Buscar

resumo da ausculta cardiaca

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 Lara Osório 
AUSCULTA CARDÍACA FISIOLÓGICA 
 
A técnica de ausculta cardíaca, como ocorre com todo método de propedêutica clínica, deve, obrigatoriamente, 
envolver uma sequência lógica e sistematizada de procedimentos, direcionados para obter o mais abrangente 
conjunto de informações fisiológicas. 
 
Lembrando que a compreensão dos processos fisiológicos será de extrema importância para, depois, saber identificar 
repercussões patológicas na ausculta cardíaca. 
 
PONTOS IMPORTANTES 
Assim, alguns pontos importantes devem ser ressaltados, como: 
 
❖ Ambiente adequado (calmo, silencioso, bem iluminado) 
❖ Paciente colaborativo (será submetido a diferentes posições para melhor ausculta de diferentes regiões do 
precordio) 
❖ Tórax descoberto 
 
Além disso, cabe ao examinador: lavar as mãos antes e depois, explicar brevemente o que será realizado e sempre 
examinar a direita do paciente. 
 
 
Ainda, é importante se ter noção do estetoscópio e sua função no processo auscultatório. 
 
ESTETOSCÓPIO 
Formado pelo: 
❖ Diafragma, campanula, hastes e oliva. 
❖ Diafragma -> capta sons de timbre alto, como o fechamento valvar, os eventos sistólicos e os sopros 
regurgitantes. 
❖ Campanula -> sons de timbre baixo, como os ritmos de galope ou o sopro da estenose das valvas AV, por 
exemplo. 
 
 
 
FOCOS DE AUSCULTA CARDIACA 
 
Focos cardíacos: 
❖ Foco aórtico FA: 2 EI com a linha paraesternal direita 
❖ Foco pulmonar FP: 2 EI com a linha paraesternal esquerda 
❖ Foco tricúspide FT: 5 EI com a linha paraesternal esquerda 
❖ Foco aórtico acessório(ponto de Erb): entre o FP e FT, no 3 
EI na linha paraesternal esquerda. 
❖ Foco mitral FM: 5 EI com a linha hemiclavicular esquerda 
 
Lembrando que esses focos são áreas de ausculta clássicas e são 
pontos de referencias para as respectativas valvas, não 
correspondendo a posição anatômica das mesmas. 
 
2 Lara Osório 
POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
Existe diferentes posicionamentos que o paciente irá assumir no momento da avaliação cardíaca, afim de abranger 
as informações fisiológicas de forma mais fidedigna, sendo elas 4 posições auscultatórias principais: 
❖ Supina/decúbito dorsal → posição padrão 
❖ Decúbito lateral esquerdo → a mão esquerda do lado da cabeça; aproxima o VE da parede torácica, 
intensificando os sons do ápice do coração, como por exemplo da valva mitral; 
❖ Sentado ou Ereta → melhor ausculta da base do coração 
❖ Sentado/Ereta inclinado para frente → melhora em caso de hipofonese de bulhas; 
Essas diferentes posições variam os fenômenos auscultatórios, sem contar que estão sendo influenciadas pela 
respiração. 
 
 
Atenção: outras regiões também precisam ser avaliadas, como o mesocárdio, a região paraesternal direita, o 
pescoço, a axila e a região infraclavicular e interescapulovertebral. 
Nesse sentido, é importante conhecer as direções naturais de propagação dos sons produzidos em diferentes valvas: 
❖ Os ruídos originários da valva mitral propagam-se geralmente em direção à axila, enquanto os sons da valva 
aórtica podem ser audíveis no pescoço ou ao longo da borda esternal esquerda; 
❖ Por outro lado, os ruídos provindos das valvas situadas no lado direito da circulação tendem a se propagar 
pouco, mantendo-se mais restritos às áreas clássicas de ausculta, os focos pulmonar e tricúspide. 
 
ROTEIRO DE AUSCULTA 
1. Ritmo cardíaco 
→ Regular, irregular ou anárquico (fibrilação atrial) 
 
2. Frequência cardíaca 
3. Bulhas cardíacas 
→ Identificar B1 e B2 
→ Intensidade 
→ Regularidade no ciclo (regular, irregular ou anárquico) 
→ Tempos no ciclo (2T, 3T...) 
→ Desdobramentos de bulhas (fisiológico, variável, fixo, paradoxal) 
→ Bulhas acessórias (B3 e B4 ??) 
4. Ruídos adicionais: 
→ Cliques, estalidos 
→ Ruídos de próteses 
→ Atritos 
5. Avaliação de sopros 
 
3 Lara Osório 
• Manobras: responsável por sensibilizar o exame e nos fornecer dados semiológicos cardíacos. → manobras de 
coração direito e manobras de coração esquerdo. 
AUSCULTA NORMAL 
Para interpretar corretamente uma ausculta cardíaca de um paciente normal, é necessário que o examinador seja 
capaz de conhecer os eventos do ciclo cardíaco. Dito isso, as bulhas cardíacas normais são formadas por 2 sons, B1 e 
b2, e a maneira mais confiável de se identificar as bulhas é sincronizando a ausculta com a palpação da artéria carótida. 
Enquanto a mão direita do examinador está posicionando o estetoscópio, a mão esquerda é colocada sobre a carótida 
do paciente. A bulha que precede o pulso carotídeo é a B1 e a b2 vem logo depois do pulso. 
O pulso carotídeo é mais fidedigno, porém, se utiliza mais mesmo na pratica o pulso da artéria radial. O atraso temporal a 
partir de B2 até o pulso radial é significativo e isso resultará em erros no cálculo dos eventos. 
A sucessão das bulhas cardíacas causa a sensação auditiva de um ritmo de dois tempos, sendo que o espaço de B1 a 
B2 é conhecido como intervalo sistólico ou pequeno silencio e o espaço de B2 para B1, ou seja, do próximo ciclo, é 
conhecido como intervalo diastólico ou grande silencio. 
B1 
❖ Corresponde ao fechamento das valvas AV 
❖ Formada pelo componente mitral e tricúspide e a ocorrência do fechamento dessas valvas AV ocorrem tão 
próximas uma da outra que fica difícil distinguir e por isso será percebido como um som único, de duração 
prolongada, o TUM. 
❖ A primeira bulha é mais intensa, mais duradora e mais grave que a segunda, sendo melhor audível na região 
do ápice, no foco mitral. 
 
 
B2 
❖ Fechamento das valvas SL, e dá início a diástole ventricular. 
❖ Formada pelo componente aórtico e pulmonar 
❖ A segunda bulha é menos intensa, mais curta e mais aguda que a primeira bulha e melhor perceptível nos 
segundos espaços intercostais junto ao esterno. 
❖ Representada pela expressão TÁ. 
 
Influenciado pelas fases respiratórias: 
❖ Ocorre na inspiração e desaparece na expiração. 
Em condições fisiológicas, o componente aórtico precede o componente pulmonar, mas devido à variação da pressão 
intratorácica com a respiração, na expiração, os dois quase que coincidem e, na inspiração, o componente pulmonar 
tem um atraso médio de 0,03 a 0,04s, que é chamado de desdobramento fisiológico da segunda bulha. 
O desdobramento resulta de um maior retorno venoso provocado pela pressão negativa intratorácica. Quando 
desdobrada a segunda bulha é representada pela expressão TLA.

Continue navegando