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Farmacologia do sangue
	Vamos estudar a farmacologia do sangue, porque tem alguns medicamentos são importantes pra gente saber, tanto os medicamentos que aceleram a coagulação quanto aqueles que diminuem a coagulação podem interferir num procedimento odontológico.
	A farmacologia do sangue é importante porque existem fármacos que podem acelerar a coagulação, existem fármacos que podem diminuir a coagulação através da redução da ação das plaquetas (anti agregantes plaquetários) e pode-se também reduzir a coagulação usando trombolítico e fibrinolítico, esse terceiro grupo basicamente só é utilizado a nível hospitalar. Normalmente quando o paciente infarta, recebe esse medicamento e o trombo é dissolvido e assim reestabelece o fluxo de sangue no local, por exemplo.
	A hemostasia é importante porque ele mantém o sangue numa concentração ideal sem que fique muito líquido (pouco denso) nem muito coagulado. O sangue flui no organismo em contato com o endotélio vascular, passagem depende da integridade do endotélio vascular, da velocidade do fluxo laminar do sangue e da presença de heparina endógena (para manter esse sangue sempre fluindo). A normalidade depende da função de três mecanismos: adesão da atividade plaquetária, resposta do vaso e a coagulação sanguínea. Para manter essa hemostasia é necessário ter as plaquetas na quantidade e com adesão corretas; o vaso íntegro e a cascata de coagulação funcionando adequadamente.
	Um dos principais responsáveis pela formação de trombos é quando se tem o rompimento do endotélio. Quando há um rompimento do endotélio, células sanguíneas começam a aderir a esse endotélio formando um trombo. Por isso que a pressão arterial não controlada pode ser um dos fatores de formação de trombo, porque quando a pressão está muito elevada há pequenas lesões no endotélio (principalmente nas regiões de bifurcação), gerando assim trombos.
	O efeito combinado de vários mecanismos evita: o sangramento excessivo ou a formação de trombos. Para que não ocorra nenhum dos dois são necessárias condutas terapêuticas que: modifiquem as vias de coagulação, condutas que promovam a fibrinólise (para quebrar esse trombo) e condutas que alteram a agregação plaquetária.
	A trombose é doença trombótica ou tromboembolítica, a trombose em si não é o problema mas o problema são as situações que podem ocorrer devido a trombose, como: infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, emboliar pulmonar entre outras. Trombose é a formação patológica de um tampão hemostático no interior do vaso, sem sangramento. Para identificar uma trombose é necessário fazer uma sintolografia de vaso sanguíneo ou doppler.
	Processo da trombose: inicia-se com uma lesão pequena no vaso (pode ser por aumento da pressão arterial, por infecção bacteriana, por infecção viral...), com isso o fluxo sanguíneo no local é alterado, vai sendo depositado particulas presentes no sangue na lesão gerando assim um depósito de "coisinhas", naquele local irá ocorrer uma coagulação anormal, será feita uma deposição excessiva de plaquetas e fatores plaquetários, sendo um ciclo retroalimentável (bola de neve que vai aumentando) ocasionando numa oclusão da luz do vaso e obstruindo o mesmo. Então o trombo pode demorar muitos anos ou rapidamente, dependendo do paciente até porque existem comorbidades que facilitam o surgimento do trombo e também tem a questão genética.
	Existem dois tipos de trombos, os TROMBOS VERMELHOS e os TROMBOS BRANCOS. Os trombos vermelhos são formados nas veias é o que podem causar na embolia pulmonar, não raro acontecer durante a recuperação depois de uma cirurgia, por exemplo. Por isso que se prescreve anticoagulante depois de uma cirurgia.
O trombo branco vai acontecendo. O trombo vermelho você evita muito facilmente. É só evitar durante uma cirurgia onde houve muita exposição de sangue, com anticoagulante. O trombo branco depende muito do paciente: hábitos de vida, controle da pressão de infecções bacterianas e virais. Então não depende exclusivamente de um fator. Por isso que se torna mais complicado controlar. Ele se forma na artéria e está associado às arterioscleroses. Vai crescendo até bloquear o vaso. Existem medicamentos que previnem, que é a aspirina (AAS) e outros antiagregantes plaquetários. E caso o paciente venha a ter ele sempre vai ter alguma sequela: não tem como acontecer uma trombose e o paciente sair andando perfeitamente após isso. Vai ser usado um trombolítico para dissolver rapidamente esse trombo.
Mulheres que usam anticoncepcional por longos períodos têm duas vezes mais chances de formar trombos do que as que não usam, graças ao estrogênio e não à progesterona. Porém se a mulher for fumante, vai para 12 vezes mais chances de formação de trombos. Anticoncepcional mais obesidade aumenta em 6 vezes a chance de formação de trombos. Só o anticoncepcional aumenta em 2 vezes. Mas esse aumento ainda é pequeno. O que agrava muito são as comorbidades. Os casos de trombose em mulheres que tomam anticoncepcional nunca são de culpa apenas do anticoncepcional. 
ANTITROMBOLITICOS
A gente tem naturalmente. Então como antiplaquetário endógeno: a PGi2, que é a prostaciclina, o óxido nítrico e eles também são vasodilatadores.
Nós temos como anticoagulantes naturais: heparina-símile, para que a antitrombina 3 não ative a trombina. O fator X, trombomodulina, receptor de trombina a transforma em anticoagulante capaz de ativar a proteína C. Esses são os anticoagulantes naturais.
Nós temos os fibrinolíticos: que é a própria fibrina endógena, que remove os depósitos de fibrina e ativa o plasminogênio tecidual.
No caso de uma patologia essas substâncias não são capazes de exercer seus efeitos sobre a coagulação. Esta última é a conversão do sangue líquido em gel ou coágulo. Vocês já viram em patologia que a cascata de coagulação é formada por 13 fatores. Vai de 1 a 13 e sempre quando tem uma letra A minúscula após o número significa que ele está ativo. Nem sempre a numeração está na ordem, pois eles foram sendo numerados a partir da ordem de descoberta.
A gente tem duas vias de ativação da coagulação. Intrínseca e extrínseca. Isso representa a forma de ativação da via. Então por exemplo a via intrínseca depende do cálcio endógeno para acontecer. A via extrínseca depende de colágeno, plaquetas quando você rompe o vaso ou quando acontece alguma lesão.
Eu não vou cobrar a cascata de coagulação, mas isso é só para vocês saberem que os fármacos eles interrompem um desses fatores de alguma maneira.
O fator 7 começa a via extrínseca e o 12 começa a via intrínseca. Mas as duas vias se cruzam na ativação do fator 10. O fator 10 vai converter a protrombina em trombina, essa trobina vai ativar o fibrinogênio em fibrina e o fator 13 serve para manter a estabilidade da fibrina. O fibrinogênio é o fator1. Esses fatores ou são sintetizados no fígado ou no endotélio. A grande maioria é no fígado. Por isso que se o paciente tiver um problema hepático ele vai ter seríssimos problemas de coagulação.
A meia vida deles varia muito. Vai de 5 a 120 horas. O importante disso é que no uso de medicamentos, como a varfarina que atua em todos os fatores, ele demora a fazer efeito porque existe a meia vida dos fatores de coagulação. E também se eles dependem ou não da vitamina K. A varfarina vai inibir a vitamina K. Só que isso só vai interferir em fatores que dependem da vitamina K. Fator 2, 7, 9, 10. Só estes dependem da vit. K.
Eu posso ter várias falhas na coagulação. Esses defeitos podem ter cura justamente se eu repuser os fatores de coagulação não presentes. No passado os hemofílicos sofriam muito, pois só recebiam os fatores através da transfusão das papas de hemácias, transfusão de sangue. Então muitos pacientes morriam de AIDS porque uma hora ou outra recebiam transfusão contaminada com o vírus do HIV. Hoje não. Hoje existem os fatores isolados e os pacientes os usam isolados.
DEFEITOS HEREDITÁRIOS NESSES FATORES: Hemofilia Clássica ou A onde eu tenho a falta do fator 8. A Hemofilia B é mais leve. Nessa existe a falta do fator9. Tem a doença chamada Doença de Von Willebrand, que é a falta do fator homônimo responsável pela adesão plaquetária, EEentão o paciente tem dificuldade de cicatrização, no entanto é bem mais leve que um paciente com hemofilia. Tem também os distúrbios de plaqueta como a Trombastenia de Glanzmann onde tem deficiência nos receptores que auxiliam a adesão plaquetaria. Então não tem adesão plaquetária.
Tem também os DEFEITOS ADQUIRIDOS. O recém-nascido ele pode ter uma deficiência de vit. K. Pois a vit. K parte dela é sintetizada no intestino. Então como a flora intestinal dele não está muito bem desenvolvida então ele pode ter deficiência principalmente quando ele nasce prematuro. As hepatopatias vão diminuir a função hepática que entre as quais é a produção de todos os fatores. Terapia excessiva com anticoagulante oral (quando o paciente toma muita heparina e varfarina). Tombocitopenia é quando diminui as plaquetas por algum motivo seja ele imune, infecção, virose (por exemplo Zika e dengue diminuem muito as plaquetas). E por fim distúrbios plaquetários (como uremia). Todos esses defeitos são adquiridos a partir de outras doenças, ou seja, não são hereditários.
VITAMINA K 
Se o paciente tiver uma deficiência na coagulação sanguínea, o único medicamente sistêmico que existe capaz de solucionar essa questão é a vitamina K (Fitomenadiona - injetável ou Fosfato Sódico de Menadiol - comprimido). 
Nome comercial: Kanakion.
· Ele pode ser comprado normalmente ou pode ser manipulado: na manipulação fazem por VO, mas deve ser administrada via injetável em pacientes que sofrem hemorragia. 
· Seu efeito não é imediato: não são todos os fatores de coagulação que dependem da vit K (apenas os fatores 2, 7, 9 e 10).
· 7: inicia a via intrínseca
· 10: comum às duas vias
Vitaminas K:
· K1: encontrada em vegetais
· K2: sintetizada por bactérias da flora intestinal
A adm pode ser oral ou endovenosa. Usada em tratamento ou prevenção:
· Uso excessivo de anticogulantes orais (usa muito varfarina) 
· Doença hemorrágica do recém nascido
· Hemorragia durante procedimento cirúrgico
Usada na reposição de vitamina K em: 
· Doença celíaca (doença intestinal em que paciente não sintetiza vit K), esteatorréia
· Ausência de bile (icterícia obstrutiva)
Quem toma muito xenical (medicamento para emagrecer) pode apresentar deficiência de vitamina K, pois ele é usado para reduzir a absorção de gordura. Assim, como a vitamina K é lipossolúvel, ou seja, é absorvida pelo organismo através da gordura, ele também eliminará as vitaminas. Dessa forma, há efeitos adversos como queda de cabelo, problemas hemorrágicos e problemas na pele, devido a deficiência das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K. 
FÁRMACOS QUE ATUAM SOBRE A CASCATA DE COAGULAÇÃO
São utilizados para modificar a cascata quando existe defeito de coagulação ou coagulação indesejada. São 3 grandes grupos:
1. Anticoagulantes: evitam a coagulação sanguínea interferindo nas vias da coagulação;
2. Antiagregantes plaquetários: inibem a reatividade plaquetária;
3. Trombolíticos: ativam a conversão do plasminogênio em plasmina (ação fibrinolítica).
FÁRMACOS INJETÁVEIS
· HEPARINA
A heparina é o anticoagulante mais usado a nível hospitalar, embora os pacientes possam usar mesmo não estando hospitalizados. Por exemplo, a mulher grávida que possui problema relacionado a trombos, usará heparina a gravidez inteira. No entanto, como ela possui baixo peso molecular é a mais específica, portanto, é cara, não da para usar todos os dias nos pacientes, sendo preferível o uso da varfarina. 
· Muito encontrada nos grânulos dos mastócitos 
· Abundante nos pulmões, fígado e intestino
· Feita sinteticamente por meio de tecnologia de DNA recombinante (antigamente a heparina comercial era obtida a partir do pulmão bovino e mucosa intestinal suína)
· Administrada por via IV ou SubCutânea (geralmente SC)
· Metabolizada pelo fígado (heparinase) 
· Meia-vida curta (40-90 min)
· Uso clínico:
· Trombose e tromboembolia
· CID: coagulação intravascular disseminada 
· Manutenção da circulação extracorpórea em cirurgia 
· Hemodiálise
Mecanismo de ação da heparina: age inibindo a conversão de pró-trombina em trombina. Ela ativa antitrombina III, que inativa a formação de pró-trombina em trombina. 
Efeitos indesejáveis da heparina:
· Hemorragia (seu antidoto é protamina e é utilizado a nível hospitalar em cirurgias) 
· Trombose
· Osteoporose (por isso não pode ser usada continuamente, pois retira cálcio)
· Hipoaldosteronismo (reduz aldosterona)
· Reações de hipersensibilidade (reduzida graças à tecnologia de DNA recombinante) 
Contra-indicações da heparina:
· Pacientes com distúrbios hemorrágicos
· Pacientes que fizeram cirurgias recentes do SNC e olhos
· Hipertensos não controlados
· Pacientes com metástase cerebral
· HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR
As heparinas de baixo peso molecular foram sintetizadas com o objetivo de reduzir os riscos e os efeitos colaterais. Além disso, ela é mais cara (cerca de R$70,00), então a heparina do tópico anterior é normalmente encontrada no SUS, enquanto essa vai ser a que normalmente encontraremos no consultório odontológico (amém).
· Tem menor probabilidade de causar trombose e trombocitopoenia
· Se ligam menos aos osteoblastos (não causam osteoporose a longo prazo)
· Tem resposta coagulante mais previsível (meia-vida de 4h) 
É uma resposta anticoagulante mais previsível porque a meia vida é de 4 horas, muito maior do que a da heparina convencional. A heparina convencional é de 40 a 90 minutos, 1 hora, 1 hora e meia. 
O paciente que usa heparina por algum problema vai utilizar dalteparina (fragmin) ou enoxaparina (clexane). O clexane é o mais usado. Também é administrado via subcutânea, mas a diferença é que ela possui vantagens. O mecanismo de ação é o mesmo e tem a meia vida mais prolongada. 
Anticoagulantes orais 
É o que se utiliza muito no dia a dia. Existe grande chance de pacientes acima de 50 anos estarem usando um anticoagulante oral, porque 30% da população brasileira hoje, acima de 40 anos, é hipertensa ou está em vias de ser. Esses pacientes hipertensos têm muita chance de ter trombo, trombose, AVC. E para evitar, muitas vezes só o AAS não dá conta. Além da utilização de um antiagregante plaquetário, se faz necessário utilizar um anticoagulante oral também. 
O anticoagulante oral mais conhecido é a varfarina, que é o famoso marevam. Tendo 1, 5 e 10 mg. É um dos fármacos mais complicados da farmacologia, pois possui baixo índice terapêutico e qualquer alteração de dose pode causar hemorragia no paciente. 
*É o monocumarínico mais comum utilizado como raticida e em humanos como anticoagulantes.
As substâncias da categoria monocumarínico são raticidas. Os venenos de rato possuem monocumarínicos, que fazem o rato sangrar, ter hemorragia interna e entrar num quadro de desidratação. Por isso que esse fármaco tem um baixo índice terapêutico, pois ele é da mesma família de uma droga raticida, consequentemente, o risco dele causar um sangramento é muito grande. A diferença do fármaco para o raticida está na dose. A dose tóxica está muito próxima da dose terapêutica. 
O cirurgião dentista não deve realizar procedimentos em pacientes que utilizam varfarina sem antes consultar o cardiologista, pois ele vai apresentar uma chance grande de ter uma hemorragia. 
Farmacocinética: administrado por via oral possui 100% de biodisponibilidade, sendo absorvido muito bem. Demora 1 hora, mais ou menos. O problema é que a administração deve ser cuidadosa, pois há muitas interações e a sensibilidade dos pacientes é muito alta. A margem terapêutica é baixíssima, qualquer aumento de dose pode levar a hemorragia. 
Mecanismo de ação: bloqueia a gama-carboxilação de vários resíduos de glutamato existentes na protrombina, nos fatores VII, IX e X e proteína C (anticoagulante endógeno). Impedem redução de vitamina K.
Ela vai interferir na vitamina K, através do bloqueio da gama-carboxilação de vários resíduos de glutamato existentes na protrombina (fator II), nos fatores VII, IX e X e proteínaC (anticoagulante endógeno). A síntese desses fatores ocorre no fígado e a vitamina K faz a gama-carboxilação. Ela vai doar resíduos de glutamato e quando a varfarina impede a gama-carboxilação, não se formam os fatores.
 A protrombina precisa sofrer carboxilação através da gama-carboxilase, para formar a protrombina ativa. A varfarina vai inibir a enzima que faz a gama-carboxilação, com isso não vai haver a ativação dos fatores de coagulação (2, 7, 9, 10). 
Efeitos indesejáveis
Além de tudo isso, a varfarina é um fármaco que possui muitos efeitos colaterais. 
· Efeitos teratogênicos: hipoplasia nasal e calcificações epifisárias pontilhadas. Causa também microcefalia, macrocefalia e alteração de orelha. Jamais pode ser usado em grávida. A grávida deve usar a heparina de baixo peso molecular;
· Pode causar necrose de tecidos moles: mama e nádegas;
· Distúrbios gastrointestinais;
· Hipocoagulabilidade, ou seja, falta de coagulação;
· Hemorragia; 
· Lesões hepáticas. 
Por isso deve ser feito o controle periódico da coagulação sanguínea. Devido aos riscos de hipocoagulabilidade e consequentemente hemorragia deve ser um fármaco muito bem controlado. (Fala sobre o caso do pai de Elenisa que faz uso do fármaco e controle do INR) Esse INR (Razão Normalizada Internacional) mede o índice de normalidade sanguínea e é válido em qualquer país do mundo, então o valor normal é dois, se aumentar muito há o risco de hemorragia e se diminuir abaixo disso há o risco de trombose e esse INR se dá por meio de um cálculo que faz a partir de um exame feito de TAP e KPTT que são indicadores de coagulação sanguínea. 
· ADESÃO E AGREGAÇÃO DE PLAQUETAS 
	Existem três maneiras de interferir: alterando a coagulação, alterando plaquetas ou diluindo o trombo – fibrinólise. 
	Um trombo ocorre quando há uma lesão no endotélio e as plaquetas começam a se aderir e secretar AMP cíclico e outros compostos que vão atrair mais plaquetas para o local. As plaquetas se fundem e começam a ‘encher’ de células brancas – leucócitos, hemácias, fibrina e vai se formando até chegar à estrutura de um trombo consistente e obstruir o vaso, pra isso há fármacos que interferem em algum desses processos: adesão ou agregação... para evitar que a plaqueta se deposite e forme o trombo. 
· AGENTES ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS
ASS (Aspirina®)
Medicamento mais usado no mundo todo e com melhor custo-benefício, é um antiagregante plaquetário maravilhoso na dose de 75 a 325g, então quando o paciente apresenta essa dose, o fármaco não está sendo usado como analgésico, mas sim como antiagregante, então o CD deve estar alerta. Ao contrário da varfarina, que tem que tirar, o ASS não tira precisa tirar. Se for um paciente bem controlado o CD pode fazer o procedimento sem a prévia retirada do fármaco, embora seja sempre interessante falar com o cardiologista. 
- Atualmente não se recomenda mais fazer a retirada do ASS para a realização de procedimentos odontológicos. 
- Pergunta: “No caso do ASS, essa função de antiagregante é um efeito colateral já que ele é um AINE? Na verdade, atualmente ele não é considerado apenas um AINE, mas é considerado um antiagregante plaquetário também. Hoje em dia ele é mais usado como antiagregante plaquetário do que como AINE, até porque ele não é mais usado como anti-inflamatório, porque para essa função a dose seria de 500mg 4h/4h, então ele como AINE é usado mais como analgésico, e também não tem mais o uso como antitérmico pela possibilidade de causar síndrome de Reye em crianças, sendo hoje em dia sua maior indicação terapêutica a de antiagregante.”.
- Pergunta: “Nesse caso, seria o infantil ou para adulto? Tanto faz a indústria farmacêutica hoje faz especifico: ASS cardio, aspirina prevent – faz esses outros tipos para cobrar mais caro. Por exemplo, no posto de saúde você recebe o ASS genérico de 100mg, enquanto que na farmácia eles vendem o revestido, tamponado, fazem essas modificações para que seja vendido mais caro.”. 
· AINE;
· Mecanismo de ação: acetilação irreversível da ciclooxigenase (da plaqueta), inibe a síntese do tromboxano A2 (TXA2) e prostaciclina (PGI2); por acetilação do fibrinogênio inibe a liberação de ADP pelas plaquetas:
É considerado um excelente antiagregante plaquetário porque inibe de forma irreversível a COX1 da plaqueta, então essa COX inibida não volta a funcionar se tornando inativada. Antigamente se tirava o ASS porque demora em torno de 10 dias para sintetizar plaquetas com COX que sejam funcionalmente ativas, então o paciente durante esse período tinha as plaquetas, mas sem COX; hoje a recomendação já é que se veja como o paciente está se é controlado e converse com o cardiologista, podendo ser mantido o uso. 
- Os fosfolipídios de membrana são convertidos pela fosfolipase A2 em ácido araquidônico; 
- O ácido araquidônico por sua vez é convertido pela COX em prostaglandina;
- A partir da prostaglandina vem a prostaciclina e tromboxano A2.
- Tromboxano A2: ativa a agregação plaquetária, a ação do ASS inibe a COX impedindo a formação de tromboxano impedindo assim a agregação plaquetária. 
· Usos clínicos: profilaxia e prevenção da trombose coronariana, angina instável, complicações tromboembólicas, acidente vascular isquêmico e infarto agudo do miocárdio: tudo que está relacionado a trombos; 
· Substituição das plaquetas afetadas (7-10 dias);
· 75 a 325 mg como antiagregante plaquetário.
· AGENTES ANTIPLAQUETÁRIOS
Ainda tem mais três fármcaos. O dipiridamol e ticlopidina são os menos usados, o mais usado depois do ASS é o clopidogrel.
DIPIRIDAMOL (Persantin®)
· Mecanismo de ação: Inibição da fosfodiesterase (enzima que forma cAMP e atrai plaquetas para o local);
· Redução de 15% do risco de A.V.C. (25 mg 2 vezes ao dia);
· Não é muito usado por conta dos efeitos colaterais, muito caro.
TICLOPIDINA (Ticlid®)
· Mecanismo de ação: Bloqueia interação do fator de von Willembrand e fibrinogênio com as plaquetas pela via do ADP
· Leva 3-7 dias para inciar o efeito, por isso é menos usado.
CLOPIDOGREL (Plavix®)
· Mais usado quando o AAS não faz efeito;
· Mecanismo de ação: Inibe a agregação induzida pelo ADP. Depois que a plaqueta adere ela atrai mais plaquetas para o local pela liberação de ADP, então quando há diminuição de ADP se inibe a adesão de mais plaquetas. 
Obs.: ela diz: é diferente do AAS, pois este inibe a agregação, enquanto o clopidogrel inibe a adesão, por isso se completam.
· Mais eficaz que a Aspirina e é aditivo a mesma (associação);
· Efeitos indesejáveis: erupção, diarréia e neutropenia (pouco comum);
· Desvantagens: era muito caro, mas perdeu a patente em 2011, está mais acessível.
· Cloridrato de Prasugrel (Effient®) 10 mg – um novo derivado que custa 221,14 - tem uma ação sobre ADP mais específica e irreversível que o clopidogrel.
FIBRINOLÍTICOS OU TROMBOLÍTICOS 
· O paciente infartou, teve um trombo, o que faz? Aplicam-se esses medicamentos para dissolver o trombo antes que haja lesão em algumas células.
· Ocorre a conversão do plasminogênio em plasmina;
· Usado para rápida dissolução do trombo (casos graves);
· Rápida lise do trombo diminuindo a hipertensão pulmonar, e corrigindo distúrbios hemodinâmicos (que ocorrem pela falta de vascularização). 
· 2 medicamentos:
· ESTREPTOQUINASE (streptase® - esse nome se dá, pois veio de uma enzima isolada do streptococus);
· Mecanismo de ação: Forma um complexo estável com o plasminogênio que adquire atividade enzimática para que seja convertido em plasmina, que dissolve o trombo.
· Sucesso em redução de mortalidade por infarto.
· Pode causar reações anafiláticas, por isso se sua mais o alteplase.
· ALTEPLASE 50 mg (Actilyse®), duteplase e a reteplase (Retavase®), (ativadores teciduais recombinantes de plasminogênio (antigênicas e seletivos, por isso são mais usados) – infarto agudo do miocárdio. 
ÁCIDO TRANEXÂMICO (Transamin®) 
· E se o paciente usou demais varfarina, heparina, streptase e está com hemorragia, como faz para reverter? Usa Ácido tranexânico;
· Mecanismo de ação: Inibe a ativação do plasminogênio, e consequentementeimpede a fibrinólise, ou seja, inibe a conversão do plasminogênio em plasmina;
· Tem em esponjas que podem ser usadas em cirurgias; 
· Usos clínicos: Em condições que ocorrem sangramento ou risco de sangramento (hemorragia após prostectomia, extração dentária, na menorragia e sangramento fatal após administração de agentes trombolíticos).

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