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Castanhal 2020 SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL GUSTAVO RENAN SILVA DIAS A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS: Um estudo realizado no CRAS de Igarapé-Açu/PA. Castanhal 2020 A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS: Um estudo realizado no CRAS de Igarapé-Açu/PA. Projeto apresentado a disciplina Trabalho de conclusão de curso I, ao curso de serviço social na universidade norte do Paraná como exigência para aprovação da disciplina. Coordenadora do Curso: Prof.ª Valquíria Aparecida Dias. GUSTAVO RENAN SILVA DIAS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------------------------- 4 2. PROBLEMÁTICA-----------------------------------------------------------------------------4 3. OBJETIVO GERAL-------------------------------------------------------------------------- 4 3.1 ESPECIFICO -------------------------------------------------------------------------------- 5 4. JUSTIFICATIVA------------------------------------------------------------------------------ 5 5. METODOLOGIA -----------------------------------------------------------------------------5 6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA--------------------------------------------------------------6 7. CRONOGRAMA------------------------------------------------------------------------------8 9. ORÇAMENTO --------------------------------------------------------------------------------9 9. RESULTADOS ESPERADOS -----------------------------------------------------------9 10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS---------------------------------------------------10 1. Introdução Este estudo norteará a construção do trabalho de conclusão de curso intitulado A atuação do assistente social no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos: um estudo realizado no CRAS de Igarapé-Açu/PA, com o objetivo de compreender como se dá o trabalho do profissional do serviço social frente a um dos serviços que acontecem no Centro de Referência de Assistência Social - CRAS, que é o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, para entender como é realizado o trabalho com as famílias, conhecer quais atividades são propostas aos usuários, e observar como os vínculos familiares e comunitários são fortalecidos, a partir do desempenho desse profissional que está diretamente envolvido nesse serviço, desde o primeiro atendimento feito às famílias que precisam dos serviços socioassistenciais, e o decorrer de sua permanência na instituição, considerando que este público faz parte de um perfil de vulnerabilidade social. Após um estágio e uma experiência como voluntário no CRAS de Igarapé- Açu, surgiu o interesse em realizar a pesquisa com esta temática, partindo da problemática que busca entender de que forma a atuação do assistente social influencia no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Pretende-se com a metodologia realizar investigação bibliográfica em estudos de autores que discutem sobre a temática, e em outros materiais de consulta; pesquisa documental e de campo, tendo como lócus o CRAS de Igarapé-Açu. Desta forma, este estudo tem a intenção de colocar em debate o importante trabalho do assistente social frente a um dos principais serviços da Proteção Social Básica, na área da Assistência Social. 2. Problemática Partindo do entendimento do quanto é importante o trabalho do assistente social nos serviços que acontecem no CRAS, atuando diretamente com famílias em situação de vulnerabilidade social, a problemática parte da seguinte questão: De que forma a atuação do assistente social inflencia no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos? 3. Objetivo Geral Compreender como se dá a atuação do assistente social no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, a partir da pesquisa feita no CRAS do município de Igarapé-Açu/PA. 3.1 Objetivos Específicos: Entender como é realizado o trabalho do assistente social com as famílias assistidas pelo CRAS, para que os usuários sejam encaminhados ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; Conhecer quais atividades são propostas pelo assistente social para que sejam realizadas com os usuários; Observar como são trabalhados os vínculos familiares e comunitários com os usuários. 4. Justificativa A motivação para realizar esta pesquisa surgiu a partir da minha experiência como estagiário e depois como voluntário no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS de Igarapé-Açu, no período de quatro meses, onde tive a oportunidade de acompanhar diariamente o trabalho dos profissionais que atuam nesta instituição, principalmente do assistente social, despertando-me o interesse pela temática e limitando-a especificamente ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, o que me permitiu desde o primeiro momento observar muitos pontos a contribuir para esta pesquisa. Sendo assim, este estudo tem a intenção de discutir sobre o trabalho do assistente social com os usuários que são atendidos por esse serviço, especificamente entre a faixa etária de 06 a 12 anos, e qual a contribuição para o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários desses indivíduos. 5. Metodologia Metodologicamente, este trabalho partirá de consulta bibliográfica em livros, artigos e monografias, para que se possa ter um embasamento teórico com autores que discutem sobre a profissão do assistente social como Sousa (2008); e o Caderno de Orientações PAIF e SCFV (2016), que orienta sobre o funcionamento dos serviços do CRAS, bem como a atuação dos profissionais nesta instituição, para que se possa dialogar com a proposta desta pesquisa. Pretende-se realizar uma pesquisa documental em fontes fornecidas pelo Centro de Referência de Assistência Social – CRAS de Igarapé-Açu, para compreender como a instituição está caracterizada, segundo os documentos. E por fim, pesquisa de campo, que irá possibilitar fazer a relação entre a teoria e a prática, tendo como lócus da pesquisa o CRAS para observar e entender o trabalho do assistente social no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Este estudo terá uma abordagem qualitativa, que segundo Dalfovo, Lana e Silveira (2008), é quando a informação coletada pelo pesquisador não é expressa em números, ou então os números e as conclusões neles baseados representam um papel menor na análise. A coleta de dados será feita por meio de entrevista envolvendo perguntas semiestruturadas, realizadas especificamente com o assistente social, mas podendo ainda se estender aos outros profissionais como psicólogo, pedagogo e/ou coordenador da instituição, tornando a pesquisa mais enriquecida e concreta. 6. Revisão Bibliográfica: O serviço social no Brasil, que surgiu por volta dos anos 1930, nasceu através da influência direta da igreja católica em defender e recuperar os seus próprios interesses, e apenas em 1965 passou por um momento de renovação, chamado de movimento de reconceituação, marco este que dá uma nova visão à prática profissional que antes era apenas voltado ao assistencialismo e não tinha um olhar crítico frente as questões sociais que eram decorrentes naquela época. O movimento de reconceituação foi muito importante, pois, através dele o serviço social passa a ser valorizado perante a sociedade. Um fato é que o serviço social desde que foi reconhecido como profissão, passou a ser visto como uma intervenção capaz de gerar mudanças na vida social das pessoas que precisam de atendimento, como afirmaSousa (2008): O Serviço Social surge na história como uma profissão fundamentalmente interventiva, isto é, que visa produzir mudanças no cotidiano da vida social das populações atendidas – os usuários do Serviço Social. Assim, a dimensão prática (técnico-operativa) tende a ser objeto privilegiado de estudos no âmbito da profissão. Atualmente, o assistente social usufrui de amplas possibilidades de espaços para atuação, que vai desde o caráter executivo ao planejamento e administração das políticas sociais. De acordo com o Art. 4º, Inciso II da Lei de Regulamentação da Profissão (Lei nº 8662 de 07/06/1993): Art.4º.São competências do Assistente Social: II. elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil (CFESS: 2002; p. 17). Um dos principais espaços de atuação dos profissionais do Serviço Social são os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS, que são unidades públicas de Proteção Social Básica inserida em um determinado território através da política de Assistência Social, com foco no cumprimento da função protetiva, proativa e preventiva, dando acesso às famílias em situação de maior vulnerabilidade social, dentre as quais se incluem famílias beneficiárias de programas sociais do governo federal. Dentre as mais diversas atividades desenvolvidas no CRAS, destaca-se o Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família - PAIF, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias, prevenir a ruptura dos vínculos e promover o acesso aos seus diretos para usufruir de qualidade de vida. E como complementação a esse atendimento, um outro se faz necessário, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV, buscando fortalecer os vínculos familiares e comunitários dos usuários, assim como prescreve o Caderno de Orientações PAIF e SCFV (2016): A fim de complementar o trabalho social com famílias realizado pelo PAIF, há o SCFV, que também compõe a proteção social básica, com vistas a prevenir a ocorrência de situações de risco social e fortalecer os vínculos familiares e comunitários. O SCFV organiza-se em grupos, de modo a ampliar as trocas culturais e de vivências entre os usuários, assim como desenvolver o seu sentimento de pertença e de identidade. Os grupos do SCFV são organizados pelos ciclos de vida, com crianças, adolescentes, jovens, adultos e pessoas idosos, podendo possuir também grupos intergeracionais que inclui usuários de diferentes faixas etária. Esses grupos devem garantir e preservar a diversidade existente, com a participação de usuários de diferentes raças e gêneros, além de pessoas com deficiência. Apesar da necessidade de uma equipe de multiprofissionais no planejamento e execução dos serviços socioassistenciais, de acordo com o Caderno de Orientação PAIF e SCFV (2016), no caso da proteção social básica, os profissionais com nível superior que devem compor a equipe de referência do CRAS são o assistente social e o psicólogo. Sendo assim, são realizadas variadas atividades direcionadas por esses profissionais, para propiciar entre os usuários oportunidades para a escuta; valorização e reconhecimento do outro; produção coletiva; diálogo para a resolução de conflitos e divergências, entre muitas outras, sempre primando pelo fortalecimento dos vínculos. Para que o trabalho realizado no SCFV obtenha êxito, é necessário que as atividades desenvolvidas nos encontros possuam um planejamento coletivo feito pela equipe técnica de multiprofissionais, com destaque o assistente social que conhece e acompanha de perto a realidade das famílias, desde o primeiro atendimento realizado. O assistente social, após atendimento do usuário e inclusão da família no PAIF, ao fazer o encaminhamento dos usuários para o SCFV, deve indicar o motivo que caracteriza a situação de risco no atendimento socioassistencial, sempre registrando em documentos como prontuários, assim como orienta o Caderno de Orientações PAIF e SCFV (2016): Cabe ressaltar que as situações prioritárias devem ser documentadas em prontuários ou registros específicos, resguardando o sigilo profissional, tanto do ponto de vista da formalização e documentação do atendimento ao usuário e acompanhamento técnico quanto para fiscalização externas. É desta forma que o profissional do Serviço Social se destaca frente ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no CRAS, sendo o principal responsável em acolher, escutar, conhecer e encaminhar os usuários, bem como acompanhar o desenvolvimento dos mesmos até o desligamento do serviço, juntamente da equipe do restante da equipe técnica. 7. Cronograma Etapas Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Elaboração do Projeto X X Revisão de literatura X X X X X Apresentação do Projeto X Coleta de Dados X X X Conclusão e Redação X Correção Ortográfica X X Entrega X 8. Orçamento Materiais Custo Impressão de material para consulta bibliográfica e documental R$ 40,00 Transporte para deslocamento durante a pesquisa R$ 60,00 Impressão do trabalho pronto R$ 90,00 Encadernação do trabalho R$ 9,00 9. Resultados esperados Ao final, espera-se concluir a pesquisa atendendo a todos os objetivos e respondendo a problemática de forma que seja seguida a proposta metodológica, apresentando as importantes observações, estudos e levantamentos feitos sobre a atuação do assistente social no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. 10. Referências Bibliográficas BRASÍLIA. Lei n° 8.662, de 7 de Junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências. Disponível em <http://www.cfess.org.br/arquivos/legislacao_lei_8662.pdf>. Acesso em 19 de maio de 2020. _____. Caderno de Orientação Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Articulação necessária na Proteção Social Básica. Brasília: MDS/SNAS, 2016. SOUSA, C. T. A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional. Emancipação, Ponta Grossa, v. 8, n. 1, p. 119-132, 2008. Disponível em: . Acesso em: 18 maio de 2020. http://www.cfess.org.br/arquivos/legislacao_lei_8662.pdf
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