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Fármacos Parassimpaticolíticos - Quimica Farmaceutica

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Academica: Maria Beatriz Albuquerque - @biawtiful 
 
Química Farmacêutica 
Medicamentos com Ação no Sistema Nervoso Autônomo 
Fármacos Parassimpaticolíticos
⇝Antagonistas Muscarínicos: compostos com 
alta afinidade ao receptor muscarínico, porém 
sem atividade intrínseca. 
• Efeitos: inibição de secreções; taquicardia; 
dilatação pupilar; relaxamento da musculatura lisa 
(intestino, bexiga, brônquios); inibição da 
secreção ácida gástrica; efeitos no SNC – 
excitatórios em geral (atropina), amnésia, 
antiparkinson; efeito antiemético. 
Histórico: a origem é natural. Alcalóides 
tropânicos (devido ao N dentro do anel) da família 
Solanacea. 
 
São utilizados há milênios como: remédios 
(tratamento de cólicas, verrugas); venenos e 
poções (magias/bruxarias); cosméticos (dilatador 
das pupilas). 
Para tornar um antagonista, é necessário 
aumentar o tamanho da molécula para ela não 
se encaixar perfeitamente no receptor, 
perdendo a função do receptor. Os grupos 
funcionais continuarão, só apenas terá um 
volume maior. 
Fórmula Geral 
Na molécula de N coloca-se substituintes como: 
-CH3, -CH2CH3, propil ou isopropil. Porém terão 
pouca absorção, pois Nitrogênio com carga 
prejudica a biodisponibilidade, dificuldade de 
passar barreiras. 
O X normalmente é um éster, em um 
antagonista não é preciso um éster; pode ser 
substituído por qualquer átomo formador de 
ligação de hidrogênio. A distância entre o N e o 
X aumentará, justamente para formar um 
antagonista. 
Ligado ao X há um metil, então coloca-se R1 e 
R2 (um anel aromático ou heteroanéis) que 
levará uma máxima atividade antagonista. 
 
Dessa fórmula geral surgiram: 
• atropina - distância de 3C entre o N e o X + 
presença de anel aromático; 
 
• escopolamina - anel epóxi deixa a estrutura 
mais lipossolúvel; 
 
Academica: Maria Beatriz Albuquerque - @biawtiful 
 
• homatropina - semi-sintético, diferente da 
atropina é no OH; 
 
• benzotropina - presença de éter no lugar do 
éster; muito mais lipossolúvel devido ao seus 
anéis (usada para SNC); 
 
• tropicamida – usada como colírio, provoca 
dilatação pupilar (local); N está dentro de um anel 
aromático; 
 
• ipatrópio – nebulização, a presença de N com 
carga não é absorvido então é utilizado de forma 
aerossol para dilatar os brônquios; 
 
• orfenadrina – relaxante muscular, o N não tem 
volume a parte antagonista da molécula veio da 
ligação do O e dois anéis (semelhante a 
benzotropina). 
 
Uso terapêutico: bradicardia (não é muito 
utilizado, pois há muitos receptores muscarínicos 
no organismo); midriático; antiasmático (diminui 
secreção bronquial); reduz secreção salivar; 
antiespasmódico (cólicas), antiúlcera. 
Atropina pode ser usada para reverter 
intoxicações por colinérgicos. 
 
⇝Efeitos Adversos: como há muitos receptores 
muscarínicos há vários efeitos diversos como: 
secura da boca, dificuldade de urinar, glaucoma, 
midríase, rubor facial, arritmias cardíacas e em 
caso de doses altas pode ocorrer confusão e 
alucinações caso o medicamento tiver ação no 
SNC (Nitrogênio sem carga – como orfenadrina). 
⇝Contra-indicações: glaucoma, doenças 
obstrutivas do intestino, hiperplasia da próstata, 
hemorragia aguda e miastenia gravis. 
⇝Interações medicamentosas: diminui absorção 
do cetoconazol (qualquer medicamento que 
altera pH estomacal influência na absorção); 
diminuem efeito da metoclopramida; diminui 
excreção de vários fármacos (influência no 
sistema urinário); antiácidos e antidiarreicos 
(diminuem efeitos terapêuticos); 
hipnoanalgésicos (medicamentos derivados do 
ópio, aumentam o risco de constipação). 
 
Antagonistas Nicotínicos 
Existem 2 tipos: bloqueadores ganglionares e 
bloqueadores neuromusculares. 
Academica: Maria Beatriz Albuquerque - @biawtiful 
 
História: era considerado um veneno indígena, 
utilizado na ponta de flechas para paralisar a caça, 
alcaloide Tubocurarina (planta Curare). A 
tubocurarina possui N carregado então não é 
absorvido no organismo por isso comiam a carne 
do animal mesmo com tubocurarina. 
Receptor nicotínico é acoplado a um canal iônico, 
a tubocurarina provoca paralisação muscular 
porque a tubocurarina bloqueia o receptor, 
impedindo a entrada de Ca2+, não ocorrendo a 
contração muscular. 
 
⇝Estrutura – bloqueador neuromuscular 
• É necessário dois N quaternários a estrutura, 
que se ligarão no receptor nicotínico bloquearam 
a parte alfa. 
• É necessário 10 a 12 carbonos entre os 
nitrogênios na estrutura, se for menor a 
quantidade de carbonos, bloquearia receptores 
pré-ganglionares e nesse caso só é eficaz em 
cirurgias como por exemplo em ponte safena. 
 
⇝Bloqueadores competitivos: ação revertida 
por inibidores da colinesterase. Ex.: malouetina, 
besilato de atracurio, brometo de pancurônio, 
brometo de vecurônio 
⇝Bloqueadores não-competitivos: ação só para 
quando são destruídos. Ex.: succinilcolina, 
brometo de decametônio. 
Efeitos sistêmicos: bloqueio muscular de face, 
olhos, pescoço, muscular, diafragma. 
Uso primário: anestesia geral, diminui secreções 
e paralisia muscular pré-cirurgia. 
Efeitos Adversos: hipotensão, broncoespasmos, 
distúrbios cardíacos. 
⇝Bloqueadores que agem em nível pré 
sináptico 
• Hemicolínio: bloqueia o transporte de colina 
para dentro da célula. 
• Vesamicol: bloqueia o transporte de acetilcolina 
para dentro das vesículas sinápticas. 
• Toxina botulínica: proteína produzida pelo 
bacilo anaeróbico Clostridium botulinum, que atua 
especificamente inibindo a liberação da 
acetilcolina.

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