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Resumo de cirurgia – Vanessa Wunsch Cirurgia Infecções odontogênicas Quando disseminam além do dente para dentro do vestíbulo bucal, são tratados pela incisão intraoral, drenagem, extração, terapia do canal de curetagem gengival. ● Infecções dos espaços fasciais profundos. A infecção perfura a tábua óssea mais fina e causa infecção no tecido adjacente. Se irá se tornar ou não um abcesesso ira depender da relação da inserção muscular com o ponto onde houve perfuração da lâmina óssea cortical. Os espaços fasciais são compartimentos revestidos por fáscias (lâmina de tecido fibroso no qual se fixam alguns músculos, vasos, nervos e glândulas), preenchidos por tecido conjuntivo frouxo aveolar que pode inflamar. Estágios Edema Inoculação Celulite Abscesso Durante a infecção – Tecido torna-se adematoso devido ao exsudato do fluido tecidual, endurecem por causa da migração dos leucócitos. A necrose por liquefação leva á formação do abscesso e a drenagem espontânea ou cirúrgica pode resolver. A celulite é quando uma resposta inflamatória intensa causa todos os sinais clássicos da inflamação. O abscesso é quando pequenas áreas de necrose por liquefação coalescem para formas pus dentro do tecido. As infecções do dente podem penetrar o espaço vestibular, bucal e subcutâneo (entram nos tecidos moles nos lados superficiais desses músculos). Também pode se disseminar para os espaços infraórbitarios, palatino, orbitário, infratemporal e seio maxilar (nos superiores); além do processo alveolar no lado profundo do Músculo da expressão facial. ↪ Dentes inferiores – Espaços submandibular, sublingual, submentoniano e mastigador. Podem ainda se disseminar para os espaços fasciais profundos como o faríngeo lateral, retro faríngeo, carotídeo, e pré-traqueal. Podem ir para o mediastino, cérebro, seios intracranianos e seio cavernoso. ● Infecções oriundas de qualquer dente. Um abscesso duradouro no espaço bucal tende a drenar espontaneamente através da pele, próximo a borda, inferior da mandíbula. ● Infecções oriundas dos dentes superiores A infecção pode erodir o osso sem erfurar o periósteo. A raiz canina, é longa o suficiente para erodir o osso alveolar superior ao músculo elevador do ângulo da boca. O edema dessa área esmaece o sulco nasolabial e a dreanagem espontânea ocorre próximo ao canto medial ou lateral do olho, caminho de menor resistência (ambos os lados do músculo elevador do lábio superior) ↪ Espaço bucal – Pele da face (lateral) + Músculo bucinador (os molares causam uma maior infecção nesse espaço.) Aumento de volume abaixo do arco zigomático e acima do bordo inferior da mandíbula. Essas áreas permanecem palpáveis. ↪ Espaço infratemporal – Posterior a maxila. As infecções podem disseminar para o seio cavernoso. É raro, mas quando infectado, é por causa do 3º molar superior. As infecções periodontais e periapicais podem perfurar o assoalho do seio maxilar. As infecções odontogênicas do seio maxilar podem disseminar através do seio etmoidal ou assoalho orbitário, causando infecções orbitárias ou Peri orbitário. São raras e caracterizadas por eritema e edema das pálpebras, envolvendo componentes neurais e vasculares da órbita. Requer tratamento medico sério. Resumo de cirurgia – Vanessa Wunsch A inflamação intravascular causada por bactéria estimula as vias de coagulação, resultando em uma trombose séptica do seio cavernoso. Possui risco de morte. ● Infecções oriundas dos dentes inferiores A maioria se superficializa no espaço bucal, mas pode se disseminar profundamente. Corpo da mandíbula; submandibular; sublingual; submentoniano; mastigador. A partir daí para os espaços fasciais mas profundos do pescoço, mediastino etc... (aumento de volume no assoalho da boca) ↪ Infecções no espaço sublingual – Penetram através da linha medial da mandíbula ↪ Infecção no espaço submandibular – Abaixo da linha milohióidea ( 3º molar inferior) O 2º molar pode envolver tanto o sublingual quanto submandibular. Aumento de volume similar a um triângulo invertido. ↪ Espaço submentoniano – Entre os ventres anteriores dos músculos digástricos e o músculo milohióideo. Infecções causadas pelos incisivos inferiores. Pode ser uma disseminação de uma infecção do espaço submandibular. Pode ser o contrario também. Quando os três espaços (submandibular, sublingual e submentoniano) são bilateralmente envolvidos, é conhecida como angina de Ludwing. É uma celulite de evolução rápida, que pode obstruir as vias aéreas e que pode se disseminar para os espaços fasciais profundos do pescoço. Grande aumento de volume, elevação e deslocamento da língua, área bilateralmente endurecida e tensa na região submandibular. Trismo, sialorréia dificuldade de deglutição e respiração. Pode obstruir as vias aéreas e levar á morte ↪ Angina de Ludwing – 10% de mortalidade (tratamento com penicilina) As infecções submandibulares e sublinguais podem entrar no espaço faríngeo lateral, espaços profundos do pescoço Espaço submandibular é o mais acometido – 54% Espaço mastigador Espaço Local acometido Sinal/sintoma Submassetérico A partir do espaço bucal, tecidos moles do 3º M. Fratura do ângulo, trismo e masseter inflamado Pterigomandibular 3º Molar inferior Aumento de volume + trismo; desvio e eritema da úvula; via aérea comprimida Espaço temporal profundo e superficial Região Temporal Aumento de volume na região temporal superior ao arco zigomático e posterior a margem orbitária lateral ● Infecções dos espaços fasciais cervicais profundos ↪ Sequelas, ameaças a vida. Comprimir, desviar, ou obstruir as vias aéreas, invadir grandes vasos, mediastino e estruturas vitais. A infecção se estende posterior a partir dos espaços pterigomandibular, submandibular ou sublingual, de inicio contra o espaço faríngeo lateral. Infecção do espaço faríngeo lateral-trismo, aumento de volume lateral do pescoço (ângulo da mandíbula e músculo esternocleidomatóideo), febre alta e dificuldade de deglutir, interferência nas veias, artérias, nervos cranianos IX, X e XII. Pode progredir para o espaço retrofaríngeo quem contém tecido conjuntivo frouxo e linfonodos. As infecções do espaço pré-vertebral são causados por osteomietites nas vértebras A infecção pode chegar ao mediastino, comprimindo o coração, os pulmões, controle neurológico, freqüência cardíaca, respiratória etc... Existe a drenagem cirúrgica torácica aberta. ● Tratamento das infecções dos espaços fasciais. 1. Suporte médico ao paciente – Proteção ás vias aéreas e defesas comprometidas 2. Remoção cirúrgica da fonte de infecção 3. Drenagem cirúrgica da infecção com drenos 4. Administração de antibioticoterapia 5. Reavaliação freqüente Via oral continuamente monitorada ou traqueostomizar se precisar. Incisão dos espaços fasciais, uso de drenos. Não esperar o pus. Resumo de cirurgia – Vanessa Wunsch Inflamação do osso medular – Infecção do osso Invasão bacteriana ao osso esponjoso, inflamando o tecido mole e causando edema nos espaços medulares. Falência da microcirculação do osso esponjoso – Necrose Osteomielite A mandíbula é mais propícia – Infecções odontogênicas (fraturas de mandíbula precidente) ↪ Aguda – Pouca alteração radiográfica (Só após 10 a 12 dias) ↪ Crônica – Destruição óssea na área da infecção Tratar com antibióticos: Clindamicina, penicilina, e fluoroquinolonas. Remover os dentes não vitais na área, estabilizar a fratura. Enviar material para cultura e histopalógico., corticotomia e excisão do osso necrótico.
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