Buscar

Atividade Circense 2013_unicentro_edfis_pdp_jackeline_maria_simon

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9
Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1 
 
 
PARANÁ 
GOVERNO DO ESTADO 
 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO PEDAGÓGICO: 
ATIVIDADES CIRCENSES: POSSIBILIDADE DE SIGNIFICAÇÃO 
E REPRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO NAS AULAS DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA. 
 
 
http://memove.com.br 
 
 
 
 
 
JACKELINE MARIA SIMON 
 
 
 
 
 
 
 
RIO AZUL- PR 
2013 
2 
 
 
PARANÁ 
GOVERNO DO ESTADO 
 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO PEDAGÓGICO: 
 ATIVIDADES CIRCENSES: POSSIBILIDADE DE SIGNIFICAÇÃO E 
REPRESENTAÇÃO DO MOVIMENTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. 
 
 
 
 
 
 
 
Caderno Pedagógico apresentado por 
Jackeline Maria Simon, a Secretaria e 
Estado da Educação do Paraná, por meio 
do Programa de Desenvolvimento 
Educacional. 
Orientadora: Profa. Ms. Gláucia Andreza 
Kronbauer 
 
 
 
 
 
 
RIO AZUL- PR 
2013 
3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................ . 4 
2. APRESENTAÇÃO ...................................................................................... . 5 
3. UNIDADE 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO METODOLÓGICA ............... . 6 
3.1 CIRCO E ATIVIDADES CIRCENSES.......................................................... 6 
3.2 EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES DA 
CULTURA CORPORAL..................................................................................... 8 
3.3 ATIVIDADES CIRCENSES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.......... 11 
4. UNIDADE 2: PLANO DO CADERNO PEDAGÓGICO ................................ 15 
5. UNIDADE 3: ATIVIDADES PROPOSTAS .................................................. 17 
5.1 SENSIBILIZAÇÃO ...................................................................................... 17 
5.2 VIVÊNCIAS DAS ATIVIDADES CIRCENSES ............................................ 18 
5.3 OFICINAS DE SOCIALIZAÇÃO ................................................................. 31 
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS .............................................................. 33 
REFERÊNCIAS 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
4 
 
1. IDENTIFICAÇÃO 
 
Título: Atividades Circenses: possibilidade de significação e 
representação do movimento nas aulas de Educação Física. 
Autora: Jackeline Maria Simon 
Disciplina/Área (ingresso no PDE): Educação Física 
Escola de Implementação do Projeto e sua localização: Colégio Estadual “Dr. 
Chafic Cury” – EFMN. 
Município da escola: Rio Azul 
Núcleo Regional de Educação: Irati 
Professora Orientadora: Ms. Gláucia Andreza Kronbauer 
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Centro-Oeste 
campus Irati. 
Resumo: 
A Educação Física atualmente busca desenvolver um trabalho que enriqueça o 
modo de olhar, sentir, experimentar, tocar e de se relacionar com o corpo, 
transformando as formas de convivências, de aprendizagens e de intercâmbio 
cultural, através das práticas e manifestações corporais. Pensar o corpo a partir 
de referências culturais e históricas nos faz observar o movimento das 
atividades circenses ressignificado a cada tempo. Desde a prática corporal dos 
saltimbancos, despertando risos e liberdade, até a arte do circo contemporâneo 
transformado em mercado artístico e performático desse tempo, o corpo pode 
ser considerado um dos principais produtos da Indústria Cultural. A partir da 
necessidade de trabalhar nas aulas de Educação Física, diferentes formas de 
representação da ginástica, presentes nas diversas manifestações da cultura 
corporal, as atividades circenses poderão proporcionar uma gama de situações 
criativas e importantes para o crescimento e desenvolvimento das crianças 
através do conhecimento e vivências dessas atividades. Sendo assim este 
trabalho tem o desafio de explorar novas possibilidades de movimento por meio 
das Atividades Circenses nas aulas de Educação Física. Busca reconhecer de 
que maneira esses conteúdos podem ser representados e reelaborados de 
acordo com as peculiaridades da cultura escolar, por meio de conceitos, 
vivências corporais e finalmente a socialização em forma de oficinas. 
 
Palavras-chave: Educação Física, Cultura Corporal, Atividades Circenses, 
Escola. 
Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico 
Público Alvo: Alunos do 9º ano de uma escola pública da região urbana de 
Rio Azul, Município do Centro-Sul do Paraná. 
 
 
5 
 
2. APRESENTAÇÃO 
 
 
Na Educação Física, assim como na Educação em geral, as mudanças 
vem acontecendo conforme as necessidades do mundo atual, a escola não 
pode ficar alheia ao que a circula, nem deixar de aproveitar atividades que 
envolvam a criança e despertem seu interesse. 
Este trabalho vai permitir ao aluno vivenciar as Atividades Circenses 
dentro das diferentes formas de representação da ginástica, que atualmente se 
fazem presentes nas diversas manifestações da cultura corporal abordadas 
nas aulas de Educação Física. Segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná o 
objeto de estudo/ensino da Educação Física é a Cultura Corporal (PARANÁ, 
2008). 
Da mesma forma, esta pesquisa objetiva estudar e organizar uma 
metodologia específica para o ensino das Atividades Circenses, contribuindo 
com o processo da inserção deste conteúdo proposto nas Diretrizes 
Curriculares de Educação Física do Estado do Paraná (DCEs) pela 
compreensão, a valorização e a apropriação destas atividades. 
Por serem inovadores, os conteúdos sobre o “circo” não podem ser 
trabalhados apenas para cumprir uma exigência das DCEs. É importante que o 
professor busque informações para a inserção das Atividades Circenses na 
Educação Física Escolar com êxito, a partir da resignificação das práticas 
corporais e da compreensão do corpo como meio de relação, como 
materialidade da existência. 
Nesse sentido, o desafio proposto para este trabalho é explorar novas 
possibilidades de movimento, por meio das atividades circenses nas aulas de 
Educação Física, buscando reconhecer de que maneira esses conteúdos 
podem ser repensados e reelaborados de acordo com as peculiaridades da 
cultura escolar. 
 
 
 
 
6 
 
3. UNIDADE 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
3.1 Circo e Atividades Circenses 
 
O circo faz parte do imaginário das pessoas. É cultura popular e por ter 
características nômades, deixou vestígios por todos os lugares, chegando até 
mesmo em locais de difícil acesso e ficando mundialmente conhecido. É uma 
das manifestações artísticas mais antigas do mundo. 
Historicamente existem indícios que as práticas circenses surgiram na 
China, cerca de 5000 anos, onde pinturas revelavam acrobatas, contorcionistas 
e equilibristas. Outras aparições na História nos mostram a presença do circo 
na Índia onde contorcionistas participavam de rituais sagrados, na Grécia onde 
o equilibrismo e os números de força eram modalidades olímpicas, em Roma, o 
Coliseu, que foi construído no mesmo local do Circus Maximus de Roma, local 
de jogos e entretenimento, serviu de palco para exibições excêntricas e 
combates entre gladiadores, constituindo a conhecida expressão “política de 
pão e circo” e logo depois, por toda a Europa, onde famílias viajavam com o 
circo espalhando sua arte. 
 (TORRES, 1998). 
 O circo moderno como conhecemos hoje, originou-se no século XVIII, 
onde um Cavaleiro inglês montou a primeira estrutura de circo picadeiro, em 
forma circular, pois ficava mais fácil se equilibrar nos cavalos, como afirmam 
Silva e Abreu (2009, p.46): 
 
Para uma parte de pesquisadores e memorialistas circenses, o inglês 
Philip Astley, suboficial reformado da cavalaria, que desde 1768 
apresentava-se com sua companhia em provas equestres,foi o 
responsável pela “criação” de uma pista circular e criador de um novo 
espetáculo. 
 
No início eram apenas apresentações equestres, mas Astley logo 
percebeu que para animar o público, eram necessários outros números, então 
chamou os saltimbancos, que eram pessoas que faziam malabarismos, 
contorcionismos e acrobacias nas ruas, para sua companhia. Ainda nessa 
época, um ex- artista de Astley, Charles Hughes, montou uma outra 
7 
 
companhia: Royal Circus, onde pela primeira vez se usou o termo “circo”. 
(SILVA; ABREU, 2009). 
 No Brasil, as artes circenses chegaram através dos ciganos e 
imigrantes exilados da Europa no fim do século XVIII e sofreram grandes 
modificações a partir das características locais. Como citam Silva e Abreu 
(2009, p.48): 
 
O circo mantém a estrutura inicial com números acrobáticos, 
equestres, dança, teatro e palhaços. Esta divisão é apenas formal, 
pois os artistas não realizavam especificamente um ou outro, pois um 
mesmo artista era ao mesmo tempo trapezista, equestre, palhaço, 
além de se apresentar como músico, dançarino e ator nas 
representações teatrais. 
 
Nesta fase o circo passou a ser chamado de tradicional ou circo família, 
onde as famílias circenses viviam um mundo a parte e os conhecimentos eram 
passados entre eles. Segundo Silva e Abreu (2009, p.30): 
 
A vida dos que vivem “debaixo da lona” possui uma característica 
singular, pois é sempre um viver comunitário. Sua estrutura básica é 
de agrupamento de famílias, que vivem e trabalham no mesmo local. 
Nessa relação de vida e trabalho, as famílias “tradicionais” 
transmitiam todo o aprendizado do ofício, através do que foi 
aprendido, por sua vez, com seus antepassados. 
 
Também Bolognesi (2003) justifica, que o circo brasileiro tinha a função 
de amenizar a carência cultural, principalmente nos lugares mais distantes, nos 
locais onde as políticas públicas não chegavam, tendo um caráter festivo para 
todos. 
 Com o passar do tempo, houve a necessidade de suprir a demanda de 
artistas, pois apenas a família não estava sendo suficiente, e surgiu então o 
Circo Novo ou Circo Contemporâneo. Segundo Silva e Abreu (2009, p. 41) 
“estava se consolidando um movimento que era o da construção de escolas de 
circo para fora da lona ou para fora do grupo familiar circense”. 
 Para Bortoleto e Machado (2003, p. 50) esse surgimento “proporciona 
um maior intercâmbio de conhecimentos, uma diversificação das modalidades, 
dos estilos, e fundamentalmente concretiza um conhecimento mais sistemático, 
organizado e talvez científico”. 
8 
 
 A partir daí, com novas estratégias, qualquer pessoa passa a ter acesso 
aos conhecimentos circenses, surgindo novas atividades fora do picadeiro, 
realizadas como exemplo: estátuas vivas, que podem trabalhar até mesmo em 
troca de refeição, ou malabaristas de semáforos. 
 Sendo assim, a evidência da cultura circense em diferentes espaços e 
sob outros modelos de aprendizagem se torna importante e útil para o 
crescimento e destaque dessa manifestação tão valiosa. 
 As atividades circenses na Educação Física permitem que o aluno crie 
materiais, movimentos e coreografias sem se preocupar em executar um 
espetáculo de circo, ele se vale do conhecimento do circo, para que com esse 
conhecimento venha a executar seus movimentos de uma lúdica e significativa. 
No circo, encontramos uma ferramenta lúdica e formativa possível de 
ser organizada e ensinada nas aulas de Educação Física, que por isso tem 
capacidade de propiciar aos alunos o pensar das possibilidades motoras, 
ampliando seu repertório e melhorando ou refinando suas experiências 
motoras e culturais. (VERENGUER apud DARIDO et AL,1999). 
As modalidades circenses são parte do acervo cultural da humanidade e 
como tal podem e devem ser incluídas nos conteúdos da escola. Conforme 
relatos que têm aparecido há algum tempo em eventos sobre educação, artigos 
científicos e fóruns de debate, estas manifestações estão lentamente 
construindo seu espaço nas aulas de Educação Física. 
 
3.2 Educação Física na Escola: estudo das Manifestações da Cultura 
Corporal 
 
 Quando se fala em Educação Física, logo vem a cabeça jogos 
desportivos, exercícios físicos, algumas vezes a dança, porém na forma de 
apresentação artística em datas comemorativas. No entanto a Educação Física 
escolar abrange mais que apenas esses conteúdos, pois participa da 
construção cultural e social no contexto escolar. 
Daólio (2003) afirma que a Educação Física escolar se apresenta numa 
perspectiva cultural. A partir desse referencial, podemos considerá- la uma 
parte da cultura corporal porque está inserida numa área de conhecimento que 
9 
 
trabalha e estuda sobre diversas práticas ligadas ao corpo e ao movimento, 
que foram criadas e efetivadas historicamente pela humanidade. 
Segundo as Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2008, p.72): 
 
O objeto de ensino e estudo da Educação Física é a Cultura Corporal, 
que através dos Conteúdos Estruturantes (esporte, dança, ginástica, 
lutas, jogos e brincadeiras), tem a função social de contribuir para que 
os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, 
adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente 
sobre as práticas corporais. 
 
A Educação Física no decorrer de sua história teve várias fases 
envolvendo aspectos legais, teorias pedagógicas, processos didáticos, 
conteúdos sistematizados, e hoje enquanto componente curricular obrigatório 
da Educação Básica, propõe oportunizar aos alunos, nos diferentes níveis de 
ensino, o conhecimento historicamente produzido e socialmente acumulado 
pela humanidade através da cultura corporal, conforme afirmam as Diretrizes 
Curriculares: 
 
O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não 
refletidas em relação às diversas práticas e manifestações corporais 
historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano. 
(PARANÁ, 2008, p.75). 
 
Da mesma forma Valter Bracht, um dos intelectuais de grande 
importância na perspectiva crítica da Educação Física Escolar, afirma em 
relação a cultura corporal e movimento, que: 
 
A dimensão que a cultura corporal ou de movimento assume na vida 
do cidadão atualmente é tão significativa que a escola é chamada 
não a reproduzi-la simplesmente, mas a permitir que o indivíduo se 
aproprie dela criticamente, para poder efetivamente exercer sua 
cidadania. Introduzir os indivíduos no universo da cultura corporal ou 
de movimento de forma crítica é tarefa da escola e especificamente 
da Educação Física. (BRACHT, 1999, p.82) 
 
Sabe-se que Educação Física, tem passado por um processo de 
transformação na escola. Apesar dessas mudanças que transcendem a 
reflexão acadêmica e alcançam algumas propostas curriculares, alguns 
professores ainda enfatizam os esportes, provavelmente pela influência 
histórica que a esportivização exerceu e exerce em relação aos conteúdos das 
aulas. Não se trata de negligenciar, o esporte, que é tão importante quanto os 
10 
 
demais conteúdos, mas de adaptá- lo para a escola, tendo como objetivo dar 
oportunidade de vivenciar e conhecer as especificidades de uma maneira 
lúdica. Além disso, é importante oportunizar a mais variado gama possível de 
vivências e conteúdos relacionados a cultura corporal, que não se restringem à 
prática esportiva. 
Ainda nas Diretrizes Curriculares (PARANÁ, 2008, p.72) quando são 
abordados os fundamentos metodológicos de uma perspectiva crítica da 
Educação Física, afirma-se que “essa concepção permite ao educando ampliar 
sua visão de mundo por meio da Cultura Corporal, de modo que supere a 
perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das práticas 
corporais”. 
 Conforme o art.26 da Lei das Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996), a 
Educação Física passou a ter obrigatoriedade na Educação Básica, porém não 
existem critérios para o seu ensino. Com isso aparecem muitas formas deefetivar esse trabalho como explica Silva apud SOUZA JUNIOR (2005, p.87): 
 
Podemos dizer, então, que a Educação Física no âmbito escolar tem-
se caracterizado como uma intervenção social de caráter pedagógico, 
organizada por professores e para professores, fundamentando-se 
nos objetivos da instituição educacional. Desde há algum tempo, 
norteia-se pela tematização ou pedagogização de fenômeno da 
cultura, como os esportes, as danças, as ginásticas, as artes 
marciais, os jogos, as acrobacias, etc. estes fenômenos da cultura 
que se constituem como uma especificidade da contribuição da 
Educação Física explicitam-se, prioritariamente, ao nível corporal. 
Estes mesmos fenômenos são expressão da ludicidade, 
sociabilização e comunicação, permitindo a efetivação de nossa 
capacidade humana e eventualmente, a aferição da autossuperação 
destas mesmas capacidades, como é o caso do esporte onde no qual 
aparecem as diferentes formas de medição e controle quantitativo. 
 
 
Pela capacidade que a Educação Física possui, pelo lúdico em suas 
atividades, pela forma com que seus conteúdos são desenvolvidos e de como 
os alunos tem facilidade de se expressarem, de se comunicarem durante as 
aulas, pelo espaço das aulas favorecerem que se coloque a realidade do 
mundo que os cerca, por poder levar os alunos a busca da superação, as 
atividades circenses podem transformar as aulas, levar os alunos a um mundo 
imaginário e neste imaginário buscar soluções para suas realidades, além de 
apresentar essa manifestação artística para aqueles que não à conhecem. 
11 
 
3.3 Atividades Circenses nas Aulas de Educação Física 
 
 A Educação Física atualmente busca desenvolver um trabalho que 
enriqueça o modo de olhar, sentir, experimentar, tocar e de relacionar-se com o 
corpo, transformando as formas de convivências, de aprendizagens e de 
intercâmbio cultural, através das práticas e manifestações corporais. 
 Segundo Duprat (2007), a atividade circense propicia diversas 
possibilidades de movimento, alguns de formas mais simples, outros mais 
complexos, individuais, coletivos, oportunizando ao aluno uma grande 
diversidade de experiências motoras e vivências corporais únicas de 
criatividade, encantamento, expressão, magia e perigo. 
Entre as diversas expressões de práticas corporais que existem na 
cultura brasileira, as atividades circenses podem ser vivenciadas corretamente 
conforme condições e habilidades individuais de cada aluno, com algumas 
adaptações, sendo elas de materiais, de espaço ou movimento, no ambiente 
escolar. 
 Ampliando esse olhar, pode-se dizer que as atividades circenses têm 
características artísticas nas quais o corpo é o personagem principal, pois 
trabalham tanto elementos de representação teatral quanto de domínio 
corporal. Porém, nas aulas de Educação Física, ao se oportunizar as atividades 
circenses, deve-se transformá-las, procurando eliminar as exigências 
vinculadas à prática profissional dos artistas de circo. 
A partir da difusão dos conhecimentos circenses, principalmente com o 
surgimento das escolas de circo, esta modalidade vem ganhando cada vez 
mais destaque e presença em espaços diferenciados como academias, centro 
de lazer e escolas, sendo realizada com várias finalidades, como a recreação, 
a melhora do condicionamento físico, a socialização ente outras. 
Igualmente como ocorrem adaptações para as academias, pode-se 
adequá-las a escola, através de muito empenho, tanto na execução das 
habilidades motoras solicitadas como na colaboração com ideias, tornando um 
trabalho cooperativo entre professor e alunos, de acordo com suas 
possibilidades, e as condições físicas e materiais da escola. 
Através de um processo criativo, podem-se fazer adaptações e 
experiências com algumas formas de ginástica aplicáveis às atividades 
12 
 
circenses, de modo que o envolvimento aconteça, desde o aluno mais 
habilidoso até o mais esforçado, ou o mais criativo. 
De acordo com Duprat, Calça e Bortoleto (2007), as atividades circenses 
podem ser divididas, conforme o critério das ações motoras gerais envolvidas, 
em acrobacias, manipulações, equilíbrios e encenações. 
A partir dessa classificação, pretendo trabalhar com algumas atividades 
circenses que considero importantes e acessíveis à minha realidade escolar: 
• Acrobacias de solo: performance de destreza corporal, através de 
exercícios que requerem agilidade, flexibilidade, força e equilíbrio, 
associadas à técnicas gímnicas. 
• Malabares: arte de manipular objetos, lançando e executando manobras e 
truques (malabares de lançamento), ou equilibrando-os no corpo 
(malabares de contato). 
• Atividades de Equilíbrio: realização de movimentos corporais em situações 
que, em geral, prejudicam o equilíbrio, como os equilíbrios sobre as mãos, 
em superfícies irregulares, instáveis ou muito pequenas como a corda 
bamba. 
• Jogos cênicos e Expressão corporal: atividades que utilizam o corpo, 
posturas, expressões faciais como forma de linguagem, de comunicação, 
mímica. 
Quadro 1 – Classificação e exemplos de atividades que serão realizadas pelos alunos 
durante as aulas. 
 
Atividades Circenses Exemplos 
Acrobacias 
de solo 
Individuais Rolamentos, saltos, estrelas, paradas de mão e cabeça, flic-flac, mortais. 
Coletivas Ícaros, modalidades mão-a-mão, pirâmides. 
Malabares Bolinhas, bastão chinês, diabolo, swing, argolas. 
Atividades de 
Equilíbrio Rola-rola (rolo americano), perna-de-pau, arame, corda bamba 
Jogos cênicos e 
Expressão corporal 
Elementos das artes cênicas, dança, mímica, atividades 
rítmicas, atividades musicais 
 
Nas literaturas encontramos diversos relatos sobre experiências com 
atividades oriundas do circo na Educação Física escolar. Oliveira Filho, Scorsin 
e Kronbauer (2011) propuseram uma descrição e análise da prática 
13 
 
pedagógica sobre atividades circenses nas aulas de Educação Física. 
Realizaram 10 aulas abrangendo a história do circo, o reconhecimento de 
diversos materiais e as seguintes modalidades circenses: malabares, 
acrobacias individuais, acrobacias coletivas e acrobacia aérea em tecido e 
concluíram que: 
 
 As atividades circenses, além de serem uma produção cultural, 
possibilitam a experimentação do movimento, a criatividade e a 
expressividade por meio do corpo... propor atividades circenses nas 
aulas de Educação Física desencadeou várias dúvidas e poucas 
certezas. Adaptá-las e incorporá-las à uma cultura escolar 
esportivizada foi certamente um grande desafio (s. p.). 
 
Da mesma forma, Munhoz e Ramos (2007) elaboraram um relato com o 
objetivo de auxiliar o professor de Educação Física que deseja trabalhar o circo 
em suas aulas e quais os limites e as possibilidades de se trabalhar com este 
conteúdo através de diários de aula. Os resultados apresentados apontaram 
para alguns temas: Atenção, Materiais, Segurança e Interferências nas aulas e 
concluíram que: 
 
Apesar de “novos” e “diferentes”, esses conteúdos não podem ser 
trabalhados de qualquer forma, é necessário que o professor de 
Educação Física busque informações que envolvam o conteúdo 
específico e o próprio processo pedagógico do que já foi 
realizado.Esta pesquisa buscou explicitar esta necessidade e mostrar 
algumas situações reais que o professor de Educação Física pode 
enfrentar durante suas aulas, o que o aproxima da realidade vivida e 
o auxilia num planejamento mais preciso (s. p.). 
 
Costa, Tiaen e Sambugari (2008) também afirmam em seu artigo que: 
 
As técnicas circenses podem ser utilizadas com eficácia no âmbito 
escolar, contribuindo para a melhoria da qualidade de trabalho 
educativo. Por meio de atividades que estimulam o desafio, essas 
técnicas propiciam o rompimento com a estrutura de um ensino 
conservador e evidenciam o forte fator cultural e inclusivo que tais 
atividades possuem (p. 213). 
 
 Já Vendruscolo (2009) em seu artigo relata a experiência do projeto de 
extensão “Alegria”da FCT/UNESP numa vivência com a arte circense no 
ambiente escolar, no ensino fundamental. A proposta foi uma contribuição 
adicional ao trabalho nas escolas, inserindo o universo circense como um 
14 
 
recurso pedagógico, visando os valores sociais da criança e a valorização da 
atuação do profissional da educação, Sua conclusão: 
 
Ministrar a oficina de circo acabou por esclarecer aos professores e 
coordenadores da instituição, assim como para nós pesquisadores, 
que; na verdade, o que permitiu o avanço das crianças participantes 
do Projeto quanto ao rendimento escolar, a melhora no 
comportamento afetivo e a retomada de uma auto-estima positiva não 
foi a atividade circense em si. A felicidade deve compor o 
aprendizado em todas as disciplinas... Seria um erro achar que só o 
circo deve fazer isso... O essencial desse trabalho é esclarecer que o 
que realmente precisamos é de situações prazerosas que 
independem do conteúdo (p. 736). 
 
 Portanto, fica claro que as atividades circenses devem ser trabalhadas 
na Educação Física, visto que diferentes autores defendem que a arte circense 
dentro do ambiente escolar se justifica a partir do momento em que esta arte 
faz parte da cultura humana, ou seja, o circo é uma manifestação cultural 
elaborado pela humanidade ao longo de sua história, e que certamente merece 
espaço entre os conteúdos abordados na Educação Básica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://truperisosolto.wix.com/piloto
15 
 
4. UNIDADE 2: PLANO DO CADERNO PEDAGÓGICO 
 
Primeiramente, apresentamos um quadro com a organização dos 
conteúdos em três etapas: sensibilização, Vivências de atividades circenses e 
socialização dos conteúdos. Na primeira etapa acontecerá uma familiarização 
com o tema por meio de textos, filmes e discussão. Serão apresentadas 
questões relativas à história do circo, o circo familiar e o circo empresa, o circo-
teatro no Brasil e as diversas modalidades que compõem os espetáculos 
circenses. Na segunda etapa serão elaboradas atividades que proporcionem a 
vivência de algumas atividades circenses. Para finalizar, serão realizadas 
oficinas de socialização, nas quais os alunos que participaram da 
implementação deste projeto organizarão atividades para outros alunos da 
escola. 
Para melhor compreensão e acompanhamento dos conteúdos, foi 
elaborada uma cartilha que será distribuída aos alunos (ANEXO 1). Esta cartilha 
contém textos de referência, atividades e materiais sugeridos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://escolaclasseruadomato.blogspot.com.br 
16 
 
Quadro 2 – Estrutura de organização das aulas sobre atividades circenses. 
Primeira Etapa – Sensibilização 
Aula 1 Apresentação do plano de unidade e leitura do texto sobre a História do Circo e sobre o palhaço Banjamin de Oliveira (cartilha). 
Aula 2 Filmes: O Circo – Charles Chaplin 
 La Nouba – Cirque du Soleil Aula 3 
Aula 4 Leitura do texto sobre as diferentes Modalidades Circenses (cartilha). 
Aula 5 Discussão sobre a História do Circo, suas modalidades e os filmes. 
Segunda Etapa – Vivência de algumas Atividades Circenses 
Aula 6 
Acrobacias de solo individuais de acordo com a cartilha: Rolamento para frente, 
Rolamento para trás, Parada de mãos, Estrela e Ponte para trás Aula 7 
Aula 8 
Aula 9 
Acrobacias de solo coletivas de acordo com a cartilha: Torre, Torre com apoio na 
lombar, Bandeira frontal, Avião, Pirâmides diversas Aula 10 
Aula 11 
Aula 12 
Acrobacias aéreas de acordo com a cartilha: Tecido acrobático 
Aula 13 
Aula 14 Confecção de materiais para malabares: bolinhas, bastão chinês, Swing de fita, 
diabolô, claves Aula 15 
Aula 16 
Malabarismos de lançamento, de equilíbrio dinâmico, de contato e giroscópicos Aula 17 
Aula 18 
Aula 19 
Confecção de materiais para equilíbrio: perna de pau, rola-rola 
Aula 20 
Aula 21 
Atividades de Equilíbrio: rola-rola, perna de pau, corda bamba (arame) 
Aula 22 
Aula 23 
Jogos Cênicos e Expressão corporal: dança e palhaço Aula 24 
Aula 25 
Terceira Etapa – Oficinas de Socialização 
Aula 26 Organização e planejamento de Oficinas para socializar atividades vivenciadas 
com as demais turmas da escola Aula 27 
Aula 28 
Oficinas de Socialização das atividades vivenciadas com as demais turmas da 
escola 
Aula 29 
Aula 30 
Aula 31 
Aula 32 
 
 
 
 
17 
 
5. UNIDADE 3: ATIVIDADES PROPOSTAS 
 
A seguir serão descritas as estratégias de ação adotadas e alguns 
exemplos de atividades para trabalhar o conteúdo circense na escola. As 
atividades apresentadas foram adaptadas das obras de Bortoleto (2008 e 2010), 
que apresentam diferentes possibilidades de atividades circenses, das quais 
algumas podem ser utilizadas em ambiente escolar, ou ainda elaboradas pela 
autora deste material. 
 
CADERNO PEDAGÓGICO – ATIVIDADES CIRCENSES 
 
Primeira Etapa – Sensibilização 
• Apresentar o plano de Unidade, possibilitando aos alunos a percepção do trabalho 
que será realizado e num segundo momento: 
• Compreender a história do circo e a diferença entre o circo tradicional (familiar) e o 
circo empresarial; 
• Conhecer as modalidades circenses; 
• Discutir as experiências dos alunos com o circo e como eles percebem esta 
manifestação artística como conteúdo escolar. 
 
Sugestão de atividades: 
 
1. Apresentação do projeto de intervenção pedagógica com atividades 
circenses. 
 
2. Leitura do texto sobre a “História do Circo” e a poesia “Benjamin de Oliveira” 
(cartilha). 
 
3. Assistir aos filmes “O Circo”, de Charles Chaplin e “La Nouba”, do Cirque du 
Soleil 
 
 
 
4. Apresentar as diversas modalidades circenses (cartilha). Refletir sobre as 
práticas circenses que vemos nas ruas. 
 Quais as diferença entre circo família e circo empresa? 
 Faça uma pesquisa sobre o circo-teatro no Brasil 
 
18 
 
 
 
 
 
 
Para a discussão, os alunos serão organizados em grupos. Um membro de 
cada grupo será escolhido como o relator, para apresentar as conclusões do 
grupo para o restante da turma. 
 
 
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses 
Vivências de acrobacias individuais de solo e atividades pedagógicas. 
 
Sugestão de Atividades: 
 
1. Bolinha humana: 
Posição: quadril e os joelhos flexionados, junto ao corpo, queixo tocando o 
peito, as mãos segurando os joelhos na forma de uma bolinha; 
Execução: os alunos devem se imaginar como uma bolinha e girar sobre 
colchonetes, tentando manter o corpo na posição determinada. 
 
2. Rolamento para frente: 
Execução: realizar o movimento de rolamento partindo da posição de pé, e 
realizando o movimento da Bolinha Humana. 
Apoio: para oferecer apoio, o professor deve posicionar uma das mãos na parte 
posterior da cabeça (evitar que o aluno estenda a cervical), e a outra mão na 
parte posterior da coxa (evitar que o aluno estenda o quadril). Nesta posição, 
acompanhar o corpo do aluno durante o movimento de rotação. 
 
3. Rolamento com salto: 
Execução: desafiar os alunos que aprenderam o movimento para realiza-lo 
saltando sobre um obstáculo (um colchonete de referência, um colega deitado). 
• Quais as vivências que você teve com o circo? 
• Você acha que o circo é conteúdo da escola? Por quê? 
• Qual a importância das atividades circenses no cotidiano escolar, bem como no 
contexto social em que vocês estão inseridos? 
• Que atividades circenses você gostaria de vivenciar? 
MATERIAIS NECESSÁRIOS 
colchões, colchonetes, 
banco de madeira. 
19 
 
4. Rolamento para trás inclinado: 
Posição: aluno deitado em um plano inclinado (banco, madeira), com as pernas 
na posição mais alta e a cabeça na posição mais baixa. 
Execução: com o tronco flexionado, as pernas sobre o corpo e a cabeça 
flexionada lateralmente, fazer uma rotação sobre o ombro. 
Apoio: o professor posiciona um braço entre o tronco e as pernas do aluno, 
formando um eixo de rotação para o corpo. 
 
5. Rolamento para trás 
Execução: realizar o movimento do exercício anterior, partindo daposição de pé, em uma superfície plana. 
 
6. Tronco de árvore: 
Posição: em duplas, um aluno senta em um 
banco ou no chão, com os braços estendidos 
ao lado da cabeça, tocando as orelhas. O outro 
aluno fica de pé atrás do colega sentado. 
Execução: o aluno que está de pé deve pressionar as mãos daquele que está 
sentado, que deve manter as costas eretas e os braços estendidos, como se 
fosse uma árvore. 
 
7. Parada de mãos com apoio 
Posição: o aluno se posiciona em quatro apoios, com as mãos em um colchão. 
Execução: o aluno deverá tentar chutar as pernas para cima, para atingir uma 
posição ereta, de cabeça para baixo. 
Apoio: dois colegas devem 
segurar cada um uma perna do 
aluno que está executando o 
movimento, carregando-o para 
a posição e soltando, lenta e 
cuidadosamente, o peso sobre 
os braços do aluno. 
Este exercício é 
importante para que o 
aluno compreenda a 
necessidade de 
manter os braços 
estendidos durante a 
parada de mãos, para 
sustentar seu corpo. 
Para este movimento, 
 a maior atenção deve estar em 
 evitar que o aluno executante 
 caia com a cabeça no chão, 
o que pode machucar 
 tanto a cabeça quanto a cervical. 
20 
 
Evolução: conforme os alunos se adaptarem à posição, o apoio deve passar 
das pernas para a cintura, fazendo com que o controle das pernas no ar fique 
sob responsabilidade do aluno que está executando o movimento. 
 
8. Reversão com apoio 
Posição: idem exercício 7. 
Execução: idem exercício 7. Após alcançar a parada de mãos, o aluno deve 
deixar as pernas caírem para trás, em direção ao chão. 
Apoio: dois colegas, um de cada lado do colega que executa o movimento, dão 
as mãos e formam um apoio na região das escápulas, acompanhando o 
movimento da reversão e auxiliando a erguer o tronco. 
 
9. Estrela sobre o banco 
Posição: em pé, de frente para um banco. 
Execução: o aluno deverá posicionar braços sobre o banco e passar uma 
perna de cada vez sobre o mesmo, conforme a sequência: mão esquerda, mão 
direita, perna direita, perna esquerda (ou vice-versa). 
Evolução: quando o aluno compreender o movimento, pode tentar passar as 
pernas chutando-as para cima. 
 
10. Estrela 
Posição: em pé com os braços estendidos para cima e as pernas afastadas. 
Execução: idem exercício 9, identificando algum ponto de referência no chão, 
que substituirá o banco. 
 
11. Ponte no chão 
Posição: deitado de costas no chão. 
Execução: apoia pés e mãos no chão e levanta o troco, realizando uma 
hiperextensão. A palma da mão deve estar virada para baixo, com os dedos 
apontados para o calcanhar. 
Apoio: os colegas podem auxiliar erguendo o tronco do colega que executa o 
movimento, com as mãos posicionadas nas costas, na região das escápulas. 
 
 
Quando o aluno conseguir fazer sozinho pode variar iniciando na posição 
ajoelhado, tentando descer e tocar o calcanhar com as mãos 
21 
 
12. Ponte com apoio 
Posição: de pé. 
Execução: o aluno fará uma hiperextensão do tronco, mantendo os pés no 
chão e tentando alcançar o chão com as mãos (idem exercício 11). 
Apoio: dois colegas, um de cada lado do colega que executa o movimento, dão 
as mãos e formam um apoio na região das escápulas, acompanhando o 
movimento da ponte em direção ao chão. 
 
 
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses 
Vivências de acrobacias coletivas de solo e atividades pedagógicas. 
 
Sugestão de atividades 
 
1. Torre 
Posição: em duplas, um aluno 
posicionado em quatro apoios (base). 
Execução: o outro aluno vai fazer o papel de volante, se posicionando em 
quatro apoios sobre a base. 
Variação: em trios, dois alunos se posicionam de base, um de frente para o 
outro e o terceiro aluno que vai ser volante se apoia com as mãos na base 1 e 
as pernas na base 2. 
Variação: dividir a turma em grupos e lançar o desafio para que cada grupo 
invente uma torre. 
 
2. Bandeira Frontal 
Posição: a base fica de pé, com os pés paralelos e um pouco afastados, 
joelhos levemente flexionados e o tronco estendido. 
Execução: o aluno que vai ser volante apoia seus pés no joelho da base, pega 
nas mãos do companheiro e sobe em seus joelhos, estendendo o corpo. Deve 
tentar equilibrar a bandeira como uma balança, com apenas uma mão 
segurando a mão da base. 
Apenas para lembrar... 
Base: sustenta o conjunto 
Volante: é sustentado pelos 
outros e não tem contato com o 
solo. 
22 
 
Apoio: um colega se posiciona com as mãos na região da escápula da base, 
impedindo que esta caia para trás. Outro colega apoia o volante na região 
lombar, auxiliando-o a erguer o corpo, impedindo que este caia para trás. 
 
3. Avião 
Posição: o aluno base fica deitado de costas no chão, com pernas e braços 
formando um ângulo de 90 graus com o corpo. 
Execução: o volante apoia a barriga nos pés e as mãos nas mãos do base, 
estendendo totalmente o corpo. Depois de equilibrados devem estender os 
braços lateralmente, soltando as mãos. 
 
4. Segunda altura 
Posição: o aluno base está de pé, com os joelhos e 
o quadril flexionado em aproximadamente 70°. 
Execução: o volante segura nas mãos do base, por 
trás, e sobe com os pés posicionados nas coxas 
deste. Com as pernas apoiadas nas costas do base, 
a dupla deve encontrar equilíbrio e soltar as mãos 
lentamente. 
Evolução: de frente para uma parede, o volante pode tentar subir com os pés 
nos ombros do base. 
 
 
 
 
 
5. Pirâmides 
Posição: aluno base deitado de costas, joelhos flexionados e pés apoiados no 
chão, braços estendidos, formando 90 graus com o tronco. 
Execução: volante apoia um pé nos joelhos e outro nas mãos do base, corpo 
estendido e braços abertos. 
Evolução: dois alunos bases, um de frente para o outro, joelhos flexionados e 
pés apoiados no chão, um volante apoiando um pé nos joelhos do base 1 e 
outro nos joelhos do base 2, corpo estendido e braços abertos. 
Neste exercício é 
importante perceber 
o base como uma 
escada, subindo 
primeiro em uma 
coxa, depois na 
outra, primeiro em 
um ombro, depois no 
outro. 
Se os alunos conseguirem executar com certa facilidade a segunda altura, pode-se 
propor a execução coletiva, com os bases posicionados em círculos. Assim, os 
volantes terão mais apoio para se posicionarem. 
23 
 
Evolução: dois alunos bases, um de frente para o outro, joelhos flexionados e 
pés apoiados no chão. Dois volantes, de frente um para o outro, de mãos 
dadas, um sobre os joelhos do base 1 e outro sobre os joelhos do base 2. 
 
6. Jogo das Pirâmides 
Posição: alunos organizados em grupos de cinco membros ou mais (variável). 
Elaborar um sorteio com números de 1 à 15, e um sorteio com o número de 
membros do grupo. 
 
 
 
 
 
Execução: primeiramente serão sorteadas as bases e os volantes. Em seguida, 
serão sorteados os números de apoios. A partir dessas determinações, o grupo 
deve criar uma pirâmide que se sustente. 
 
 
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses 
Vivências de acrobacias aéreas em tecido e atividades pedagógicas. 
 
Sugestão de Atividades: 
 
1. Técnica de sustentação e subida 
Posição: aluno de pé, de frente para o tecido. 
Execução: o tecido deverá fazer uma volta de 360° 
ao redor da perna direita, partindo da parte interna 
da coxa, enrolando por trás do joelho, até chegar ao 
dorso do pé. O pé esquerdo pisa sobre o pé direito, 
prensando o tecido, conforme a figura ao lado, 
formando uma “chave de subida”. As mãos seguram 
no tecido, mantendo o corpo em sustentação. 
Evolução: sustentando o corpo pelas mãos, presas ao tecido, o aluno desfaz a 
chave de subida, flexiona o quadril e os joelhos, e faz novamente a “chave de 
Relembrando: 
Apoio são as partes do corpo 
em contato com o solo 
http://saude.terra.com.br/bem-estar 
24 
 
subida”. Ao estender joelhos e quadril, o corpo do aluno será automaticamente 
projetado para cima. 
 
2. Cristo 
Posição: o aluno deve estar preso ao tecido pela “chave de subida” 
Execução: mantendoo corpo ereto, passar os dois braços entre os tecidos, 
fazendo com que o tecido fique atrás do tronco, mas na frente das pernas. 
Evolução: é possível deslizar pelo tecido para descer, soltando lentamente a 
“chave de subida”. 
 
 
 
 
 
3. Tecido marinho 
Posição: para o tecido marinho, dar um nó com os dois tecidos, formando um 
balanço. Essa técnica evita que o aluno se canse para manter o corpo preso a 
tecido. 
Execução: balançar o corpo em diferentes posições, de pé, sentado, segurando 
apenas com uma mão, segurando com as duas mãos, os pés firmes no tecido, 
e deixando o corpo cair para trás. 
 
4. Inversão 
Posição: sentado no tecido marinho 
Execução: deixar o corpo cair até que o nó do tecido chegue à coluna lombar, 
girar o corpo, para que a cabeça fique para baixo e as pernas, afastadas por 
fora do tecido, mantenham o corpo preso. 
Apoio: é necessário oferecer apoio nos ombros e nas costas do aluno 
executante, para que ele não tenha medo de ficar de cabeça para baixo. 
 
5. Casulo 
Posição: sentado no tecido marinho, com as pernas flexionadas, apoiadas em 
uma das abas do tecido, e as costas em outra aba. 
Professor, muita atenção! 
Além dos riscos de quedas, o tecido 
acrobático pode fazer com que o aluno 
fique preso, enrolado no tecido. 
25 
 
 
Execução: abrir lentamente as duas abas do tecido, 
uma atrás das costas, outra na frente, unindo as 
pontas das abas até formar um casulo. 
 
http://truperisosolto.wix.com/piloto 
 
6. Borboleta 
Posição: de pé, segurando apenas em uma das abas do tecido 
Execução: realizar o movimento de “pernas cruzadas”, mantendo o tecido entre 
as pernas. Descer lentamente o tronco para ficar de cabeça para baixo, 
soltando o tecido. Neste elemento, o aluno ficará suspenso apenas pela força 
das pernas cruzadas, que o seguram no tecido. 
Apoio: idem inversão 
 
 
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses 
Confecção de materiais alternativos para malabares: bolinhas, bastão chinês, swing 
de fita; diabolô, claves 
Vivência de malabares: contato, lançamento, giroscópicos, 
 
 
Os materiais 
 
A confecção de materiais alternativos acontecerá no contra-turno, pois 
demanda mais tempo e aulas mais longas. Os materiais serão confeccionados 
a partir da opção de cada aluno, contudo, será necessário pelo menos um 
exemplar de cada material. 
 
 
 
 
 
 
Os materiais confeccionados serão utilizados para a realização das 
atividades que seguem. Primeiramente faremos um momento de exposição e 
As instruções para a confecção dos materiais 
estão explicitadas na cartilha dos alunos. 
Instruções extras, tanto para a confecção dos 
materiais quanto para a execução das técnicas, 
são facilmente encontradas no YouTube. 
 
26 
 
exploração das criações de cada aluno, bem como de equipamentos 
comercializados. Os alunos terão a oportunidade de brincar individualmente 
e/ou em grupos, e também executar atividades sugeridas pelo professor. 
 
Atividades Sugeridas: 
 
1. Malabarismos de lançamento 
Posição: o aluno segura a bola com uma mão. 
Execução: joga a bola para a outra mão na altura dos olhos, a trajetória deve 
ser em forma de arco. 
Evolução: com duas bolinhas, uma em cada mão, sendo que quando a bola da 
mão direita for lançada e estiver na altura dos olhos já deve lançar a da mão 
esquerda. 
Evolução: com três bolinhas, segura duas na mão direita (A e C) e uma na 
esquerda (B). Joga a bola A para a esquerda e a B para direita, pega a bola A 
com a mão esquerda e quando a bola B estiver na altura dos olhos, joga a bola 
C para a esquerda. Pega a bola 2 com a direita, quando a bola C estiver na 
altura dos olhos, joga a bola A para a direita e assim sucessivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
2. Malabarismos de equilíbrio dinâmico 
Posição: alunos espalhados na quadra, cada um com um bastão. 
Execução: equilibrar o bastão na mão, sempre olhando na ponta de cima. 
Evolução: fazer movimentos com a mão: para direita, esquerda, para cima. 
Evolução: equilibrar o bastão em diferentes partes do corpo: cotovelo, ombro, 
pé, queixo, cabeça, etc. 
 Evolução: dois bastões (um em cada mão). 
 
 
Outra variação divertida pode ser utilizar lenços ao invés de 
bolinhas, pois os lenços demoram mais tempo para cair. 
Pode-se, inclusive, organizar os alunos em círculo, cada um 
com seu lenço. Ao sinal do professor o aluno joga o lenço 
para cima e deverá pegar o lenço do companheiro da direita, 
depois da esquerda, em sentido horário ou anti-horário. 
27 
 
3. Malabarismos de contato 
Material: bolas de borracha. 
Posição: dispersos na quadra, cada aluno com uma bola. 
Execução: Equilibrar a bola em cima da mão direita e deixá-la rolar pelo braço 
direito, peito, braço esquerdo e chegar na mão esquerda (sem perder o 
contato). 
Variação: encontrar pontos de equilíbrio e preensão em diversas partes do 
corpo. 
 
4. Malabarismo giroscópico (diabolô) 
Execução: cada aluno deverá fazer movimentos de balanceios e giros 
suspensos com seu material, inicialmente colocando o diabolô no chão sob o 
barbante e segurando um bastão em cada mão. Rolá-lo de um lado para o 
outro e quando pegar embalo, levantar do chão. 
Evolução: com uma das mãos dar puxadas rápidas para que gire apenas para 
um lado e com a outra mão acompanhar o movimento (movimento do 
baterista). 
Sugestão de Movimentos: 
# Toss: jogar o diabolô para cima e pegar de volta. 
# Sun: movimento de um grande círculo com o diabolô. 
# Elevador: para fazer essa manobra a corda 
deve ser enrolada no eixo e o diabolô “escala” a 
corda. 
 
5. Bastão chinês 
Execução: os alunos irão segurar os tacos menores (hand stick), um em cada 
mão e tentar equilibrar e dominar o taco maior que está apoiado no chão, 
jogando-o de um lado para outro. 
Evolução: depois de ter o controle do Main Stick, o aluno pode tentar se 
levantar, trazendo junto o bastão. 
Algumas manobras conhecidas: 
# Tic-Tac: um pra cá, um pra lá. 
 
 
Dica importante: 
Ficar sempre de frente 
para uma das bocas do 
diabolô. 
Main Stick: bastão 
maior 
Hand Stick: 
baquetas menores 
que ficam na mão 
28 
 
# Giro externo: Um giro por fora do Hand Stick e volta ao tic-tac. 
# Salto simples: Lança o Main Stick para cima e controla quando ele volta. 
 
6. Swing 
Execução: cada aluno gira seu swing formando movimentos circulares 
(grandes e pequenos) com os punhos e braços. 
Evolução: giros laterais, frontais, acima da cabeça, cruzando na frente e atrás. 
 
 
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses 
Confecção de materiais alternativos: rola-rola e perna de pau 
Vivência de atividades de equilíbrio: rola-rola, perna de pau, corda de equilíbrio. 
 
A confecção de materiais alternativos acontecerá no contra-turno, pois 
demanda mais tempo e aulas mais longas. Os materiais serão confeccionados 
a partir da opção de cada aluno, contudo, será necessário pelo menos um 
exemplar de cada material. 
Os materiais confeccionados serão utilizados para a realização das 
atividades que seguem. Primeiramente faremos um momento de exposição e 
exploração das criações de cada aluno, bem como de equipamentos 
comercializados. Os alunos terão a oportunidade de brincar individualmente 
e/ou em grupos, e também executar atividades sugeridas pelo professor. 
 
Atividades Sugeridas: 
 
1. Estátua bamba 
Posição: alunos dispersos pela quadra. 
Execução: variação do jogo infantil conhecido como estátua. Os alunos 
deverão andar livremente pela quadra e ao parar a música deverão 
permanecer em equilíbrio, mas em posições que dificultem o equilíbrio: sobre 
um pé só, quatro apoios, em duplas com 3 apoios no chão, em trio, com 3 
apoios, em trio com 4 apoios, etc. 
 
 
29 
 
2. Rola-bola 
Posição: o aluno deverá apoiar um pé na tábua e com um movimento rápido, 
apoiar o outro, de modo que a tábua passe da posição inclinada para 
horizontal. 
Execução: subir e descer do rola-rola, se equilibrar com apoiodas mãos. 
Apoio: colega ajuda a equilibrar, segurando no quadril ou nas mãos. 
Evolução: agachar-se com e sem apoio, girar lateralmente, mover os pés 
lateralmente sobre a prancha, forçar o desequilíbrio. 
 
 
 
 
3. Perna de pau 
Posição: um aluno com o material, dois alunos auxiliando. 
Execução: equilibrar-se na perna de pau, andar para frente, para trás, subir e 
descer obstáculos. 
Apoio: inicialmente colegas apoiando na lateral, segurando na cintura. 
Evolução: manusear o material sozinho. 
 
4. Siga o mestre, mas não caia! 
Posição: alunos dispersos na quadra. 
Execução: para iniciar professor é o mestre, ele deverá caminhar pelo local, 
passando por obstáculos, os alunos deverão segui-lo imitando seus passos, 
porém todos deverão estar se equilibrando sobre pernas de pau. Num segundo 
momento um aluno é escolhido para assumir a posição de mestre. 
 
5. Corda de equilíbrio 
 
 
Posição: alunos dispersos pelo espaço, em trios. Várias cordas esticadas entre 
árvores do pátio, em diferentes alturas. 
Execução: os alunos irão se familiarizar com o material: sentar e se equilibrar 
na corda, com auxílio de um colega de cada lado andar sobre a corda, com 
Bortoleto (2008) sugere começar com a prancha equilibrada sobre uma 
garrafa pet de plástico vazia, porque a garrafa amassará um pouco e 
facilitará o domínio do movimento. 
Para perder o medo, podemos 
utilizar bancos ou muros. 
30 
 
ttp://truperisosolto.wix.com/piloto 
 
auxílio de apenas um colega andar sobre a corda, andar se equilibrando 
sozinho. 
Apoio: inicialmente um colega de cada lado, auxiliará o aluno a se equilibrar 
sobre a corda. Em seguida, apenas um colega oferece apoio e, por fim, o aluno 
se apoia em um cabo de vassoura, ou um bastão qualquer. 
Evolução: equilíbrio apenas com um pé, aviãozinho, agachamento, meio giro, 
giro completo. 
 
 
Segunda Etapa – Vivências das Atividades Circenses 
Vivência de atividades de expressão corporal. Técnicas cênicas e construção do 
palhaço. 
 
Atividades sugeridas: 
 
1. Maquiagem 
Material: tintas para maquiagem 
Posição: alunos em duplas 
Execução: cada aluno deverá usar a 
criatividade e modificar os traços do rosto do 
colega, buscando construir alguma expressão. 
Exemplo: aumentar os olhos, fazer uma boca 
grande. 
 
2. Mímica para descobrir uma palavra 
Posição: alunos divididos em grupos. 
Execução: adaptação do jogo “imagem e ação”. Um representante de cada 
receberá uma palavra ou frase secreta. Utilizando apenas gestos e expressões 
corporais, deve fazer com que os colegas do seu grupo descubram o seu 
segredo. 
 
3. Meu Boneco 
Posição: alunos em dupla, um será o boneco, o outro será o ventríloquo. 
31 
 
Execução: o ventríloquo fará movimentos como se estivesse puxando ou 
empurrando partes do corpo do “boneco” (levantando as mãos, caminhando, 
baixando a cabeça, abrindo a boca, erguendo uma perna, chutando, mexendo 
os ombros). 
 
4. Sou ridículo! 
Posição: alunos em um círculo. 
Execução: um aluno de cada vez será 
desafiado a completar a frase: eu sou 
ridículo porque ..., por meio de gestos e 
expressões, sem utilizar palavras. 
http://truperisosolto.wix.com/piloto 
 
 
 
 
 
 
 
Terceira Etapa – Oficinas de Socialização 
Organização e planejamento de atividades que serão realizadas com outras turmas 
da escola 
 
Atividades sugeridas: 
 
A organização e planejamento de atividades acontecerá no contra-turno, 
momento em que os alunos terão mais tempo e aulas mais longas 
(conjugadas) para realizar essa tarefa. 
A turma será dividida em cinco grupos. O professor irá sortear entre eles 
uma das modalidades trabalhadas em aula: acrobacias de solo individuais, 
acrobacias de solo coletivas, malabares, atividades de equilíbrio e técnicas 
cênicas/construção de palhaço. Cada grupo será responsável por organizar 
atividades sobre a referida modalidade, que serão socializadas com outras 
turmas. 
 
NNEESSTTAA BBRRIINNCCAADDEEIIRRAA PPOODDEEMMOOSS PPEERRMMIITTIIRR QQUUEE OOSS 
AALLUUNNOOSS UUTTIILLIIZZEEMM AA LLIINNGGUUAAGGEEMM FFAALLAADDAA,, DDEESSDDEE 
QQUUEE CCRRIIEEMM UUMMAA LLÍÍNNGGUUAA PPRRÓÓPPRRIIAA DDEE PPAALLHHAAÇÇOO,, 
QQUUEE NNÃÃOO TTEENNHHAA PPAALLAAVVRRAASS JJÁÁ CCOONNHHEECCIIDDAASS.. 
32 
 
Terceira Etapa – Oficinas de Socialização 
Execução de oficinas de socialização dos conteúdos circenses com outras turmas da 
escola. 
 
Atividades sugeridas: 
 
Depois de trabalhadas as diversas modalidades circenses, os alunos 
organizarão oficinas de socialização para outras turmas da escola. Os grupos 
irão aplicar as atividades planejadas. Cada um dos cinco grupos ficará 
responsável por uma turma por aula. Cada turma fará um rodízio para 
participar de todas as atividades. Para as oficinas de socialização serão 
utilizados os materiais confeccionados pelos alunos. 
Acreditamos que com esta atividade, os alunos serão capazes de 
compreender que as atividades circenses podem fazer parte do seu cotidiano, 
assim como as atividades esportivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 http://www.recreio.com.br 
33 
 
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS 
 
As Atividades Circenses apresentados neste material são alguns 
exemplos, dentre muitas outras que podem ser incluídas nos planos de 
trabalho dos professores. São atividades fáceis de serem desenvolvidas, com 
materiais simples, confeccionados pelos próprios alunos, passíveis de 
aplicação nas salas de aula de nono ano da rede pública de ensino. 
Algumas observações são necessárias ao se aplicar o material: 
∗ A confecção dos materiais poderá ser feita no contra turno (aulas 
conjugadas) facilitando a orientação na confecção. 
∗ As atividades devem ser apresentadas para os alunos numa proposta, que 
respeite e estimule suas experiências. 
∗ As respostas e sugestões dadas pelos alunos devem ser sempre 
respeitadas. 
∗ As atividades devem oportunizar observação, imaginação, exploração, 
improvisação, concentração, criação, fluência e flexibilidade. 
∗ As atividades precisam ser realizadas com segurança, em um ambiente 
que demonstre organização, confiança e tranquilidade. 
∗ As atividades apresentadas neste material podem ser excessivas para o 
tempo de aula, assim o professor poderá selecionar aquelas que melhor se 
adequam a sua realidade. 
∗ A utilização de vídeos da internet é sempre uma estratégia interessante 
para que o aluno compreenda as possibilidades de execução de movimentos 
que não fazem parte das suas vivências cotidianas. 
Além disso, para que o trabalho seja produtivo é preciso aplicar 
atividades que se adaptem com as peculiaridades de cada turma, facilitando o 
cumprimento dos objetivos propostos. 
 Por fim, é preciso organizar e criar métodos e técnicas que possibilitem 
aos alunos a compreensão de que as atividades propostas em aula podem ser 
incluídas nas suas atividades cotidianas, pois utilizam materiais e espaços 
variados e de fácil acesso. 
 
 
34 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. BOLOGNESI, M. F. Palhaços. São Paulo: UNESP, 2003. 
 
2. BORTOLETO, M. A. C. Introdução à Pedagogia das Atividades 
Circenses (vol. 1). Jundiaí, SP: Fontoura, 2008. 
 
3. _____________. Introdução à Pedagogia das Atividades Circenses (vol. 
2). Jundiaí, SP: Fontoura, 2010. 
 
4. BORTOLETO, M. A.; MACHADO, G. Reflexões Sobre o Circo e a Educação 
Física. Revista Corpoconsciência, Santo André, SP: n. 12, p. 41-69, jul/dez. 
2003. 
 
5. BRACHT, V. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. 
Caderno Cedes, ano XIX, 48: 69-88, 1999. 
 
6. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ministério da 
Educação. MEC, 1996. 
 
7. COSTA, A. C. P.; TIAEN, M. S. ; SAMBUGARI, R. N. Arte Circense na 
escola: possibilidade de um enfoque curricular interdisciplinar. Olhar do 
Professor, v. 11, n. 001, p. 197-217, 2008. 
 
8. DAÓLIO, J. Cultura, Educação Física e Futebol. Campinas: Editora da 
Unicamp, 2003. 
 
9. DARIDO, S. C.; GALVÃO, Z.;FERREIRA, L. A.; FIORIN, G. Educação física 
no ensino médio: reflexões e ações. Motriz, v. 5, n. 2, dez. 1999. 
 
10. DUPRAT, R. M. Atividades circenses. Possibilidades e Perspectivas para 
a Educação Física Escolar. 2007. Dissertação. (Mestrado em Educação 
Física). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física. 
Campinas, 2007. 
 
11. DUPRAT, R.M; CALÇA, D.H; BORTOLETO, M.A.C.; Educação Física: 
Pedagogia e Didática das Atividades Circenses. Revista Brasileira de 
Ciências do Esporte. 28(2): 171-190, 2007. 
 
12. OLIVEIRA FILHO, I. J.; SCORSIN, D. M.; KRONBAUER, G. A. Atividades 
Circenses: uma proposta pedagógica para a Educação Física Escolar. II Fórum 
de Licenciaturas da UNICENTRO. Anais do ..., v. 2, n. 1, UNICENTRO, 2012. 
 
35 
 
13. MUNHOZ, J.F.; RAMOS, G.N.S. O circo nas aulas de educação física: sua 
aplicação em uma escola pública no estado de São Paulo. In: II Seminário de 
Estudos em Educação Física Escolar, 2008. Anais... São Carlos: 
CEEFE/UFSCar, 2008, p.255-292. 
 
14. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de 
Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. SEED, 
2008. 
 
15. SILVA, E. ; ABREU, L. A. Respeitável Público... O circo em cena. Rio de 
Janeiro: Funarte, 2009. 
 
16. SOUZA JUNIOR, M. (org.) Educação Física escolar. Recife: EDUPE, 
2005 
 
17. TORRES, A. O circo no Brasil. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1998. 
 
18. VENDRUSCOLO, C.R.P. O circo na escola. Motriz, Rio Claro, v. 15, n. 3, 
p. 729-737, 2009. 
 
19. www.circonteudo.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
ANEXO 1 – CARTILHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41

Continue navegando