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Parasitas SP4 – UCT V – Módulo II Medicina Profa. Ms. Dayane Priscila dos Santos Aula 4 – Parasitas Entamoeba histolytica Ascaris lumbricoides Parasitas Protozoários Compostos por uma única célula Helmintos Metazoários multicelulares Sarcodina (amebas) Sporozoa (esporozoários) Mastigophora (flagelados) Ciliata (ciliados) Platyhelminthes (vermes-chatos) Nemathelminthes (nematódeos) Amebas: protozoários com diversos habitats Vida livre diversos gêneros e espécies Parasitas Entamoeba histolytica Comensais Entamoeba coli, E. dispar, E. hartmanni, E. gingivalis, Endolimax nana. Agente etiológico: Entamoeba histolytica Amebíase Cisto Esferas refringentes e hialinas. 1 a 4 núcleos (divisão endomitose) Área rica em glicogênio (mancha vermelho-acastanhado ou vacúolo) Corpos cromatóides (aglomerados de ribonucleoproteínas) Entamoeba histolytica N N G CC Forma resistente e infectante Maduro Trofozoíto Pleomórfico (grande variabilidade de formas e tamanhos) Núcleo único Citoplasma - Vacúolos contendoamido/bactérias/hemácias Ingestão: Transporte por membrana/pinocitose/fagocitose Motilidade: pseudópodes Multiplicação: divisão binária Entamoeba histolytica Forma invasiva Ciclo Parasitário da E. histolytica Parasito monóxeno (1 único hospedeiro) Via de infecção: oral Resistência ao suco gástrico Eclosão no ílio terminal ou cólon. Encistamento e eliminação de cistos nas fezes (viáveis por até 30 dias no meio externo) Adesão: receptores específicos de células do epitélio intestinal Adesinas (glicoproteínas) e receptores para fibronectina e laminina Destruição tecidual (nome - histolytica) ação de enzimas líticas formação de úlcera (hialuronidase/proteases/mucopolissacaridases) Dispersão: o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado via sistema porta Ciclo Parasitário da E. histolytica Manifestações clínicas da E. histolytica Amebíase intestinal (mais comum) Evacuação diarreica ou não, com 2 a 4 evacuações por dia. Fezes moles ou pastosas. Raramente ocorre febre. Colite disentérica Disenteria aguda, acompanhada por cólicas intestinais, com evacuações mucossanguinolentas e febre moderada. Pode haver de 8 a 10 evacuações ao dia. Amebíase extra intestinal (menos comum) vários casos relatados na região amazônica. As formas mais comuns são os abscessos hepáticos. Manifestações clínicas: dor, febre e hepatomegalia. Abscessos também podem ocorrer no pulmão, cérebro e na região perianal. Agente etiológico: Ascaris lumbricoides Nematelmintos (vermes cilíndricos) Trato digestivo completo, incluindo boca e ânus Intestinais Durante o ciclo de vida esses parasitos migram através dos tecidos. Ascaríase Vermes longos Machos (15-30 cm) e Fêmeas (30-40 cm) Cilíndricos Extremidades afiladas (sobretudo na região anterior) Diferenças morfológicas entre macho e fêmea: Ascaris lumbricoides Fêmeas Maiores em comprimento Mais grossas Extremidade posterior retilínea ou ligeiramente encurvada Machos Extremidade posterior espiralada (enrolamento ventral) Cutícula: lisa, brilhante (branco-marfim a rosa) Boca: centrada na extremidade anterior. Apresenta três lábios grandes providos de papilas sensoriais. Ascaris lumbricoides Esôfago: tubo muscular cilíndrico. Se continua com o intestino retilíneo Reto: envolvido por músculos depressores. Comunica-se com o exterior por um ânus em forma de fenda transversal a uma pequena distancia da extremidade posterior. Ascaris lumbricoides esophagus Fêmea: Órgãos genitais são duplos e tubulares Ocupam a maior parte da cavidade pseudocelômica Dois ovários e ovidutos (emaranhado ao redor do tubo intestinal) Oogônios e óvulos se dispõem de forma geométrica ao redor da haste central (gomos de laranja) Ascaris lumbricoides Ovário Intestino Útero Oviduto Ovário Intestino Útero Oviduto Úteros (tubo grosso e tortuoso) Iniciam na região posterior do corpo do helminto e se dirige para a frente. Unem-se para formar uma vagina curta e muscular na face ventral. Ovos acumulados de maneira irregular Ascaris lumbricoides Útero com + de 1m: 25 milhões de óvulos, e cada fêmea pode pôr 200.000 ovos por dia Machos: 1 testículo (tubular, longo e enovelado) 1 canal deferente 1 canal ejaculatório Anexos: 2 espículos grossos e curvos projetados para fora da cloaca Ascaris lumbricoides Intestino Testículo Canal deferente Ocorre a copulação dentro do intestino do hospedeiro Fêmea deve ser fecundada repetidas vezes pelo macho. Espermatozóides (desprovidos de flagelos) Acumulam-se nos úteros ou começo dos ovidutos Ovos são fertilizados Reprodução do Ascaris lumbricoides Ovos férteis: contêm a célula germinativa não-segmentada, com o citoplasma finamente granuloso. Envolvido por uma casca grossa com 3 camadas: • Interna (delgada e impermeável à água): glicosídios esterificados; • Média (espessa, hialina e lisa): substância quitinosa associada a proteínas; • Externa (segregada pela parede uterina, sendo em geral grossa, irregular e com superfície mamilonada): material pegajoso formado por mucopolissacarídios. Reprodução do Ascaris lumbricoides Oval ou quase esférico Ovos inférteis: são mais alongados e têm a casca mais delgada A camada albuminosa muito reduzida, irregular ou ausente. O citoplasma está cheio de grânulos refringentes, de aspecto grosseiro. Reprodução do Ascaris lumbricoides Embrionamento do ovo: requer oxigênio (meio exterior) + 1 semana: Larva sofre a 1ª muda e adquire capacidade de infecção. Ciclo do Ascaris lumbricoides Temperatura ótima (20 e 30°C): o embrionamento ocorre em 2 semanas Após a ingestão do ovo a larva eclode. Invasão da mucosa intestinal e vasos sanguíneos ou linfáticos. Alcançam o coração (Átrio e ventrículo direito) Pulmão Ciclo do Ascaris lumbricoides Larva aeróbia Invasão da cavidade peritoneal ↓ Invasão do fígado (capsula de Glisson) ↓ Sistema porta hepático ↓ Coração ↓ Pulmão Ciclo do Ascaris lumbricoides Ciclo do Ascaris lumbricoides 8º ou 9º dia Larva de 3º estágio Atravessam os septos interalveolares e nos alvéolos sofrem a 3ª muda larva de 4º estágio Larvas são arrastadas pelo muco: Bronquíolos, brônquios, traqueia, faringe...
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