende a 
uma Hiper função para o ar não escapar, a voz ser tensa e quando não consegue fazer isto e quebra a 
resistência da laringe a voz será mais fraca, tendo que recarregar mais vezes, aumentando as chances de 
sobrecarregar a laringe e machuca-la. 
A laringe primordialmente tem a função de comunicar a via aérea superior (prepara o ar p/ ser absorvido, 
aquece, lima e umidifica) com a inferior. Ex: pacientes com traqueo perdem isso

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