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Bens públicos - Resumo de Direito - DireitoNet

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17/08/2020 Bens públicos - Resumo de Direito - DireitoNet
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/222/Bens-publicos 1/7
RESUMOS
Bens públicos
Classi�cação, afetação, desafetação, regime jurídico, formas
de uso, entre outros.
Revisão geral. Este material não sofreu novas alterações até esta data.
(08/jul/2017)
 Salvar como favorito Receber atualizações Perguntas & Respostas (1)
1. Conceito
Prefere-se a expressão “bens públicos” a “domínio público”. Domínio
Público re�ete o exercício do direito de propriedade pelo Estado, sendo o
conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso direto do Poder Público
ou à utilização direta ou indireta da coletividade, regulamentados pela
Administração e submetidos a regime de direito público.
Segundo Hely Lopes Meirelles, o domínio público, em sentido amplo,
“corresponde ao poder de dominação ou de regulamentação que o Poder
Público exerce sobre os bens de seu patrimônio, do particular ou aos de
fruição geral (res nullius). O domínio eminente é o resultado do poder
político, pelo qual o Poder Público submete à sua vontade todas as coisas de
seu território (manifestação da soberania interna), abrangendo todos os
bens e legitimando as intervenções na propriedade, sujeito, porém, ao
regime do direito administrativo (público), e não ao regime do direito civil
(privado)” [1].
De acordo com o Código Civil (artigo 98), bens públicos são aqueles
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, quais sejam:

DIREITO CIVIL | 19/OUT/2004
  
https://www.direitonet.com.br/resumos
https://www.direitonet.com.br/areas/2/Direito-Civil
17/08/2020 Bens públicos - Resumo de Direito - DireitoNet
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/222/Bens-publicos 2/7
União, Estados, DF, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas. Possuem
como características (regime jurídico) a alienabilidade condicionada,
impenhorabilidade, imprescritibilidade e a não-onerabilidade. Todos os
demais são bens particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Quanto aos bens das pessoas jurídicas de direito privado, pertencentes à
Administração Pública Indireta, como o são as sociedades de economia mista
e as empresas públicas, há controvérsia acerca de sua natureza. Hely Lopes
defende tratarem-se de bens públicos, porém com destinação especial,
podendo ser sujeitos a alienação, penhora e oneração. O professor
Carvalhinho, por outro lado, defende tratarem-se de bens particulares, uma
vez que o Código Civil só reconhece como públicos os bens pertencentes às
pessoas jurídicas de direito público.
2. Classi�cação de bens públicos
a) quanto à titularidade:
Federais – União (art. 20, CF);
Estaduais – Estados (art. 26, CF);
Distritais – artigo 26, CF (competência estadual);
Municipais – Municípios (previstos em lei orgânica).
b) de acordo com o Código Civil (art. 99):
- Bens de uso comum do povo: são bens do Estado, mas destinados ao uso da
população. Ex.: praias, ruas, praças etc. As regras para o uso desses bens será
determinada na legislação de cada um dos entes proprietários.
- Bens de uso especial: são bens, móveis ou imóveis, que se destinam ao uso
pelo próprio Poder Público para a prestação de serviços. A população os
utiliza na qualidade de usuários daquele serviço. Ex.: hospitais, automóveis
públicos, fórum etc. Assim, compete a cada ente de�nir os critérios de
utilização desses bens.
- Dominicais: constituem o patrimônio disponível, exercendo o Poder
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Público os poderes de proprietário como se particular fosse. São bens
desafetados, ou seja, não possuem destinação pública.
3. Afetação e Desafetação
Com exceção dos bens dominicais, todos os demais bens públicos são
incorporados ao patrimônio público para uma destinação. Essa destinação
especial é chamada de afetação. A retirada dessa destinação, com a inclusão
do bem dentre os chamados dominicais, corresponde à desafetação.
A desafetação pode ser formal ou tácita. Desafetação tácita se dá através de
um de um fato natural ou de um fato administrativo, como, por exemplo, o
abandono de um prédio. Já a desafetação formal consiste na declaração, feita
pelo Poder Público, de que o bem não tem destinação pública. Pode ser feita
através de procedimento administrativo ou pelo Legislativo, sendo muito
comum com automóvel público.
A desafetação é que permite a alienação de bens públicos. Uma
desapropriação somente é possível se ao bem for feita uma destinação, uma
afetação pública que justi�que essa intervenção estatal – supremacia do
interesse público. Se ao terreno não for dada essa destinação caberá,
inclusive, a retrocessão.
4. Regime Jurídico dos Bens Públicos
Em regra, os bens públicos são inalienáveis. O regime jurídico dos bens
públicos abrange quatro características principais:
1) Alienabilidade condicionada – os bens públicos para serem alienados
devem preencher os seguintes requisitos determinados em lei:
- Prova da desafetação do bem;
- Autorização legislativa especí�ca, em se tratando de bens imóveis, e
procedimento administrativo, quando se tratar de bens móveis;
- Avaliação prévia feita pela Administração Pública;
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- Procedimento licitatório. Para os bens imóveis, o procedimento a ser
adotado é a concorrência; para os móveis, o leilão.
A Administração Pública pode, em vez de alienar, atribuir aos particulares o
uso do bem público, sua gestão. Os instrumentos normais são autorização de
uso, permissão de uso, concessão de uso, concessão de direito real de uso e
cessão de uso.
2) Impenhorabilidade – tendo em vista que os bens públicos são
impenhoráveis, o Código de Processo Civil prevê um procedimento especial
para execução contra a Fazenda Pública, que se faz mediante precatórios
(art. 100, da CF).
3) Imprescritibilidade – os bens públicos, móveis ou imóveis, não podem ser
adquiridos pelo particular por usucapião, independentemente da categoria a
que pertencem.
4) Não-onerabilidade – é consequência da impenhorabilidade, já que se o
bem não pode ser penhorado, também não pode ser dado em garantia para
débitos da Administração Pública.
5. Uso dos Bens Públicos
Em princípio, os bens públicos são utilizados pela própria Administração ou
pelas Entidades Públicas que os detêm. Porém, a Administração Pública
poderá destinar seus bens ao uso por particulares, desde que isso não
implique satisfação de interesses exclusivamente privados, já que o �m
público deve ser sempre atingido.
Há duas formas de uso de bens públicos:
1) Uso comum: utilização de um bem público pelos membros da coletividade,
sem que haja discriminação entre os usuários, nem consentimento estatal
especí�co para esse �m. Não são apenas os bens de uso comum do povo que
possibilitam o uso comum, mas também os bens de uso especial, quando
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utilizados em conformidade aos �ns normais aos quais se destinam.
2) Uso especial: utilização de bens públicos em que o indivíduo se sujeita a
regras especí�cas e consentimento estatal, ou se submete à incidência da
obrigação de pagar pelo uso. O uso especial pode ser uso especial privativo,
chamado simplesmente de uso privativo, que é o direito de utilização de bens
públicos conferido pela Administração a pessoas determinadas. Pode
alcançar qualquer das três categorias de bens públicos, admitindo as
seguintes formas:
a) Autorização de Uso: ato administrativo unilateral, discricionário e
precário, pelo qual a Administração consente que determinado indivíduo
utilize bem público de modo privativo, atendendo primordialmente ao seu
próprio interesse.
b) Permissão de Uso: ato administrativo unilateral, discricionário e precário,
pelo qual a Administração consente que particular se utilize privativamente
de bempúblico, atendendo, em igual nível, aos interesses público e privado.
Tem caráter intuitu personae e exige licitação, sempre que houver mais de um
interessado.
c) Concessão de Uso: contrato administrativo pelo qual a Administração
confere ao particular o uso privativo de bem público, independentemente do
maior ou menor interesse público da pessoa concedente. Exige licitação.
Pode ser onerosa ou gratuita.
d) Concessão de Direito Real de Uso: contrato administrativo pelo qual o
Poder Público confere ao particular o direito real resolúvel de uso de terreno
público ou sobre o espaço aéreo que o recobre, para os �ns que, prévia e
determinantemente, o justi�cam.
e) Cessão de Uso: contrato administrativo pelo qual a Administração
consente o uso gratuito de bem público por órgãos da mesma pessoa ou de
pessoa diversa, incumbida de desenvolver atividade que, de algum modo,
traduza interesse para a coletividade.
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Referência Bibliográ�ca
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 28 ed, São Paulo:
Malheiros Editores, 2003.
MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 15 ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2003.
ROSA, Márcio Fernando Elias. Direito Administrativo. 4ª ed. São Paulo:
Editora Saraiva 2003.
[1] Hely Lopes Meirelles, Direito administrativo brasileiro, p. 457, apud Márcio
Fernando Elias Rosa, Direito Administrativo, Ed. Saraiva, 2003, p. 132.
 
Perguntas & Respostas (1)
 
Os bens adquiridos por empresa privada, concessionária de serviço
público, são passíveis de alienação?
As pessoas jurídicas privadas não pertencem à estrutura estatal e, por isso,
conforme o artigo 98 do Código Civil, os bens pertencentes às concessionárias e
permissionárias de serviço público não são bens públicos. Porém, para os adeptos
da corrente mista, os bens das concessionárias e permissionárias afetados à
prestação de serviços públicos seriam bens públicos (o bem estar servindo a
alguma �nalidade pública). Portanto, os bens adquiridos por empresa privada,
concessionária de serviço público, são passíveis de alienação desde que sejam
bens não afetados à prestação do serviço.
Saiba mais sobre este assunto no DireitoNet:
Respondida em 31/01/2019
Resumo: Concessão de Serviço Público•
https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/418/Concessao-de-Servico-Publico
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