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Tumores das Glândulas Salivares 1. Tumor Benigno · Adenoma Pleomórfico; Adenoma Pleomórfico Conceito: É a neoplasia de glândula salivar mais comum. Trata-se de uma neoplasia benigna de origem epitelial composta por células que demonstram diferenciação epitelial e mesenquimal. O nome pleomórfico se deve justamente pela diversidade de arranjos arquiteturais, estruturais e variações de celularidade por vezes em um mesmo tumor (diferentes arranjos morfológicos). Antigamente, era chamado de tumor misto, por apresentar componente epitelial e mesenquimatoso. Histologicamente, o AP se caracteriza pela proliferação neoplásica benigna de células epiteliais e mioepiteliais das glândulas salivares. Estas se arranjam em ninhos, cordões, espaços pseudo-cisticos (túbulos), lençóis celulares e estruturas ductiformes com duas camadas celulares, uma mais internamente do tipo epitelial, e outra, externamente, do tipo mioepitelial. Descrição microscópica: Fragmento de mucosa bucal revestida por epitélio estratificado pavimentoso que exibe na lâmina própria um extenso crescimento tumoral não encapsulado. O tumor é composto por uma mistura de epitélio glandular, células mioepiteliais com estroma variado. Geralmente o epitélio forma ductos, túbulos, ilhas e cordões celulares. As estruturas ductais mostram 2 camadas de células (externa/mioepiteliais e interna/epiteliais), com lúmen bem definido e contendo material eosinofílico. Células escamosas produtoras de ceratina também podem ser observadas. As células mioepiteliais compõem uma grande porcentagem das células tumorais e exibem uma morfologia variável, podendo apresentar-se principalmente com aspecto estrelado, fusiformes e plasmocitóide. As células mioepiteliais podem revestir espaços pseudocisticos. O estroma tumoral mostra-se variável sendo principalmente hialino, mixóide e gorduroso. Dados importantes para diagnóstico: - Observar as células mioepiteliais (fusiformes, estreladas, plasmocitóides) formando lençóis, ilhas, cordões; - Estruturas ductais mostrando 2 camadas de células (externa/mioepitelial e interna/ductal) contendo material eosinofilico no interior; - Pseudocistos revestidos por células mioepiteliais; - Estroma mixóide, hialino e adiposo. Analise Histológica 2. Tumores Malignos · Carcinoma Mucoepidermóide; · Carcinoma Adenoide Cístico; Carcinoma Mucoepidermóide Conceito: É uma das neoplasias malignas de glândula salivar mais comum sendo considerada em alguns estudos a mais prevalente. Histologicamente, os carcinomas mucoepidermóides apresentam proporção variada de células mucosas, células epidermóides e intermediárias. As células mucosas variam na forma e contêm citoplasma espumoso abundante que se cora positivamente por mucina (PAS e mucicarmin). As células epidermóides têm forma frequentemente poligonal, pontes intercelulares e, raramente, ceratinização. Já as células intermediárias são de formato basalóide A quantidade de cada tipo celular e o arranjo arquitetural (cístico e sólido) varia dentro de uma mesma neoplasia e influencia o grau de malignidade e o comportamento biológico da lesão. Essa neoplasia é usualmente multicística, com áreas de arranjo sólido. Os espaços císticos são revestidos por células mucosas, células intermediárias cuboidais dispersas e células epidermóides poligonais que raramente formam. Descrição microscópica: Nota-se proliferação tumoral formando espaços císticos e áreas sólidas. O tumor exibe uma mistura de células produtoras de muco (mucosas), células escamosas (epidermoides) e intermediárias. As células mucosas apresentam formato variado, mas contêm um abundante citoplasma espumoso e claro. As células epidermóides possuem formato poligonal. Pode-se observar um terceiro tipo de célula, a célula intermediária. Dados importantes para diagnóstico: - Observar as células claras produtoras de muco que são as células mucosas; - Células mioepiteliais mais coradas com formato poligonal. Analise Histológica Carcinoma Adenoide Cístico Conceito: É considerada uma das neoplasias malinas mais comuns de origem em glândulas salivares. O carcinoma adenóide cístico (CAC) é definido pela OMS como uma neoplasia basalóide que se caracteriza pela presença de células epiteliais e mioepiteliais com vários arranjos morfológicos, incluindo o padrão tubular, cribriforme e sólido. Uma das características histológicas do tumor é a invasão dos espaços perineurais. Descrição microscópica: Fragmento de mucosa bucal revestido por epitélio estratificado pavimentoso ceratinizado. Em profundidade, na lâmina própria, observa-se a proliferação neoplásica maligna caraterizada por grupos de células pequenas, com núcleo hipercromático e citoplasma escasso, delimitando espaços císticos cilindromatosos. Dados importantes para diagnóstico: - Células epiteliais de aspecto basaloide (células pequenas, com núcleo hipercromático e citoplasma escasso); - Espaços císticos cilíndricos com presença de mucóide e/ou hialinizado; - O padrão cribriforme é a variante mais comum e se caracteriza por ilhas de células neoplásicas pequenas e cuboidais de aspecto basalóide, mostrando um núcleo angulado, pequeno, escuro, com citoplasma escasso, delimitando espaços císticos cilindromatosos. Entre os elementos epiteliais dispõe-se um estroma conjuntivo, por vezes hialinizado, conferindo o aspecto de cilindro. Analise Histológica
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