Buscar

TCC SIMONE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NUCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
ESPÍRITO SANTO
DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
SIMONE MARIA RODRIGUES COLLIAT
SANTA RITA DE IBITIPOCA
2019
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
NUCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI
ESPÍRITO SANTO
DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
Trabalho apresentado ao NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI como requisito parcial para obtenção de título do curso de Especialização em Educação Infantil e Anos Iniciais
SANTA RITA DE IBITIPOCA
2019
SUMÁRIO
I-INTRODUÇÃO.................................................................................................................05
2-FUNDAMENTAÇAÕ TEÓRICA......................................................................................06
3-DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................07
4-METODOLOGIA..............................................................................................................15
5-CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................16
6-REFERÊNCIAS...............................................................................................................17
RESUMO
Este artigo trata da docência na educação infantil e anos iniciais abordando as dificuldades encontradas na busca de uma educação de qualidade tendo como objetivo da proposta motivar os educadores a buscarem o novo, dando ênfase ao trabalho com a criança através da ludicidade, dos jogos, pois, o fato de trazer a criança para seu eu fará com que a mesma assimile com maior eficácia tudo o que estará lhe sendo ensinado. Faz-se necessária a utilização de métodos eficazes na docência da educação infantil e anos iniciais prática essa de fundamental importância aos educadores e a criança, portanto o objetivo desse trabalho é destacar que a ludicidade e os jogos, podem e devem ser utilizados como fortes aliados no ensino aprendizagem com o intuito de oferecer às crianças uma educação de qualidade. 
Quando a criança inicia sua vida escolar já chega à educação infantil, por exemplo, posteriormente nos anos iniciais, cheia de dúvidas, anseios, os quais o educador tem que saber lidar, pois esta introdução enquanto aluno na vida escolar o marcará para sempre. Uma vez que o educador fizer sua percepção e prévio conhecimento do aluno se possível até fora da escola o mesmo deve sempre estar atento para não se prender as escolas tradicionais e de forma satisfatória chegar aos resultados esperados conforme será visto neste artigo. Na metodologia evidencia-se a importância de conhecer no íntimo o docente, trazer o mesmo para participar da construção desse trabalho e claro que os demais envolvidos no ambiente escolar e a minuciosa observação do trabalho da equipe escolar onde foi realizado o estágio o qual também foi muito útil para a construção desse artigo.
 De acordo com todos os aspectos apresentados ao final desse chegaremos à conclusão, que apresentará o patamar alcançado através dos estudos para realização do referido artigo e reforçará que há sim uma grande necessidade de inovar a educação fazendo da escola um ambiente prazeroso, onde a criança queira estar buscando conhecimento tanto como aluno, quanto cidadão.
Palavras-chave: Ludicidade. Aluno. Educador. Criança. Cidadão.
1. INTRODUÇÃO
Desde quando começamos a nos preparar para sermos educadores, a prática de estágio, por exemplo, é fundamental para a formação de um profissional da educação que diante de situações reais e diversas no âmbito escolar reflete muitas vezes em busca de como lidar com tais situações, e aproveitam estas experiências para suas futuras atividades na área da educação dentro do campo da educação infantil e anos iniciais. 
Quando falamos em escola podemos compreender como local onde professor e aluno estão em constante interação e construção de conhecimentos, portanto faz se necessário enfatizar que à aprendizagem da criança deve favorecer a ela em seu dia-a-dia, ou seja, conhecê-la o mais intimamente possível, sendo assim é importante saber de onde vem, com quem e como vivem, quais são suas perspectivas e se possível as de sua família e através daí partir para a construção e desenvolvimento de suas capacidades utilizando métodos eficazes que poderão atender as mais profundas necessidades individuais de cada criança proporcionando a elas um desenvolvimento que a prepare para viver na sociedade em que esteja inserida.
O educador juntamente com equipe escolar, família, comunidade, pode proporcionar a criança uma construção e assimilação do saber muito eficaz e dentre as várias possibilidades de fazê-lo uma delas é através da ludicidade. É muito importante ter consciência que prática escolar é diferente de qualquer outra prática educativa sendo assim dentro do cotidiano escolar cabe ao educador aprender e desenvolver práticas escolares eficazes e satisfatórias descobrindo assim formas eficientes de proporcionar a criança uma aprendizagem satisfatória e de qualidade.
O objetivo desse trabalho é refletir sobre a necessidade de ofertar a toda e qualquer criança da educação infantil e anos iniciais, uma aprendizagem de qualidade que é seu direito e mostrar que dentre as diversas formas de fazê-lo uma delas é através do lúdico que traz para o educador a possibilidade de praticar o ensino aprendizagem através dos jogos e brincadeiras fazendo assim a diferença na vida das crianças da educação infantil e anos iniciais que é o público alvo tratado no presente trabalho.
2. Fundamentação Teórica
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO Á CRIANÇA
O lúdico favorece muito a criança em sua evolução e desenvolvimento de todos os sentidos, pois, possibilita que a mesma continue sendo criança, mantendo sua essência e adquirindo mais vontade e disponibilidade na busca do saber o que facilita e muito o processo de ensino aprendizagem. 
Brincar de forma direcionada fará com que a criança desenvolva-se de maneira geral, inclusive possibilitando a mesma o desenvolvimento de sua autonomia sendo assim, nenhuma criança brinca somente para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades, o que pode ser observado nas palavras de (GARDNEI) apud. FERREIRA; MISSE; BORNADIO, 2004 “O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos”.
Na atualidade brincar de forma direcionada auxilia no desenvolvimento da criança, pois, age como instrumento facilitador de descoberta de suas potencialidades como são destacas por VYGOTSKY (1991) “A criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação da criança em relação às restrições situacionais”...
Concluindo para se descobrir a criança necessita brincar, pois dessa maneira será possibilitado a ela expressar seus sentimentos e emoções então cabe a cada educador saber trabalhar com o lúdico brincando, se divertindo, despertando a vontade em cada criança e ao mesmo tempo levando cada um a alcançar seu objetivo que é desenvolver-se em todas as suas amplitudes. 
3. Desenvolvimento
1. O COMPROMETIMENTO DO PROFESSOR NA DOCÊNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS
É fato que o educador deve fazer das salas de aula ou de qualquer ambiente de aprendizagem, um lugar prazeroso, agradável onde às crianças queiram estar e quando saírem tenha vontade de voltar, sendo assim todo e qualquer educador deve realizar o trabalho de facilitador incentivando a aprendizagem, desenvolvendo sempre a autonomia de seus alunos despertando neles a curiosidade em buscar a reflexão e o conhecimento. Desta forma este professor priorizará a construção do conhecimento de seus alunos.
Na docência da educação infantil e anos iniciais estamos lidando com seres humanos que estão se descobrindo, adentrando um mundo novo de desafios, descobertas onde muitas vezes nós somos seuespelho, a fonte mais segura de apoio. Desta forma devemos nos comprometer e fazer de tudo para que eles se sintam amparados, apoiados, pois, nós temos ali papel de fundamental importância uma vez que o que for feito e desenvolvido nesta etapa marcará para sempre a criança de forma positiva ou não. Observando as aulas durante meus estágios pude perceber que embora a competência da professora seja incontestável, está faltando aulas inovadoras as quais inclusive eu tive o prazer de aplicar em momentos que passei com os alunos. Espero ter contribuído muito com a mudança de atitude do corpo docente para que assim já possa mesmo que enquanto estagiária ter contribuído com a educação de meu distrito mesmo porque tenho dois filhos na escola e quero o melhor para eles assim como para todos os outros. 
Concluindo este assunto faz-se necessário o comprometimento total do educador na busca de não apenas transmitir, mas também ajudar a criança a assimilar tudo o que for essencial para que a criança se desenvolva de forma íntegra, digna, tendo direito a uma educação de qualidade e que faça com que a mesma futuramente possa encarar os novos desafios que com certeza surgirão.
1.1 OS DESAFIOS DO EDUCADOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS.
A tão sonhada educação de qualidade infelizmente está longe de ser alcançada mesmo porque depende de inúmeros fatores como maior de investimento por parte do governo, educadores mais motivados, por exemplo, com salários mais dignos e que recebam em dia o que atualmente não acontece em muitos casos. Além disso, muitos educadores que pararam no tempo e se negam ou não tem oportunidades de buscar o novo. Esses e tantos outros fatores agravam a situação da educação em nosso país o que se torna preocupante.
A educação infantil e anos iniciais precisam estar bem estruturados, com apoio do governo, professores motivados, locais dignos de receberem as crianças e muitas vezes presenciamos situações totalmente contrarias o que vem agravando a situação de nossa educação. O pior é que diante deste cenário vemos professores desmotivados, trabalhando aquém do que são capazes, tendo que trabalhar muitas vezes em dois cargos para viverem de forma mais digna o resultado disso é chegam às escolas exaustas, reclamando de tudo muitas vezes punindo mesmo que sem perceber as crianças que não tem culpa nenhuma do que acontece.
Está na hora de conscientizarmos a todos de que educação é amor. Não há outra forma de se relacionar com educação se não amor. Dinheiro, prestígio nada disso há de ser colocado em primeiro plano. Se você for ingressar neste universo cheio de desafios e barreiras o maior aliado que você deve ter é seu amor pelo o que faz.
Assim sendo você estará cumprindo com seu papel que é o de ser alicerce para seu aluno e ajudá-lo a se construir e elevar-se diante deste mundo tão cheio de desafios.
1.2 COMO ENCARAR TAIS DESAFIOS.
Uma boa resposta para este questionamento já seria olhar para a nossa educação, para nossas crianças com amor, carinho, mas, sabendo que somente isso não adiantaria. 
Ajudaria muito, mas o fato é que se faz necessário arregaçar as mangas e buscar soluções pelo menos que amenizem a situação atual da educação. Isto pode ser feito pelo educador de algumas formas e uma delas é buscando se aperfeiçoar, inovar sempre para sanar as tantas dificuldades encontradas em seu caminho conforme já citado neste relatório.
Na busca de aliados que o auxilie na educação das crianças da educação infantil e anos iniciais o educador se depara com a ludicidade. Tema este tratado com insistência neste pelo fato de ter sido pouco trabalhado nas escolas pelo menos as quais estagiei, trabalhei e meus filhos estudam. Isso mesmo a ludicidade que de forma prazerosa vai lhe ser de grande valia e auxilio para lidar com as inúmeras particularidades de crianças que encontrará em seu caminho durante sua trajetória enquanto educador. 
A partir de agora será possível conhecer mais sobre essa aliada e ver como ela pode ser de grande valia na construção de uma educação melhor de forma mais leve e prazerosa.
2 PRÉVIO CONHECIMENTO DA LUDICIDADE.
É fato que para se trabalhar todo e qualquer tipo de tema, assunto, conteúdo, tem que se estar preparado para fazê-lo de forma clara e objetiva, passando assim credibilidade e confiança a quem nos ouve no caso as crianças em especial da educação infantil e dos anos iniciais.
O termo lúdico tem origem latina na palavra (ludus) que significa jogo, e embora muitas pessoas principalmente em comunidades pequenas pensem de forma errônea ao acharem que o brincar não leva a nada nós educadores temos que mostrar a elas que estão enganadas. Além de a criança estar aprendendo regras, desenvolvendo espírito competitivo a brincadeira direcionada leva a criança a se motivar e buscar conhecimento em todo e qualquer conteúdo tornando o que antes ela achava cansativo mais leve.
As atividades lúdicas sejam as brincadeiras, jogos, enfim todas as que envolvem dinamismo entre os participantes faz com que eles interajam desenvolvendo assim facilidade de convívio, relação com os demais e até consigo mesmo. O educador também deve estar preparado a esta nova forma de ensinar, buscando conhecer seu eu interior e trazendo a tona para que faça seu trabalho com alegria e satisfação e não meramente como obrigação em troca de salário, pois isto reflete em seu exterior podendo afetar as crianças.
A apropriação do que será transmitido fará com que o aprendizado da criança seja muito mais eficaz e satisfatório, SCHEIBER, 2010 destaca que, “brinquedos e brincadeiras são formas privilegiadas de desenvolvimento e apropriação sendo instrumentos indispensáveis da prática pedagógica”. 
Conforme já mencionado neste artigo o conhecimento prévio da criança faz-se realmente necessário para trazermos para a realidade de sua aprendizagem tudo o que ela pode ou não saber. As relações sociais que as crianças possuem não são e nem podem ser desfeitas quando às mesmas iniciam sua vida escolar sendo assim através deste conhecimento o professor estará mais preparado para lidar com possíveis surpresas que surgirão durante seu trabalho com toda e qualquer criança e suas diversidades.
Devido aos aspectos apresentados e tantos outros é que o trabalho de forma lúdica pode sim ser mais eficaz no processo de ensino aprendizagem, pois através da ludicidade pode-se desenvolver o individual e o coletivo de cada um sem deixar de trabalhar, mas trabalhando de forma consciente com todas as crianças que se encontrarem na educação infantil e anos iniciais, independente de suas especificações.
2.1. A LUDICIDADE RELACIONADA ÀS BRINCADEIRAS E JOGOS.
A ludicidade relacionada às brincadeiras e jogos funcionará como auxilio aos educandos e educadores no processo de ensino aprendizagem. PERRENOUD (2002) afirma que, “o professor em seu trabalho deve criar situações que estimulem a capacidade de raciocínio de seus alunos, utilizando métodos alternativos para facilitar e desenvolver o conhecimento, as habilidades destes”.
Sendo assim para o professor que for lidar com o público alvo da educação infantil e dos anos iniciais é de extrema importância que ao transmitir seu conhecimento, o saber as crianças elas estejam interessadas e participativas. Uma forma que o educador tem de alcançar este objetivo é através do lúdico trazendo sempre o hábito de praticar com as crianças jogos e brincadeiras de forma direcionada para que esses auxiliem na apropriação do saber pela criança.
Existem diversos tipos de brincadeiras e jogos inclusive que resgatam a cultura, o passado e tudo de maravilhoso que há nele. Realizando alguns deles em meu estágio percebi o quão ficaram empolgados, assim como também foi nítida a falta de entrosamento com tais brincadeiras e jogos. Por isso mesmo sabendo que era possível encontrar jogos e brincadeiras específicas para particularidades de cada criança e inserir em meio a todas as outras não pude deixar de sugerir tal ação para a escola oque fará com que a mesma possa se desenvolver de forma mais eficaze possibilitar a seus alunos que se desenvolvam se sentidos assim tão capazes quanto todos os outros o que é direito deles.
O jogo de construção que deixa de lado o simbolismo e visa a inserção da criança e sua percepção como integrante de uma comunidade. Neste jogo há a constante presença de materiais variados para a manipulação infantil, principalmente seu contato com a natureza potencializando assim os aspectos cognitivos, motores e afetivos da criança, aguçando sua criatividade dentro da sistemática escolar. (IAVORSKI, 2008) 
Dentro desse tema questionei as professoras da educação infantil e anos iniciais da escola em que fiz estágio o porquê de aulas somente em sala, geralmente com portas fechadas. A resposta como já esperava foi que como o lugar é pequeno a comunidade, ou melhor, alguns integrantes dela tomam conta e comentam que se sai com os alunos é porque não tem trabalho. Lamentavelmente constatei aí que os alunos são prejudicados pela falta de preparo dos professores que privam as crianças de aulas mais prazerosas por receio do que será falado sobre seu trabalho. 
Buscando então diferenciar na prática dentro do possível em meu estágio lembrei que muito presente na vida de toda criança também surge o faz-de-conta que traz da criança sua imaginação onde ela se permite a ser o que quiser e realizar seus sonhos, trazendo a tona seus medos, angústias, duvidas enfim seus sentimentos. Particularmente senti muita falta da ludicidade na escola durante todo o estágio, mas em compensação quando parti para o lado do imaginar, do contar histórias melhora bastante este foi um ponto bastante positivo que observei realizando o estágio. As crianças muitas vezes podem inclusive relatar vivencias de seu cotidiano o que as empolga muito, pois se sentem importantes ao serem protagonistas da história.
Tratando novamente dos jogos é importante destacar os jogos de regras, pois, infelizmente muitas crianças devido ao pequeno apoio familiar chegam às escolas com dificuldades extremas de respeitar regras sejam elas quais forem. Não possuem o hábito de seguirem e nem conhecem às vezes seu real significado. No entanto embora esses jogos ocorram na escola percebi a falta do acompanhamento deixando as crianças tão livres a ponto de criarem suas próprias regras. 
Foi aí que, buscando dar minha contribuição para a escola sugeri que se deve inserir o jogo de regras no processo de ensino aprendizagem com maior frequência para todas as crianças, mas não só exercendo o papel de educador transmissor de conteúdos, mas também o de mediador entre a criança e a realidade do mundo afinal de contas é no mundo que ela está inserida. Quis mencionar nesse trabalho fatos vivenciados em meu estágio pois, eles aliados ao meu curso farão toda diferença quando eu for trabalhar com as crianças da educação infantil e anos iniciais com certeza.
3. PIAGET E SUA CONCEPÇÃO SOBRE OS JOGOS.
Alguns pensadores deixaram seu marco para a educação através de concepções. Um deles foi Piaget o qual deixou sua concepção sobre os jogos nas quais podemos nos embasar para trazer ao cotidiano de nossas escolas os jogos como auxílio no ensino aprendizagem.
A concepção construtivista sobre os jogos de Piaget que foi descrita por Aranão (1996) em sua obra. 
O ensino através de brincadeiras e jogos vem evidenciar que o indivíduo na construção de conhecimento tem papel ativo através da participação interativa com seu meio e através de uma relação constante estabelecida com objetos e pessoas a sua volta. Desta forma O conhecimento se dá de dentro para fora e não ao contrário (ARANÃO, 1996, p. 11).
Nos estudos Piagetianos aprende-se que é de fundamental importância e torna-se um dever do professor conhecer seu aluno a fundo, detalhadamente, antes de iniciar os estudos com o mesmo. O grau cognitivo de cada um deve ser respeitado não inserindo assim conteúdos ao mesmo que ele ainda não será capaz de dominar, afinal do que adiantará ao professor propor atividades ao aluno as quais ele ainda não será capaz de efetuar. 
A partir dessa análise a teoria Piagetiana estuda a evolução do pensamento dos indivíduos, tipos de conhecimento, períodos de desenvolvimento da inteligência, processo de aquisição da linguagem, a evolução das estruturas cognitivas e os aspectos afetivos da mesma veremos que existem quatro períodos que o indivíduo vivencia os quais os educadores da educação infantil e anos iniciais devem conhecer a fundo para poder trabalhar de forma eficaz e consciente com os alunos em qualquer conteúdo os quais são: Sensório-motor, Pré-operacional, Operacional concreto e Operacional formal.
Percebi muita falta de embasamento de educadores, portanto, resolvi fazer um breve resumo desses períodos os quais fiz questão de mencionar sutilmente durante minha passagem pela escola. Vejamos a seguir:
4-A inteligência sensório-motora (0 a 2 anos) 
Pode ser compreendida como uma adaptação prática ao mundo sendo construída a partir dos reflexos inatos, progressivamente, logo após o nascimento da criança através da adaptação e assimilação e dos esquemas inatos de sugar, olhar, pegar, a inteligência sensória motora processualmente assim a criança vai adaptar-se ao mundo desenvolvendo novos esquemas, através dos processos de adaptação e assimilação.
4.1Período préoperacional (2 a 6 anos)
Nesse período já é possível ter alunos na escola onde estagiei uma vez que o mais novo tinha 4 anos.
Esse é o período em que as crianças se encontram na fase do respeito unilateral, ou seja, considera obrigatório o cumprimento das normas colocadas por eles. Também é nele que a criança constrói imagens e ajusta entre si formando classes intuitivas, assim como nos outros nós educadores temos que estar cientes deste fato e no ensino em nossas escolas usá-lo a nosso favor de forma correta.
4.2Sentido operacional concreto (7 a 11 anos).
A partir daí as crianças já serão capazes de inicializar algumas operações com símbolos, como a linguagem, realizar com êxito atividades de conservação, classificação e seriação o que para a matemática principalmente será excelente. Sua tarefa neste período é dominar as operações sendo estas ações interiorizadas.
 A inteligência neste período é concreta uma vez que a criança só constrói noções a partir das ações do sujeito sobre objetos reais, portanto quanto mais pudermos trazer o concreto para a criança melhor estaremos trabalhando com a mesma e suas dificuldades que poderão surgir. 
4.3Sentido operacional formal o pré adolescente ou adolescente.
Já está apto para operar com hipóteses, ou seja, lógica, não necessitando mais dos objetos concretos ou figurativos. Ele já é capaz de compreender o método de investigação, pois já tem competência para refletir sobre suas próprias ações. 
De acordo com a concepção piagetiana os jogos são simplesmente uma assimilação funcional, exercitando as ações individuais aprendidas, sendo assim além deles criarem sentimentos de prazer tanto pelo jogo que é uma ação lúdica em si quanto pelo domínio das ações. A criança ou adolescente de forma prazerosa aprende a dominar a matemática, por exemplo, brincando. O jogo é uma ferramenta imediata e momentânea sendo assim consolida os esquemas formados e traz prazer ou equilíbrio emocional ao indivíduo, o que vai favorecer e muito nossos alunos no processo de ensino-aprendizagem da matemática. 
Devido a esse fator durante todo o artigo e procurei enfatizar a teoria piagetiana demonstrando inclusive na escola que fiz o estágio que o professor pode e deve nortear seu trabalho através dos jogos, de modo a orientar seus alunos motivando-os e promovendo de maneira prazerosa a sua aprendizagem.
5. CONCEPÇÕES DIVERSAS SOBRE OS JOGOS.
Uma vez estudando para realização de meu trabalho e percebendo as dificuldades dos alunos durante o estágio senti muita falta do lúdico foi então que decidi me aprofundar sobre o tema para que quando chegar minha vez de ser educadora eu não repetir os mesmos erros percebidos com as crianças que tive o prazer de acompanhar. O fato é que a variedade de jogosé muito grande, portanto faz se necessário ter prévio conhecimento dos mesmos para assim saber os quais utilizar e de que forma podemos o fazer no trabalho com o público da educação infantil e anos iniciais.
A faixa etária pode ser um critério de classificação assim como fez CLATEAU (1987, apud. ALVES, 2001). Foram caracterizadas e relacionadas às inúmeras variações dos jogos fazendo o uso das idades e foi aí que os jogos ficaram em evidencia como meio auxiliar na educação, segundo o autor o jogo tem participação significativa no desenvolvimento do espírito construtivo, bem como na imaginação de cada individuo.
Como já visto anteriormente Piaget classifica os jogos associando-os a características referentes aos diferentes estágios do desenvolvimento da inteligência. Mas além dele outros, autores, pensadores, educadores enfim outras idéias surgiram como a de CALLOIS (1990 apud. ALVES, 2001). O autor sugere uma “classificação de jogos em quatro possibilidades distintas as quais ele nomeou de acordo com a predominância de habilidades e atitudes, tais como competição, sorte, simulacro, vertigem”.Essas designações segundo o autor não cobrem completamente o mundo dos jogos, porém um mesmo jogo pode ser representado pela combinação de dois ou mais componentes.
Sugerem o trabalho com os jogos em sala de aula. Ambos se embasam na teoria de Piaget, que sem a interação social entre os alunos, que pode e deve ser proporcionada pelas atividades em grupo, através dos jogos os educandos não poderão construir suas lógicas, seus valores sociais e morais.KAMII E DE VRIES (1991,apud.Alves,2001)
Os critérios para escolha dos jogos devem ser rigorosos e em prol do aluno para que as atividades lúdicas sejam significativas no processo educacional. Na escola percebi que os alunos eufóricos escolhem seus jogos e os professores ficam conversando sobre diversos temas sem ao menos orientar os alunos sobre o que seria melhor brincar. 
De acordo com Kamii e De Vries (1991, apud. Alves, 2001)
Os jogos devem ser escolhidos seguindo critérios mesmo porque trata se de uma arma a favor dos educadores para o ensino então estes tem que ser conscientes e buscar o melhor no processo de ensino aprendizagem dos alunos então vi na minha frente às brincadeiras e os jogos perdendo todo o sentido. Kamii e De Vries(1991, apud. Alves, 2001)
Nas aulas de matemática, por exemplo, que muitos alunos estavam com extrema dificuldade, não tive o prazer de observar nenhuma vez os jogos sendo utilizados. 
Caracteriza os jogos matemáticos, por exemplo, por situações problemas o que particularmente é interessantíssimo. Enfatiza o uso da estratégia para a resolução de problemas e ainda, concorda de que o uso dos jogos é uma ótima oportunidade para proporcionar de forma concreta e prazerosa a compreensão e construção de conceitos, bem como de métodos matemáticos importantes em todos os níveis de aprendizagem. LIMA (1991, apud. ALVES, 2001)
Pode-se nestes jogos envolver disputa entre duas ou mais pessoas, quebra cabeças de montagens ou movimentação de peças, desafios, enigmas, paradoxos estimulando assim maior interesse e consequentemente maior êxito no processo ensino aprendizagem. 
A verdade é que os jogos existem, são inúmeros, estão expostos e exemplificados de diversas formas e por diversos autores cabe a nós fazermos nossa parte enquanto educadores conhecê-los e compreende-los para assim de forma consciente proporcionar a nossos alunos uma aprendizagem satisfatória. Deve-se e pode-se motivar a criança da educação infantil e dos anos iniciais para as novas aprendizagens e prepara lá para a fixação das noções já conhecidas uma vez que é do início que a criança ficará melhor preparada para enfrentar os futuros desafios de sua vida enquanto estudante e até mesmo enquanto cidadão.
4. METODOLOGIA
Trabalho desenvolvido através da observação em ambiente escolar durante o estágio juntamente com pesquisas em artigos científicos e monografias publicadas em bases on-line, material impresso. A prática durante o estágio da ludicidade e a observação do trabalho da educadora e de toda a equipe escolar serviu como base para o desenvolvimento desse artigo.
Para se decidir as fontes consultadas foram estudadas e levadas em conta todas os acontecimentos relacionados a educação, notícias, vivencias no estágio relato da educadora e de todos os demais envolvidos e finalmente possíveis possibilidades de se tratar a ludicidade como aliada a nossa educação. Os materiais foram pesquisados e coletados entre julho a setembro de 2019.
Foi feita a leitura minuciosa das fontes buscando e encontrando sugestões eficazes para a utilização do lúdico no processo de ensino aprendizagem.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da realização deste trabalho foi possível um maior contato com experiências, vivências, as quais me possibilitaram maior e melhor preparo para enfrentar desafios futuros na árdua profissão de educador. Nem tenho palavras suficientes para expressar o quão prazeroso foi poder aprender na prática o que via através das aulas, avaliações e teoria.
A prática do ensino aprendizagem na docência no ensino fundamental I (anos iniciais) acarreta responsabilidades sendo muito bom poder ter bagagem através deste estudo da ludicidade para exercê-la de forma consciente. Agora posso dizer que mesmo tendo muito a aprender já adquiri bagagem para dar o pontapé inicial e contribuir de forma gradativa para a educação.
Ficou mais nítido ainda que o lúdico, as brincadeiras, devem estar acompanhando a prática pedagógica do educador para que assim sejam desenvolvidas as diversas habilidades que se encontra nas crianças. Procurei absorver cada aprendizado tanto o que devo como o que não devo fazer e juntarei às teorias estudadas na busca assim de fazer a diferença na educação seja em qual ambiente escolar eu vier futuramente a trabalhar.
De acordo com os aspectos apresentados conclui-se que o papel do educador é estimular e proporcionar as crianças uma educação e aprendizado de qualidade, sendo assim me sentem feliz de estar preparada para fazê-lo através dos jogos, brincadeiras enfim do lúdico conforme pode ser observado no artigo. Que todos o façam, pois assim de forma consciente estarão trabalhando não só na construção de bons alunos, mas também excelentes cidadãos os quais estarão inseridos em nossa futura sociedade, muitos deles quem sabe até exercendo papel de educadores.
6. REFERÊNCIAS
ALVES,apud,1987,ARANÃO,Adriano,1996,IAVORSKI,2008,PERRENOUD,Philippe,2002, MISSE,Bornadio,2004,FERREIRA, apud Gardinei,
ALVES, Eva Maria Siqueira. A ludicidade e o ensino de matemática: Uma prática possível. Campinas, SP: Papirus, 2001.
CHAVES, Fátima Garcia... et AL.- São Paulo, Pearson Education do Brasil,2012.
FERREIRA, Carolina; MISSE, Cristina; BONADIO, Sueli. Brincar na educação infantil é coisa séria. Akrópolis, Umuarama, v. 12, n. 4, p. 222-223, out./dez. 2004
FERREIRA, Helena Borges, BORGES, Maria Soledade Gomes, BARATELLA, Ricardo -Conteúdos e procedimentos didáticos metodológicos para os anos iniciais do ensino fundamental, volume 1São Paulo:Pearson Education do Brasil, 2011. 
_____________________ Conteúdos e procedimentos didáticos metodológicos para os anos iniciais do ensino fundamental, volume 2São Paulo:Pearson Education do Brasil, 2011. 
MALAQUIAS, Maiane Santos e RIBEIRO, Suely de Souza. A Importância do Lúdico no Processo de Ensino-Aprendizagem no Desenvolvimento da Infância. 2013. Disponível em: https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-escolar/a-importancia-do-ludico-no-processo-de-ensino-aprendizagem-no-desenvolvimento-da-infancia> acesso em fev.2019.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Continue navegando