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Aula 2 Tipos de conflito

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Aula 2 Tipos de conflito
Introdução
Em seu cotidiano como operador de segurança, você pode deparar-se com diversas pessoas e em situações conflitantes, sendo obrigado funcionalmente a agir, a cumprir a lei e, assim, a preservar a ordem pública e a manter a paz social.
Nesta aula, você aprenderá as ferramentas necessárias diante de cada caso específico de conflito, para ter a oportunidade de entender como funciona um cenário de conflito e o que você poderá fazer para garantir a sua segurança e a dos demais envolvidos, de acordo com as limitações legais existentes.
Antes de iniciarmos, porém, a nossa aula, devemos alertá-lo para o fato de que a definição de processo de mediação de conflitos diferenciar-se-á entre os autores do assunto, já que cada um desenvolve ou baseia-se em uma orientação teórica diferente.
Aspectos do conflito
Resolução de conflitos: Sob o ponto de vista da resolução de conflitos, sendo a mediação uma forma de resolução de conflitos.
Geração de um acordo: Sob o ponto de vista de acordo entre as partes, tendo a mediação o objetivo principal de gerar um acordo.
Comunicação: Sob o ponto de vista de comunicação, onde a mediação seria um meio de proporcionar uma melhor comunicação entre as pessoas que estão em conflito.
Mediação transformativa: Por fim, sob o ponto de vista da transformação, defendendo a noção de mediação transformativa, independente de as pessoas envolvidas terem chegado ou não a um acordo.
ATENÇÃO:
Enfim, resumindo, podemos destacar o comentário da advogada Barbosa (2006), sobre a mediação de conflitos, ao afirmar que ela “aproxima, sem confundir, e distingue, sem separar”. 
(BARBOSA, Águida A. Relação de Respeito. Boletim IBDFAM, n. 38, ano 6, p. 7, maio-jun. 2006)
Diálogo entre as partes
Como você aprenderá com mais detalhe futuramente, caberá à mediação promover o diálogo entre as partes envolvidas, a fim de possibilitar uma maior reflexão sobre as questões conflitantes ou antagônicas, visando à construção de uma solução efetivamente prática.
A mediação parte da premissa de que as próprias partes possuem o poder de gerir e resolver seus próprios conflitos, pois, participando do processo, acabam tornando-se as mais indicadas para solucionar suas questões, ao saberem o que é melhor para elas próprias e enfrentam circunstancialmente as dificuldades para melhor administrá-lo.
Sendo assim, o uso do método pode ser realizado em diversas áreas, em especial nas relações que já ocorreram preliminarmente no passado, mesmo que ela continue ou não, após o conflito, podendo este ser:
.familiar, 
. comercial, 
. trabalhista, 
. internacional, 
. escolar,
. comunitário, 
. organizacional, 
. ambiental, 
. cível, etc.
Enfim, em toda e qualquer área em que há uma relação entre pessoas físicas ou jurídicas, com posições e discussões opostas.
Tipos de Conflitos
Para facilitar o seu entendimento, contudo, trataremos inicialmente sobre os conflitos, como sendo de 3 tipos. São eles:
Conflitos Conceituais: São os que ocorrem quando as ideias, as opiniões, as informações ou as conclusões de uma pessoa são incompatíveis com as ideias, as opiniões, as informações, as conclusões de outra pessoa, ou seja, elas tornam-se ideologicamente antagônicas.
Conflitos de interesse: São os que ocorrem quando a ação de alguém, para atingir um objetivo, bloqueia, limita ou impossibilita outra pessoa de atingir os mesmos ou outros objetivos.
Conflitos desenvolvimentais: São os que ocorrem em consequência das diferenças de desenvolvimento cognitivo, afetivo ou social de pessoas em crescimento.
Conflitos coletivos ou individuais Do que você já aprendeu até aqui, você já percebeu que os conflitos podem ser individuais ou coletivos, independente da área em que elas possam ocorrer. Se você quiser saber mais, baseando-se em nossa ordem jurídica, você poderá encontrar o conceito de Direitos Coletivos nos incisos do parágrafo único do artigo 81 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90). A definição de Direitos Difusos é apresentada no inciso I, do referido artigo. Já no inciso II, você encontrará a definição para os direitos coletivos e, no inciso III, sobre os direitos individuais homogêneos. Para mais conhecimento jurídico, você pode encontrar: sobre a Ação Popular no art. 5º, inciso LXXIII, da CRFB/88, sobre a Ação Civil Pública no art. 129, inciso III, da CRFB/88, nos arts. 19 e 21 da Lei 7.347/85 (CPC) e, ainda, no art. 90 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) e sobre o Mandado de Segurança Coletivo no art. 5º, inciso LXX, da CRFB/88 e no art. 21 da Lei 12.016/09. Além disso, não deixe de reler o material didático que você recebeu. Também aumente o seu conhecimento pesquisando sobre os tópicos abordados na aula. Desta forma, você vai estar se preparando melhor para realizar suas avaliações.
Mecanismos institucionais
Como mecanismos institucionais, contudo, capazes de atuar na composição dos conflitos surgidos dentro da sociedade, sob os pontos de vista técnico e jurídico, destacamos a conciliação, a mediação e a arbitragem especial. 
Estas formas permitem que as controvérsias possam ser dirimidas de forma qualitativa, proporcionando mais participação das partes envolvidas, na busca de um resultado viável e satisfatório e eliminando as ideias preconcebidas de “vencedor e perdedor”, após um conflito.
Também é possível, paralelamente ao Poder Judiciário, que as partes divergentes utilizem-se da ferramenta jurídica chamada de arbitragem para-processual, a fim de tentar solucionar um conflito, prevista na Lei 9.307/96. 
Ressalta-se, porém, que ela se adéqua para a solução de conflitos de ordem empresarial, em casos que envolvam uma grande quantia de dinheiro, bem como um grau elevado de especialização jurídica.
Para que você conheça cada um desses mecanismos, passaremos a tratá-los nas telas seguintes, assim poderá entender melhor cada um deles, com suas especificidades e situações de aplicabilidade.
Conciliação
Autocompositiva, ela pode ser definida como um processo técnico para a resolução de conflitos de forma consensual, através da qual se busca a consolidação de um acordo entre as partes litigantes.
Durante a sua aplicação, um terceiro, atuando de forma imparcial à causa, oferece, através de sugestões e orientações para ambas as partes litigantes, propostas para que sejam encontradas, enfim, as soluções adequadas aos interesses de cada uma delas. Ela pode ser exercida dentro do próprio procedimento judicial, ou fora dele, e é também uma forma de tratamento de conflitos.
Em nosso ordenamento jurídico, esta ferramenta jurídica está prevista nos arts. 125, IV, e 447 e seguintes do Código de Processo Civil, que são dispositivos legais que tratam da necessidade de se propor a conciliação em todas as causas judiciais.
Pelo art. 840 e seguintes, ainda do CPC, os interessados podem adotar a transação, com o objetivo de acabar com um litígio entre as partes ou de preveni-lo, fazendo-se concessões mútuas, sempre na busca da consolidação de um acordo entre eles. Se tal objetivo for alcançado entre as partes, haverá a consequente extinção do processo, com a respectiva resolução do mérito.
Mediação
A mediação visa fazer com que as partes divergentes possam restabelecer uma comunicação eficiente e saudável, a fim de permitir que haja a discussão de pontos relevantes do litígio e uma possível solução para a questão discutida.
Desta maneira, o agente mediador procurará extinguir todas as dificuldades existentes para que a comunicação entre as partes controversas flua como deveria, a fim de que seja possível haver um acordo entre elas, pois, na mediação, acredita-se que os próprios envolvidos podem encontrar suas próprias soluções para o conflito, a partir do instante em que sejam capazes de verem o caso conflituoso como uma oportunidade de crescimento, bem como de uma mudança de conduta de cada parte envolvida.
Por isso, o instituto da mediação deve ser visto como uma alternativa de mudança na comunicação entre as partes conflitantes, muito mais do que uma possibilidade legal de resolução de conflitos.Por fim, a mediação possui, como finalidades, a prevenção de conflitos, já tratada em nossa primeira aula, o restabelecimento da comunicação entre as partes e, se possível, a preservação do relacionamento entre elas.
De tudo o que foi aprendido por você, é possível perceber que a mediação é uma técnica muito importante para tentar se manter um harmonioso relacionamento entre as partes, até depois que solucionou-se o conflito entre elas.
Arbitragem Especial
Para que você entenda melhor a arbitragem especial, antes iremos explicar o conceito de arbitragem, que constituem uma forma de solução na qual esta provém de um terceiro, que age de forma imparcial aos envolvidos no conflito.
A arbitragem possui uma força vinculante, bem como impositiva, diferenciando-se da mediação, pois esta é um método consensual.
Assim como o instituto da mediação, a arbitragem também é uma forma de solução de conflito, na instância privada, podendo, contudo, também ser utilizada num processo estatal.
Temos a arbitragem comum, prevista na Lei 9.307/96 (Lei da Arbitragem), conhecida como Lei Marco Maciel, e a arbitragem especial, que acontece na seara dos Juizados Especiais.
Arbitragem A arbitragem é considerada um meio adequado para a solução de controvérsias sobre Direitos Patrimoniais, sob o ponto de vista conceitual, podendo ocorrer sem a intervenção estatal e através da decisão de uma ou mais pessoas que detenham o poder resultante de uma convenção privada. O procedimento da arbitragem comum se realiza de forma paraestatal, com a decisão delegada a um particular, mas sob as vistas e a garantia do Estado, inclusive, com sanções típicas de uma solução estatal. Ocorre com a presença de árbitros equidistantes das partes, não integrantes do quadro de agentes públicos e, portanto, desprovidos de poder estatal. Ressaltamos que, nestes casos, o cumprimento de um acordo ajustado, assim, entre as partes, tem, na prática, mais chances de ser efetivado do que se fosse uma decisão imposta por um juiz, em razão do ânimo das partes, bem diferente quando o acordo se origina de uma decisão judicial, após um longo litígio jurídico.
Ferramentas de políticas públicas
Já terminando a nossa segunda aula, por fim, trataremos de duas questões importantes como ferramentas de políticas públicas para a resolução de conflitos sociais, na relação, muitas das vezes, antagônica entre os cidadãos e o Estado, em que você, como operador de segurança, pode vir a encontrar-se como agente público mediador. São delas: a Inclusão Social e a Pacificação Social.
Inclusão Social: Conforme o previsto no art. 1°, inciso V de nossa Constituição Federal de 1988, temos um Estado democrático de direito, baseado no chamado pluralismo jurídico. 
A partir deste dispositivo legal, podemos inferir que os instrumentos disponíveis para que haja uma auto composição são os métodos mais recomendáveis para uma democracia com esta característica pluralista.  
Assim, é crucial o incentivo de participação do cidadão pela busca de uma efetiva democracia e, para tal, os diversos setores sociais devem contribuir para este processo, dentro de suas respectivas áreas de atuação e de responsabilidade, a fim de que haja realmente uma justiça eficiente e equilibrada.
Portanto, cada cidadão possui a importante tarefa de procurar participar e colaborar para o efetivo exercício da jurisdição, não se esquecendo, contudo, de reconhecer todos os dispositivos legais estatais para o alcance da Justiça e, se possível, de um consenso jurídico.
Pacificação Social: Por meio deste processo da pacificação social, procura-se se identificar as causas que originaram a demanda para que, a partir dela, seja possível de se tentar diminuir ou se dirimir o sofrimento dos envolvidos no conflito. 
Através dela, as partes opostas podem perceber os diferentes aspectos da controvérsia existente, de modo a ser possível de responderem ao mediador, bem como a si próprias, perguntas importantes sobre os motivos causadores daquela discussão e o que cada uma das partes deseja obter para si, com a resolução do conflito, no caso de um acordo entre elas.
 
Ocorre que, com uma decisão judicial, após um litígio processual, a disposição de cada uma das partes pode ficar muito mais comprometida, na medida em que se dá o processo, tornando-se cada vez mais dificultoso para que haja uma efetiva pacificação entre elas, pois, no final, sempre haverá a concepção de que houve, de um lado, um perdedor, e, do outro, um vencedor. 
Isto permite que a parte que se sente a perdedora possa não vir a se conformar com o resultado obtido no litígio, eliminando-se, desta forma, qualquer possibilidade de que haja uma pacificação entre as partes envolvidas.

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