REFORMA DA PREVIDÊNCIA: PRINCIPAIS ASPECTOS E CRÍTICAS

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
ANDRESSA RODRIGUES
ELIANA DA SILVA
LARISSA REGINA GRILLO
MAGDA MARIA SANCHES LOPES ZOLIN
MARCIA MATSUDA FUJII
REFORMA DA PREVIDÊNCIA: PRINCIPAIS ASPECTOS E CRÍTICAS
JUNDIAÍ
2019
ANDRESSA RODRIGUES – R.A.: D0559F-7
ELIANA DA SILVA – R.A.: D03259-3
LARISSA REGINA GRILLO – R.A.: C79BJA-8
MAGDA MARIA SANCHES LOPES ZOLIN – R.A.: D037CA-0
MARCIA MATSUDA FUJII – R.A.: D03527-4
REFORMA DA PREVIDÊNCIA: PRINCIPAIS ASPECTOS E CRÍTICAS
Atividade Prática Supervisionada do curso de Direito à Matéria Direito Previdenciário apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientador: Profº João A. Cardoso
JUNDIAÍ
2019
A PEC n.º 06/2019, de autoria do Presidente da República, Jair Bolsonaro, mais conhecida como “Reforma da Previdência”, é sustentada por três pilares: combate à fraude e redução da judicialização (MP n.º 871/19), fortalecimento do processo de cobrança da Dívida Ativa da União; e equidade, de forma a igualar os regimes previdenciários dos servidores e dos trabalhadores da iniciativa privada.
É importante frisar que os aposentados e os que têm direito a se aposentar pelas regras atuais – antes da reforma ser sancionada – não será impactado. Quem está próximo de se aposentar pelas regras atuais, poderá se encaixar em algumas regras de transição criadas pelo governo. Professores, trabalhadores rurais, militares e nos casos de aposentadoria por invalidez, possuem algumas particularidades.
Um dos principais aspectos abordados na PEC está a aposentadoria por tempo de contribuição. A “Nova Previdência” exclui este tipo de aposentadoria, existindo apenas a aposentadoria por idade. Esta, conforme o projeto, estabelece idade mínima para as mulheres de 62 anos de idade, e para homens, 65 anos, abrangendo para trabalhadores da iniciativa privada e servidores vinculados ao RGPS. Além disso, haverá um tempo mínimo de 15 anos de contribuição para as mulheres e 20 anos para homens. No caso de servidores da União, o tempo mínimo de contribuição será de 25 anos para ambos os sexos.
Outro aspecto abordado pela “Nova Previdência” está no valor da aposentadoria. Pelas novas regras, o cálculo da média salarial passaria a considerar todos os salários do contribuidor desde julho de 1994. Sendo assim, o trabalhador receberia 60% da média salarial + 2% a cada ano a mais de contribuição para além do tempo mínimo obrigatório. Ou seja, as mulheres receberão 100% do benefício ao completarem 35 anos de contribuição e, no caso dos homens, 40 anos de contribuição.
A pensão por morte também foi discutida nesta proposta, estabelecendo que o dependente passaria a receber a pensão no valor igual a 50% do valor do benefício do INSS + 10% por dependente que tiver o pensionista, não podendo ter um valor abaixo de um salário mínimo vigente. Esta regra vale para empregados da iniciativa privada e servidores públicos. 
Houve uma discussão acerca da cumulação de benefícios, extinta pelo projeto. Assim, o benefício de menor valor terá um corte, escalonado por faixa de renda. Professores e médicos poderão acumular duas aposentadorias em regimes diferentes.
Acerca das alíquotas, com a “Nova Previdência”, estas passarão a incidir sobre faixas de rendas, fazendo com que o trabalhador pague uma alíquota efetiva única. Assim, quem ganha até um salário mínimo contribuirá com 7,5% para o INSS. As contribuições poderão chegar até 14% sobre R$3.000,01 a R$ 5.839,45, teto do INSS. No setor público, as alíquotas serão progressivas, variando entre 7,5 a 22%.
A reforma da Previdência, em tramitação, conforme críticas, poderá apertar os direitos sociais e acabar gerando problemas maiores, com aumento de pobreza no médio e longo prazo. O estabelecimento de um tempo mínimo de contribuição, o endurecimento na concessão das aposentadorias rurais e as reduções nos valores de pensões e auxílios estão entre as principais críticas. A PEC foi aprovada em dois turnos pela Câmara e pelo Senado. No momento, está em tramitação no Congresso Nacional e aguardando sua promulgação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFORMA DA PREVIDÊNCIA: Entenda a proposta em 22 pontos. Disponível em:< https://oglobo.globo.com/economia/reforma-da-previdencia-entenda-proposta-em-22-pontos-19744743>. Acesso em: 10/10/2019.
Senado conclui votação da reforma da Previdência. Disponível em: < https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/10/23/senado-aprova-ultimo-destaque-ao-texto-da-reforma-da-previdencia>. Acesso em: 30/10/2019.
Reforma da Previdência: confira os principais pontos aprovados pelo Senado. Disponível em: < https://www12.senado.leg.br/noticias/videos/2019/10/reforma-da-previdencia-confira-os-principais-pontos-aprovados-pelo-senado>. Acesso em: 30/10/2019.
O que muda na reforma da Previdência: respostas para as principais dúvidas. Disponível em: < https://veja.abril.com.br/economia/o-que-muda-na-reforma-da-previdencia-respostas-para-as-principais-duvidas/>. Acesso em: 30/10/2019.
Previdência: Bolsonaro define idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. Disponível em: < https://oglobo.globo.com/economia/previdencia-bolsonaro-define-idade-minima-de-65-anos-para-homens-62-anos-para-mulheres-23453266>. Acesso em: 30/10/2019.
Reforma da Previdência: entenda os principais pontos. Disponível em: <https://www.politize.com.br/reforma-da-previdencia-entenda-os-principais-pontos/>. Acesso em: 30/10/2019.