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APOSTILA DE ANGIOLOGIA 2020

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APOSTILA 
DE 
ANGIOLOGIA 
 
 
DR JEFERSON E AMÉRICO 
Acadêmica Letícia Elen TXVI 
 
 
 
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AULA 1- ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR 
ANGIO / VASC = vaso; área que abrange a parte clínica, quanto a cirúrgica = estudo das doenças da circulação. 
VISÃO GERAL DA CIRCULAÇÃO 
 3 GRANDES GRUPOS: 
 Artérias 
 Veias 
 Linfáticos 
** Vasculites = afeta artéria e/ou veia, não se agrupa só em doença venosa ou arterial 
Ex: mulher, 28 anos, dor e inchaço na perna direita = VENOSO  insuficiência venos 
Ex: homem, 80 anos, necrose dedo do pé esquerdo = ARTERIAL  insuficiência arterial 
Importante tentar enquadrar paciente em um desses grades grupos  ajuda a fazer as perguntas quando o 
paciente não fala 
ARTÉRIAS 
Insuficiência arterial = Quando artéria está comprometida, tem obstrução  é o + comum e que + dá sintoma; o 
sangue não chega até os tecidos 
 Aguda = horas a dias, (trombose, embolia, trauma); 
geralmente o tratamento é cirúrgico, já que existem 
estruturas importantes sendo irrigadas. Os nervos 
aguentam aproximadamente 3h sem vascularização, 
enquanto os músculos, 6 horas. 
o “Há duas horas minha perna ficou fria e azul” 
 Crônica = semanas a meses, presença 
sintomatológica arrastada (aterosclerose) 
 As vezes se misturam, quando não corretamente 
diagnosticado, um evento agudo pode se tornar 
crônico e vice-versa. 
o “Há 6 meses venho percebendo dificuldade gradativa em caminhar” 
 **SINTOMA PATOGNOMÔNICO DE OBSTRUÇÃO ARTERIAL = CLAUDICAÇÃO!! 
 * Doença arterial crônica, tem queixa de claudicação = quando caminha tem dor, quando repousa passa; 
 Pode ser tratado clínica ou cirurgicamente. Existe a possibilidade de ter insuficiência crônica arterial 
Agudizada: na placa de aterosclerose assim, os sintomas poder ser relevantes  trombo  IAM 
(insuficiência arterial agudizada) 
OBS: “em geral quadro agudo que evolui para amputação”. Oclusão arterial aguda tem que operar dentro de: 
 * em adulto jovem = 2 a 4h * em idoso = 6 a 12h (circulação colateral) 
OBS 2: Grangrena  morte. Na perna tem um monte de músculo  libera Mioglobina e K pode matar o paciente 
se não for operado  de insuficiência renal ou complicação inflamatória sistêmica 
 
VEIAS 
 
Insuficiência venosa: comprometimento venoso  insuficiência venosa; Corresponde a uma incompetência do 
transporte sanguíneo do corpo para o coração. Pode acometer vísceras, MMII e MMS e até mesmo a cabeça. 
Maior acometimento dos membros inferiores devido a gravidade 
que dificulta o retorno venoso. 
 Aguda: Algumas horas começou a sentir dor. Trombose 
Venosa Profunda (TVP) e Trombose Venosa Superficial. 
“Tomei uma bolada, ficou vermehlho e quente na hora” 
 Crônica: Meses e anos. Varizes. (Síndrome pós 
trombótica, Varizes, Insuficiência Venosa Crônica) 
Uma TVP (aguda) pode cronificar. TROMBÓTICA (crônico)  
trombo destrói as válvulas e estas ficam incompetentes. Teve 
evento agudo e agora cronificou (perna fica cansada e pesada 
todos os dias). Um caso crônico também pode agudizar, como 
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nas varizes  trauma em cima da veia que ficou vermelha e quente na 
hora ou  começa na adolescência, piora na gravidez  podem 
trombosar  TROMBOFLEBITE (inflamação em coágulo). 
 Úlcera Venosa: resultado final da insuficiência venosa crônica, 
causada por uma trombose de um quadro agudo que cronifica. 
LINFÁTICOS 
 Não se ouve falar em “insuficiência linfática”, mas seria o 
correto. Comprometimento linfático  insuficiência 
linfática  linfangite 
 Se fala muito em Linfangite, mas é controverso. 
 Também pode ser Agudo ou Crônico 
o Aguda = Ex: Erisipela (maior representante da 
Doença Linfática Aguda, um dos quadros vasculares 
que mais aparece para atendimento). Processo 
infeccioso que acomete o sistema linfático. Erisipela = 
relacionada com frieira comum em pessoa que 
fica com pé úmido (ex: pescador)  frieira  bichinho 
entra  erisipela. 
 A erisipela é precedida de infecção por Streptococcos. Sinais: edema, rubor, calor, 
linfonodomegalia inguinal. Observar a presença de frieiras e úlceras nos pés. 
o Crônica = Ex: Elefantíase; dificuldade de drenagem que predispõe infecções; Linfedema crônico 
(+raros). 
Estes casos também se relacionam, Erisipela de repetição destrói os linfáticos e evolui para elefantíase. 
 
ANATOMIA GERAL DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
Artéria: Túnica íntima (interna)  endotélio; 
membrana basal; lâmina elástica interna; Túnica 
média  m. liso; lâmina elástica externa; Túnica 
externa. 
Veia: Túnica íntima (interna)  endotélio; 
membrana basal, Túnica média  m. liso (mais fraca 
que das artérias); Túnica externa e válvulas. 
Capilar: Lúmen; endotélio; membrana basal. 
 
 
 
SISTEMA ARTERIAL 
AORTA 
 Maior e principal vaso do corpo, grande 
calibre e fluxo (volume de sangue que passa por 
dia). 
 Nasce logo após a válvula aórtica  onde 
situam-se os seios 
coronários com as 
a. coronárias. 
 PARTE ASCENDENTE com trajeto para a direita. 
 ARCO AÓRTICO – tem atuação mista  cirurgião cardiovascular em geral 
opera, cirurgião vascular atua nas cirurgias endovasculares (em geral 
colocando endopróteses – tratar aneurisma, dissecção,..)  é raro um 
cirurgião vascular abrir o tórax. 
 3 principais estruturas da caixa torácica: 
o 1º ramo do arco = TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO  se subdivide 
em: 
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 * art subclávia D 
 * art carótida comum D 
o 2º ramo = CARÓTIDA COMUM E (nascendo direto 
da Aorta) 
o 3º ramo = SUBCLÁVIA E 
 PARTE DESECNDENTE (parte torácica da Aorta) com as 
artérias intercostais, ramos mediastinais e pericárdicos. 
 Passando o pilar diafragmático, passa a se chamar AORTA 
ABDOMINAL. Sendo o ramo mais importante da dessa parte, 
o TRONCO CELÍACO. Mas são 4: Tronco celíaco, renais, 
mesentérica superior e inferior. 
Aorta segue e vai liberando ramos  art INTERCOSTAIS = Fornecem 
irrigação pra medula espinal 
Aorta segue descendo, e ao passar pelo pilar diafragmático temos 
um 1º ramo importante DA AORTA ABDOMINAL: TRONCO CELÍACO 
(forma de T) que se divide em HEPÁTICA COMUM + ESPLÊNICA e Gástrica 
Esquerda; 
2º ramo descendo = MESENTÉRICA SUPERIOR 
Logo depois (laterais) = ARTÉRIAS RENAIS (D e E): ponto limite pra 
ancoragem das endopróteses  referência quando vai tratar as doenças 
da aorta  IMPORTANTE SABER 
ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR – em geral não tem tanta importância 
 Além de levar fluxo para as vísceras (parte abdominal) e pernas, 
leva para a coluna vertebral (medula espinhal): Lombares, Sacral 
Mediana e Radicular Magna. 
OBS: Quem mexer na aorta, sabe que tem risco de deixar o paciente 
paraplégico 
Ex: procedimentos para colocar endoprótese nesse trajeto = exclui 
circulação pra intercostais 
 Importante preservar artéria maior que irriga medula espinal  
art de ADAMKIEWICZ  em geral sai entre T8 e T12. Às vezes 
tem art RADICULAR MAGNA - que sai da região distal da aorta. 
Ou seja, sempre preservar a de ADAMKIEWICZ (5-20%) e a RADICULAR 
MAGNA (1-2%). ARTÉRIA SACRAL MEDIANA. 
Bifurcação da aorta (ao nível da cicatriz umbilical / L2) = ART ILÍACA 
COMUM D e E  ART ILÍACA INTERNA e EXTERNA. 
Ao passar ligamento Inguinal  a art ilíaca externa passa a se chamar  ART FEMORAL COMUM 
 
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Arteriografia (Raio-X e contraste injetado) 
Cateter na origem da subclávia D injetando contraste  apareceu o contraste também na subclávia E 
 QUAL A DOENÇA?? Obstrução na origem da subclávia E = 
SÍNDROME DO ROUBO DA SUBCLÁVIA 
Queixa: Quando executa qualquer movimento com o braço esquerdo  tontura. 
** Pro contraste ter aparecido do outro lado, todo o braço E tá sendo nutrido pela vertebral 
 * sangue sobre pela vertebral D  se encontra na basilar  desce na vertebral E  vai nutrir o braço * quadro 
comum em pacientes com doenças obstrutivas dos MMSS. 
Ainda na imagem de arteriografia: 
 Essa que desce ali na subclávia D em direção ao tórax (parede torácica) TORÁCICA INTERNA (já foi 
chamada de mamária
interna) 
 Que sobe para irrigar a tireoide é o TRONCO TIREOCERVICAL, art coracoacromial e a grossa (espessa) que 
sobe em direção ao cérebro (passando por dentro dos processos transversos das vértebras) = ARTÉRIA 
VERTEBRAL. Esta é dividida em 4 porções: V1, V2, V3, V4 
o V1: Acessível 
o V2: Dentro dos processos transversos 
o V3: Curva na base do crânio 
o V4: Dento do crânio para formação da basilar 
 
ARTÉRIAS DO PESCOÇO 
A artéria Carótida comum se bifurca a mais ou menos 2 cm do 
ângulo da mandíbula, nas artérias: 
ART CARÓTIDA INTERNA = Diferenciar da externa pois não tem 
ramos no pescoço, 1º ramo é dentro do crânio. Num trauma TEM 
QUE RESTAURAR, se apenas ligar há grande risco de AVC isquêmico. 
ART CARÓRITA EXTERNA = tem ramos no pescoço (mandibular, 
maxilar, occipital, temporal) 
OBS: esses ramos ajudam a diferenciar qual das duas é ali no 
pescoço 
Ex: Ta no PS = qual artéria pode ligar? A EXTERNA  pq nutre couro 
cabeludo; interna  poderia dar AVC 
As carótidas e as vertebrais chegam ao cérebro e se une a um 
polígono: 
ARTÉRIAS DA CABEÇA 
O POLÍGONO DE WILLIS é uma área do neurocirurgião, mas o vascular tem muito interesse, especialmente nas 
cirurgias de carótida, porque quando a gente vai operar uma carótida, 
precisa grampear ela e tirar a placa e se não fizer isso, o paciente sangra 
até morrer. Temporariamente aquela região do cérebro vai ficar sem 
perfusão, exceto se houver um 
polígono de Willis adequado. Isso 
tem como testar quando vai fazer a 
cirurgia – nem de todos os pacientes 
é anatomicamente perfeito. 
 Polígono de Willis: 2 vertebrais se 
unem com ARTÉRIA BASILAR e as 2 
CARÓTIDAS INTERNAS que vão 
terminar da seguinte forma: a 
carótida interna que termina mais 
retilínea, emite a CEREBRAL MÉDIA 
(tanto é que a maioria dos derrames 
causam paralisias motoras ou perda 
de sensibilidade, isso porque a 
cerebral média é o principal ramo 
terminar da carótida interna). Mas 
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existem outros importantes também: CEREBRAIS ANTERIORES, as COMUNICANTES ANTERIORES que 
comunicam cerebrais anteriores, as COMUNICANTES POSTERIORES que comunicam as cerebrais médias com 
as cerebrais posteriores. 
 Situações crônicas podem se tornar assintomáticas. 
 Se a situação for aguda, há necessidade da ligadura da carótida (ex: tumor cervical invadindo a artéria), há 
chance maior que 30% de AVC dependendo da anatomia. 
ARTÉRIAS DO MMSS 
ARTÉRIA SUBCLÁVIA  passou a clavícula e pelo ligamento peitoral 
(do músculo peitoral), ela passa a se chamar AXILAR  a axilar 
vai descendo e quando passou cabeça do úmero, ela se chama  
BRAQUIAL/UMERAL  a braquial chega ao nível do cotovelo, 
próxima ao bíceps, e se bifurca em 2 principais artérias e mais um 
ramo  RADIAL, ULNAR e o ramo é a INTER-ÓSSEA. Circulação 
colateral intensa. 
 RADIAL  juntamente com a Ulnar, forma os arcos palmar 
superficial e profundo; 
 Entre Ulnar e Radial = INTER-ÓSSEA  importância = 
mantém nutrição quando se corta a ulnar ou radial. 
 Uma característica da circulação arterial dos Membros 
Superiores é a presença de Colaterais calibrosas, a COLATERAL 
UMERAL e a COLATERAL RADIAL. Extremamente grossas. Nos 
membros inferiores essa circulação colateral é um pouco mais fraca. 
 
 
 
ARTÉRIAS VISCERAIS ABDOMINAIS 
–Tronco Celíaco: tem muita coisa na frente, e é próximo ao pâncreas que é muito difícil de manusear podendo até 
gerar uma pancreatite depois da cirurgia. Principais artérias são a A. Esplênica (passa atrás do pâncreas e do 
estômago, sendo então uma artéria que sempre sofre influência do pâncreas)  pancreatite pode erosar, úlcera 
gástrica pode prejudicar a circulação do baço - conseguimos viver sem baço). E a A. Hepática saem as artérias que 
vão nutrir o pâncreas e a parte direita do estômago (entrelaça com a artéria gástrica – arco que irriga toda a 
curvatura do estômago) 
–Art. Hepática Esq + Art. Esplênica: pâncreas e parte direita do estômago. 
–Art. Gástrica Esq: Muito comum em operações gástricas, ulceras que sangram e tem que embolizar (alternativa à 
redução de estômago – gastrina) . 
–Art. Hepática comum: Nutre todo o fígado. 
–Art. Hepática própria 
–Art. Pancreatoduodenais 
– Art. Mesentérica Superior: Irriga Intestino Delgado, Cólon Direito e Transverso. Fundamental importância para 
toda a parte visceral abdominal. Se eu tiver uma obstrução na mesentérica superior, o território que vai ficar sem 
irrigação é todo o Intestino Delgado, o Cólon Direito e o Transverso. Só não é mais responsabilidade dela da flexura 
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esplênica pra frente (é a cólica esquerda que é ramo da mesentérica inferior), no ângulo esplênico do colon existem 
uma divisão em que a artéria mesentérica superior cessa seu trabalho dando lugar à mesentérica inferior. 
– Art. Mesentérica inferior: Irriga Cólon Esquerdo, Sigmóide, e 2/3 superiores do reto (o terço externo do reto é a 
Art Pudenda Externa ramo da Femoral) 
 
 
 
Arteriografia mostrando o tronco celíaco (esplênica e hepática) 
 Qual vaso tá faltando? Mesentérica 
 Tem cateter subindo ali na origem da aorta, perto do tronco celíaco (forma 
de T), dá pra ver hepática comum, art esplênica. Se o contraste estivesse na 
aorta tinha que aparecer mais um vaso aqui: Mesentérica. Essa imagem 
pode ser um erro do exame. 
 
 
 
– Artérias. Renais 
 Número de duas, passando a mesentérica superior 
 Transplantes  grande importância clínica (grande problema é a diversidade de diferenças, como por 
exemplo podem estar duplicadas, polares) 
 PONTO CRÍTICO!!!  veia renal esquerda cruza por cima da aorta 
 artéria mesentérica superior cai por cima da veia renal esquerda 
 amassa a VEIA RENAL E  SÍNDROME DE QUEBRA NOZES 
*quando amassa o vaso, tipo quebrador de nozes, podendo 
acarretar na seguinte situação: 
A mulher pode ter muita dor e varizes na região vaginal, 
principalmente na gravidez e o homem pode ter varicocele. A VEIA 
GONADAL E se origina da Veia Renal Esquerda (a gonadal direita é 
da veia cava). Essas varizes pélvicas podem acontecer por uma 
dilatação exclusiva dessa Veia e todo fluxo sanguíneo renal vai passar ali ou pelo motivo mais comum que é 
a Síndrome  aumenta a pressão  reflete nas Veias gonadais. 
Essa é uma Arteriografia com subtração digital = quando quer melhorar aparência do vaso, você pode fazer com que 
a máquina exclua os ossos e demais estruturas, mesmo sendo um Raio-X. 
 O que tá diferente? Não tem a Art. RENAL E. Saindo do diafragma está a aorta em sua bifurcação e então 
vamos identificando os ramos: 
1º ramo = Tronco celíaco (esplênica e hepática) 
2º ramo = Mesentérica superior 
3º ramo = Renal  Só tem a Art. Renal E 
 Sempre conferir o laudo do radiologista e na emergência é você quem 
interpreta a arteriografia. 
 Paciente chegou com muita dor em Flanco Direito, início agudo e com essa 
Arteriografia= Embolia Arterial no Rim. É mais raro e exige cirurgia de 
emergência. 
 
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ARTÉRIAS ILÍACAS 
Nutrem toda a parte pélvica; 
 Existem as chamadas circulações colaterais e dentro do sistema Aorta-Ilíaco, algumas: 
o Da mesentérica superior forma-se a Arcada de Riolan 
o Artéria Marginal de Drumond 
 Ambas podem servir de colateral e manter o fluxo sanguíneo para membros inferiores 
 O mesmo pode acontecer com as ARTÉRIAS ÍLIACAS, existe uma comunicação entre ilíaca interna e a femoral 
comum que são as pudendas: a artéria PUDENDA INTERNA, passa conectada com a PUDENDA EXTERNA. 
 A PUDENDA INTERNA que nutre a musculatura glútea, órgãos pélvicos, bexiga e parede pélvica. 
 ILÍACA EXTERNA é de condução que leva o fluxo para a Femoral (uma das artérias mais acessadas, pois tanto 
as cirurgias abertas quanto os cateterismos usam essa artéria) 
ARTÉRIAS DO MMII 
Arteriografia de Membros Inferiores 
 Para interpretar: tem a silhueta da pelve, a cabeça do 
fêmur e o ligamento inguinal. Ao encontrar esse ligamento você 
sabe aonde é a ART ILÍACA EXTERNA e a FEMORAL COMUM. Aí 
então localiza
FEMORAL PROFUNDA e FEMORAL 
SUPERFICIAL para diferenciar essas duas você tem que saber 
que: 
o Femoral profunda é de nutrição e então tem muitos 
ramos. Nutre a coxa e geralmente vê-se discrepância de ramos, 
com muitos ramos. 
o Femoral superficial é de condução, poucos ramos e mais 
retilínea. Leva sangue para baixo do joelho (perna e pé) 
 Femoral superficial Passa canal dos adutores parte anterior da coxa e vai 
para parte posterior  ART. POPLÍTEA  passando o joelho, a membrana inter-
óssea se divide em: 
o TIBIAL ANTERIOR (depois de perfurar a membrana  compartimento 
anterior da perna) 
o Tronco tíbio-fibular que se divide em duas artérias no compartimento 
posterior da perna: 
 ART. FIBULAR OU PERONEIRA (acompanha membrana, morre no tornozelo 
chegando próximo ao pé, assim como a interóssea no antebraço) 
 ART. TIBIAL POSTERIOR 
 Perna tem boa colateralização, mas menos que nos MMSS. Nos MMII, a Art. 
Poplítea fica isolada oferecendo grandes chances de perder a perna. 
No pé as duas únicas artérias que vão efetivamente entrar no membro e formarão 
os arcos PLANTAR SUPERFICIAL E PROFUNDO, são as artérias tibial anterior (que passou o retináculo dos 
extensores  artéria pediosa) e a artéria tibial posterior forma as artérias plantares medial e lateral (arco 
com as interdigitais) 
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 ART. TIBIAL POSTERIOR  Art. PLANTARES INTERNA E A EXTERNA E A PEDIOSA ARCO PLANTAR  ART. 
DIGITAIS DO PÉ 
Arteriografia MMII 
 Dá pra ver: Tibial 
posterior  passa o 
retináculo e passa a se 
chamar artéria plantar 
medial e lateral, as duas 
plantares divididas não 
muito, só aparece um arco 
plantar que provavelmente é 
o profundo 
 Mais superficial é a 
tíbia anterior  retináculo 
 pediosa 
 Tibial posterior  retináculo  artéria plantar medial e lateral 
 Fibular morre no tornozelo 
 
SISTEMA VENOSO 
A função das veias é trazer o sangue de volta ao coração, após ele ter efetuado as trocas metabólicas e térmicas nos 
tecidos. 
Geralmente onde tem uma artéria, tem 1 ou 2 veias que recebem nomes similares! 
REGRINHA: 
 Pra frente do cotovelo e do joelho  1art = 2veias 
 Acima do joelho e do cotovelo  1art = 1veia 
 
 OBS: Porque não existe veia femoral superficial 
igual a artéria? Porque como a veia femoral é uma 
veia do sistema profundo e não do superficial, 
criava um certo conflito e ficou só Veia FEMORAL. 
 Diferente das artérias, as veias têm válvulas que 
permitem um fluxo unidirecional, da 
pele/superfície para profundidade e distal pra 
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proximal. Além disso, outra diferença são as paredes. 3 GRANDES SISTEMAS: PROFUNDO, SUPERFICIAL E 
PERFURO-COMUNICANTE (que comunica os dois sistemas). Quando as válvulas falham = VARIZES 
 A flebografia é o padrão-ouro para o estudo das veias. 
 Além da caracterização quando a Insuficiência Venosa crônica e aguda, ainda há a insuficiência Funcional e 
Orgânica. 
o Funcional: sistema não está trabalhando adequadamente (depende de estruturas, como por 
exemplo, os músculos). Pode surgir de uma paralisia infantil/acidentes. 
o Orgânico: anatomia comprometida, como destruição de vasos, processos infecciosos. 
Até o cotovelo e o joelho, o número de veias acompanha as artérias. A partir daí o sistema venoso se duplica. Talvez 
pelo diâmetro menor dos vasos, seja necessárias mais vias de retorno. 
VEIAS DOS MMII 
1. Sistema Profundo 
2 Veias tibiais anteriores, posteriores e fibulares. 
Confluência na região do joelho formando a VEIA 
POPLÍTEA. 
 Artéria femoral superficial na coxa  VEIA 
FEMORAL** (pois não é superficial, é do sistema 
profundo) 
 Veia Femoral comum (artéria femoral 
profunda)  VEIA FEMORAL PROFUNDA (artéria 
femoral profunda)  passando o ligamento 
inguinal  VEIA ILÍACA INTERNA (veia 
hipogástrica)  VEIA ILÍACA COMUM  Veia 
Cava inferior. 
 
 
 
2. Sistema superficial 
Basicamente composto pelo conjunto das safenas 
e milhares de tributárias: SAFENA MAGNA e 
SAFENA PARVA 
 DESEMBOCA NO hiato safeno, na veia femoral comum (palpa o pulso femoral, 1 cm medial). “Crossa, onda a 
veia cruza” 
 Antigamente eram chamas Interna = magna e Externa = parva 
 VSM e VSP são as siglas delas usadas em livros 
 Veia Safena MAGNA  nasce no arco dorsal do pé  passa na frente do maléolo medial segue a face 
anteromedial (porção medial da perna, 
atrás do joelho) desemboca na virilha na 
crosta da safena  hiato safeno 
desemboca na femoral comum (para achar 
onde desemboca, basta palpar o pulso 
femoral, 1cm medial inferior acha o Hiato 
Safeno) 
 As Veias que não são principais são as 
TRIBUTÁRIAS 
 VARIZES = veias dilatadas, tortuosas 
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 Veia safena PARVA  nasce no mesmo arco da Magna, mas passa atrás do maléolo lateral sobe em 
direção ascendente  perfura a fáscia  pode desembocar na 
poplítea, femoral, na própria safena magna  varia muito sua 
desembocadura, pode ser na V. femoral, Veia Safena, Veias da 
coxa.... 
– Flebografia dos MMII: 
 Anatomia venosa não segue muito um padrão, como o 
arterial, então é bem mais difícil de identificar nesse exame 
 Aquela grossinha é a POPLÍTEA com certeza, mas de resto 
nem ele sabe certo: fibular, tibial comum 
 Dá pra observar as válvulas 
 
VEIAS DO ABDOMEN 
Passou o ligamento inguinal a Veia femoral comum vira VEIA ÍLIACA EXTERNA recebe a Veia ilíaca interna no 
hipogástrio e passa a se chamar VEIA ILÍACA COMUM a direita e a esquerda se unem VEIA CAVA INFERIOR 
 PONTO CRÍTICO: se você percebe que sua perna esquerda é mais inchada, mas pesada e não é a perna 
dominante, existe um forte indício de SINDROME DE COCKET 
o  o trajeto da Veia Ilíaca Esquerda entre a coluna lombar e a Art. Ilíaca Direita é anatomicamente 
estreito, e em algumas pessoas, com essa síndrome, é ainda mais reduzido, apertando a Veia Ilíaca 
esquerda  a circulação venosa e arterial dos dois membros precisam se cruzar em algum momento 
(a artéria da perna direita precisa passar sobre a veia da perna esquerda)  se a compressão for 
muito intensa  membro fica congestionado  pode até formar trombo  angioplastia pra tratar 
o Modificação anatômica 
o Dor pélvica como queixa, principalmente menstruada e com varizes grossas 
o Compressão excessiva  balão  stend 
 
 Gonadais – Varicocele no homem (dilata e fica insuficiente). Na mulher, o refluxo pela veia gonadal  
varizes pélvicas  também pode gerar infertilidade 
 A veia renal  artéria mesentérica superior comprime a veia renal: Síndrome de Quebra Nozes. Quando 
existe, principalmente do lado esquerdo, uma dilatação muito grande da veia Gonadal (pesquisar essa 
condição, que está na veia renal e não gonadal). 
 
 Na CAVA recebe Veias hepáticas e renais Átrio D 
 Segunda grande diferença do sistema venoso: 
o Art mesentérica sup e inf  a veia correspondente de drenagem é a VEIA PORTA  recebe a 
ESPLÊNICA e leva o sangue para o fígado para metabolização 
o Ou seja, se o paciente tem uma trombose de Veia Cava nesse segmento (abaixo das renais), ele pode 
ter congestão de alça intestinal? Não, porque o fluxo venoso não tem nada a ver com a veia cava até 
esse ponto, o sangue das vísceras vai ir todo pra veia porta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VEIAS DOS MMSS 
Sistema venoso nos membros 
superiores é de 50% sistema 
superficial e 50% profundo. 
Enquanto no inferior é 20% 
superficial 80% profundo. *Por isso 
que é possível retirar a Safena. 
ARCO VENOSO SUPERFICIAL  2 
principais veias. 
Do cotovelo para frente, as veias 
profundas são divididas em: 
o Artéria Radial= 2 veias Radiais 
o Artéria Ulnar= 2 veias Ulnares 
o Artéria inter-óssea= 2 veias 
inter-ósseas 
 Do cotovelo para cima: 
o Artéria Braquial= 1 veia 
Braquial (uma para cada artéria, mas 
há duplicações). Radial e Ulnar se unem para formar a Braquial próximo ao cotovelo. Existe muita 
duplicação na região próxima ao cotovelo. 
o Artéria Axilar= 1 veia Axilar passando o úmero 
o Passou o ligamento peitoral chama-se Veia Subclávia 
 OBS: O sistema circulatório
superficial venoso dos membros superiores tem uma peculiaridade. Nós temos 2 
grandes veias, a Cefálica e a Basílica: 
o V. Cefálica = nasce na região radial, corre pela parte lateral do antebraço, passa o cotovelo, região 
superficial do braço e enfim desemboca na subclávia abaixo da clavícula 
o V. Basílica = porção medial do antebraço, se une com a Veia Cefálica pela veia média do cotovelo, e 
desemboca na Braquial 
 As veias profundas são divididas em ULNAR E RADIAL, inter-ósseas (2 veias para cada artéria), que se unem 
próximo ao cotovelo e formam a VEIA BRAQUIAL (uma para cada artéria, mas pode ser que exista ainda 
duplicação, principalmente próximo ao cotovelo). Passando o úmero, na região axilar, a veia braquial passa a 
se chamar AXILAR. Passando o ligamento peitoral, será chamada de VEIA SUBCLÁVIA, assim como a artéria 
que está próxima a ela. 
 
 V. Subclávia  se une com a V. Jugular  Tronco braquicefálico venoso de cada lado  Cava Superior 
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Subclávia se une então com a Veia JUGULAR, formando a veia INOMINADA, ou tronco braquicefalico venoso do lado 
direito, e do lado esquerdo, tronco braquicefálico venoso esquerdo. Veia Cava superior. 
SISTEMA LINFÁTICO 
Difícil de visualizar a olho nú (exceto linfonodos e ducto torácico), são mais conceitos. 
 Circulação vai da periferia para o centro do corpo e geralmente das bordas laterais pra mediais. 
 Nos MMII  linfáticos tendem a acompanhar a SAFENA/acompanhar vasos superficiais e de grandes 
calibres. Fluxo de lateral para Medial e Distal para Poximal. Evitar lado medial nos procedimentos  risco 
de linfedema 
Exemplo: Empurrar os linfonodos para parte medial da coxa e acessar os vasos pela lateral (porção mais 
externa). 
 A insuficiência linfática (linfangite) possui as seguintes classificações: 
o Orgânica: obstrução ou agenesia – destruição dos linfáticos 
o Funcional: O sistema não 
consegue dar conta da linfa que 
está sendo produzida pois há 
um aumento dessa produção. 
Nesse caso o organismo sofre 
com processos inflamatórios e 
infecções. 
o Aguda: Erisipela (feridas como 
porta de entrada) 
o Crônica: Linfedema (tumefação 
de algum órgão do corpo, 
decorrente da perturbação ou 
obstrução na circulação 
linfática; consiste no acúmulo 
do fluído linfático no tecido 
intersticial  edema) 
 Temos de 40 a 60 canais linfáticos 
conduzindo até a virilha Linfonodos 
Inguinais  ductos calibrosos  canais 
14 
 
maiores até a Cisterna do Quilo capta a linfa dos membros inferiores mas também da parte abdominal. 
Neste ponto a linfa muda de característica: 
o Cor da linfa das pernas, mmss, cabeça, ou seja, virilha para baixo ou parte mais distal da mão = cor 
da linfa é amarelo citrino (cor de cerveja) 
o Cor da linfa do abdômen, a partir da Cisterna do Quilo = cor leitosa (absorve gordura do intestino e 
todos os quilomicrons da nossa dieta) 
 Cisterna do Quilo segue da parte abdominal e invade a caixa torácica Ducto Torácico D que drena todo o 
hemitórax direito, braço direito e hemiface direita esse ducto então, corre ao longo a borda medial do 
músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia 
jugular interna direita; e o Ducto Torácico Esquerdo drena toda a linfa do abdômen, membros inferiores, 
hemitórax esquerdo, braço esquerdo e hemiface esquerda  desembocam na Subclávia e misturando no 
sangue para não perdermos as proteínas e gorduras absorvidas; ou seja, conduz a linfa da maior parte do 
corpo para o sangue, é o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os citados anteriormente. 
o Ponto crítico em operações: não lesionar o ducto torácico, vai prejudicar toda a drenagem linfática 
do hemitórax esquerdo, braço esquerdo, hemicabeça esquerda, do abdome e das duas pernas 
 A drenagem do braço direito, hemicabeça direita e hemitórax direito vai para o Ducto Torácico direito 
 O ducto torácico direito o 
professor nunca conseguiu 
visualizar porque ele é bem 
menor 
Ínguas = linfonodos 
crescidos, pode ser por um 
processo infeccioso 
O sistema linfático é 
microscópico e valvular (no 
meio do caminho sempre há 
um filtro, chamado de 
linfonodo), onde a linfa será 
apresentada às nossas 
células de defesa que fazem 
o reconhecimento desses antígenos  anticorpos para combater. NÃO é interessante ressecar linfonodos devido à 
perda de defesa e risco de linfedema. 
LINFÁTICOS MMII E PELVE 
 Cuidado com cirurgias plásticas  tirar a gordurinha do joelho  onde tem muitos vasos linfáticos 
 Hoje com o advento da cirurgia endovascular se lesiona muito menos os linfáticos, são mais os cirurgiões 
oncologistas que lesionam 
 Lateral  medial 
 Distal  Proximal 
 Acompanhando o caminho da Safena 
 De modo geral, numa cirurgia evitar 
a parte medial da coxa. Para evitar 
a parte femoral, faz-se uma incisão 
em meia lua para a parte lateral da 
coxa, para minimizar a lesão dessa 
parte 
 Linfonodos Inguinais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
ABDOMEN, TRONCO E MMSS 
Ducto torácico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 2 – AMÉRICO 
 
PROPEDÊUTICA VASCULAR 
Em cirurgia vascular, quase 90% das doenças vasculares tira-se o diagnóstico com anamnese e exame físico sem 
exames complementares. 50% das queixas são dores e inchaço nas pernas – diagnósticos sindrômicos. 
Anamnese e Exame físico 
1. Propedêutica Desarmada/Exame Clínico: Primeira parte, abordagem do paciente. Anamnese e Exame Físico 
2. Armada/instrumental/complementar: Exames complemantares não feitos de imediato, são solicitados 
16 
 
- Exames laboratoriais (sangue, urina, bacteriológico) 
-Radiografia simples (Rx de crânio-cervical-abd-tx-membros) 
- Dopler colorido/duples scan/ecodoppler/Us com doppler color 
- Tomografia/RMN (Ressonância Magnética nuclear com injeção de constraste; quando adiciona-se o contraste 
torna-se uma Angiotomografia) 
- Angiotomografia/AngioTMN (Os vasos que na tomografia simples não são visíveis devido à densidade do sangue 
não permitir, por meio de gorduras e tecidos moles, quando injetado o contraste, haverá destaque em meio as 
partes moles, como dos ossos  imagens nítidas) 
-Cintilografia (medicina nuclear, inala-se ou injeta radioisotopos  captação da radiação, radiofarmaco rápido e 
fraco a ponto de não haver danos ao paciente mesmo com radiação) 
- Cateterismo/angiografia/hemoinâmica/endovascular (injeção de contraste direto no vaso – radiografia desse 
contraste; diferente da tomo que é um exame estático, o cateterismo faz algo semelhante a um vídeo – consegue-se 
observar a velocidade do fluxo, refluxos, oclusões; feito na sala de hemodinâmica) 
3. Procedimento Cirúrgico: Aberto ou Endovascular. O aberto é o que se faz com corte, e o endovascular faz 
por punção, dissecção  distância  produto (stend, mola, balão) 
SISTEMA ARTERIAL 
CORAÇÃO: é compreendido como o maior mecanismo capaz de exercer função de bomba no nosso corpo, e, 
sendo assim, o sistema arterial tem grande dependência deste órgão pulsátil. O sangue oxigenado tem seu ponto de 
partida instituído neste órgão, para partir em direção às demais estruturas, órgãos e tecidos que serão, portanto, 
irrigados. O primeiro ramo que parte do coração é a aorta, sendo que esta possui uma espessura de 
aproximadamente 1,5 centímetros de diâmetro. A partir do trajeto que este vaso calibroso realiza na cavidade 
torácica e abdominal, ele vai emitindo importantes ramos, e, dessa forma, vai tornando-se uma estrutura menos 
calibrosa. 
A aorta finda-se ao nível da cicatriz umbilical, sendo esta equivalente à altura da quarta vértebra lombar. Neste 
momento, a aorta se bifurca e dá origem à artéria ilíaca comum, possuindo equivalência lateral (direita e esquerda) 
- O sistema arterial é responsável pela distribuição, oxigenação e por levar outros nutrientes ao restante do 
organismo. Dessa forma, quando um órgão falha no recebimento de oxigênio, tem-se uma situação chamada 
isquemia, podendo causar a morte do órgão. 
* A amputação é considera
a consequência mais temida do campo da cirurgia vascular. Por isso, quando há 
isquemia de algum membro, há limitação do tempo de ação do médico vascular. Este deve ser rápido, e fazer as 
medias cabíveis, uma vez que se a isquemia for grave, haverá, em grande parte dos casos, necessidade de 
amputação. O local do corpo e tecido afetado pela isquemia, também variam quanto à tolerabilidade à injúria 
isquêmica. 
 Assim, o coração (miocárdio) tem baixa resistência a este tipo de mecanismo, levando, muitas vezes, o 
indivíduo a óbito (parada cardíaca). 
 Em outras localidades do organismo, como no músculo esquelético da perna, esse processo não ocorre de 
maneira tão acentuada. Em geral, o paciente sentirá dor, mas mesmo com certo percentual de morte 
celular, ele não perderá a função motora do membro, por se tratar de um grupo muscular. 
ARTÉRIAS: 
 A Aorta se divide em três porções (ascendente, arco, descendente). Na porção descendente há a saída das 
artérias coronárias, que irão ter função primordial de irrigação do músculo cardíaco. 
 Na porção do arco ter-se-á a emergência do tronco braquiocefálico (que dará origem à subclávia direita e 
carótida comum direita), posteriormente no seguimento do arco aórtico, haverá a carótida comum 
esquerda, e, logo após, a subclávia esquerda. 
 Em se segmento descendente pode-se encontrar alguns “ramos medulares”. 
 Por conseguinte, haverá a porção abdominal da aorta, sendo que neste ponto, haverá a emergência de 
artérias de grande importância no que se refere à irrigação das vísceras e estruturas abdominais. 
- o primeiro ramo encontrado neste ponto, é o tronco celíaco (este dará origem à artéria hepática e artéria 
esplênica)  ao avançar mais abaixo na cavidade abdominal, pode-se encontrar os ramos da artéria 
mesentérica superior, renais direita e esquerda, e mesentérica inferior. 
 A partir deste ponto, encontraremos a bifurcação da artéria aorta, originando a artéria ilíaca comum direita 
e esquerda. Cada uma destas artérias ilíacas comuns, darão origem a uma artéria ilíaca interna (também 
podendo ser denominada como hipogátria) e ilíaca externa. O ramo arterial correspondente à artéria ilíaca 
externa, ao ultrapassar os limites do ligamento inguinal, passará a ser nomeada, para fins anatômicos, como 
artéria femoral. 
17 
 
 Abaixo da cabeça do fêmur, terá a femoral comum, que irá se dividir depois em femoral profunda e 
superficial. 
Importante: 
 - Femoral Profunda: é responsável pela irrigação da coxa 
 - Femoral Superficial: irriga joelho pra baixo (perna)  Torna-se Poplítea 
Então, se eu disser que “Oclusão/lesão abrupta da femoral superficial  Vai ter necrose do músculo da perna ou da 
coxa? Da perna!” Ou “Oclusão abrupta da femoral profunda  o que pode acontecer? Pode ter um sofrimento do 
músculo da coxa” 
  mas geralmente essa rede colateral que existe, acaba irrigando tanto a perna quanto a coxa retrogradamente – 
porque artérias não tem válvulas 
 OBS: desde que seja uma oclusão só de origem, se for de tudo  vai necrosar igual 
Ex: se tem pulso na femoral, e não tem na poplítea  o problema está entre essas duas; Se tem pulso femoral e 
poplíteo bons, e não tem pedioso  problema tá abaixo do joelho 
 Artéria femoral superficial  na região distal da coxa passa por um conjunto de músculos, que são os 
músculos adutores da coxa, sendo que este local pode ser denominado como: Canal dos adutores (HUNTER) 
 quando a femoral passa ali, altera-se sua nomenclatura, passando a ser  poplítea. 
 Poplítea é responsável pela irrigação da região do joelho, genicular superior lateral e medial, genicular 
inferior lateral e medial; 
 Quando passa o joelho vai dar ramos: 
 tibial anterior – sai lateralizada e em direção anterior 
 tibial posterior – parte mais medial e vai em direção à planta do pé 
 fibular = no meio dos ossos (inter-óssea). Vai até o tornozelo e tem fluxo pros dois lado (ambas as tibiais) 
 OBS 
 - TIBIAL ANTERIOR  superficial  ponta do pé  ARCO DORSAL DO PÉ e art PEDIOSA 
 - TIBIAL POSTERIOR  dá uma volta na região plantar  continua na região 
plantar  ARCO PLANTAR 
 
Doenças 
 Arteriais: normalmente são casos de idade – 60+; Aterosclerose é muito 
comum, falta de fluxo arterial, podendo ser um isquêmico crônico ou casos 
agudos, em que há a formação de um coágulo ou embolo (nesse caso sem 
idade) 
 Venosas: Varizes, estética 
 Linfática: doença circulatória, não tão frequente como as doenças arteriais e 
venosas, porém acomete grande parcela da população 
ANAMNESE: Na cirurgia vascular, a anamnese necessita de observação: desde o 
momento que se chama o paciente, tudo, idade, vestimenta, claudicação, déficit 
funcional, apoios  questionar o que for pertinente; 
QP: Dores nas pernas; o fator tempo é importante para determinar o grupo de 
doenças  conduta.Ex: Insuficiência arterial aguda é uma emergência cirúrgica. 
HDA: 
Sintomas arteriais como claudicação intermitente, dor em repouso (evolução da claudicação), inchaço, gangrena, 
inferir a necessidade de colocar a perna para fora da cama na hora de dormir (posição pendular) pois alivia a dor do 
membro, esfriamento das extremidades (geralmente unilateralmente), palidez e cianose 
nessas extremidades, hiperatividade simpática (Fenômeno de Raynaud), alteração na cor da 
pele (pele brilhosa e atrófica), perda de pelos, queda de unhas, presença de féridas (arterial 
normalmente lateral, e venosa medial), sintomas neurológicos (alteração sensitiva e motora 
de um nervo – primeiros a sofrerem com a falta de oxigenação, impotência erétil (aorta 
abdominao artéria pudenda interna  gonadal), alterações tróficas (delgada e sem pelos, 
unhas com deformações). 
Sintomas venosos como edema que costuma agravar durante o dia, dor (peso ou 
queimação), varizes, alteração na cor da pele (vermelhidão, cianose, palidez  dermatite 
ocre é sinal de hipertensão venosa//hemossiderina), úlceras em região peri-maleolar interna 
com bordos nítidos e centro avermelhado (trauma + imobilização incorreta) 
18 
 
Sintomas linfáticos como edema duro, não acompanhado de dor, característica cilíndrica, SEM SINAL DE CACIFO, de 
temperatura mais fria em comparação com o outro membro, alteração na cor da pele e em fâneros (rugosidades na 
região cutânea). 
Não sugerir! “Que hora que dói?”, e não “Dói de manhã?” Questione medicações, médicos de rotina, cirurgias, 
gestações e perdas (TVP em paciente jovem pode ser fator genético como a trombofilia, ou adquirido como a 
Síndrome do Linfócito Riptide que cursa com tromboses de locais incomuns como de veias cerebrais, hepáticas, veia 
Cava; e a perda gestacional é algo a se considerar, a própria trombofilia faz com que na gestação ocorra trombose 
em veias da placenta que cortam o suplemento do bebê - 3 perdas fetais é obrigatório pesquisa desse diagnóstico 
**Cartilha de trombofilia), doenças pregressas e em tratamento *hipertensão, dislipidemia, diabetes, erisipelas 
(quantas e qual membro), CA – esvaziamento glanglionares como nas matectomias. 
OBS: Cartilha  irmã de 18 anos que teve trombofilia detectada, por contiguidade já pode fazer o exame. Trombose 
venosa com menos de 40 anos, também é indicado fazer. Lugares incomuns como cerebral e hepático também. 
Após examinar retorne e complemente com novas questões para incrementar o raciocínio. Perguntas não muito 
sugestionáveis. 
AP e AF: tabagismo, DM, HAS, IAM, AVC, trauma  Arteriais. Varizes, gestação, trauma/imobilização, obesidade, 
hormônios ACO, história familiar com varizes TVP abortamento por trombose placentária embolia pulmonar e 
hipercoagulabilidade  Venosos. Trauma, neoplasias, radioterapia, família (congênito/mal-formações)  Linfático. 
EXAME FÍSICO 
LINFÁTICO 
o Seja deitado, em pé, sentado, o linfedema não muda muito, está sempre duro 
ARTERIAL 
o Se o paciente tem pulso arterial normal, se você colocar ele de ponta cabeça o pulso some? Não porque o 
coração é uma bomba. Então no exame arterial
o pulso não é pra sumir nem deitado, em pé ou sentado 
o Já, os pacientes que tem obstrução em algum segmento e que não tem pulso à distal  melhora o pulso 
em declínio e piora quando levanta. Isso acontece porque não esta chegando muito sangue. 
o É uma soma de fatores, você já tem uma interrupção na artéria, pode ser que tenha outras artérias 
compensando por irrigação colateral, a pessoa não perde a perna mas sente dor principalmente deitado 
dorme sentado ou com a perna pra fora da cama= ISQUEMIA CRÔNICA: falta de oxigenação por longa data 
o Trauma em jovem: se interromper a circulação abruptamente perde o membro muito rápido, porque não 
deu tempo de desenvolver colaterais, diferente de algo crônico 
 stents, pode colocar um dentro do outro 
Logo, ao deitar, exame estático. Depois pedir para levantar para exame dinâmico (manobra de provocação). 
 Doenças venosas pioram (acréscimo de sinais) ao abaixar a perna 
 Doenças arteriais pioram ao levantar a perna (piora a isquemia) 
INSPEÇÃO  PALPAÇÃO  PERCUSSÃO  AUSCULTA 
1- INSPEÇÃO: 
Cor (assimetria, cianótico, pálido), anexos (perda de pelo), assimetrias (posicionamento por exemplo, 
hipertrófica), atrofias, ferimentos (falta de circulação, doenças hematológicas, refluxo; Venosa  refluxo e 
trombose ou Arterial  isquemia, ambas mantem feridas) 
PROVA DE COLLINS – tempo de enchimento venoso (normal é cerca de 10 s) 
SINAL DE PRATT – enchimento venoso aumentado, trajetos venosos visíveis na face anterior do pé, 
perna 
2- PALPAÇÃO: 
Temperatura diferente, saliência, edemas, pulsos arteriais, manobras especiais. Comparação 
DIREITA//ESQUERDA. 
 SUSPEITA DE DONEÇA LINFÁTICA 
o Edema/Sinal de Cacifo ou Godet (1+/4+ e 4+/4+): Pressão com o polegar sobre a tíbia 
(região pré-tibial) – contra o osso por 10 segundos (4+ /4+ é uma depressão semelhante a 
uma polpa digital, menos que isso gradua-se). Edema frouxo/mole (jogou bola, inchaço atual 
 o edema afunda muito; quando crônico quase não mostra, já há fibrose). 
 Erisiplea (inflamação): Alta permeabilidade do leito capilar  calor rubor ardor e 
turgor 
 Trombose Venosa profunda  alta pressão hidrostática (alta pH)  edema 
assimétrico, enche a circulação colateral  esquenta 
19 
 
 Linfedema  Obstrução linfática, retirada de ductos, secundário à tumores ou ainda 
primários (nasce com linfedema, ou desenvolve sem causa conhecida)  edema 
assimétrico e duro. Gânglios. 
Filariose, tipo de linfedema que recebe o nome de Elefantíase – zona endêmica no 
BR é no Nordeste (Pernambuco). 
o Sinal de Stemmer positivo (não pinçamento da base do 2º pododáctilo)  base do segundo 
dedo  levanta  prega. Negativo quando consegue fazer a prega. Normalmente o sapato 
marca. 
o Edema duro: “edema em casca de laranja” – fibrose na região, prognóstico ruim de controle. 
o Calor, a erisipela por exemplo gera calor 
o Adesão ao tratamento é ruim – todos os dias, meias quentes, drenagem manual diária, 
compromisso do paciente por anos 
 VENOSAS 
o Varizes, na palpação onde há veia grossa está quente, onde há veias normais a temperatura 
está normal. A pessoa com refluxo venoso, o sangue intrabdominal (quente) desce pela 
femoral e vai até a coxa, ou do sistema profundo para a pele  sangue quente que está 
refluindo. 
o Tromboses venosas, nem sempre esquentam, geralmente esfriam devido ao edema 
(esfriamento do membro) 
o Flebites ou tromboflebites, sente-se o caroço nas veias superficiais 
Glicose altamente concentrada numa veia flebitada  esclerose – veia vermelha (todo 
material hipertônico) pode agredir o vaso; **Inflamação da veia 
Superficial é visível (vergão avermelhado)/endurece mesmo após a fase aguda 
Para evitar a flebite deve-se diluir bastante o químico/glicose, assim não lesiona a pele. Ou 
faz-se lentamente, exemplo, 5 amp de Sulfa em 24 horas. 
 ARTERIAIS 
o Aneurismas, os periféricos mais comuns são de Artéria Poplítea e Aorta Abdominal (pode 
não ser visto, mas palpa-se), nem sempre dá sintoma. 
o Pulsos, podem estar assimétricos, e nos aneurismas o pulso é mais largo; mesmo quando 
não dilatados “parece que vai saltar da mão”, exemplo a Radial 
o Esfriamento ao contrário da Venosa. Isquemia  Mais fria. 
Estas características podem variar amplamente, desde a pele com aspecto próximo da normalidade até membros 
cuja a palpação reflete consistência lenhosa, revelando extensa fibrose tecidual. 
3- PERCUSSÃO: 
Torácica, TEP, Abdominal, Varizes (fluxo x refluxo) 
OBS: Veias têm válvulas a cada 10 cm aproximadamente nos membros. Veias cerebrais não tem válvulas. 
Essas válvulas mantém o fluxo unidirecional (perna  coração, não deve retornar, válvula fecha + vácuo da 
respiração + musculatura contra a gravidade). Quando dilatada não fecha com eficiência. 
 Testar refluxo: Onda de percussão (numa veia boa, colocar a mão e percutir sente-se a onda 
batendo sob a mão, se fazer de cima para baixo não sente – válvulas impediram com excelência o 
20 
 
refluxo; numa veia doente, sente-se dos dois jeitos  sangue levado para cima e para baixo, pois a 
válvula não está contendo nem pra cima nem para baixo). 
4- AUSCULTA: 
Pulmonar (dispneia), Cardiológica, Sopros arteriais 
Embolia pulmonar  ausculta limpa 
ICC  base crepitantes 
Pneumonia  diminuição de murmúrio (lado condensado) 
Sopro  região aórtica pode ser estenose aórtica causando turbulência e levando consequência mais 
distantes. Turbulência somente no lado esquerdo do pescoço (bifurcação da carótida)  Sopro é o som que 
faz devido a turbulência (de um lugar estreito para um mais largo, mudança de diâmetro  som). Quando 
violento sente-se na palpação o frêmito (arterial é intermitente, treme como a vibração do celular, e o som é 
conforme o pulso quando arterial). 
Detalhes da Palpação - PULSO 
 Ao realizar o exame de palpação de pulsos, deve-se ter em mente, que algumas artérias têm localizações 
que não permitem uma boa examinação, entretanto isto é normal. 
 Por exemplo, ao tentar realizar a palpação da artéria ilíaca interna, percebe-se que, devido à sua posição 
profunda na região pélvica, há uma maior dificuldade, sendo quase impossível palpá-la. 
 A artéria aorta, por outro lado, consegue-se sentir uma pulsação, também podendo ser descrita como uma 
impulsão, sendo, em última análise, indireta. Para palpá-la de maneira adequada, deve-se empurrar a pele, 
juntamente com o tecido adiposo, músculo reto abdominal e porções do intestino que eventualmente 
venham a se localizar entre o examinador e a aorta. Assim a pressão exercida contra essas estruturas, 
permitirá a palpação deste calibroso ramo arterial. 
 O pulso radial é deveras mais fácil de sentir, uma vez que artéria se localiza, anatomicamente, em planos 
superiores. Para tanto, a impulsão é sentida de maneira frequente e fácil na porção lateral do punho. 
CLASSIFICAÇÃO DO PULSO EM CRUZES 
 A normalidade na descrição do exame físico da amplitude do pulso é em cruzes, sendo que o pulso normal é 
descrito como quatro cruzes em quatro (4+/4) 
Pergunta “quando o paciente não apresentar pulso, como descrevemos? ” 
Resposta do professor Américo: “colocamos zero ( 0 ), ausência ou ainda um menos ( - ) 
Ao realizar o exame dos pulsos, deve-se sempre lembrar de COMPARA-LOS. É necessário haver simetria. Importante 
salientar, que não se deve comparar uma artéria com outra artéria diferente, será sempre um comparativo contra-
lateral da mesma artéria. Por exemplo: artéria radial com artéria radial, uma vez que se sabe que, por exemplo, a 
ulnar possui uma amplitude de pulso naturalmente mais baixa. 
Essa organização de amplitude de pulsos, pra ficar melhor de comparar, pode ser organizado de diferentes formas 
(as duas estão corretas): 
* Tabelinha 
 - vai localizando os pulsos e escrevendo 
* Desenho de um boneco que simula o ser humano 
 Vai seguindo o trajeto dos vasos e colocando as cruzes no desenho 
OBSERVAÇÃO: Não existe uma pessoa mensurar o pulso dizendo ter cinco cruzes em
quatro. Está incorreto. Quando 
esta situação ocorrer, deve-se escrever que há 4+/4 e ao lado no prontuário escrever que o pulso está alargado, 
amplo (esta situação pode ocorrer em um aneurisma de aorta) 
Evitar posição viciosa na palpação 
Como palpar? Idealmente, ao realizar a palpação dos membros, deverá, sempre que 
possível, ser palpado com as mãos do examinador em forma de pinça/garra (colocando o 
polegar por detrás do membro e os demais dedos encostando com a polpa digital em sua 
totalidade). Deve-se evitar pegar somente com a polpa dos dedos. Este método 
proporciona maior estabilidade e firmeza. Lembrar: Todo exame físico da vascular, é 
melhor quando o paciente está relaxado. Polegar não tem tanta sensibilidade, os 3 do 
meio são melhores 
 
 Pulso TEMPORAL SUPERFICIAL = REGIÃO DE TRAGUS, anterior à orelha. * sempre comparar com o outro 
lado. 
21 
 
 
 
 Pulsação CARÓTIDA = * compara com outro lado. Abaixo do ramo da mandíbula, paralelo à 
traqueia. Não forçar, não rodar demais o músculo, o ideal é cabeça reta e relaxada. 2 dedos ou pinça 
de leve. 
Começa intratorácica. Sobe a carótida comum entre a parte cervical, entre a clavícula e o ramo da 
mandíbula é a parte que mais há problema de carótida. Doppler consegue identificar. Região da 
bifurcação da carótida é o local que mais adoece. 
 
 Pulso RADIAL = pode estar diminuído se paciente foi submetido à cateterismo, cirurgia, se 
ocluiu algo... 
Cateterismo, gasometria. OBS: Arco palmar incompleto 
(risco de entupir a Radial) - TESTE DE ALLEN: O teste 
consiste em comprimir tanto a a. ulnar (arco 
comunicando as duas) e a radial com a nossa mão até 
ficar pálido  Após isto deve-se soltar uma delas 
(paciente deixa a mão no repouso) e verificar se assim toda a mão 
vai ser perfundida pela artéria ou apenas metade (isso ocorre 
quando a ulnar não faz a volta completa por exemplo, significando 
um teste alterado). 
Cerca de 10% da população normal tem uma arcada incompleta 
**Cuidado ao furar e colocar cateteres em internamentos. Punção arterial  teste de ALLEN, diminui o risco de 
isquemia da mão 
 
 Pulso ULNAR = * é naturalmente pior de sentir do que a radial, uma vez que este vaso é mais 
profundo, semelhante ao diâmetro da Radial “porém de sensação diferente” Pele/tendões/artéria. * 
Lembrado, que não se deve realizar o comparativo de sua amplitude, com a amplitude da artéria 
radial, pois esta é sabidamente mais difícil de palpar. Portanto, mesmo tendo amplitude mais baixa, é 
++++/4 
RESUMINDO COMPARAÇÃO: não se compara amplitude da radial com ulnar, se compara radial com 
radial// ulnar com ulnar. 
 
 Pulso AORTA = também é difícil de palpar porque ela é funda. Palpar ela: 
BImanual + Latero-lateral  permite mensurar aproximadamente o diâmetro da 
aorta 
* afundar a mão e tentar juntar  traz ela de lado pra ver a pulsação latero-lateral  
se só apertar a aorta contra coluna, sentirá só a pulsação e não vai dar pra dizer se tá 
dilatada ou não 
Aneurisma de aorta: bem comum, acaba em geral o radiologista vendo e dando o laudo, 
porque o médico não sentiu adequadamente na realização do exame físico este vaso.  
Em pacientes com sobrepeso, há uma maior dificuldade de sentir a pulsação do órgão. 
Mas o examinador deve ser paciente e tentar até conseguir, uma vez que ao palpar 
adequadamente, pode-se evitar exames de imagem desnecessários. 
A minoria palpa-se a aorta bem, barrigas escavadas é possível, pois a aorta está junto da pele. Aqui o importante 
então é apenas apertar contrário a coluna, e sim observar o diâmetro lateral. Da mulher o normal é 1,5 cm. Homem 
2,0 cm. O homem com uma aorta de 2 para chegar em 5,5 (é o dobro) já a mulher com 1,5 para uma aorta de 5 
(passa 3x o tamanho) então a mulher deve-se diagnosticar antes de chegar no 5. Porém tolere-se chegar no mesmo 
diâmetro do homem, nos GUIDELINES não aconselha operar antes. 
- Endoprótese 
 Pulso POPLÍTEA = é difícil de palpar também (está “escondida” no meio da musculatura) * colocar as duas 
mãos por trás e apertar contra o osso  pra sentir a pulsação 
22 
 
- tem gente que fala que se a poplítea estiver palpável é porque 
tem problema, isso não é uma informação verídica  o que muda 
é anatomia, em alguns é mais favorável à palpação 
 * mas de fato, no ANEURISMA DE POPLÍTEA  quem colocar a 
mão lá vai conseguir palpar  art. Fica dilatada e superficial (junto 
à pele). 
Femoral superficial  Poplítea. Extremamente protegida por 
músculos, posterior ao joelho 
 Pulso FEMORAL = tipo a carótida para realizar a palpação, sendo mais superficial. 
Menos de 10% consegue-se palpar no meio da coxa, normalmente é na prega 
inguinal. 
Pacientes em choque e com hipovolemia  Palpação de carótida e femoral é de extrema 
importância, não sendo palpadas é preciso de manobras de suplementação volêmica. Se 
o paciente teve parada, foi realizada manobra de reanimação cardiopulmonar, entretanto, 
não vai conseguir ver na radial, uma vez que o paciente já está vasoconstrito, e 
provavelmente já foi dada adrenalina; dessa forma, o pulso femoral é de grande valia, por 
ser um dos primeiros a serem sentidos quando o paciente volta. Lugar de escolha para 
cateterismo cardíaco, carótida para stend. Muita utilizada hoje. 
 Pulso PEDIOSO = em direção ao segundo dedo do pé 
 Torna-se superficial na região dorsal do pé. para palpá-lo deve-se 
fazer movimento de pinça * parecido com pulso radial  fácil até de 
palpar porque também é mais superficial. Tibial anterior  Artéria 
Pediosa (pouca pele por cima) 
 
 Pulso TIBIAL POSTERIOR = Artéria posterior à tíbia * Atrás do maléolo medial 
 * tipo ulnar  escondido. 
 
 Artéria Facial = Sem costume de palpação, aplicação clínica baixa. Região do mento, na frente. 
 
 Artéria traqueal = dois dedos. 
 
 BRAQUIAL = Artéria passa no sulco do bíceps – lugar onde coloca-se o esteto. 
 
 QUANTIFICAR EM PULSOS: 1+/4+; 2+/4+; 3+/4+; 4+/4+. Lembre-se: Pulso 4+/4+ apresenta 
sensação diferente em cada anatomia e deve ser apreendido individualmente. Sempre 
comparar com as semelhantes, ou seja, radial comparar com radial, femoral com femoral, 
direita//esquerda pois são diferentes na amplitude (profundidade) e diâmetro. Ex: Artéria do pé tem 2 mm, 
radial 3mm, femoral 8mm. 
AUSCULTA: 
 Onde você pega o pulso, você também pode/deve colocar o estetoscópio. Sempre deve ser realizada a ausculta, 
uma vez que em condições sabidamente normais não é esperado ouvir nada (fluxo laminar). Entretanto, o que 
confere um ruído audível nesta etapa do exame físico é a mudança do fluxo, incialmente laminar, para turbulhonar 
(sopro). 
 Frêmito = sensação PALPÁVEL do sopro 
 Possíveis causas para o sopro, são: estenose; obstrução e dilatação do vaso. 
 Ou seja, a discrepância de diâmetro causa turbulência 
 “treme” conforme ciclo cardíaco, poderá ser denominado como sopro sistólico. Sendo este o mais comum 
na prática vascular. 
Coarctação da aorta 
 Desordem congênita. 
 Patologia muitas vezes assintomática. 
 Ao fazer a ausculta desse segmento haverá o som de um turbilhonamento, uma vez que a aorta encontra-se 
em formato de ampulheta (estreitada no meio). 
 Tem um lugar de afinamento  em cima disso tá dilatada  afina e a parte abaixo  fino, pq não teve 
pressão pra dilatar 
23 
 
- abaixo desse afinamento dizemos que aorta está: Desabitada, ou seja, não “cresceu” porque não teve pressão 
suficiente 
Pode ter afinamento  faz estrago na estrutura da parede da artéria, sendo este processo denominado: dilatação 
pós estenótica 
 
 O sangue arterial (vermelho vivo) é mais avermelhado do que o venoso (vermelho escuro), pois contém 
oxigênio; 
 Se há uma pessoa que passa por uma crise asmática ou asfixia, provavelmente apresenta coloração 
arroxeada, uma vez que não está realizando trocas gasosas (oxigênio). 
 Quando este indivíduo tornar a respirar, provavelmente recobrará a coloração rosada natural da pele. 
 Outro
exemplo desta situação, é o bebe, que quando chora ao nascer puxa ar e fica rosado. 
 
EXAME DE IMAGEM 
 Doppler pulsado portátil (radiozinho, manguito  procura-se o som  comprime até sumir o som e solta 
até reaparecer  se nos membros inferiores e superiores está igual ok) 
 Imaginologia 
 Ecodoppler colorido (exame não invasivo, aparelhos diversos, imagens coloridas ou de escala em cinza, além 
de enxergar o vaso observa-se fluxos e turbulências pelo padrão de cor – vermelho está ok, 
alaranjado//azulado é turbulência). VEIA PROFUNDA 1S  REFLUXO PATOLÓGICO; VEIA SUPERFICIAL 0,5S 
 Angiografia ou Arteriografia (Raio-x simples com contraste) 
 Angiotomografia (vários Raio-X  imagem em 2d praticamente, subtraindo esqueleto e órgãos) 
 Angioressonância (preferível a angiotomografia, devido\Z a dar menos erros) 
 Cateterismo (sem subtração digital) 
O MÉDICO DEVE CONHECER LIMITES LEGAIS 
IFU, DISPONIBILIDADE DE PADRONIZAÇÕES, GUIDELINES INTERNACIONAIS, DIRETRIZES DA SOCIEDADE DE CLASSE - SBACV 
 
 
Outras informações: 
Tromboangeíte Obliterante (Dença de Buerger) – homens com menos de 40 anos , fumantes. 
Aterosclerose Obliterante Periférica – homens entre 50-70 anos 
Arterite Primária da Aorta – predominante em mulheres com menores de 40 anos 
 
Aula 3 Jeferson 
 
RESTAURAÇÃO VASCULAR 
 Até a 2ª guerra mundial o resultado de qualquer cirurgia vascular era péssimo porque os materiais cirúrgicos 
eram grosseiros, bem como os fios. Passada a segunda guerra, com os derivados de petróleo, os fios 
passaram a ter um aspecto muito mais fino. Antibióticos, pinças como Camp vascular e heparina! 
o Ex: Fio de nylon 
 - até então tinha os fios multifilamentares e fios absorvíveis  péssimos pra vasos 
 SLIDE: 
o 1947 Cid dos Santos: Endarterectomia 
o 1952 Kunlin: Enxertos Venosos 
o Após 1950 “Clamps” vasculares 
 Em 1951 realizavam-se cirurgias abertas e em 
1991 começou a Cirurgia Endovascular, e é até hoje 
utilizada em grande maioria, só se usa a aberta na 
emergência 
 Existem TERMOS que vocês têm que saber 
para a prática da angiologia: tabela importante! 
Incisar  arteriotomia, venotomia, linfotomia 
Fechar vaso  linforrafia, arteriorrafia, venorrafia 
Infecção no vaso  vasculite, arterite, flebite, 
linfangite 
24 
 
Exame contrastado  angiografia (inespecífico), arteriografia, flebografia (veia), linfografia 
 É impossível abrir um linfático, ou seja, fazer uma Linfotomia, a não ser que seja no ducto torácico 
 Obs...Embolectomia/ Tromboembolectomia: ambos removem coágulos, mas o Embolo é um coágulo que 
não se formou no local que ele está agora, já o Trombo se formou ali (pode até ter sido um embolo que se 
fixou ali e virou trombo). Trombectomia ou Tromboembolectomia podemos usar tambem para designar 
artéria doente também que formou coágulo. Formou-se no coração e parou na perna 
 Tromboendarterectomia: retirada do coágulo, coágulo que veio do coração e parou na perna formando 
outros coágulos, ou se formou na perna mesmo 
 O vaso sanguíneo é passível de várias intervenções e reage de maneiras diferentes à elas. Agredir um vaso 
nunca é uma ideia boa e abrir ele também pode gerar certas condições. 
 Para o sangue não coagular ele deve ter que características? 
o Fluxo 
o Integridade do endotélio 
o Constituição sanguínea dentro do normal, sem hipercoaguabilidade 
BASTA LEMBRAR DOS ELEMENTOS DA TRÍADE DE VIRCHOW QUE INDICAM O QUE LEVA A FORMAR TROMBO: 
o Lesão ao endotélio vascular 
o Estase venosa (diminuição no fluxo sanguíneo) 
o Alterações na constituição do sangue (hipercoagulabilidade) 
 Você pode abrir uma artéria de forma longitudinal ou transversal. A longitudinal (imagem abaixo) expõe 
mais o interior do vaso e permite expandir mais a incisão, só que, quando for fazer a arteriorrafia gera mais 
estenoses. Se for um corte transversal, o campo de ação é limitado mas tem menos chances de estenose. 
 
SUTURAS VASCULARES 
Usava-se fio de seda  problema  multifilamento 
 Alta resistência, pouca memória, e 
suturas vasculares sempre 
realizadas com fios inabsorvíveis. 
 Ao dar ponto em vasos, você pode optar pelo 
contínuo e pelo separado 
o Pontos contínuos (Chuleio) 
1. VASOS DE GROSSO CALIBRE 
2. ADULTOS 
Ponto mais hemostático, porque 
laça 360 graus, no entanto estenosa mais. Não vai vazar sangue por onde passou o fio teoricamente, 
já que o fio está em todo o trajeto. Mas se for vaso pequeno vai estenosar e se for criança não vai 
crescer com a criança (artéria cresce e a anastomose não) 
Usado em vasos de grande calibre como AORTA 
o Separados 
1. VASOS DE PEQUENO CALIBRE 
2. CRIANÇAS 
É mais usado em crianças porque os vasos ainda vão crescer, então, como são separados, não irão 
gerar estenose com o passar dos anos. Quando se é criança tem-se uma aorta de 1cm, adulto tem de 
1,5 a 2cm. 
 
LONGITUDINAIS: ponte, causam mais estenoses; permitem espaço 
livre ao cirurgião (expõe mais o interior do vaso). Situações de 
PONTES. 
Em acessos para tirar trombos faz-se acesso: TRANSVERSAL, corte 
limitado, porém baixo risco de estenose. 
PROLENE 3-0 para grandes vasos e 7-0 para os mais pequenos 
 
ANASTOMOSE 
 Termino-terminal: 
o Juntar as 2 pontas 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Endot%C3%A9lio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estase
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipercoagulabilidade
25 
 
o Trauma em que o paciente teve lesão com uma serra por exemplo. Temos aqui na imagem o feixe 
vascular com 2 veias e a artéria com ANASTOMOSES TERMINO-TERMINAIS e como são vasos de 
pequeno calibre o tipo de sutura foi PONTOS SEPARADOS/INTERROMPIDA, para não correr risco de 
estenosar 
o Ideal é biselar a ponta das bocas da anastomose (ampliar a linha da anastomose) – estenose natural 
o LETRA A, deve-se cortar o vaso todo; 
 Termino-lateral 
o Enxerto na lateral da artéria e parte terminal 
da veia 
o Não tira a linha de continuidade do vaso. 
o Maioria das pontes, exceções com os vasos 
grossos que costumam ser término-terminais. 
 
 Latero-terminal 
o Pegar a artéria e colocar no enxerto 
o Menos comum 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ENXERTO 
 Enxerto autólogo: tanto artérias como veias; imagem do 
enxerto femoro-poplíteo. Tem uma safena que foi retirada 
do seu leito, para ser usada na reconstrução de outro vaso. 
o Preferenciais e mais utilizados 
o Mais resistente a infecções do que as próteses, maior 
durabilidade 
 
o Quando usa uma safena que cuidado tomar? 
Válvulas! 
o Então, se eu for substituir qualquer trajeto 
arterial, seja no coração, uma ponte de safena, 
seja na perna (bypass, revascularização ou ponte), você não pode colocar ela na posição normal 
senão o fluxo arterial vai bater na válvula e ela vai fechar. 
o Existem 2 maneiras de resolver isso: Inverter a Safena ou Retirar as Válvulas! 
o Se for reverter para o enxerto femoro-popliteo, você tira a safena, anastomosa a parte distal 
da safena na femoral comum e a parte proximal na poplítea, isso se chama Safena Reversa ou 
Ecsito. 
26 
 
o Agora digamos que vou fazer um enxerto femoro-tibial posterior, no 
tornozelo, qual é o problema nessa região distal se eu fizer esse enxerto? É que a 
safena tem um calibre diferente dessas artérias (no tornozelo o vaso tem de 3 a 
4mm e na virilha tem de 0,7 a 0,8 mm e a tibial tem de 6 a 8mm) e vai haver uma 
desproporção nas regiões de anastomose. 
o Dessa forma, quando o enxerto for distal você vai retirar as válvulas da safena 
 Valvulótomo, que na parte interna tem uma faquinha que vai abrindo todas as 
válvulas. 
 
 Enxerto Heterólogo: 
o Quando não tem safenas boas para fazer enxerto autólogo que é o melhor 
que tem, você usa materiais Heterólogos. Os materiais heterólogos mais 
usados no corpo humano são as válvulas cardíacas de porco e o 
pericárdio bovino - usado mais em remendos. Um exemplo é a retirada 
da placa de uma carótida e, para evitar estenose precoce, coloca-se um 
remendo de pericárdio bovino. O pericárdio bovino passa por um 
processo
para retirar a antigenicidade do material e o corpo humano não 
rejeitar o enxerto e vem dentro de um vidrinho com líquido. 
o Válvula suína não precisa anticoagular o paciente. A metálica exige o uso 
de anticoagulante o resto da vida. 
o Folheto de pericárdio, depois de sofrer uma limpeza, ótima ferramenta 
de “remendo”. Lado rugoso e lado bem liso  excelente resistência, 
ótimo resultados 
 
 Enxerto Sintéticos 
o Um exemplo são as Próteses de Dacron (tem 2: Open e Knit, a diferença 
está na forma com que é trançado o material sintético, Knit tem malha mais grossa - dura). Isso 
significa que uma prótese vaza mais e outra menos, já que ambas são porosas. 
o As próteses mais modernas já vêm pré-coaguladas de fábrica, vêm com colágeno por dentro. As 
antigas, antes da cirurgia você retirava sangue no paciente e deixava coagular antes de colocar a 
prótese, caso contrário, ele sangrava até morrer. É como 
segurar água com pano. 
o Mais susceptíveis a infecções 
 
PTFE: Prótese mais fáceis de trabalhar, mas não existe nos diâmetros 
maiores (até 10 – resistência satisfatória até esse tamanho, enxertos 
periféricos) 
Ponte carótido-subclávia (ponte extra-anatômica, ou seja, fora da via 
anatômica normal), hoje se faz por cateterismo 
ANGIOPLASTIA 
 Objetivo: aumentar o diâmetro do vaso. 
 Cateter Balão: balão que esmaga (10 atm) – fio guia 
 Hoje o mais famoso é o stent e acabou virando referência para 
“cirurgia endovascular” porque não se faz muito aberta. 
Stent: Malha de nitinol para assegurar a abertura por mais tempo. 
 Arteriografia mostrando uma placa e colocação de stent: 
 Pós operatório de hérnia de disco, 
o ortopedista esquece que tem uma 
artéria atrás do osso e perfuram ela. 
Nessa imagem chegou a virar uma fístula 
entre artéria e veia ilíaca. É um local 
extremamente perigoso, porque é difícil 
acessar, se ele fosse pra uma cirurgia 
aberta seria um paciente com altas 
27 
 
chances de morrer, já, com a técnica endovascular, passa o cateter com um balão revestido e está resolvido 
o problema. 
 Stent revestido com uma malha passa a ter outras funções como ocluir essa fístula. 
 Endopróteses: stent com revestimento interno de alguma malha como, por exemplo, PTFE ou Dacron. Você 
pode usar pra ocluir aneurismas, fístulas. 
 Endarterectomia: procedimento em que se abre a artéria e remove a placa, não é difícil, o problema 
depende do vaso. Se eu abrir uma carótida por exemplo, tem que clampear primeiro, só que falta sangue 
para o cérebro (30% das pessoas terão hipofluxo cerebral e AVC), aí você abre e disseca a artéria. O 
problema é que você não pode deixar a túnica média em contato com o sangue porque coagula, então o 
paciente tem que estar anticoagulado, heparinizado. 
 Nessa cirurgia foi usado remendo de Dacron (dá pra saber pq eles tem uma listrinha e essa malha) que 
alargou o diâmetro do bulbo para impedir que faça uma nova estenose: 
 
Leva a média e a íntima. Retira a placa e refaz o remendo 
 Toda essa agressão vai ter uma resposta: o endotélio vai espessar, então vai diminuir o diâmetro, a luz do 
vaso, por isso já deixa o vaso com um diâmetro maior, e ao examinar dali um ano, já está normal. 
 É sempre importante fazer um exame pra ver se o paciente mantém o fluxo cerebral antes de fazer cirurgias 
em carótidas 
 Quando o paciente não tem essa capacidade de perfusão coloca-se um SHUNT: uma mangueirinha. 
Cirurgia de carótida, para evitar que o fluxo sanguíneo cerebral sesse, faz-se uma espécie de Shunt (na 
imagem SHUNT de Javid, em que campleia o vaso e introduz o shunt 
 comorbidades geradas caso encostar em placas). 
 
BRUITT INAHARA – shunt com vantagem, terceira via com torneira, 
sangue sai na hora que introduz (placa para fora do corpo, não sobe 
para o cérebro, mas não mantem o bom fluxo cerebral) 
 
Heparina bloqueia coagulação  plaquetas aderidas  degranulam 
 perdem função (anucleadas)  coagulação não vai mais acontecer nesse ponto  agressão grande ao 
tecido  fibroblastos proliferam  remendo (pericárdio) 
 CATÉTER DE FOGARTY 
 
o Em 1963 um médico inventou esse cateter para retirar trombos 
28 
 
o Mangueirinha de plástico com um balãozinho de látex 
na ponta que expande quando injeta soro 
o Primeiro você passa o cateter  quando passa pelo 
trombo tem um aspecto mais mole (trombo que parece 
churiço)  ao passar insufla o balão  vai puxando o 
cateter e o trombo vem junto 
o A partir de um corte transversal, paciente está sempre 
heparinizado. Se for um idoso faz uma ponte, paciente 
mais jovem tira-se assim (trombo velho fica duro e não 
passa cateter) 
o Tecnologia boa e barata, tubo de algum material 
sintético (PVC por exemplo), e a ponta tem borracha de 
látex (alguns usam outros materiais). Introduz murcho 
dentro do vaso (passa por dentro do trombo). 
o Murcho  puxa 
 Repete o processo até ter certeza que o trombo saiu, 
arteriografia de controle e fecha o paciente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIBRINÓLISE 
 Medicamentos para complementar um procedimento cirúrgico 
 Quando não deu pra tirar pelo cateter de Fogarty, passa um cateter menor e infunde trombolíticos 
 Usado para FLEGMÁSIA pior trombo que pode dar 
Procedimento complementar, em que injeta elemento que dissolve o coágulo. 
Não se faz em todo mundo pela demora, e há incidência de complicações de 30%. 
Alteplase (estreptoquinase), RTPArecombinante (ativador do plasminogênio 
recombinante obtido sinteticamente). 
Usa-se então, em situações especiais, em que FOGARTY não passa 
Se nada disso deu certo? 
 
AMPUTAÇÃO 
 Procedimentos que podem ser feitos por ortopedistas, vasculares (lesão 
vascular ou trauma). É marketing negativo para o Angiologista, já que 
amputar não atrai muitos outros pacientes 
 
29 
 
MÉTODOS DIAGNÓSTICOS CIRURGIA VASCULAR E ANGIOLOGIA 
1. SIDRÔMICO 
2. TOPOGRÁFICO 
3. ETIOLÓGICO 
4. FUNCIONAL 
EXAMES COMPLEMENTARES 
EXAMES LABORATORIAIS: são exames mais simples 
 HEMOGRAMA 
o Uma anemia pode prejudicar a cicatrização; pé diabético, erisipela (leucocitose), tromboflebite 
(leucocitose discreta_ 
 VHS – Velocidade de sedimentação das hemácias 
o Processo inflamatório 
 PCR – Proteína C reativa 
o Processo inflamatório 
 CREATININA 
o Anticoagulantes, função renal 
 CPK 
o Estimar o dano muscular (decisão de revascularização ou amputação) 
 DÍMERO D 
o Na presença de trombose será positivo 
 FUNÇÃO HEPATICA (TGO/TGP) – em caso de problemas inflamatórios 
 PESQUISA DE TROMBOFILIA - ver se tem alteração genética que pode ter causado um trombo 
EXAMES DE IMAGEM 
 Dúplex (ecodoppler colorido) = US 
 Pletismografia 
 Tomografia – Angiotomografia 
 Ressonância Magnética – AngioRNM 
 Angiografias 
 Cintilografias – Linfocintilografia 
DOPPLER PORTÁTIL – “estetoscópio do Cirurgião vascular” 
 NÃO considerado mais como exame complementar na vascular 
 Sem grande custo 
 Tem o princípio do ultrassom (US) 
 * Emite um US em torno de 5mHtz no tecido – cristal na ponta 
 Vai receber o eco do US, e ao invés de formar imagem na tela, tem uma caixinha acoplada que dá o som 
 * alguns até tem imagem, mas não é usual ter (tem menos durabilidade) 
 Saber se som é: TRIFÁSICO, BIFÁSICO ou MONOFÁSICO. 
o O fluxo trifásico geralmente em artérias periféricas (exceto nas renais e carótidas), que 
apresentam um fluxo sistólico e diastólico sempre; enquanto o fluxo venoso depende da 
respiração 
 - SOM da aula: na perna E 
tinha um som MONOFÁSICO (tem algumas obstruções que alteraram as características do fluxo do vaso) e na D não 
deu pra ouvir nada ou um MONOFÁSICO baixo. CONCLUSÃO: essa pcte oclusão arterial perna D  não dá pra ouvir 
o som na perna dela 
30 
 
INDICE TORNOZELO-BRAQUIAL 
Como maior parte dos pctes que tem doença aterosclerótica 
sofre uma dificuldade de irrigação dos MMII e, em geral, os 
MMSS são poupados  usamos o braço como referência 
Como fazer: 
Colocamos o manguito na art BRAQUIAL, pra isso
podemos 
achar o tendão do bíceps e logo abaixo esta ela. Depois 
insuflamos o manguito até sumir a onda. Quando desinsuflar 
o 1º som que escutar é a: PRESSÃO SISTÓLICA (parecido com 
aferir a PA com esteto). Depois de ter o índice do braço, 
colocamos o manguito na perna (achar um lugar da perna 
que tenha o mesmo diâmetro do braço). Aí vai colocar 
manguito e insuflar, solta manguito e ouve pressão 
Ex: consegue ouvir pulso nas duas artérias principais: tibial 
anterior e posterior (fibular até pode ser usada, mas essas 
duas são mais importantes pq formam o arco dorsal do pé) 
 na artéria tibial anterior (60 mmHg), tibial posterior (40 mmHg), braquial (120 mmHg). Então, o índice 
tornozelo-braço desse paciente vai ser de 0,5 (60/120 usamos a artéria de maior valor na perna, nesse caso a 
tibial com 60 mmHg). 
 *provavelmente esse pcte vai ter queixa de claudicação 
QUAL O ÍNDICE TORNOZELO-BRAÇO? 
 Divide pressão do tornozelo pelo do braço 
1. NORMAL = 0,9 a 1,2 
2. Pcte que CLAUDICA = 0,6 a 0,9 
3. Pcte com DOR EM REPOUSO = 0,4 a 0,6 
4. LESÕES TRÓFICAS/Feridas = < 0,4 (pressão 20/30 na perna e no braço 90/10  diferença brutal, 
precisa de cirurgia). 
5. Maior que 1,2 = pessoas diabéticas, manguito não está conseguindo pressionar a artéria “falsos 
positivos”! Devido a calcificação arterial 
 De acordo com o índice podemos estimar qual sintoma que o pcte vai ter 
 Quando dá > 1,2 em geral é problema na aferição - pegou uma artéria doente, calcificada 
 
DÚPLEX SCAN (ECODOPPLER COLORIDO) 
 Conceito: onda mecânica provocada que se propaga em determinado meio e quando encontra uma 
estrutura reflete (ECO/REFLEXÃO DO SOM), ou seja, combina a avaliação anatômica com a funcional da 
árvore vascular. 32w 
 Não invasivo 
 O uso do gel permite uma melhor propagação da onda no meio avaliado, já que o som se propaga de 
maneira mais efetiva no líquido em comparação com o ar 
- Transdutor que emite som de alta frequência (Ultrassom  acima da 
capacidade auditiva humana) 
- Esse US vai varrer os tecidos 
- Cada ponto do tecido vai retornar e ser mostrado na tela 
 OBS: Em geral tecidos mais densos, ou com maior impedância  vão 
fazer um ponto branco. E tecidos que absorvem mais o som (moles ou que 
contém +agua)  absorvem + o US  baixa impedância = vão ficar pretos 
Então: *INTERIOR do vaso (tem sangue) = PRETO 
 * Fáscia/paredes = BRANCO 
TIPOS: 
A) Anatômico / Modo B (Bridge) - anatomia 
B) Funcional / bidimensional - avaliamos as 
cores e ondas 
 Ex: podemos visualizar uma onda TRIFÁSICA 
periférica normal. Se for carótida ou as renais = 
31 
 
padrão diferente  pq são artérias que nutrem tecidos de alto consumo 
IMAGEM: podemos ver a bifurcação carotídea e também a presença de uma placa podemos medir o grau de 
estenose dessa placa  isso vai me dar um valor 
Cores consomem muita memória do computador  utiliza a foto pausada. 
 podemos ver uma dissecção arterial 
 vemos que veias não estão compressíveis 
 - ou seja, dá uma visão geral da anatomia do vaso mesmo 
Sístole terminada  jogar para o coração  válvula aórtica 
 
1. MODO B = ANATÔMICO 
 • Estrutura tubular 
 • Anecóica 
Utilizações 
• TROMBOSE VENOSA 
• DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA 
• PLACAS / LESÕES ESTENÓTICAS 
• ULCERAÇÕES 
• TROMBOS 
Estruturas, veias que não comprimem, rasgos no meio de artérias 
indicando transecção – questões anatômicas 
Ver se: 
 * se existe placa ou não 
 * se existe compressão 
Podemos agregar o modo de cores: 
 US tem basicamente 2 padrões de 
cor = AZUL e VERMELHO 
 AZUL = quando foge do transdutor = 
VEIA 
 VERMELHO = quando se aproxima do 
transdutor = ARTÉRIA 
 Isso é baseado no efeito doppler  
quando a hemácia tá passando ela 
reflete o US em frequências diferentes 
de acordo com o caminho que ela tá 
seguindo 
* Se ela ta VINDO = o eco que ela reflete pro aparelho é de MAIOR frequência 
* Se ela ta FUGINDO = o eco tem MENOR frequência 
 O som da hemácia é o que fica marcado 
 Som dela indo  marca o arterial 
 Som dela voltando  veia 
 Num exame venoso, azul é para as veias boas, e vermelho veias com refluxo 
POWER DOPPLER 
 - Dá pra escolher ainda nas opções da máquina ver somente a movimentação do sangue, e não o sentido do fluxo 
 * então a máquina vai somar todos os pixels que estão se movimentando (vermelhos + azuis) = vamos ver 
uma cor LARANJA  método POWER DOPPLER 
 - USO: Ex: se for um tumor  dá pra estudar toda a vascularização dele 
32 
 
 
IMAGEM= métodos modernos 
 - alguns métodos já permitem uma 
visualização 3D do vaso 
 - corte tomográfico – permite varredura 
da artéria -- embora não seja muito útil na prática 
Tecnologia do US veio dos anos 40 e após 2ªGM evolui 
muito  cresceu bastante até os anos 90  dos anos 
90 pra cá não teve grandes mudanças na qualidade 
dos exames 
 
2 características do doppler: 
 Sistema arterial periférico = esperamos sempre encontrar padrão TRIFÁSICO 
** Sístole = como se artéria sofresse chicote em cada impacto do sangue  coração ejeta sangue 
com alta pressão  artéria absorve energia  que fica armazenada  aí o tecido elástico arterial 
tenta voltar pra posição  devolvendo impacto pro sangue. 
 Então sangue entra na aorta  bate na resistência periférica lá na frente  dilata o tecido  tecido 
tenta voltar pra posição  ele volta um pouco  bate na válvula aórtica 
** Na diástole fica sem fluxo, mas não tem problema, tecido periférico tem baixo consumo 
 - mas o padrão pode mudar, Ex: pós exercício (artérias musculares), após dieta (vasos viscerais) 
- veia em vermelho no exame = tá com refluxo 
 * veia competente = sangue bate na válvula e não passa mais nada de fluxo 
 * veia incompetente = sangue bate na válvula, mas reflui e fica vazando 
 * + 30 segundos no sistema superficial (safena) 
 * + 1 min no sistema profundo 
2. FUNCIONAL - DOPPLER 
• Estuda o fluxo 
• Analisa as velocidades 
• Pico Sistólico / Pico Diastólico 
• Índice de Resistência 
Utilizações 
• ISUFICIÊNCIA VENOSA 
• GRAU DE ESTENOSE – ARTÉRIAS 
• MAPEAMENTO PRÉ-OPERATÓRIO 
• VARIZES 
• TROMBOS – TVP 
• FAV 
 
PLESTIMOGRAFIA 
Serve para avaliar o conjunto: bomba e veia; mostra as alterações 
de volume decorrentes do obstáculo venoso. Único exame que 
mede o conjunto. 
 Pletysmo = volume 
 Graphein = grafia 
- Tipos / utilização 
* AR = Doenças venosas 
* FOTO = doenças arteriais 
- quando você examina pcte e vê que ele tem insuficiência venosa 
* dermatite ocre, pigmentação ... aí faz um ECO DOPPLER e vem 
NORMAL! = Veias de diâmetro normal, sem refluxo; “como pode 
alguém com a veias normal ficar com a perna escura?” pode ser 
falência de bomba muscular  aí que entra a plestimografia” 
Usos: 
 Pacientes com veia boa, mas que não tem força pra 
bombear o sangue pra cima 
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 Pra paciente obeso, com sequela de polipo ou AVC  que não se movimenta 
- Pra ter circulação boa  precisa da contração muscular do movimento 
 
COMO FUNCIONA 
Coloca paciente em repouso / deitado / decúbito, depois coloca manguito e calibra ele, coloca pcte de pé de novo, 
vai ver se a veia tem um tempo de enchimento adequado (se ela encher muito rápido pode ser que tenha válvulas 
doentes (refluxo) – mas isso o US poderia ter mostrado) 
Lembrando que: tempo de enchimento = tempo do sangue passar dos capilares arteriais  
capilares venosos  vênulas  veias de maior calibre 
 Pedir pra pcte contrair a panturrilha (permite monitorizar a bomba muscular da panturrilha), e isso pode nos 
mostrar: Se enchimento tá + lento ou + rápido do que o normal (se tem problema com as veias (muito RAPIDO), ou 
com as artérias (muito LENTO – não tem sangue naquela perna); Músculo da panturrilha ta funcionando; Músculo 
com contração

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