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TCC IPEMIG ATUALIZADO

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Trabalho de Conclusão de Curso
 Gestão Escolar Integradora 
Mara Meirelles
Matricula: 240260705
 
 
 Belo Horizonte 2019
Mara Meirelles
Trabalho de conclusão de curso
Gestão escolar integradora
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
ao curso de gestão escolar integradora, da IPEMIG 
como requisito parcial para á obtenção do titulo.
 Belo horizonte, 2019
Sumário
1.0- Introdução................................................................................................03
2.0-Supervisão Escolar Profissão, Conflitos, e Desafios................................04
2.1-Supervisão Escolar Na Atualidade...........................................................05
2.2- Supervisão Escolar: Inovação, Empreendimento, Novas Ideias.............06
2.3- Solidariedade e a Constituição de Equipe Solidária................................07
3.0- Conclusão.................................................................................................08
4.0- Referências...............................................................................................09
Resumo
O presente artigo, visa analisar as características de um líder empreendedor quando incorporadas no perfil do supervisor escolar que contempla um desempenho bem sucedido no trabalho de gestão escolar. O supervisor escolar é de extrema importância, tanto para a implementação de um currículo inovador, quanto para o desenvolvimento do empreendedorismo e a constituição de uma equipe solidária. Entretanto, a supervisão escolar tem responsabilidades tanto burocráticas quanto políticas em relação vertical, no qual muitas vezes passa assumir características de um líder empreendedor. Através de pesquisas bibliográficas pudemos analisar as propostas dos aspectos teóricos, relacionados á supervisão escolar, com base na sua trajetória histórica e nas necessidades da atualidade. Observou-se que o trabalho de supervisor escolar torna-se indispensável, sendo um profissional insubstituível para o sucesso da gestão escolar, sua capacidade de liderança e empreendedora criar novas perspectivas inovando e criando novas oportunidades para nossa comunidade escolar. . 
PALAVRAS CHAVES: Supervisão Escolar, Inovação, Equipe solidaria. 
Introdução 
O objetivo desse trabalho, é analisar a gestão escolar frente ao mundo globalizado, compreendendo as novas necessidades e oportunidades da atualidade em que vivemos na comunidade escolar. Abordando, o entendimento de que o supervisor escolar é um líder de extrema importância para o desenvolvimento do empreendedorismo, da inovação, e a constituição de uma equipe solidária através de uma gestão pedagógica eficiente. Atualmente , as organizações públicas e privadas vêm passando por varias mudanças para atender as exigências da globalização no contexto educacional, dentre as quais há uma grande necessidade de inovar a função e o papel do supervisor escolar.
Contudo, falar em supervisão escolar atualmente, se faz necessário analisar com muita cautela o passado e sua trajetória histórica. Com a vinda dos jesuítas para o Brasil, iniciou-se à organização das atividades educativas, com o surgimento do Ratio Studorum (Plano e Organização de Estudo da Companhia de Jesus.), aflorou a ideia de supervisão para organização do trabalho escolar. No inicio, predominou as funções burocráticas sobre as pedagógicas, e as funções do inspetor como fiscalizador e controlador dos professores. Com o projeto de lei, sob o número PL 283/2000 foi dado o primeiro passo para a regulamentação para o exercício da profissão de Supervisor Educacional ou Supervisor Escolar.
Com globalização e suas consequências, fenômeno este político-social-econômico-cultural, provoca conflitos na sociedade exigindo ressignificar a atuação dos profissionais e a gestão escolar. Dessa forma, houve a necessidade de grandes avanços na profissão de Supervisão, os profissionais passaram a inovar criando novas ideias, para atender as novas demandas. O trabalho da gestão escolar, tornou-se de grande importância e essencial para ampliar e melhorar do ensino aprendizagem e consequentemente houve grandes avanços na qualidade de vida tanto escolar quanto humana, tornando a comunidade escolar mais justa e solidaria. 
2. SUPERVISÃO ESCOLAR: PROFISSÃO DE CONFLITOS E DESAFIOS.
Desde as comunidades primitivas, onde os homens produziam sua sobrevivência, havia de certo modo uma maneira de se organizar escolhendo entre si um líder para fiscalizar e auxiliar as comunidade mantendo a harmonia uns com os outros, para satisfazer suas necessidades existenciais. A educação era de forma indireta, protegendo e orientando os menores pelo exemplo, assim sendo, supervisionando-os.
Na antiguidade, Egito, Pérsia, China, e Índia a vigilância das instituições educativas estava a cargo dos representantes sacerdotais ou da nobreza. Na Grécia, nasceu a verdadeira instituição educativa que acompanhava o individuo desde o nascimento até atingir a fase adulta dessa forma, havia pessoas para exercer a orientação e vigilância sobre as instituições de ensino criadas naquela época.
Na Idade Média, a classe dos proprietários passou a ser dos senhores feudais e a classe dos não proprietários, constituída pelos servos. A ação supervisora era diferente do que ocorria nas comunidades primitivas, vai assumir claramente a forma de controle, de conformação, de fiscalização e, mesmo de coerção expressa nas punições e castigos físicos" (SAVIANI, 1999, p.16). Esta ação se fazia presente ao pedagogo, que supervisionava a educação das crianças da classe dominante correspondendo ao do capataz que supervisionava a educação dos trabalhadores.
Na Época Moderna o processo produtivo se deslocou do campo para a cidade, passando da agricultura para a indústria, rompendo-se assim, as relações dominantes naturais para serem sociais. Como consequência, a exigência da generalização da escola, na posição de forma principal e dominante de educação, implicou na organização da educação na forma institucionalizada. Começa a esboçar a ideia de supervisão escolar, o que vai se evidenciando na organização da instrução pública. Religiosa nos séculos XVI e XVII, nos séculos XVIII e XIX as propostas passam para a orientação laica, até a atualidade.
No Brasil, com a vinda dos jesuítas em 1549 deu-se início a organização das atividades educativas e com o surgimento do Ratio Studorum se fez presente a ideia de supervisão. Com a expulsão dos jesuítas e a criação das aulas régias, a função supervisora se concentrou na figura do diretor geral em nível de sistema. No final do período monárquico, debates concentram-se para a necessidade de uma organização de um sistema nacional de educação. Mas, é necessário salientar certa dominância das atribuições burocráticas sobre as pedagógicas, nas funções do inspetor.
Na década de 20 surgiu o técnico em escolarização, como uma nova categoria profissional com a criação da Associação Brasileira de Educação (ABE). É no âmbito dos Estados que a renovação do aparelho organizacional atenta para a separação dos setores técnico-pedagógicos daqueles designadamente administrativos, surgindo a figura do supervisor. Após a Revolução de 1930 é implantada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras com a tarefa de formar professores, bem como os "técnicos de educação". Com a revisão do curso de Pedagogia através do Parecer nº 252 de 1969, a formação de "técnico em educação" passou a denominarem-se habilitações nas áreas técnicas individualizadas por função: administração, inspeção, supervisão e orientação.
Em 1971, entrou em vigor a Lei nº 5692 de 11 de agosto de 1971 e a supervisão escolar é tratada apenas quanto a sua formação profissional, através do curso superior de graduação, com duração plena ou curta, ou de pós-graduação. O tratamento serepete com a LEI Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e a flexibilidade na organização da escola apresentou novos desafios de reestruturação do espaço e do tempo escolar. 
Mesmo assim, somente com o projeto de lei de iniciativa do Deputado Mário Bernd, sob o número PL 283/2000 é dado o primeiro passo para a regulamentação para o exercício da profissão de Supervisor Educacional ou Supervisor Escolar. O Deputado Nelson Häter Filho (2003) justifica a necessidade da criação e regulamentação do exercício da profissão de Supervisor Escolar, com a seguinte reflexão:
Através da viabilização do processo de articulação e integração é que emerge a importância da contribuição do Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, na transformação Educacional. A importância desse processo na obtenção da qualidade na escola implica na existência de uma função e de um profissional habilitado capaz de coordená-lo e implementá-lo. Este profissional é o Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, razão porque é extremamente necessária a regulamentação do Profissional Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, para que lhe sejam assegurados os direitos profissionais. (HÁTER FILHO, PROJETO DE LEI Nº 290/2003)
Em 2007 o Senado aprovou o Projeto de Lei da Câmara 132/05 regulamentando a profissão de Supervisor Educacional ou Supervisor Escolar.
2.1 SUPERVISÃO NOS TEMPOS ATUAIS 
Desde o século passado, o mundo experimenta um ritmo extensivo e intensivo de transformações provocando conflitos na sociedade, exigindo ressignificar a atuação dos profissionais e a gestão nas organizações. À medida que os problemas sociais colocam novos desafios e reeditam as incertezas, a globalização traz novos argumentos para o debate em torno da gestão escolar, direcionando-se no sentido de estabelecer relações entre as mudanças na economia mundial e as mudanças nas políticas/sociais, logo nas práticas educativas. 
Politicamente, é necessário que o conhecimento escolar esteja no centro das discussões na escola, sobre o currículo em particular. É imperativo instaurar uma "pedagogia mundial", visando ensinar a todos, na base de uma cultura mundial, competências de tecnologias de informação, das ciências exatas, da síntese e comunicação. Sendo assim, o currículo tem-se a tornar mais global. Torna-se evidente que para o supervisor escolar, não é mais uma atividade burocrática e de aplicação de normas legais pré-estabelecidas pelo órgão mantenedor numa relação vertical, é uma atividade essencialmente político-pedagógica. 
A relação vertical surge quando faltam liderança e competência, transformando o saber específico em um fim em si mesmo e não em um meio para auxiliar a gestão escolar a interpretar sua realidade e atuar globalmente. É necessário o rompimento da relação existente e o estabelecimento de uma relação horizontal, em que o supervisor escolar, debruçando-se sobre sua prática de gerência "o que fazemos" e de liderança "o que somos", possa entendê-la e encontrar os caminhos para transformá-la num saber-fazer-bem. E, principalmente, como parceiro que constrói com o professor seu fazer diário e não mais aquele profissional da educação com um "superpoder" de acompanhar, fiscalizar e avaliar o trabalho do professor.
A liderança do supervisor escolar é percebida como resultado de processos de ensino-aprendizagem/aprendizagem-ensino, no qual é importante a criação de um clima de construção de conhecimentos e de uma disposição social que se permita desenvolver os quatro pilares da educação. Segundo Delors (2000): Aprender a aprender ? motivação para a busca do conhecimento onde ele se encontra; Aprender a fazer ? o desenvolvimento de competências e habilidades; Aprender a conviver ? o desenvolvimento de atitudes de solidariedade; Aprender a ser ? o desenvolvimento integral da pessoa, sua autoestima, autodeterminação, responsabilidade, espiritualidade e criatividade. E, no mundo globalizado, os quatros pilares da educação se completam com o aprender a empreender.
2.2 SUPERVISÃO ESCOLAR: INOVAÇÃO, EMPREENDIMENTO, E NOVAS IDEIAS. 
Por ser o empreendedorismo um campo de estudo recente, não serão abordados todos os aspectos teóricos relacionados a este tema. Faz-se necessário estabelecer relações e adaptações das teorias consultadas voltadas para as organizações empresariais direcionando-as para as organizações educacionais. A escola, reflexo do mundo global, não pode passar incólume por seus efeitos, portanto deve-se fazer da gestão escolar, um espaço de conhecimento que valorize o ser humano, suas aptidões e o seu desenvolvimento empreendedor. 
 Segundo Filion (1999) define o empreendedorismo como "o campo que estuda os empreendedores, examina suas atividades, características, efeitos sociais e econômicos e os métodos de suporte usados para facilitar a expressão da atividade empreendedora". (FILION, 1999, p. 21). Neste sentido, o empreendedorismo na gestão escolar pode ser caracterizado como um processo de busca e criação de algo diferente, com valor, pela dedicação e esforço de alguém que assume os riscos financeiros, psicológicos e sociais. As habilidades de um empreendedor devem-se cartear-se à facilidade de aplicar as capacidades físicas e intelectuais. David (2004) apresenta três habilidades básicas para o eficiente desempenho do empreendedor:
a) Habilidades técnicas: consistem na compreensão e proficiência em um determinado tipo de atividade, saber utilizar métodos, técnicas e equipamentos para realizar a contento um determinado trabalho.
b) Habilidades humanas: facilidade para trabalhar como membro de um grupo e em equipe, com cooperação e flexibilidade; saber se comunicar.
c) Habilidades conceituais: forma como se compreende e reage aos objetivos e políticas da organização, empregando conceitos, idéias e abstrações. (DAVID, 2004, p. 33). 
Nesta linha de raciocínio, uma figura que atualmente desponta no ambiente organizacional da escola é o supervisor escolar, mesmo ainda visto como o técnico-pedagógico. Esse profissional pode ser considerado como um elemento-chave para a implementação de estratégias empreendedoras e atuais, principalmente porque ela se dá por meio de projetos inovadores. Pode também se tornar importante para o futuro da gestão escolar, ao usar sua capacidade de liderança e empreendedora para vislumbrar novas necessidades e oportunidades. É uma figura relevante por suas responsabilidades estratégicas e de planejamento, que constrói com o professor seu trabalho diário no processo ensino-aprendizagem, a fim de assegurar que a visão e a missão da unidade escolar seja assegurada.
Para que o entendimento destes novos conceitos do mundo atual aconteça dentro da organização escolar é necessário encorajar as pessoas a buscarem a inovação, a serem empreendedoras dentro da estrutura organizacional na qual estão inseridas. Permitir a busca da liberdade e de recursos para perseguir as suas visões, realizar seus sonhos e criar novos empreendimentos. Muitos pesquisadores denominam essa pessoa de intraempreendedor. 
Para Andreassi (2005), o conceito de intraempreendedorismo, se refere a uma pessoa, independente do nível hierárquico, que possui senso de oportunidade e sensibilidade para os desafios e problemas enfrentados pela gestão escolar na qual trabalha, além da obstinação em solucionar esses problemas, se caracterizando assim um supervisor escolar intraempreendedor. O conjunto de competências, habilidades e talentos que definem o intraempreendedor é diferente do supervisor escolar visto apenas como técnico-pedagógico. Dornelas (2003) afirma que "o (intra) empreendedor vai além das tarefas normalmente relacionadas aos administradores, tem uma visão mais abrangente e não se contenta em apenas fazer o que deve ser feito. Ele quer mais e busca fazer mais" (DORNELAS, 2003, p. 18).
Neste contexto, é necessário salientar algumas características do intraempreendedor: Anseia por liberdade dentro da gestão escolar; É norteado por metas construídas coletivamente após um diagnóstico empírico das necessidades da gestão escolar. Éum indivíduo que sabe como delegar, mas quando necessário faz o que deve ser feito. Gosta de riscos, foge do estado estável, detesta as rotinas, pois é criativo e inovador. Dolabela (2003) complementa esta afirmação dizendo que:
O saber empreendedor ultrapassa o domínio de conteúdos científicos, técnicos, instrumentais. Estes pouco servem para quem não sonha, para quem não tem a capacidade de a partir do sonho, gerar novos conhecimentos que produzam mudanças significativas para o avanço da coletividade. [...] só o sonho (ou a idéia) não é suficiente para configurar uma ação empreendedora: é preciso transformá-lo em algo concreto, viável, sedutor por sua capacidade de trazer benefícios para todos, o que lhe dá o caráter de sustentabilidade. (DOLABELA, 2003, p. 29).
A ação intraempreendedora não pode ser incorporada por uma única pessoa, pois ela deve ser exercida cooperativamente. Uma ideia simples pode evoluir a partir da contribuição de outros pontos de vista, como é o caso da diretora da escola, da administradora escolar, da orientadora educacional, dos professores, dos agentes de serviços gerais, dos alunos, dos pais e dos parceiros da comunidade em que a escola está inserida, gerando assim um novo sonho, um novo empreendimento que seja realmente efetivo na gestão escolar.
2.3 SOLIDARIEDADE E A CONSTITUIÇÃO DE UMA EQUIPE SOLIDÁRIA
O termo solidariedade tem sua origem associada ao étimo latino solidarium, que vem de solidum, soldum que significa inteiro, compacto. A solidariedade representa a solidez da relação, da construção, da significação. Ser solidário é neste sentido uma orientação que conduz para a autonomia, para a interdependência, para a liberdade criativa e responsável. É necessário desfazer as ambiguidades que o conceito de solidariedade carrega, pois não é caridade, compaixão ou assistencialismo, vai além de tudo isso. Não é apenas um sentimento, mas uma postura diante da vida.
Solidariedade é, a um só tempo, valor e princípio. Nabais (2005) classifica-a quanto aos seus efeitos numa relação vertical e horizontal. Na relação vertical, identificada como os deveres do Estado em efetivar a minimização das desigualdades, por outro lado, a solidariedade deve ser vivenciada em seu sentido horizontal, agora não apenas como um dever do Estado, mas também como comprometimento de toda a humanidade. A solidariedade é fator determinante para que a efetivação dos direitos fundamentais dos cidadãos seja vista como obrigação não apenas do Estado, mas da própria sociedade.
Na sociedade atual, as organizações em geral mudaram seus paradigmas e na gestão escolar alteram-se as demandas e suas relações interpessoais em seu processo educacional. Num mundo em transformação, Luck elucida solidariedade como:
A solidariedade consiste na responsabilidade que se estabelece entre pessoas e organizações, caracterizada por laços duradouros, motivados por um reconhecimento de que, apesar de diferenças particulares, a igualdade as une. Essa responsabilidade é um laço ou ligação mútua e fraternal, motivada por um sentimento de união estabelecido pelos mesmos interesses, em vista de que as pessoas e organizações se ajudam reciprocamente. Compartilham os mesmos problemas, desafios, e objetivos e com um caráter de reciprocidade, e ao mesmo tempo de interdependência, pelo reconhecimento de que sobrevivem todos apenas em interação e uns com os outros. (LUCK, 2003, p. 129).
É necessário salientar que o supervisor escolar como líder deva buscar a equidade na constituição de uma equipe solidária, administrando as diferenças na comunidade escolar, ambiente este cada vez mais pluricultural. Neste contexto os choques e conflitos de idéias acontecem permanentemente, mas se bem gerenciados podem se tornar ricos para o embate de novas idéias, tanto em termos ideológicos quanto em termos de relacionamento interpessoais. 
A constituição de uma equipe solidária efetiva, entretanto, depende de vários fatores que podem dificultar o desenvolvimento de uma verdadeira filosofia de trabalho em equipe. Cita-se o que mais bloqueia esta constituição na gestão escolar, é a rotatividade de professores. A rotatividade rompe os laços de afetividade e efetividade com a organização escolar, gerando a inclinação individualista e a dificuldade ou a falta de empenho dos novos integrantes para se agregar na equipe existente, no início de cada ano letivo.
O grande desafio do supervisor escolar, portanto, é buscar identificar na equipe as singularidades de cada professor, quanto suas competências pessoais, profissionais e pedagógicas para exaltar as habilidades já construídas e ser parceiro na edificação de outras ainda frágeis, para a constituição da equipe ideal. É necessário que os
integrantes da equipe mantenham-se em contínua comunicação e interação, criando a sinergia. Neste contexto o supervisor escolar deverá estudar o perfil de toda a equipe, facilitando então a correta configuração dos integrantes desta, baseada em habilidades profissionais, pedagógicas e de personalidade que sejam complementares, buscando o equilíbrio de funções para a gestão escolar atingir seu potencial.
Conclusão
O objetivo destas considerações finais é apresentar algumas conclusões, mesmo que provisórias, a respeito do que foi pesquisado e reflexões que podem sujeitar-se à revisão ou confirmação em pesquisas posteriores, que se constroem de modo a contribuir, para uma revisão de conceitos estigmatizados acerca da supervisão escolar ontem e hoje.
Uma das conclusões a qual foi possível chegar, nesta pesquisa, é o ponto que suscita divergência entre o papel do supervisor escolar e o do intraempreendedor. Espera-se deste último, ousadia em termos de encontrar a melhor solução para os problemas do empreendimento. Contudo, espera-se também que o supervisor escolar execute as atividades, muitas vezes, meramente burocráticas estabelecidas pelo órgão mantenedor da unidade escolar. 
Seguindo este pensamento, parece não haver expectativa de que o supervisor escolar busque novas oportunidades. Entretanto, se o mesmo atuar como articulador entre a gerência das atividades estabelecidas pelo órgão mantenedor e a liderança empreendedora, com capacidade de unir e conectar diferentes atores e recursos, para o desenvolvimento de empreendimentos inovadores, poderá desmistificar os estereótipos adquiridos em sua trajetória.
No mundo global, o supervisor escolar não pode ser mais visto como um mero executor do que é estabelecido pelo órgão mantenedor da unidade escolar, porém como parceiro importante no reconhecimento das necessidades e na busca de novas oportunidades, além da contribuição aos resultados com sucesso pela persistência na solução dos problemas e enfrentamento dos desafios encontrados no desenrolar do empreendimento. Ao mesmo tempo, é importante limitar e restringir os fatores inibidores ao aparecimento e aproveitamento das características intraempreendedores do supervisor escolar e dos demais profissionais, como: burocracia, centralização de poder, cultura resistente à mudanças, ambiente tradicional e paternalista.
Este foi o objetivo deste artigo, que parte da premissa de que, o grau do intraempreendedorismo e da liderança do supervisor são fatores congruentes para o sucesso da escola e do desempenho por excelência de todos os envolvidos da comunidade escolar. Apesar da responsabilidade da construção e implementação do Projeto Político Pedagógico inovador e a vivência de um currículo empreendedor ser de todos, a responsabilidade primária é do supervisor escolar. Quanto maior a tendência intraempreendedora do supervisor escolar, maior será a possibilidade de que a constituição de uma equipe solidária e uma gestão pedagógica eficaz, por ele coordenada, seja mais bem sucedida num mundo globalizado.
REFERÊNCIAS
ANDREASSI, T. Empreendedorismo Corporativo. GV Executivo, v 4, n 3, ago/out. 2005.
BRASIL. Lei 5692/71, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências, 1971. 
Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996.Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996. 
 Projeto de Lei N° 290/2003. Regulamenta o exercício da profissão de Supervisor Educacional, ou Supervisor Escolar, e dá outras providências, 2003.
DAVID, D. E. H. Intraempreendedorismo social: perspectivas para o desenvolvimento social nas organizações. Florianópolis, 2004. Tese (Doutorado), Universidade Federal de Santa Catarina.
DELORS, J. et al. Educação: um tesouro a descobrir. 4a ed., São Paulo: Cortez; Brasília: MEC; UNESCO, 2000.
DOLABELA, F. Pedagogia Empreendedora - O Ensino do Empreendedorismo na Educação Básica, voltado para o Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Cultura, 2003.
DORNELAS, J. C. A . Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
FILION, L. J. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios. Revista de Administração, São Paulo v.34, n.2, p.05-28, abril/junho, 1999.
LÜCK, H. Como formar rede de escolas solidárias. Ver. FAE. Curitiba: v 6, n 2. p. 125-136, maio/dez. 2003.
NABAIS, J. C. Solidariedade social, cidadania e direito fiscal. In: Coord. GRECO, Marco Aurélio; GODOI, M. S. de. Solidariedade social e tributação. São Paulo: Dialética, 2005, p. 110-140.
SAVIANI, D.. A supervisão educacional em perspectiva histórica: da função à profissão pela mediação da idéia. In: FERREIRA, N. S. C. (Org.), Supervisão educacional para uma escola de qualidade: da formação à ação. São Paulo: Cortez, 1999. p. 13-38. 
Leia mais em https://www.webartigos.com/artigos/o-papel-do-supervisor-para-uma-gestao-escolar-eficaz/61098/#ixzz5GhX8IQxd

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