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O contributo do turismo-Xai-Xai

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0. Introdução
A interacção do homem com o meio ambiente, quer seja ela de forma harmoniosa ou não, provoca sérias alterações, o que gera profundas discussões sobre questões ambientais em todos seguimentos da sociedade, discutindo a acção do homem sobre o meio ambiente e suas consequências. A alteração da paisagem que é um processo que compreende o desbravamento, a degradação do solo que pode ser causado tanto por factores naturais quanto por interferência antrópica como é caso das construções e uso das máquinas que na maioria das vezes resultam na alteração da paisagem, é objecto de estudo da presente monografia científica.
Este trabalho de pesquisa intitulado “Turismo na Economia da Praia de Xai-Xai” é resultado que provem do impacto das construções de estabelecimentos turísticos sobre o meio ambiente, seus processos de alteração, características, factores que a influenciam e métodos na economia.
Entretanto a priorização do desenvolvimento económico como vector de melhoria das condições socioeconómicas da população, sem equacionar as questões ambientais, vem resultando na crescente degradação do meio ambiente e como consequência verifica-se a elevação das emissões de poluentes que contaminam o solo, a água e afetam a qualidade do ar, para melhor compreensão, estruturalmente o presente trabalho encontra-se dividido em (3) capítulos designadamente. Na parte introdutória do presente trabalho será reservado também os objectivos geral e específico, a metodologia aplicada, bem como a descrição conteudista do turismo na economia.
0.1.Delimitação do Tema
O presente trabalho de pesquisa intitulado Turismo na Praia de Xai-Xai, baseia-se na avaliação da contribuição deste conjunto de actividades de lazer na alteração da paisagem na Praia de Xai-Xai, concretamente no período compreendido 2018. Este tema abordado, está inserido nas linhas de pesquisa do curso de Ensino em Geografia com Habilitações em Turísmo, com especialização orientada na Universidade Pedagógica, mas em específico o Departamento de Ciências da Terra e Ambiente.
0.2. Objectivos
0.2.1. Objectivo Geral
Avaliar a contribuição do Turismo na economia na zona costeira do Posto Administrativo da Praia de Xai-Xai.
0.2.2. Objectivos específicos
· Caracterizar a zona costeira da praia de Xai-Xai;
· Sistematizar as actividades turísticas e as acções que contribuem para o desenvolvimento do turismo na praia de Xai-Xai;
· Explicar a contribuição do turismo na alteração da economia;
· Sugerir forma sustentável de prática do turismo na praia de Xai-Xai. 
0.3.Metodologia de Pesquisa
Segundo DE SOUZA (2013:27), “metodologia, que também é chamada de Materiais ou Métodos, é a descrição da estratégia a ser adoptada, onde constam todos os passos e procedimentos adoptados para realizar a pesquisa e atingir os objectivos”.Em contrapartida para ANDRADE (2006:26), “metodologia é um conjunto de caminhos ou métodos que são percorridos na busca do conhecimento enquanto, Método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um dado fim ou um resultado desejado”.
Por isso, apostou-se na pesquisa bibliográfica, no sentido de centrar-se na leitura de obras que abordam com maior precisão o assunto sobre o turismo quer seja em, Xai-Xai e não só, em análise, servindo para a recolha de material que sustentou a elaboração do trabalho, mediante recolha, leitura e análise de vários livros, consulta a internet e artigos relacionados com o tema em estudo.
A pesquisa documental, baseou-se em documentos que ainda não foram objecto de tratamento analítico por nenhum autor (CASTRO, 2007:39) útil fundamentalmente na recolha de dados em instrumentos de comunicação institucional (relatórios e planos sobre o turismo e meio ambiente) conservados em arquivos. As pesquisas sociais abrangem um universo de elementos e características físico-naturais e humanas. 
A observação directa, que foi realizada através de observação de dados no local de estudo, que permitiu confirmar no local o estado actual da conservação da vegetação. A pesquisa possibilitou uma aproximação e um entendimento da realidade a investigar, como um processo permanentemente inacabado. Ela se processou através de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo subsídios para uma intervenção no real.
O que obrigou a pesquisadora a deslocar-se a praia de Xai-Xai na verificação in loco do fenómeno de alteração da paisagem por meio da prática turística. Uma vez que este possibilita uma aproximação e um entendimento da realidade a investigar, como um processo permanentemente decorrente no campo de pesquisa.
E paralelamente para a observação directa, foi aplicada a entrevista convista a aferir algum conhecimento local sobre as alterações da paisagem por meio da prática turística na praia de Xai-Xai. 
0.4.Conceitualização: Turismo, Recurso Turístico e Paisagem 
Neste capítulo será feita uma descrição da conceitualização da presente pesquisa com vista a trazer de forma clara os conceitos básicos que servirão de suporte teórico para a sua efectivação partindo dos seguintes conceitos: turismo, paisagem e alteração.
0.4.1.Definição de Conceitos
0.4.1.1.Turismo
Turismo segundo BORMANN (1929:45) citado por Andrade, define turismo como sendo conjunto de viagens que tem por objectivo o lazer ou motivos comerciais, profissionais ou outros análogos, durante as quais é temporária a ausência habitual.
Segundo a OMT (2001:56), o Turismo compreende as actividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios e outros.
 A Organização Mundial do Turismo (OMT:2009:45) apud NOVELA (2015:3), considera turismo “ uma modalidade de deslocamento espacial, que envolve a utilização de algum meio de transporte e ao menos 1 pernoite no destino; esse deslocamento pode ser motivado pelas mais diversas razões, como lazer, negócios, congressos, saúde e outros motivos, desde que não correspondam as formas de remuneração directa”.
A forma como o conceitos e apresenta é de facto discutível, porém, é preciso recordar que há vários turistas que viajam para um determinado destino como propósito de passar a tarde/o dia e não chegando, no entanto, a pernoitar. Existe um número também considerável de turistas que viaja para um determinado destino com o propósito de fazer compras (turismo de compras) e sem, no entanto, precisar de fazer 1 pernoite nesse lugar.
Não obstante, é preciso lembrar que o indicador de base para as estatísticas de turismo e em particular para efeitos de comparação da evolução do sector baseia-se em número de camas disponíveis.
Para GODINHO (2012:12):
"o turismo é uma actividade humana intencional, que serve como meio de comunicação e como elo da interacção entre povos, tanto dentro de um mesmo país como fora dos limites geográficos dos países. Envolve o deslocamento temporário de pessoas para outra região, país ou continente, visando à satisfação de necessidades outras que não o exercício de uma função remunerada. O turismo é um fenómeno social complexo e muitos estudiosos vêm procurando defini-lo de maneira adequada".
De acordo com CASTRO, (2006:45) turismo é um fenómeno capaz de transformar e reorganizar o espaço geográfico. Ao se inserir no espaço natural o Turismo resgata valores culturais e sociais, fortalece noções ambientais e cria mecanismos que dinamizam a economia do lugar.
Entretanto, para desencadear essa rede de relações, o Turismo necessitada articulação entre as políticas públicas, o sector privado e a comunidade local e depende da inter-relação com diversas ciências. Por isso segundo OMT (2003:98) turismo é uma modalidade de deslocamento espacial, que envolve a utilização de algum meio de transporte e ao menos um pernoite no destino; esse deslocamento pode ser motivado pelas mais diversas razões, como lazer, negócios, congressos, saúde e outros motivos, desde que não correspondam a formas de remuneração directa. Nesta visão, podemos reter dadefinição de turismo da OMT alguns aspectos técnicos essenciais: o meio ou residência habitual e deslocações de rotina são excluídas; o critério de duração da permanência inferior a um ano que implica excluir as migrações de longo prazo; o critério dos motivos da esta da que exclui a actividade remunerada no lugar visitado ficando de fora os movimentos migratórios de carácter local.
Pois, MATHIESON & WALL (1982:34) enfatizam que turismo consiste no movimento temporário para destinos fora do lugar normal de residência e trabalho, bem como nas actividades desenvolvidas durante a estada e facilities (instalações) criadas para satisfazer as necessidades dos turistas.
Tomando em consideração que há uma percepção intuitiva, simplista, do termo turismo, habitualmente focada numa imagem de pessoas que viajam a partir das suas casas, mesmo sem qualquer preparação formal em turismo, WEAVER & OPPERMANN (2000:34) prossegue afirmando: a maior parte das pessoas da família em viagem de férias está, obviamente, a praticar uma forma de turismo. Com as definições citadas acima, entende-se que o turismo é uma actividade de pessoas fora do seu entorno habitual, para fazer negócios, visitas de amigos e familiares e outros motivos por mais de 24horas, mas que não ultrapassem um ano, e tendo como ponto de vista que os autores convergem as suas ideias ao afirmar que o turismo pratica-se fora do local habitual.
0.4.1.2.Recurso Turístico
De acordo com GOMES (2010˸24), é qualquer manifestação da natureza ou da cultura que tenha capacidade de atrair turistas e possa servir de “matéria-prima” para a formatação de um atractivo turístico (negócio).
O conjunto de recursos turísticos é que determina a identidade e a vocação turística da localidade, indicando possibilidades de constituição de negócios e das tipologias de turismo que podem ser implementadas e consolidadas. 
A diferença entre atractivo turístico e recurso turístico é que o primeiro está formatado como negócio, enquanto o segundo tem potencial para ser transformado em produto, podendo receber interferências, para então, ser comercializado e usufruído pelos turistas. 
Seguem alguns exemplos de recursos turísticos: 
· Propriedades	privadas ou públicas com ocorrências naturais, tais como rios, mangais, matagais, gruptas, lagos, lagoas e etc.
· Propriedades privadas ou públicas com ocorrências culturais, como monumentos, edificações, património histórico-culturais, actividades produtivas etc.
· Manifestações culturais como artes cénicas, música, artesanato, folclore, gastronomia, literatura, tradições, usos e costumes, entre muitas outras.
Para SANTOS (1997:72), O recurso turístico, para se transformar em atractivo turístico, deve receber intervenções no que se refere a infra-estrutura, gestão, segurança, promoção e comercialização, que os tornam um produto comercializável. Neste contexto, olha-se para a praia de Xai-Xai, a sua paisagem natural e humanizada, a comodidade e espaços de lazer a vários níveis para os turistas, a oferta de produtos como objectos de artesanato, produtos de gastronomia nacional e internacional. 
0.4.1.3.Paisagem
Segundo TROPPMAIR (2006:27), considera-se a paisagem como sendo o resultado material de todos os processos (naturais e sociais) que ocorrem em um determinado sítio e é, portanto, construída a partir da síntese de todos os elementos presentes neste local e sua apreensão dá-se pela imagem resultante dela.
Numa outra abordagem, o autor define paisagem, sendo um sistema complexo e dinâmico, onde diferentes factores naturais e culturais interagem e evoluem em conjunto, determina e é determinada pela ecologia, factores culturais, emotivo-sensoriais e socioeconómicos. Neste contexto, para este autor, uma paisagem reúne os seguintes entre vários elementos: ambiente natural (vegetação, formação geológica), ambiente construído e pode receber vários significados, onde na ciência geográfica é o conjunto de estruturas naturais e sociais de um determinado lugar no qual desenvolvem uma intensa interactividade, seja entre os elementos naturais, entre as relações humanas e desses com a natureza e geograficamente, a paisagem é entendida sendo tudo aquilo que podemos perceber por meio de nossos sentidos (audição, visão, olfacto e tacto), mas o que mais destaca é a visualização da paisagem. Que está ligadoa um espaço territorial abrangido pelo olhar.
BERTRAND (1968:49), define paisagem como:
 “Resultado sobre uma certa porção do espaço, da combinação dinâmica e, portanto, instável dos elementos físicos, biológicos e antrópicos que interagindo dialecticamente uns sobre os outros fazem da paisagem um conjunto único e indissociável em contínua evolução”.
Contemporaneamente, SANTOS (1997:89), considera-a “… sendo o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre o homem e a natureza. Ou ainda, A paisagem dá-se como conjunto de objectos reais concretos”.
Nesta perspectiva, entende-se que o autor diferencia paisagem de espaço: pois a paisagem junta objectos passados e presentes, o que a torna uma construção transversal e espaço é sempre um presente, uma construção horizontal, uma situação única. O que quer dizer, paisagem é um sistema material, nessa condição, relativamente imutável, espaço é um sistema de valores, que transforma-se permanentemente.
Ainda com base nestas abordagens, percebe-se paisagem como um conceito operacional, ou seja, um conceito que nos permite analisar o espaço geográfico sob uma dimensão, qual seja o da conjunção de elementos naturais e tecnificados, sócio-económico e culturais com uma relação de causa e efeito. Neste sentido, a paisagem pode ser analisada como a materialização das condições sociais padronizadas. Nela poderão persistir elementos naturais, embora já transfigurados (ou natureza artificializada).
Paisagem de acordo com COSTA e ROCHA (2010:35), na geografia o conceito aparece inicialmente ligado a paisagem natural, entendida através da composição dos elementos naturais (clima, vegetação, relevo, solo, entre outros); e posteriormente a paisagem humanizada compreendida como resultado das relações homem/natureza. Assim sendo, com essa definição de paisagem na geografia, o turismo pode empreender aquilo que representa atractivos naturais ou artificiais para o desenvolvimento da actividade turística, como foco central de diversos tipos de turismo, seja o turismo rural, de aventura, litorâneo, entre outros que exploram os recursos físicos do espaço geográfico.
E do ponto de vista de (GOMES, 2010:59) a paisagem é tudo aquilo que entra no campo visual a partir de um determinado lugar constituindo assim um atractivo turístico natural ou artificial que nasce da interacção entre diversos factores e que conta com um reflexo visual no espaço. 
O que deixa perceber que, a paisagem é um conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza, sendo a paisagem é apenas a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão na qual a paisagem dá-se como um conjunto de objectos reais-concretos.
0.5.Caracterização da Área do Estudo
Neste capítulo, descreve-se e caracteriza-se a zona que considera-se como o objecto de estudo do caso, considerando os principais vectores de caracterização a localização geográfica, social, económica e alteração da paisagem na zona costeira e nas dunas.
0.5.1.Localização
De acordo com SOUSA (2004:20), Praia de Xai-Xai é um dos povoados da Localidade do mesmo nome, Posto Administrativo de Xai-Xai, Distrito da cidade de Xai-Xai, Província de Gaza. A zona costeira de Xai-Xai, compreende uma faixa de cerca de 10km (Oceano Indico à EN1) e uma extensão (Comprimento) com cerca de 49,2km. De acordo com MITTIER, (2005:24) a Praia de Xai-Xai está situado na costa sul de Moçambique na província de Gaza, entre as latitudes: 25°10'20” e 25°10'31” Sul; e a longitude: 33°30'38” e 33°30'56” Este.
A Norte é limitado pelo Posto Administrativo Sede, a Sulpelo Oceano Índico, a Este pelos distritos de Chongoene e a Oeste pelo distrito do Limpopo.
Mapa.1. Localização da Praia de Xai-Xai
Fonte: Autora, Setembro de 2018 e CENACARTA.
0.5.2.Actividades económicas
A actividade económica na localidade da Praia de Xai-Xai é fundamental para a sobrevivência da população residente e para as localidades circunvizinhas. 
0.5.3.Agricultura
A maioria da população desta localidade dedica-se a agricultura, com recursos a técnicas ambientalmente nocivas como é o caso de abate de árvores, queimadas descontroladas. Deste modo, entra em choque com a gestão dos recursos florestais e faz com que certas espécies conheçam o seu desaparecimento, desta feita entrando em relação com a problemática da gestão de recursos florestais na comunidade. O uso de tecnologias rudimentares durante esta actividade, aliado a incidência de pragas e doenças nas culturas, isso em si já afecta na gestão de recursos florestais bem como naturais no seu geral. De salientar que as principais culturas de cultivo na comunidade são feijão nyemba, amendoim e a mandioca.
0.5.4.Pecuária
Geralmente o pastoreio de gado em si já constitui um problema ambiental, em primeira instância, ela empobrece o solo e seguidamente aparece como uma oportunidade para o desgaste da vegetação que fortificado pela actividade do fabrico de carvão vegetal, afasta a probabilidade da disponibilidade da vegetação ou das espécies florísticas e consequentemente a má gestão dos recursos florestais na comunidade em análise. A criação de animais é um prestígio para as famílias, mas com pouco significado comercial, visto que a criação é feita pelo sector familiar sendo o gado suíno e bovino. Este último é destinado para a tracção animal. Em muitas famílias os animais são usados em momentos festivos, lobolo e missas a venda destes animais constitui último recurso para os criadores, pois a produção é de baixa produtividade devido a falta de técnica de produção. 
0.5.5.Comércio
No que concerne ao comércio, em épocas diferentes nota-se variados produtos ao longo da estrada e de forma ambulatório como carvão, lenha (comércio permanente), mangas, castanhas (partidas e a grosso), feijão nyemba e mafurra. A questão de comércio é muito focalizada na presente pesquisa pelo facto de esta actividade constituir como o catalisador para exploração massiva dos recursos naturais, com destaque para os recursos florestais na comunidade. Ao longo da localidade da praia de Xai-Xai é evidente, a venda de lenhas e carvão vegetal, essa é a prova mais clara de que a concorrência está no abate massivo de florestas para extracção do carvão e no corte de lenha para comercializar nas bermas de estradas. Essa actividade impulsiona as pessoas desta comunidade a optar no mesmo como forma de sustentabilidade.
0.5.6.Turismo
A actividade turística desempenha um papel preponderante na economia do município de Xai-Xai bem como da província no geral, uma vez que esta proporciona a captação de divisas e mais-valias para esta área. O turismo ao longo desta área é marcado por varias infra-estruturas turísticas de lazer e não só, ligados aos aspectos paisagísticos tais como a praia, a natureza e a arquitectura visada na própria estrutura dos edifícios existentes. Bem como o serviço de restauração que vai ganhando espaço. Infra-estruturas de apoio:
Existe na área uma base de infra-estruturas de rede eléctrica, de abastecimento de água, vias de acesso e segurança. Rede eléctrica nacional garante a electrificação da vista que dá acesso a área turística, apoiado pelos geradores que garantem o serviço. O abastecimento de água e garantido pela FIPAG, mas muitas das vezes em algumas instâncias recorrem aos poços como o caso de tanques de bombagem de água proporcionados pelos operadores como forma de garantir o abastecimento de água. Verifica se a abertura contínua da via de acesso a área de maior fluxo de instâncias turísticas, mas com 2 km de terra batida.
Em termos de Segurança, a área turística e geradora de divisas apoia-se pelas empresas privadas e particulares, também na PRM, que por vezes tem realizado patrulhas diárias e nocturnas na área turística em alusão.
Existem serviços básicos implantados caso de um centro de saúde, uma escola, primária do 1oe 2º graus, uma escola primária do 1º ciclo, um centro de atendimento de salvação pública atinente aos afogamentos, a direcção da protecção marítima que garante a protecção costeira, uma rampa de lançamento de barcos ao mar, uma esquadra policial que garante a segurança em coordenação com as empresas privadas do mesmo ramo, que actuam no garante da tranquilidade nas áreas e instâncias turísticas. 
As várias instâncias turísticas constituem uma gama de empresas turísticas privadas que movimentam grandes quantidades de dinheiro, e um número significante de accionistas e trabalhadores tomando em consideração que empresas oferecem serviços de campismo, restauração, catering, alojamento em apartamentos, gastronomia nacional e internacional. Com algumas instâncias oferecendo bens transporte, aparecimento, piscinas para alojamento, carvão, longo prazo, venda de alastramentos.
Fig.2.Alguns serviços turísticos na Praia de Xai-Xai
Fonte: autora, Janeiro de 2018.
0.6.Características e Condições actuais da Praia de Xai-Xai 
De um relevo dunar e paisagens naturais, vai sofrendo uma maior interferência do homem a medida em que este tende a se aproveitar dessas características naturais da área e da linda e vasta praia existente. O relevo ficou modificado durante o processo de construção de infra-estruturas e aberturas de vias de acesso. A abertura ou prolongamento da via de acesso a terra batida, construção de infra-estruturas de rede eléctrica, abastecimento de água, expansão da rede de telefonia móvel, e o aprimoramento das patrulhas por parte da PRM e das empresas privadas de segurança. Com o aparecimento de novas infra-estruturas, contribui de uma certa forma para a retirada de algumas espécies no que se refere a vegetação, dando lugar melhoria da qualidade de vias de acesso. 
A praia de Xai-Xai no âmbito micro, pode ser dividida em três sectores como sendo forma de facilitar a sua acabada caracterização. Sendo o 1º sector, da praia velha até ao golfinho, onde a erosão é acentuada e a destruição da vegetação por acção humana é natural e evidente. No 2º sector, da zona de banho, que vai do golfinho a zona do Halley, encontra-se uma vasta praia, bloqueada por grandes e antigas construções que minimizam a questão da erosão. No 3º sector, do Halley ao Ecco State Resort, é evidente neste sector, uma erosão natural causada pelos adventos costeiros, caso dos ventos, das ondas sobre as dunas, até da acção humana, mas também uma maior vegetação ainda não tanto violada, dai a existência de um habitat para as espécies faunísticas.
 A praia de Xai-Xai esta num estado normal com vias de acesso melhoradas, com serviços básicos (públicos) deficientes, mesmo verificando um maior crescimento da industria turística. Apresenta uma paisagem muito humanizada com ausência da área de protecção e conservação, uma fraca fiscalização o que tem contribuído para o encerramento de muitas instâncias. Em termos de crescimento é evidente a expansão da área turística, e das infra-estruturas que proporcionam um maior ambiente de comodidade e espaços de lazer com paisagens únicas.
0.7.Classificação do Turismo
O turismo em função de uma organização estrutural e suas definições empresariais, administrativas, bem como profissionais foi delimitado em tipos, formas entre outras sedimentações. No entanto, de acordo com ANDRADE (2001), os tipos e formas de turismo são: 
O grande desenvolvimento da actividade turística nos últimos anos criou a necessidade de elaborar classificações para melhor compreender as enúmeras e diferentes características das viagens e também para possibilitar a quantificação do sector em termos comparáveis entre países ou mesmo regiões. Todavia a própria dinâmica confirma-se como um obstáculo na classificação do turismo e consequentementena elaboração de categorias que sejam suficientemente abrangentes. Nesse sentido de acordo coma OMT (1991), e cujas recomendações foram adoptada pelas nações Unidas define os seguintes tipos:
· Turismo Interno
Turismo praticado por residentes de um determinado país que viajam unicamente no interior desse país. 
· Turismo Receptivo 
Compreende-se todo o conjunto de serviços de apoio e assistência destinados a receção de pessoas, proveniente de outras províncias ou de outras regiões. Trata-se do turismo da localidade receptora e seus respectivos atrativos, bens e serviços a serem oferecidos aos turistas la presentes.
· Turismo emissor/turismo internacional
É o movimento de pessoas que viagens de pessoas para fora do local habitual de residência atraídos pelas reformas doutras regiões do país ou do exterior.
0.8.Formas de Praticar o Turismo
Cabe ressaltar que as formas do turismo podem ainda serem subdivididas afim de melhor entender aspectos relacionados às viagens. Nesse sentido, deve-se levar em conta factores como: o grupo que viaja (pode ser de um turista solitário, uma família de quatro pessoas, até grupos de 100 pessoas, por exemplo). E o tempo de permanência (turismo itinerante e turismo de estada). Actualmente, as formas de se praticar as actividades relacionadas ao turismo podem ser divididas em relação a organização da viagem como:
Turismo de elite, caracterizado por equipamentos e serviços personalizados, direcionados a uma classe social de alto poder aquisitivo.
Turismos de massas, caracterizado por equipamentos e serviços que atendam a um grande numero de turistas com médio poder aquisitivo, em programações grupais e viagens organizadas (pacotes turísticos).
Turismo popular, caracterizado pelos equipamentos e séricos mais simples, todavia com conforto, com preços acessíveis, principalmente para estimular o turismo entre os jovens e os idosos. Destacam-se como equipamento colonias de férias, albergues da juventude.
Turismo social, caracterizado pelo financiamento ou incentivo as ferias por parte de órgãos públicos e empresas privadas. Atende principalmente aos trabalhadores.
Turismo individual ou turismo organizado
É aquele praticado em viagens sem intervenção de uma empresa (agencia de viagens especializadas). Os viajantes tomam as devidas providencias por conta própria: documentação, reservas nos meios de transporte, hospedagem, levantamento de material sobre o destino, roteiros, entre outros itens. Nesse caso, não é possível estabelecer previamente um orçamento preciso. O turismo organizado é viagens realizadas por meio de agências de viagens.
Elas providenciam todas as reservas nos meios de hospedagem e de transporte e oferecem serviços complementares (orientação sobre o melhor roteiro, com informações sobre os locais a serem visitados, auxilio na obtenção de vistos de entrada, seguro de saúde, serviços de guia e etc).
Os diferentes perfis de turistas podem ter expectativas diferentes e motivações diversas para a realização de suas viagens. A motivação da viagem por parte do turista dita a tipologia, relaciona-se naturalmente com as condições encontradas no destino e que satisfaçam as necessidades do turista em vivenciar experiencias inusitadas fora do seu entorno habitual. 
O turismo como uma actividade económica em que o produto de comercialização esta presente no local de consumo, precisa de ser uma actividade sustentável para garantir a sua manutenção e com isso chama-se aqui a necessidade de desenvolver um turismo de uma forma sustentável, que na óptica de MICOA (2006) desenvolvimento sustentável trata-se de uma situação em que a abordagem de desenvolvimento consegue satisfazer as necessidades básicas de cada época deixando espaço para que gerações posteriores possam de igual maneira satisfazer as suas necessidades básicas. 
Por seu lado ESTENDER e PITTA (s/f) assumem o desenvolvimento sustentável nos seguintes termos: “É a forma com as actuais gerações satisfazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.
Ecoturismo
Ecoturismo é um segmento da actividade turística que utiliza, de forma sustentável, o património natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. 
Turismo desportivo
É o tipo de turismo que movimenta a economia local tanto com os participantes do evento como os que irão assistir. Não pode ser praticado em qualquer lugar.
Turismo Cultural
Referem-se as actividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do património histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.
Turismo Religioso
Realizado com o objectivo de visitar locais sagrados, segundo as diferenças crenças religiosas (católica, muçulmana, judaica, hinduísta, budista, etc.).
Turismo de lazer
Praticado por pessoas que desejam conhecer novos lugares, sempre em busca do prazer, seleccionando os lugares que atendam melhor seus objectivos.
Turismo de Negócios e Eventos
Compreende o conjunto de actividades turísticas decorrentes dos encontros de interesse profissional, associativo, institucional, de carácter comercial, promocional, técnico, científico e social.
Turismo de Estudos e Intercâmbio
É a movimentação turística gerada por actividades e programas de aprendizagem e vivências para fins de qualificação, ampliação de conhecimento e de desenvolvimento pessoal e profissional.
Turismo de Sol e Praia
Constitui-se das actividades turísticas relacionadas à recreação, entretenimento ou descanso em praias, em função da presença conjunta de água, sol e calor. Para o turismo de Sole Praia, a recreação, o entretenimento e o descanso estão relacionados são divertimento, à distracção ou ao usufruto e contemplação do ambiente de praia.
Turismo Rural
é o conjunto de actividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agro-pecuária agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o património cultural e natural da comunidade.
Tipos de Atractivos Turísticos
Atractivo turístico é o lugar, objecto, infra-estruturas peculiares, equipamento ou acontecimento de interesse para o turismo.
Atractivo Cênico 
A paisagem deve ser compreendida como um atractivo na medida em que esta se destaca das paisagens do dia-a-dia do visitante. Assim sendo, um acidente geográfico, como por exemplo a vida natural do meio ambiente podem vir a ser componentes do produto turístico.
Atractivos Culturais
Estes contemplam obras e acções realizadas pela actividade humana em determinada região assim como suas festas, costumes, folclore, artesanato, saberes e fazeres tradicionais.
Atractivos Naturais
Os principais atractivos naturais variam de região para região, mas, sempre contemplam aspectos da flora, fauna, formações geológicas, corpos de agua em todas as suas manifestações e da atmosfera, cujas variações são sentidas na pele.
De acordo com MICOA (2007), zona costeira de Chidenguele apresenta as seguintes actividades turísticas: boiacross, caminhada, canyoning, escalada, canoagem e mergulho livre (apnea).
0.9.Política do Turismo vigente
O Governo moçambicano perspectivou na política do turismo, algumas orientadoras e sua respectiva estratégia para o desenvolvimento ao abrigo da Resolução nº 14 de 04 de Abril de 2013. É com base nessa resolução que nos últimos anos a Província de Gaza com particular atenção para a Praia de Xai-Xai que tem se registado um desenvolvimento significativo com tendência a alcançar as linhas de orientação definidas pelo governo quer a curto, médio e longo prazo.
Contudo, nem todas as acções praticadas com intuito de desenvolver o turismo, tem respeitado os contornos que a natureza a apresenta, violando desta forma os princípios basilares de preservação conservação e alteração da paisagem.
Na sua forma natural, sem a intervenção do homem na modelagem e alteração dos componentesambientais como solo, ar, água e mais, o meio ambiente seguia sua dinâmica normal de forma natural. As dunas eram formadas e destruídas com os agentes da geodinâmica externa natural (vento e água) sem impactos perniciosos se comparado com a acção atrófica o que não acontece, pois, o homem tem feito essa alteração com muita agressividade ferindo deste modo a acção natural.
0.10.Implantações Turísticas
Devido as suas características paisagísticas, a praia de Xai-Xai atrai investidores na área de turismo que implantam projectos para atender ao turismo como hotéis e parques de campismo ao longo e por cima das dunas desta praia e em alguns casos procedem com a destruição da vegetação e inertes espalhados por turistas que tem galgado a zona costeira e as dunas com viaturas e motorizadas poluindo desta forma o habitat turístico. 
Podem ser vistas ao longo das dunas da praia de Xai-Xai, alguma estância que de certa forma nem todas obedecem os Padrões recomendados para implementação.
 0.11.Relação Operadores Turísticos e Comunidade
No que tange a esta relação na maioria dos casos tem sido pacífica, e a comunidade tem colaborado em grande parte quer com os operaradores assim como com os turístas. Contudo tem aparecido alguns que não tem obdecido com os padões predominantes para a ocupação de determinadas áreas para exploração criando deste modo a alteração da paisagem e consequentemente o desmuramento de solos e a destruição do solo por inertes. 
Neste relacionamento operadores turísticos e comunidade existe o constragimento relacionado com a falta de formação académica e técnica profissional, pois alguns operadores turísticos tem manifestado interesse em colaborar com a comunidade, por esta ser nativa da zona por um lado e por outro estas comunidades tem servido em grande parte de guias turísticos indicando assim as zonas de preservação e conservação e os procedimentos e ter em conta com o desbaravamento da mata no processo de implantação de intra-estruturas.
0.12.Principais instâncias turísticas da Praia de Xai-Xai 
Algumas destas instâncias turistas como é o caso do Complexo Turístico Halley, Bamboo Beach, Campismo, entre outras operam na praia de cinco ou mais de vinte anos, sendo na sua minoria infra-estrutura turística implantada no período colonial como espaço onde a classe nobre colonial e turistas internacionais frequentavam para lazer e diversão. O que esta a acontecer actualmente com estas infra-estruturas e outras é simplesmente a modernização e sua ampliação e melhoramento da oferta de serviços e produtos turísticos. E dentre várias instâncias destacam-se: COMPLEXO TURISTICO HALLEY, TSAMISSEKA XAI˗XAI GUEST HOUSE, PARADISSE PROPERTIES, REEF RESORT, BLUE DOLPH RESORT, PRAIA DE XAI˗XAI, ECO STATE RESORT, BAMBOO BEACH BACK PACKERS, PRAIA SUPELVA, GO WILD RESORT e XAI˗XAI CAMPING.
Fig.3. Algumas das principais instâncias turísticas da Praia de Xai-Xai
0.13.Modelo de concessão de espaços construção de infra-Estruturas Turísticas da Praia de Xai-Xai 
De referir, sim. o Município de Xai-Xai tem um plano de desenvolvimento e gestão do espaço turístico, que é o instrumento usado para qualquer realização turística nesta área de estudo, o designado plano de gestão do espaço turístico da praia de Xai-Xai. Não existe um padrão racial ou financeiro, para a concessão de espaço para a exploração no âmbito turístico, mas, tem se observado os pedidos e os projectos de modo a aferir se são adequados para esta área especial de investimento turístico para facilitar a questão da planificação e organização do espaço turístico.
Portanto, para a concessão de terrenos para a implantação de infra-estruturas turísticas, o Posto tem trabalhado de acordo com apoio dos técnicos do Município de Xai-Xai, na área de infra-estruturas e as dimensões dos terrenos a conceder aos interessados para a prática turística tem sido de acordo com a envergadura das infra-estruturas a instalar ou edificar, mas para casos de resorts como tem sido o caso do sector 3 da praia de Xai-Xai, e responsáveis pelas alterações da paisagem nesta área tem sido de 500m2.
0.14.Cumprimento da Legislação Ambiental na área de prática turística da Praia de Xai-Xai 
As entrevistas dirigidas aos técnicos da DPTADER e Município de Xai-Xai, focalizando ao Posto Administrativo da Praia De Xai-Xai possibilitaram a obtenção de informações inerentes a aplicação da lei ambiente e seus efeitos sobre os infractores e deu a conhecer as actividades multissectoriais que têm sido levadas a cabo.
Portanto, estes referiram unanimemente que o nível de cumprimento da legislação ambiental, a aplicada, visto que este trabalho aborda sobre uma área costeira não é a desejável, mas, pode se aferir que é satisfatório. E tomando em consideração que várias equipes do Município e da DPTADER de Gaza e a DPCT/GAZA, tem realizado um trabalho conjunto e verificação de projectos turísticos submetidos pelos operadores e interessados em explorara a área.
Prosseguindo, abordaram que por muito tempo o grande calcanhar, para a inspecção destes projectos turísticos e o controle directo da sua implementação no terreno é a questão de meios para o deslocamento frequente dos técnicos, uma lei que puni crimes ambientais (infractores), para além de multas. Embora exista uma lei de protecção do ecossistema natural, mas entramos em controversas com a parte económica que pensa também na sustentabilidade e o lucro. E o que se tem feito em coordenação é construir consensos sustentáveis para gestão multissectorial do ecossistema, explorar de forma cuidada e responsável.
Existe sim, leis que regulam a ocupação da orla marítima para a qualquer actividade, como é o caso da primeira cláusula que rege sobre a distância que as instâncias devem estar da orla marítima ou da linha da água o respeito pelas áreas de protecção do ecossistema natural e tipo de material a usar para construção das infra-estruturas para além da conservação e reposição de espécies florísticas retiradas nas áreas. Portanto, aos operadores turísticos que violam as leis ambientais lhes são retirados os materiais de prática danosa, e não só, são aplicadas multas que variam de 40 a 120000 de acordo com a infracção cometida. 
Tem sim, um plano de gestão e de desenvolvimento económico a todos níveis para esta área que é partilhado e analisado para a aplicação de cada projecto de exploração turística como é o caso da abordagem deste tema, porque o plano directório observa todos os processos de coordenação multissectoriais e social. 
Mas, vincando para a área geradora de divisas e a sua comunidade. E sempre bom dizer que houve um período que pondera alcançar de morto na praia de Xai-Xai em que quase muitos turistas deixaram de se importar em investir nestas área devido a um clima de insegurança que forjou esta praia de Xai-Xai, desde roubos, fraca aderências dos potenciais turistas e turistas, impostos insustentáveis do ponto de vista dos operadores e da demanda, mas desde que condições como a segurança costeira foram garantidas, a situação mudou e, agora verifica-se maior procura por investidores nacionais em parceria com os internacionais. Mas queremos crer que a situação militar possa ter contribuído também.
0.15. Procedimentos de restauração e preservação do ambiente natural da Praia de Xai-Xai 
Do ponto visto dos entrevistados, tem havido formações para o polícia civil e costeiras bem como para o centro de desenvolvimento sustentável das zonas costeiras convista a traçar estratégias de actuação e reciclagem dos agentes. Ainda os técnicos de centro de desenvolvimento sustentável das zonas costeiras prestem apoio nas actividades no que toca a identificação das áreas de protecção. Quando decorrem as conferências e seminários são inclusos os operadores para melhor perceberem o que preconizam as actividades, tomando em consideração que estes operadores têm representantes nacionais em suas instâncias. 
Por sua vez, para restaurar e preservar o ambiente costeiro e natural, o Posto Administrativo, em coordenação como Município e DPTADER, optamna sensibilização dos operadores e os seus coordenadores de forma a repor as espécies e evitar praticas que danificam o ambiente natural existente. Os cuidados ambientais têm sido de acordo com o impacto social e económico de cada projecto turístico. 
Fig.4. Preservação do ambiente natural
Fonte: autora, Setembro de 2018.
0.16.Contributo do Turismo na Economia: 
0.16.1.Desenvolvimento
O Desenvolvimento é uma consequência directa do crescimento económico e aborda apenas a dimensão económica não fazendo referência aos aspectos sociais, económicos, culturais e ambientais. Enquanto, o desenvolvimento deve resultar do crescimento económico acompanhado de melhoria na qualidade de vida razão pela qual, VASCONSELOS e GARCA (1998:45), relatam que deve incluir as alterações do produto e alocação de recursos pelos diferentes sectores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem-estar económico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, saúde, alimentação, educação e habitação).
É neste âmbito que, surge o conceito de desenvolvimento segundo (COMAN e NIXSON, 1981:32) como um processo de aperfeiçoamento em relação a um conjunto de valores. Desta forma, o centro de todas as controvérsias relacionadas com o desenvolvimento sócio-económico passa a estar na definição desses valores por isso o desenvolvimento é entendido como um processo, uma forma de evolução, ou seja, algo pequeno que se torna grande, algo que sofre mudanças, algo que transforma-se dentro de um processo de evolução. 
Este sempre é considerado um processo evolutivo deixando claro que a conotação para o termo dentro do contexto é sempre positiva.
0.16.2.Contributo do Turismo: Desenvolvimento Local
O Conceito de desenvolvimento local tem duas vertentes e surge da integração de dois conceitos que em algum momento aparentarem ser contraditórios entre si, pois nos anos 80, aquilo que passou a chamar-se de desenvolvimento local ganhou uma nova proporção devido a aglutinação de iniciativas locais de emprego que tinham como objectivo reduzir as taxas de desemprego.
Na perspectiva do desenvolvimento local, visualizam-se também as oportunidades de inovação, compromisso de participação e de engajamento de vários autores no processo de tomada de decisão e a conservação do património natural.
O desenvolvimento local, exige a integração do turismo e do ecoturismo de maneira compatível as condições físico ecológico, económicas e sociais das áreas de conservação e através de um processo de planeamento, gestão permanente e participativa da actividade, que privilegie a construção de um poder por parte das comunidades, capazes de torná-las auto gerenciadas e independentes.
É neste contexto que, o desenvolvimento local consiste num enfoque do conceito baseado no aproveitamento dos recursos locais (humanos, naturais e infra estruturas) que segundo CARRILLO (2000:34) citado por IRVING (2005:65) consideram como sendo um processo impulsionador da economia e dinamizador da sociedade local, que aproveitando os recursos locais existentes em uma determinada zona ou espaço físico é capaz de estimular e fomentar o seu crescimento económico, através da criação de emprego, renda e riqueza e, sobretudo na melhoria da qualidade de vida da comunidade local.
De modo a ser consistente e sustentável, o desenvolvimento deve mobilizar e explorar as potencialidades locais e contribuir para elevar as oportunidades, a viabilidade e a competitividade da economia local e, ao mesmo tempo deve assegurar a conservação dos recursos naturais locais, que são a base das potencialidades e condição para a qualidade de vida da população locais.
Esta matéria deve ser passada de geração em geração, de modo a que se cultive a cultura de preservação ambiental e que não comprometa o desgaste ambiental a que estamos sujeitos tendo em conta que o desenvolvimento local é um processo de mudança, que tem normalmente como ponto de partida a existência de necessidades que atingem o colectivo e as quais se procura responder com recurso prioritário as capacidades locais e, obedece igualmente a uma lógica participativa, em que é sublinhada a importância da participação das comunidades locais na valorização dos recursos faunísticos.
0.17.Referências Bibliografias
· BOTE, Gómez, V., Turismo no Espaço Rural. Reabilitação do Espaço Socio˗Cultural e da Economia Local. 3ª Edição. Madrid: Ed. Popular, 2001
· CDSZC -Centro de Desenvolvimento Sustentável para Zonas Costeiras, 2011.
· CIRINO, Fernanda Oliveira. O Atractivo Turístico como Ferramenta do Crescimento da Industria Turística. Lisboa. 2006. COLMAN, D., & NIXSON, F.,DesenvolvimentoEconômico: uma Perspectiva Moderna. São Paulo: Campus, 1981
· CRESWELL, W. John, Research Design, 2ª Edição, Nebraska 2003.
· CUNHA, Licinio, Economia e Política do Turismo, Editora Mcgraw-Hill. Lisboa, 1997;
· DE KADT, E., Tourism: Passport to Development? Oxford University Press/ World Bank/ Unesco: Oxford, 1979.
· FRANCO, C. J. Martin, Recursos turísticos no concelho do Bombarral: Identificação e Potencial, Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar e Instituto Politécnico de Leiria, 2012.
· LAKATOS, E. Maria, MARCONI, M. Andrade, Fundamentos de Metodologia Científica. 5ª Edição. Editora Atlas, São Paulo, 2003.
· MARIA, Santa, O Produto Turístico. São Paulo. 2009.
Índice
0.Introdução	1
0.1.Delimitação do Tema	2
0.2. Objectivos	2
0.2.1. Objectivo Geral	2
0.2.2. Objectivos específicos	2
0.3.Metodologia de Pesquisa	2
0.4.Conceitualização: Turismo, Recurso Turístico e Paisagem	4
0.4.1.Definição de Conceitos	4
0.4.1.1.Turismo	4
0.4.1.2.Recurso Turístico	6
0.4.1.3.Paisagem	7
0.5.Caracterização da Área do Estudo	9
0.5.1.Localização	9
0.5.2.Actividades económicas	10
0.5.3.Agricultura	10
0.5.4.Pecuária	10
0.5.5.Comércio	11
0.5.6.Turismo	11
0.6.Características e Condições actuais da Praia de Xai-Xai	12
0.7.Classificação do Turismo	13
0.8.Formas de Praticar o Turismo	14
Tipos de Atractivos Turísticos	17
0.9.Política do Turismo vigente	18
0.10.Implantações Turísticas	18
0.11.Relação Operadores Turísticos e Comunidade	19
0.12.Principais instâncias turísticas da Praia de Xai-Xai	19
0.13.Modelo de concessão de espaços Turísticos na Praia de Xai-Xai	20
0.14.Cumprimento da Legislação Ambiental na Praia de Xai-Xai	21
0.15. Procedimentos de restauração do ambiente natural da Praia de Xai-Xai	22
0.16.Contributo do Turismo na Economia:	23
0.16.1.Desenvolvimento	23
0.16.2.Contributo do Turismo: Desenvolvimento Local	24
0.17.Referências Bibliografias	25

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