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Medula espinhal

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Alexia Menezes - FONOAUDIOLOGIA UFS 2/8 
ANATOMIA MACROSCOPICA DA MEDULA 
ESPINHAL E SEUS ENVOLTORIOS 
O QUE É? 
 Medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido 
nervoso situada dentro da canal vertebral sem, 
entretanto ocupá-lo completamente. 
 No homem adulto mede aproximadamente 45 
centrímetros, sendo um pouco menor na mulher. 
LIMITES 
 Cranialmente a medula espinhal limita-se com o bulbo, 
aproximadamente ao nivel do forame magno do osso 
occipital. O limite caudal da medula espinhal tem 
importância clinica e no adulto situa-se geralmente na 2* 
vértebra lombar (L2). 
 A medula termina afinalando-se para formar um cone, 
chamado cone medular, que continua com um delgado 
filamento meníngeo, denominado filamento terminal. 
FORMA E ESTRUTURA 
 A medula tem forma aproximadamente cilindrica, 
sendo ligeiramente achatada no sentido ântero-posterior. 
Seu calibre não é unifome, pois nela existe duas 
dilatações denominadas intumescências cervical e lombar. 
 Essas intumescências correspondem as áreas em que 
fazem conexão com a medula as grossas raizes nervosas 
que formam os plexos braquial e lombossacral, destinados 
a inervação dos membros superiores inferiores, 
respectivamente. 
 As intumescências se formam devido à maior 
quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas 
que entram ou saem destas áreas e que são necessárias 
para a inervação dos membros superiores e inferiores. 
 A superficie da medula apresenta os seguintes sulcos 
longitudinais, que a percorrem em toda a extensão: 
sulco mediano posterior; fissura mediana anterior; sulco 
lateral anterior e sulco lateral posterior. Existe ainda o 
sulco intermédio posterior (continua em um septo 
intermédio posterior no interior do funiculo posterior). 
 
 Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior fazem 
conexão, respectivamente, as raizes ventrais e dorsais 
dos nervos dos nervos espinhais. 
 Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro 
da branca e apresenta a forma de uma borboleta ou de 
um H. Nela pode-se observar de cada lado 3 colunas, são 
elas as colunas anterior, posterior e lateral (só aparece na 
medula torácica e parte da medula lombar). No centro da 
substância cinzenta localiza-se o canal central da medula 
ou canal do epêndima, resquicio da luz do tubo neural do 
embrião. 
 A substância branca é formada por fibras, a maioria 
delas mielinicas, que sobem e descem na medula e que 
podem ser agrupadas de cada lado em três funiculos ou 
cordões: 
 Funiculo anterior: entre a fissura mediana anterior 
e o sulco lateral anterior. 
 Funiculo lateral: entre os sulcos lateral anterior e 
lateral posterior. 
 Funiculo posterior: entre o sulco lateral posterior 
e o sulco mediano posterior. Na parte cervical da 
medula, o funiculo posterior é dividido pelo sulco 
intermédio posterior em fasciculo grácil e 
fasciculo cuneiforme. 
CONEXÕES COM O NERVOS ESPINHAIS – SEGMENTOS 
MEDULARES 
 Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior faze 
conexão pequenos filamentos nervosos denominados 
filamentos radiculares, que se unem para formar, 
respectivamente, as raizes ventral (motora – eferente) e 
dorsal (sensitiva – aferente) dos nervos espinhais. As duas 
raizes, por sua vez, se unem para formar os nervos 
espinhais, ocorrendo a união em um ponto situado 
distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal. 
 Considera-se segmento medular de um determinado 
nervo a parte da medula onde fazem conexão os 
filamentos radiculares que entram na composição deste 
 Alexia Menezes - FONOAUDIOLOGIA UFS 2/8 
nervo. Existem 31 pares de nervos espinhais aos quais 
correspondem 31 segmentos medulares assim 
distribuidos: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares 5 sacrais 
e, geralmente, 1 coccigeo. Os nervos anteriores ao nervo 
c7 emergem por cima da vértebra correspondente, mas 
a partir do c8 cada par de nervo emerge abaixo da 
vértebra. 
 
TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR 
 Abaixo do limite caudal da medula espinhal (L2) o canal 
vertebral contém apenas as meninges e as raizes 
nervosas dos últimos nervos espinhais, que dispostas em 
torno do cone medular e filamento terminal (continuação 
da pia-máter), constituem, em conjunto, a chamada cauda 
equina. 
 A cauda equina é formada devido ao alongamento das 
raizes nervosas que acompanhamo crescimento da 
coluna, graças a manutenção da sua relação com os 
forames intervertebrais correspondentes. 
 Devido a diferença entre o tamanho da medula e da 
coluna, os segmentos medulares estão afastados de suas 
vértebras correspondentes, desta forma para diagnosticar 
qual segmento foi danificado numa possivel lesão 
vertebral é necessário, entre os niveis das vértebras C2 
e T10, adiciona-se ao número do processo espinhoso da 
vértebra e tem-se o número do segmento medular. Aos 
processos espinhosos das vértebras T11 e T12 
correspondem os 5 segmentos lombares, enquanto ao 
processo espinhoso de L1 correspondem os 5 
segmentos sacrais. 
ENVOLTORIOS DA MEDULA 
 A medula é envolvida por membranas fibrosas 
denominadas meninges, que são: dura-máter, pia-máter e 
aracnóide. A dura-máter é a mais espessa, razão pela 
qual é também chamada paquimeninge. As outras duas 
constituem a leptomeninge. 
 A meninge mais externa é a dura-máter, formada por 
abundantes fibras colágenas, que a tornam espessa e 
resistente. Essa meninge envolve toda a medula, como 
se fosse um dedo de luva, o saco dural. Cranialmente, ela 
continua como a dura-máter craniana, caudalmente 
termina em fundo-de-saco ao nivel da vértebra S2. 
Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as 
raizes dos nervos espinhais, continuando com o tecido 
conjuntivo (epineuro), que envolve estes nervos. 
 A aracnóide espinhal é uma camada intermediária. 
Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um 
emaranhado de trabéculas, as trabéculas aracnóideas, que 
une este folheto á pia-máter. 
 A pia-máter é a meninge mais delicada e interna. Ela 
adere intimamente ao tecido nervoso da medula e 
penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula 
termina no cone medular essa meninge continua, 
caudalmente, formando um filamento esbranquiçado 
denominado filamento terminal, este filamento perfura o 
fundo-do-saco dural e continua caudalmente até o hiato 
sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal 
recebe vários prolongamentos da dura-máter e o 
conjunto passa ser denominado filamento da dura-máter 
espinhal. Este ao inserir-se no periósteo da superficie 
dorsal do cóccix constitui o ligamento coccigeo. 
 A pia-máter forma de cada lado da medula uma prega 
longitudinal denominada ligamento denticulado, que se 
dispõe em um plano frontal ao longo de toda a extensão 
da medula. A margem medial de cada ligamento continua 
com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de 
uma linha continua que se dispõe entre as raizes dorsais 
e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 
processos triangulares, que se inserem firmemente na 
aracnóide e na dura-máter em pontos que se alternam 
 Alexia Menezes - FONOAUDIOLOGIA UFS 2/8 
com a emergência dos nervos espinhais. Os dois 
ligamentos denticulados servem como elementos de 
fixação da medula. 
 Existem 3 cavidades ou espaços, são eles: epidural, 
subdural e subaracnóideo. 
Espaço Localização Conteúdo 
(protetores da 
medula) 
 Epidural ou 
extrdural 
Entre a dura-
máter e o 
periósteo do 
canal vertebral. 
Contém tecido 
adiposo e 
grande número 
de veias que 
contituem o 
plexo venoso 
vertebral 
interno. 
 Subdural Espaço virtual 
entre a dura-
máter e a 
aracnóide 
Pequena 
quantidade de 
liquido (só para 
manter o 
deslizamento) 
Subaracnóideo Entre a 
aracnóide e a 
pia-máter 
Liquido 
cérebro-espinhal (liquor) 
 
 
 
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