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Processo Inflamatório: Fenômenos Vasculares e Recrutamento de Leucócitos

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Inflamação 
A inflamação é induzida por mediadores químicos produzidos pelas células do hospedeiro em resposta do estímulo nocivo. Quando um antígeno penetra no tecido lesado, a presença da infecção é percebida pelas células residentes de reconhecimento, como, macrófagos, mastócito, células dendríticas. Essas células secretam citocinas e mediadores que regulam a resposta inflamatória. Os mediadores inflamatórios também são produzidos a partir das proteínas plasmáticas que reagem com microrganismos ou com os tecidos lesados. Algum desses mediadores agem nos vasos sanguíneos da vizinhança e promovem a saída do plasma e recrutando leucócitos circulantes para o local onde o agente lesivo está agindo. Os leucócitos recrutados são ativados e tentam eliminar o agente nocivo pelo meio da fagocitose.
As manifestações externas da inflamação, chamadas de sinais cardinais, são: calor (aquecimento), rubor (vermelhidão), tumor (inchaço), dor e perda de função.
Fenômenos vasculares.
1- Permeabilidade Vascular: O aumento da permeabilidade vascular leva à saída de líquido rico em proteínas e células sanguíneas para os tecidos extravasculares o interstício.
Exsudato: Líquido estravado no processo inflamatório rico em proteínas.
Transudatos: Líquido extravasado no processo que são acúmulos de líquido intersticial, causados pelo aumento da pressão hidrostática, Os transudatos contêm baixas concentrações de proteína e pouca ou nenhuma célula sanguínea.
Edema: Acúmulo de líquido nos espaços extravasculares 
Alterações no Fluxo e Calibre Vasculares
Após vasoconstrição transitória (que dura apenas segundos), ocorre vasodilatação das arteríolas, resultando em aumento do fluxo sanguíneo chamado hiperemia causando o Rubor.
Como a microcirculação se torna mais permeável, o liquido rico em proteínas vai ser extravasar para dentro dos tecidos extravasculares. A perda do liquido faz com que as hemácias fiquem mais concentradas, aumentando, a viscosidade do sangue e diminuindo a velocidade da circulação, chamado de Estase.
Quando a estase se desenvolve, os leucócitos (principalmente os neutrófilos) começam a se acumular ao longo da superfície endotelial vascular, um processo chamado marginação ou diapedese.
Recrutamento dos Leucócitos
Marginação: processo de acúmulo de leucócitos na periferia dos vasos
Rolamento: Se as células endoteliais são ativadas por citocinas e outros mediadores produzidos localmente, elas expressam moléculas de adesão às quais os leucócitos aderem firmemente. Subsequentemente, os leucócitos destacam-se e rolam na superfície endotelial, aderindo transitoriamente.]
As adesões rápidas e transitórias envolvidas na rolagem são mediadas pelas moléculas de adesão da família das selectinas: Os três membros dessa família são a E-selectina (também chamada CD62E), expressa nas células endoteliais; a P-selectina (CD62P), presente no endotélio e nas plaquetas; e a L-selectina (CD62L), na superfície da maioria dos leucócitos.
Adesão: Essa adesão é mediada pelas integrinas expressas nas superfícies celulares dos leucócitos e que interagem com seus ligantes nas células endoteliais, As integrinas são glicoproteínas heterodiméricas transmembrana que medeiam a adesão dos leucócitos ao endotélio e a várias células da matriz extracelular
Quimiocinas: são quimioatraentes secretados por várias células nos locais de inflamação e estão expressas na superfície do endotélio. Quando os leucócitos aderentes se encontram com as quimiocinas, as mesmas vão ser ativadas e suas integrinas sofrem mudanças, agrupam-se e convertem a um estado de alta conformidade. Ao mesmo tempo citocinas que são secretadas no local da inflamação, como TNF-a e IL-1, ativam células endoteliais para aumentar a expressão de ligantes para Integrinas. Esses ligantes incluem a ICAM-1 (molécula 1 de adesão intercelular), a qual se liga às integrinas LFA-1 (CD11a/ CD18) e antígeno macrófago 1 (isto é, Mac1 CD11b/CD18) e VCAM-1 (molécula 1 de adesão vascular ), que se liga à integrina VLA-4. O engajamento de integrinas pelos seus ligantes leva sinais aos leucócitos que resultam em alterações do citoesqueleto que regulam a firme adesão ao substrato. O resultado final do aumento de afinidade das integrinas estimuladas por citocinas e o aumento de expressão dos ligantes de integrina é a adesão estável dos leucócitos às células endoteliais, nos locais da inflamação.
Transmigração: A aderência na superfície endotelial, os leucócitos migram pela parede do vaso, espremendo-se entre as células ao nível das junções intercelulares. A migração dos leucócitos é orientada pelas quimiocinas, produzidas nos tecidos extravasculares, as quais estimulam a movimentação dos leucócitos em direção a seus gradientes químicos. Além disso, a PECAM-1 (molécula de aderência plaquetária, também chamada CD31), uma molécula de adesão celular expressa em leucócitos e células endoteliais, medeia os eventos de ligação necessários para os leucócitos atravessarem o endotélio. Após a passagem pelo endotélio, os leucócitos secretam colagenases que degradam focalmente a membrana basal dos vasos, atravessando-a.
Inflamação Crônica
· Caracteristicas.
1- Angiogene
2- Prolif de células monocucleares
3- Fibrogênese
4- Lesão tecidual Progressiva
• Infiltração de células mononucleares, incluindo macrófagos, linfócitos e plasmócitos. • Destruição tecidual, francamente induzida pelos produtos das células inflamatórias. • Reparo, envolvendo proliferação de novos vasos (angiogênese) e fibrose.
· Ativação Macrofagos A ativação clássica dos macrófagos é induzida por produtos microbianos como endotoxinas, pelos sinais derivados da célula T, principalmente a citocina IFN-γ, e por substâncias estranhas que incluem cristais e material particulado. Os macrófagos classicamente ativados produzem enzimas lisossômicas, NO e ERO, todas aumentando sua habilidade em destruir organismos fagocitados e secretando citocinas que estimulam a inflamação. Esses macrófagos são muito importantes na defesa do hospedeiro contra microrganismos ingeridos e em muitas reações inflamatórias crônica.
· • A ativação alternativa dos macrófagos é induzida por citocinas diferentes do IFNγ, como IL-4 e IL-13, produzidas pelos linfócitos T e outras células, incluindo mastócitos e eosinófilos. Os macrófagos alternativamente ativados não são ativamente microbicidas; ao contrário, seu principal papel é no reparo tecidual. Eles secretam fatores de crescimento que promovem a angiogênese, ativam fibroblastos e estimulam a síntese de colágeno. Em resposta à maioria dos estímulos lesivos, os macrófagos são inicialmente ativados pela via clássica, destinados a destruir os agentes agressores, e isso é seguido pela ativação alternativa, que inicia o reparo do tecido. No entanto, essa sequência precisa não é bem documentada na maioria das reações inflamatórias.
· Por causa da secreção de citocinas, os linfócitos T CD4+ promovem a inflamação e influenciam a natureza da reação inflamatória. Existem três subgrupos de células T auxiliadoras CD4+ que secretam grupos diferentes de citocinas e suscitam diferentes tipos de inflamação:
 • As células TH1 produzem a citocina IFN-γ que ativa macrófagos na via clássica.
 • As células TH2 secretam IL-4, IL-5 e IL-13, que recrutam e ativam eosinófilos e são responsáveis pela via alternativa de ativação de macrófagos.
· -> As células TH17 secretam IL-17 e outras citocinas que induzem a secreção de quimiocinas responsáveis pelo recrutamento de neutrófilos e monócitos para a reação. TH1 e TH17 estão envolvidas na defesa contra muitos tipos de bactérias e vírus e nas doenças autoimunes. As células TH2 são importantes na defesa contra parasitas helmintos e na inflamação alérgica.
Linfocitos Os linfócitos T e B migram para os locais inflamatórios usando alguns dos mesmos pares de moléculas de adesão e quimiocinas que recrutam outros leucócitos. Nos tecidos, os linfócitos B podem se desenvolver em plasmócitos, que secretam anticorpos, e os linfócitos T CD4+ são ativados para secretar citocinas.
· Tipos
1- Específica: Granulomas->É um tipo especial de infla.crônica caracterizado pelo acúmulo de células mononucleares e/ou macrófagos modificados.
Os granulomas podem se formar de três modos:
 • Nas respostas persistentes de células T a certos microrganismos (como Mycobacterium tuberculosis, T. pallidum ou fungos), nos quais as citocinas derivadas de célula T são responsáveis pela ativação crônica do macrófago. A tuberculose é o protótipo de doença granulomatosa causada por infecção e deveria sempre ser excluída como causa quando os granulomas são identificados.
 • Os granulomas podem também se desenvolver em algumas doenças inflamatórias imunomediadas, principalmente na doença de Crohn, que é um tipo de doença inflamatória intestinal, importante causa de inflamação granulomatosa nos Estados Unidos.
 • Os granulomas também são vistos em uma doença de etiologia desconhecida chamada sarcoidose, e podem se desenvolver em resposta a corpos estranhos relativamente inertes (p. ex., sutura ou farpa), formando os conhecidos granulomas de corpos estranhos.
 Efetivamente, a formação de um granuloma “encerra” o agente ofensor e, portanto, é um mecanismo útil de defesa. Entretanto, a formação do granuloma nem sempre leva à eliminação do agente causal, o qual frequentemente é resistente a destruição ou degradação e, em algumas doenças, como a tuberculose, a inflamação granulomatosa, com fibrose subsequente, pode ser a principal causa da disfunção do órgão.

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