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MODELO RESPOSTA À ACUSAÇÃO

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PRISCILA SOUSA PAULA COSTA 0912247/8 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Titular da __ª Vara Criminal da Comarca de 
Fortaleza/CE. 
Processo nº xxxx 
 JOÃO PEDRO, 20 anos, nacionalidade xxxx, estado civil xxxx, profissão xxxx, CPF nº xxxx, 
RG nº xxxx, filho de xxxx e xxxx, residente e domiciliado à Rua xxxx, nº xxxx, Bairro xxxx, 
Fortaleza, Ceará, CEP xxxx, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração com 
poderes especiais em anexo, vem a Vossa Excelência, na forma dos artigos 396 e 396– A, 
ambos do Código de Processo Penal, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelos fatos e 
fundamentos jurídicos a seguir expostos. 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA 
 Requer a Vossa Excelência que sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, com 
fulcro na Lei nº 1.060/50, juntamente com o artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal de 1988 
e, no artigo 99 do Código de Processo Civil de 2015, por não ter condições de arcar com as 
custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua 
família, de acordo com a declaração de hipossuficiência anexa (Doc.1). 
DOS FATOS 
 No dia 02 de janeiro de 2018, por volta das xx horas, no supermercado Feira Livre, situado 
na Rua xxxx nº xxxx, Bairro xxxx em Fortaleza/Ce, o denunciado, com vontade livre e 
consciente, subtraiu para si, um quilo de arroz e uma bandeja de ovos pertencentes ao 
estabelecimento Feira Livre, que faz parte de uma grande rede de Produtos Alimentícios. 
 Segundo consta nos autos o acusado foi preso em flagrante delito e a mercadoria que foi 
avaliada em torno de R$23,00 (vinte e três reais) foi devidamente devolvida. João Pedro foi 
denunciado nas penas do artigo 155, do Código Penal. 
 A denúncia foi recebida e foi realizada a citação. 
DO DIREITO 
a) PRELIMINAR 
 DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA (Artigo 395, inciso III do Código de Processo Penal) 
 O Código de Processo Penal, no seu artigo 395 nos traz que a denúncia ou queixa crime 
será rejeitada quando for manifestamente inepta, quando houver falta de pressuposto 
processual ou condição para o exercício da ação penal e quando faltar justa causa. 
 Respeitando a ampla defesa e o contraditório, considerando que, como regra, a resposta 
à acusação é a primeira manifestação defensiva no processo penal, devemos, portanto, 
manifestar sobre as questões relativas à rejeição da denúncia. 
 Segundo entendimento do STJ, “é possível ao Juiz reconsiderar a decisão de 
recebimento da denúncia, para rejeitá-la, quando acolhe matéria suscitada na resposta 
preliminar defensiva relativamente às hipóteses previstas nos incisos do art. 395 do 
Código de Processo Penal” (STJ, Quinta Turma, AgRg no REsp 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1291039
1.291.039/ES 2011/0263983-6, Relator ministro Marco Aurélio Bellizze, julgado em 
24/9/13). 
 Por meio da presente peça, vem o réu a pugnar pelo não recebimento da presente ação 
penal, tendo em vista a ausência de justa causa para a propositura da Ação Penal em tela, 
tendo amparo no princípio da insignificância, caracterizando-se a inexistência do crime, não 
restando, assim, motivo para aceitação da denúncia. 
 
b) MÉRITO 
 
 DAS HIPÓTESES DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (Artigo 397, inciso III do Código de 
Processo Penal). 
 
 A definição de crime, nada mais é do que a verificação de que a conduta se trata de fato 
típico, antijurídico e culpável. 
 Diante do fato ora em análise, atenta-se para a tipicidade e sua bipartição em tipicidade 
formal e a tipicidade material. 
 A tipicidade formal é a correspondência exata entre o fato e os elementos constantes de 
um tipo penal. Já a tipicidade material é a real lesividade social da conduta. 
 
 É oportuno destacar que ao Judiciário cabe somente ser acionado para solucionar conflitos 
que afetem, de forma substancial, os bens jurídicos, protegidos pelas normas 
incriminadoras, que é o que nos traz o do princípio intervenção mínima do Direito Penal, 
para que a atuação estatal não se torne demasiadamente desproporcional e 
desnecessária, diante de uma conduta incapaz de gerar lesão ou ameaça de lesão ao bem 
jurídico tutelado. 
 
 Relacionado com tal princípio encontra-se o princípio da insignificância. Segundo referido 
princípio, uma conduta humana, embora criminosa, tida como socialmente inadequada, 
passa a ser considerada atípica, em razão da pequena lesão provocada ao bem jurídico, 
que não representa prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à 
integridade da própria ordem social. 
 
 Tem-se, nesse sentido, como insignificante, a tentativa de subtração de um quilo de arroz 
e uma bandeja de ovos. Demostrando-se a irrelevância penal do fato e a atipicidade material. 
 
 Posto isso, requer a absolvição sumária do acusado nos termos do art. 397, inciso III do 
Código de Processo Penal. 
 
DO PEDIDO 
 Ante o exposto requer: 
a) O recebimento da presente Resposta à Acusação; 
b) O acolhimento da preliminar de rejeição da denúncia, conforme o artigo 395, inciso III 
do Código de Processo Penal; 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=REsp1291039
c) Não sendo acolhida a preliminar, requer a absolvição sumária nos termos do artigo 
397, inciso III, do Código de Processo Penal, mediante a atipicidade do fato pelo 
princípio da insignificância; 
d) Caso Vossa Excelência entenda pela continuação do feito, requer que sejam 
arroladas para deporem sobre os fatos ora narrados as testemunhas a seguir 
arroladas, cabendo postergação da defesa técnica para momento oportuno. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Nestes termos, 
Espera deferimento. 
 
Local,data. 
Advogado,OAB. 
 
Roll de Testemunhas: 
1) xxxx, RG nº xxxx, CPF nº xxxx, Rua xxxx, nº xxxx, Bairro xxxx, Cidade xxxx Estado xxxx 
CEP xxxx 
2) xxxx, RG nº xxxx, CPF nº xxxx, Rua xxxx, nº xxxx, Bairro xxxx, Cidade xxxx Estado xxxx 
CEP xxxx

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