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04/06/2015 1 Secretaria de Agricultura e Abastecimento – SAA Coordenadoria de Defesa Agropecuária – CDA Escritório de Defesa Agropecuária – EDA Araçatuba Méd. Vet. Jesualdo Gonçalves Filho Assistente de Planejamento B EDA Araçatuba Email: jesualdo@cda.sp.gov.br Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos • IN 17, 8/05/2008 – institui o PNSE • ANEMIA INFECCIOSA EQUINA – IN 45, de 15/06/2004 – Portaria SDA 171 – consulta pública de outubro a janeiro 2012) nova Instrução Normativa – Resolução SAA n°1, de 17/01/2002 • MORMO – FEDERAL: IN 24, 5/04/2010, IN 14, 26/04/2013 – ESTADUAL:Resolução SAA 19, Resolução SAA 31, Portaria CDA 33, Portaria CDA 34 NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA ANEMIA INFECCIOSA EQÜINA - A.I.E. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 45, DE 15 DE JUNHO DE 2004 04/06/2015 2 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • ETIOLOGIA – RNA vírus – Família Retrovíridae – Gênero Lentivirus: • Induzem infecções persistentes no hospedeiro • Vírus da AIE se propaga mais lentamente que os demais e permanece por toda a vida do animal Ag usado para o diagnóstico no teste de Coogins ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • INCUBAÇÃO – Multiplicação intracelular • multiplica-se em células retículo-endoteliais • Após 5 dias o vírus é encontrado na circulação • anticorpos detectados por SN, FC e precipitantes – 2 a 3 semanas após a infecção – Período de incubação variável: • 3 a 70 dias; • 15 a 20 dias em média. ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • Conhecida como febre dos pântanos; • onde a população de insetos hematófagos é muito grande; • havendo maior exposição dos animais à contaminação. 04/06/2015 3 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • TRANSMISSÃO – Os animais doentes que não são sacrificados: • colocam em risco o próprio plantel e rebanhos de propriedades adjacentes. – O sangue é altamente virulento, mesmo na ausência de febre e de sintomas clínicos. – Eliminação do vírus: • secreções e excreções (colostro, leite, saliva, urina e sêmen) do animal infectado. ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • TRANSMISSÃO – O animal doente é o principal elo da cadeia • Sangue contaminado – Os eqüideos são os únicos suscetíveis – Não há contágio direto entre os animais – Dípteros são vetores naturais • Stomoxys calcitrans (mosca do estábulo) • Tabanus sp. (mosca do cavalo / Mutucas) • Principal meio de transmissão – insetos hematófagos ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • TRANSMISSÃO – É comum a transmissão da égua doente para o potro: • via intra-uterina (transmissão ao feto) • após o nascimento (transmissão via colostro ao potro) – Transmissão pelo garanhão durante a cobertura (fase de viremia) 04/06/2015 4 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • TRANSMISSÃO – Transmissão artificial • material infectado (sangue) – agulhas hipodémicas – sonda esofagiana – trocater – aparadores de casco – arreios – esporas – outros fômites contaminados ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • SINTOMATOLOGIA – Forma hiperaguda • Pode ocorrer morte de 3 a 5 dias após contato com vírus. – Forma aguda • Febre intermitente • Grande depressão • Perda de apetite • Edema na parte ventral do abdômen, membros e prepúcio • Fraqueza com incoordenação • Anemia intensa (anemia hemolítica imunomediada) • morte em 8 a 12 dias ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • SINTOMATOLOGIA – Forma subaguda • febre recorrente • depressão • anemia • icterícia • hemorragias petequiais • edema • perda de peso • morte raramente ocorre 04/06/2015 5 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • SINTOMATOLOGIA – Forma crônica • Períodos febris intercalados com períodos clinicamente normais • Perda de peso • Anemia • Edemas – Forma latente • Animais portadores assintomáticos do vírus • Forma mais perigosa para a transmissão da doença ANEMIA INFECCIOSA EQUINA • DIAGNÓSTICO – Prova de imunodifusão em gel de ágar – IDGA - “teste de Coggins” • Detecta Ac a partir de 14 a 21 dias pós infecção (OIE) AG – antígeno (Proteína - p26) SC - soro controle 1 e 4 - amostras positivas 2 e 3 - amostras negativas Linha de precipitação Ag / Ac ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Fatores climáticos e sistemas de manejo favoráveis à disseminação do vírus 1995 a 2005 04/06/2015 6 ANEMIA INFECCIOSA EQUINA IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • DOS PROCEDIMENTOS GERAIS: – As ações de campo - responsabilidade do SVO/UF – Cada UF deve possuir uma Comissão (Estadual): • Comissão Estadual de Prevenção e Controle da Anemia Infecciosa Eqüina (CECAIE) – Atribuições: – I - propor as medidas sanitárias para a prevenção e o controle da A.I.E. na respectiva UF; e – II - avaliar os trabalhos desenvolvidos na respectiva UF. • CECAIE será constituída de 10 membros: – 5 titulares e 5 suplentes – Méd. Vet: (1) SFA; (1) SVO; (1) Indicado por criadores, (1) Sociedade Estadual de Med Vet; (1) Especialista AIE. IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • RESPONSÁVEL PELA REQUISIÇÃO DO EXAME PARA DIAGNÓSTICO DA A.I.E: – Médico veterinário requisitante (Possuir registro no CRMV), compete: • I - proceder à colheita do material para exame; e • II - requisitar a laboratório credenciado pelo DDA o exame para diagnóstico, em modelo oficial. 04/06/2015 7 Relatório de Ensaio emitido pelo Laboratório IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • EXAME LABORATORIAL PARA O DIAGNÓSTICO DA A.I.E.: – Prova sorológica de Imunodifusão em Gel de Agar (IDGA) - OIE; – Resultado emitido no mesmo modelo de requisição; • Positivo - encaminhar, imediatamente, ao SSA da DFA da UF • Negativo - encaminhar ao médico veterinário requisitante ou ao proprietário do animal. – validade do resultado, a contar da data da colheita da amostra: » 180 dias para propriedade controlada; » 60 dias para os demais casos. IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • Contraprova: – Nova análise a partir da amostra original, identificada, lacrada e conservada a -20ºC para fins de confirmação do diagnóstico; – É facultado ao proprietário do animal requerer; – Solicitada ao SFA da respectiva UF; – prazo máximo de 8 dias, a partir do recebimento da notificação do resultado; – Será efetuada no laboratório que realizou o primeiro exame. O reteste (nova colheita) será realizado em laboratório oficial, com amostra colhida pelo serviço oficial, para fins de perícia. 04/06/2015 8 IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • Responsabilidades: – Laboratório credenciado • Encaminhar ao SSA da SFA/UF, até o 5º dia útil do mês subseqüente, relatório mensal de atividades. – Estabelecimento produtor de antígeno (AIE) • Encaminhar ao SSA das UFs, mensalmente, mapa demonstrativo da distribuição do produto. IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • MEDIDAS NO FOCO: I - Interdição da propriedade após identificação do eqüídeo portador, • lavrando termo de interdição, • notificando o proprietário da proibição de trânsito dos eqüídeos da propriedade e da movimentação de objetos passíveis de veiculação do vírus da A.I.E.; II - Investigação epidemiológica • de todos os animais que reagiram ao teste de diagnóstico de A.I.E., incluindo histórico do trânsito; III - Marcação permanente dos eqüídeos portadores da A.I.E. (Isolamento do animal), • Ferro candente na paleta do lado esquerdo com um A, contido em um círculo de 8 cm de diâmetro (com sigla da UF), conforme modelo oficial; IV - Sacrifício ou isolamento dos eqüídeos portadores (decisão - normas estaduais); V - Realização de exame laboratorial, para o diagnóstico da A.I.E., • de todos os eqüídeos existentes na propriedade; VI - Desinterdição da propriedade foco: • após realização de 2 exames com resultados negativos consecutivos para A.I.E., • intervalo de 30 a 60 dias, entre os exames, nos eqüídeos existentes; VII - Orientação aos proprietários do perifoco, pelo SVO: • submetam seus animais a exames laboratoriais para diagnóstico de A.I.E. Marcação permanente dos eqüídeos portadores da A.I.E 1 - A marcação dos eqüídeos é de responsabilidade do SVO; 2- Não é obrigatória quando o sacrifício ou abate sanitário for imediato; 3 – Obrigatória - transporte para o abate realizado com parada para descanso ou alimentação, e o local de descanso aprovado previamente pelo Serviço de Sanidade Animal da respectiva UF. 04/06/2015 9 IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • SACRIFÍCIO OU ISOLAMENTO: – Deve ser determinado segundo as normas estabelecidas pelo DDA (Departamento de Defesa Animal); – Após análise das medidas propostas pela CECAIE (Comissão Estadual de Prevenção e Controle da Anemia Infecciosa Eqüina). O isolamento pode se fazer necessários, por exemplo: 1) Positividade de fêmea prenhe ou em amamentação => Sacrifício após desmame; 2) Outras situações. O isolamento somente será permitido para animais portadores localizados em área de alto risco, proposto pela CECAIE da respectiva UF “área infectada” IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • SACRIFÍCIO: – Sacrifício do animal portador: – Realizado pelo SVO » Rápido e indolor » Lavrado termo de sacrifício (modelo oficial) – Prazo de 30 dias do resultado do exame – Sacrifício na propriedade ou abate sanitário (SIF) » Abate sanitário – veículo apropriado e lacrado – Não cabe indenização Havendo recusa, do proprietário, relativo à interdição da propriedade ou do sacrifício do animal portador: 1) Lavrado termo de ocorrência, com 2 testemunhas; 2) Requisitar apoio de força policial para o efetivo cumprimento da medida de defesa sanitária; 3) O infrator fica sujeito às sanções previstas em lei. IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. 04/06/2015 10 IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • ISOLAMENTO: – Isolamento do animal portador: • Marcação conforme modelo oficial – Eqüídeo, com marcação permanente de portador de A.I.E., que for encontrado em outra propriedade ou em trânsito será sumariamente sacrificado na presença de 2 testemunhas. • Salvo quando comprovadamente destinado ao abate. • A propriedade onde este animal for encontrado será considerada foco. O isolamento somente será permitido para animais portadores localizados em área de alto risco, proposto pela CECAIE da respectiva UF “área infectada” QUESTÕES DE CONCURSOS Sobre a anemia infecciosa eqüina é correto afirmar: a) causada por um vírus RNA, da família retroviridae que possui uma grande resistência no meio ambiente. b) a principal forma de controle da doença é o controle de vetores e a vacinação dos animais aos quatro meses com reforço após trinta dias e repetição anual. c) a prova de primeira escolha para confirmação do diagnóstico clínico é imuno-difusão em gel de agar podendo ser realizada por qualquer médico veterinário. d) a constatação de sorologia positiva em eqüinos implica em seu sacrifício imediato independente da região que esteja. INCORRETA: Não se faz vacinação para o controle INCORRETA: exames somente em laboratório credenciado INCORRETA: em regiões de alto risco pode ocorrer o isolamento CORRETA IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • PROPRIEDADE CONTROLADA: • Manutenção de Propriedade Controlada: – Resultado de exame negativo para A.I.E. – No mínimo a cada 6 meses • Prazos inferiores: por normas estaduais (UF) – Todo efetivo eqüídeo da propriedade • Certificado de Propriedade Controlada: – Quando solicitado pelo interessado ao SVO; – Declaração do SVO ao MAPA de propriedade controlada; • Exames de todo efetivo de eqüídeos existentes na propriedade (Laboratório Credenciado) – Emissão do certificado pelo MAPA com validade de 12 meses. Quando não apresentar animal reagente positivo em 2 exames consecutivos de diagnóstico para A.I.E., realizados com intervalo de 30 a 60 dias. 04/06/2015 11 IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • PROPRIEDADE CONTROLADA: – Responsabilidade técnica • Medico veterinário privado (RT); • Fiscalização do SVO / (UF) • Ao RT compete: I - manter atualizado o controle clínico e laboratorial dos eqüídeos alojados na propriedade; II - comunicar imediatamente, ao SVO qualquer suspeita de A.I.E. e adotar as medidas sanitárias previstas nesta IN; III - zelar pelas condições higiênico-sanitárias da propriedade; IV - submeter o eqüídeo procedente de propriedade não controlada à quarentena, antes de incorporá-lo ao rebanho sob controle; e V - a propriedade controlada deverá encaminhar ao SVO da respectiva UF, até o quinto dia útil do mês subseqüente, relatório mensal de suas atividades (Modelo Oficial). QUARENTENA NA PROPRIEDADE CONTROLADA • Eqüídeo clinicamente sadio, com origem de propriedade não controlada e destino à propriedade controlada. • Isolamento em instalação específica, distante no mínimo 200 (duzentos) metros de qualquer outra propriedade ou protegida com tela à prova de insetos, até a constatação da negatividade do mesmo, mediante a realização de 2 (dois) exames consecutivos para A.I.E., com intervalo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias; QUARENTENA 04/06/2015 12 IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • CONTROLE DE TRÂNSITO: – Trânsito interestadual de eqüídeos, somente: • Acompanhados de documento oficial de trânsito (GTA), e; • Resultado negativo de exame laboratorial de A.I.E. – Dispensa da prova de diagnóstico para A.I.E. - QUANDO: • Eqüídeos destinados ao abate: – Veículo transportador, condições: – Lacre na origem: com numeração e identificação na GTA, – Lacre no destino: rompido, sob responsabilidade do SIF. • Eqüídeo com idade inferior a 6 meses: – acompanhado da mãe com resultado laboratorial negativo. IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • CONTROLE DE TRÂNSITO: – O eqüídeo, idade < 6 meses, filho de animal positivo: 1) Isolamento por no mínimo 60 dias ou até completar 6 meses de idade, após; 2) Submeter a 2 exames de AIE; – Intervalo de 30 a 60 dias 3) Apresentar resultado negativo em ambos; 4) Incorporar ao rebanho negativo para AIE. Em normas estaduais (Ex: SP e MS) os potros devem ser testados após o des- mame (6 meses), e apresentarem 2 resultados negativos consecutivos Art. 35. Fica dispensado do exame de A.I.E. o eqüídeo com idade inferior a 6 (seis) meses, desde que esteja acompanhado da mãe e esta apresente resultado laboratorial negativo. Parágrafo único. O eqüídeo, com idade inferior a 6 (seis) meses, filho de animal positivo, deverá ser isolado por um período mínimo de 60 (sessenta) dias e, após este período, ser submetido a 2 (dois) exames para diagnóstico de A.I.E. e apresentar resultados negativos consecutivos e com intervalo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias, antes de ser incorporado ao rebanho negativo. 04/06/2015 13 IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • CONTROLE DE TRÂNSITO: – Participação de equídeos em eventos agropecuários: • Participação somente com exame negativo para A.I.E. • Prazo de validade deve cobrir todo o período do evento: – validade do resultado, a contar da data da colheita da amostra: » 180 dias para propriedade controlada; » 60 dias para os demais casos – Obrigatório resultado negativo de AIE • Ingresso de animais importados; • Registro genealógico definitivo Validade do resultado negativo do exame para A.I.E.: *** Eqüídeo originário de propriedade controlada sofrerá redução de 180 dias para 60 dias: • Quando transitarem por propriedade não controlada ou nela permanecerem IN 45/2004 – NORMAS PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DA A.I.E. • DISPOSIÇÕES GERAIS – Produto biológico de origem eqüídea, para uso profilático ou terapêutico, deverá: • obrigatoriamente, ser elaborado a partir de animal procedente de propriedade controlada Número de casos positivos em relação ao número de animais examinados (11 anos) – CAD*/PESE Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Número de animaispositivos 195 189 114 108 106 120 166 158 119 116 186 Número de animais examinados 3.963 3.14 4 3.311 3.046 3.007 3.517 3.876 2.840 3.236 3.424 6.111 Porcentagem de positivos 4,9 6,0 3,4 3,5 3,5 3,4 4,3 5,6 3,7 3,39 3,04 População equídea estimada em São Paulo = 431.979 mil Em 2011 3,04% positivos = 0,043% da pop. existente (< 0,1 %) * Exames realizados em focos e peri-focos 04/06/2015 14 Focos AIE – São Paulo ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Localização 2012 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Divisões administrativas ACRE 1 5 7 13 4 11 13 7 7 5 2 75 ALAGOAS 30 13 28 26 16 19 11 17 19 2 21 12 214 AMAPA 1 2 2 1 6 DISTRITO FEDERAL 1 5 3 1 4 + 3 1 1 1 20 SERGIPE 5 1 4 1 4 1 + 3 3 2 2 26 AMAZONAS 1 + 1 6 2 + + 1 1 12 ESPIRITO SANTO 7 8 13 15 15 12 5 10 9 13 3 6 116 GOIAS 13 21 23 18 14 23 15 11 10 17 21 14 200 MARANHÃO 53 48 64 56 84 75 75 51 40 52 52 60 710 MATO GROSSO 51 37 88 92 84 128 84 74 75 67 61 43 884 MATO GROSSO DO SUL 19 19 27 23 26 22 25 12 13 10 15 211 MINAS GERAIS 14 19 28 31 18 28 22 16 9 10 3 10 208 PARAIBA 10 16 8 5 5 6 5 7 8 7 77 PARANA 1 3 2 3 2 1 2 1 3 1 1 20 PERNAMBUCO 13 2 6 7 12 2 14 7 14 11 88 PIAUI 31 23 14 28 29 38 34 9 8 8 222 PARA 47 21 22 37 23 37 51 238 RIO DE JANEIRO 10 9 12 12 19 11 4 15 12 7 7 8 126 RIO GRANDE DO NORTE 3 8 5 1 11 ... 28 RIO GRANDE DO SUL 3 0 1 1 5 RONDONIA 16 14 16 11 16 22 25 19 18 12 29 16 214 RORAIMA 19 26 3 19 10 4 9 4 20 114 SANTA CATARINA 3 8 5 8 10 1 2 2 1 2 1 1 44 SÃO PAULO 3 3 3 4 2 3 4 22 TOCANTINS 11 20 ... 31 Totais 351 305 370 352 414 465 362 257 200 228 262 207 3773 Fonte: OIE ANEMIA INFECCIOSA EQUINA OIE: 1°SEM 2013 04/06/2015 15 Normas para o Controle e a Erradicação do Mormo INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 5 DE ABRIL DE 2004 MORMO • HISTÓRICO: • Não há dados precisos sobre a introdução do Mormo no Brasil. • Isto pode ter ocorrido na Ilha de Marajó (Pará), em 1811, época que foi introduzido um grande número de cavalos vindos do Porto, Portugal. • Um grande número deles morreu, apresentando “catarro e cancro nasais”. MORMO • INTRODUÇÃO – Doença causada pela bactéria Burkhollderiia malllleii (antigamente Pseudomonas mallei). – Bastonete, Gram (–) e aeróbio. – Doença contagiosa em eqüinos. • acomete de forma mais grave asininos e muares. – Ocasionalmente acomete carnívoros e pequenos ruminantes. – Alta morbidade e letalidade. – Tratamento com antimicrobianos é ineficaz. 04/06/2015 16 MORMO • INTRODUÇÃO - Período de Incubação: 6 dias a vários meses - 90% dos animais com Mormo são ASSINTOMÁTICOS - Tanto os animais doentes como os portadores assintomáticos são importantes na transmissão direta e indireta do agente (1898, Whitlamsmith) MORMO • SINTOMAS: • Manifesta-se sob as formas nasal, pulmonar e cutânea. – Nódulos e ulcerações no trato respiratório superior e pulmões. Ataca também o sistema linfático, com formação de abcessos nos linfonodos. • Sinais Clínicos: corrimento nasal mucopurulento, dificuldade respiratória, febre, nódulos no trajeto dos vasos linfáticos, úlceras e escaras e debilitação em geral. MORMO • TRANSMISSÃO: – Contato com as secreções e excreções do doente. – Especialmente na secreção nasal e o pus dos abscessos que contaminam o ambiente. • comedouros e bebedouros contaminados. – Trata-se de uma zoonose (Fatal no homem). No homem, o mormo se manifesta com febre, feridas na pele, inchaço no nariz, pneumonia e abscessos em diversas partes do corpo. 04/06/2015 17 MORMO • CONTROLE: • A profilaxia do mormo baseia-se: – Isolamento da área onde existiram animais doentes; – Sacrifício de animais positivos às provas de diagnóstico; – Isolamento e reteste dos suspeitos; – Cremação dos cadáveres no próprio local; – Desinfecção das instalações e fômites. MORMO • Diagnóstico diferencial: • Adenite Equina (Garrotilho), • Rodococose, • Linfangite Epizoótica e ulcerativa, • Melioidose, • Anemia Infecciosa Equina, • Influenza Equina, • Rinopneumonite Equina. 04/06/2015 18 IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • DEFINIÇÕES: – Prova da Maleína: prova de hipersensibilidade alérgica mediante inoculação de Derivado Protéico Purificado (PPD) de maleína na pálpebra inferior de eqüídeos suspeitos de estarem acometidos por mormo. – Prova Sorológica de Fixação de Complemento (FC): prova sorológica baseada na detecção de anticorpos específicos para o mormo, eventualmente presentes em eqüídeos. Extrato das culturas do bacilo do mormo IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • DIAGNÓSTICO: • Prova de Fixação de Complemento (FC): • Prova oficial para o diagnóstico sorológico do mormo; • Realizada somente em laboratório oficial ou credenciado; – Validade do resultado negativo: • 180 dias para animais procedentes de propriedades monitoradas e • 60 dias nos demais casos. – Coleta e Remessa de material para exame de mormo: • Somente por médico veterinário oficial ou cadastrado. • Resultado do exame deve ser emitido no mesmo modelo de requisição (semelhante ao de AIE). – Se Positivo encaminhar para a SFA da UF onde se encontra o animal reagente ou para o SVO Estadual da UF. – Se Negativo encaminhar ao médico veterinário requisitante ou ao proprietário do animal. – Amostras para exame de mormo, deverão sempre estar acompanhada de formulário de requisição e resultado (modelo oficial). Fixação de Complemento: Melhor período para coleta: 30 a 90 dias após infecção. Detecta principalmente os doentes em fase crônica e/ou assintomáticos. IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • DIAGNÓSTICO: – Prova da maleína (complementar): – Quando usar? • Os equídeos poderão ser submetidos a teste complementar de diagnóstico (teste da maleína): 1. Se reagentes ao teste de FC e não apresentem sintomas clínicos da doença; - > “considerados inconclusivos” 2. Se não reagentes no teste de FC e apresentem sintomas clínicos da doença; - > “considerados inconclusivos” 3. Em casos que o DDA julgar necessário. 04/06/2015 19 IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • Quando usar a Prova da Maleína? MORMO Com sintomas Sem sintomas FC + Fixação de Complemento - FC CONFIRMATÓRIO MALEÍNA FC - MALEÍNA Fixação de Complemento - FC CONFIRMATÓRIO IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • DIAGNÓSTICO: – Prova da maleína (complementar) – Não será utilizado a prova da maleína, nas seguintes condições: 1. animais reagentes ao teste de FC e que apresentam sintomas clínicos da doença – São considerados POSITIVOS. – Neste caso, a prova de FC será considerada conclusiva; 2. animais de propriedade reincidente, que será imediatamente submetida a Regime de Saneamento (teste de todo rebanho e sacrifico sanitário). – Neste caso, a prova de FC será considerada conclusiva; IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • DIAGNÓSTICO: – Teste da maleína (complementar) • Realizado por médico veterinário do serviço veterinário oficial. • Aplicação de 0,1 ml de PPD maleína (via intradérmica), na pálpebra inferior de um dos olhos do animal; • Leitura em 48 horas após a aplicação; – Resultado da leitura: 1. animais com reação inflamatória edematosa palpebral, e secreção purulenta ou não: • POSITIVOS. 2. animais sem reação à maleína: • RETESTE, obrigatório, de 45 a 60 dias após a 1°maleinização 3. animais sem reação, após a 2°maleinização, • NEGATIVOS. • Emitido atestado pelo serviço veterinário oficial do estado (SVO) – validade de 120 dias (modelo oficial) – não podendo ser novamente submetidos à prova de FC durante este período. É comum ocorrer resultados imprecisos nos testes sorológicos realizados em período de até 45 dias após maleinização Revogado pela IN n°14, de 26/04/2013 04/06/2015 20 IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO Teste da maleína 48hs após aplicação = POSITIVO IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • CERTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADE MONITORADAPARA MORMO – Adesão voluntária – Condições para certificação -> normas do DDA 04/06/2015 21 IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • ERRADICAÇÃO DE FOCO DE MORMO – Foco: mínimo 1 animal positivo para mormo 1. INTERDIÇÃO DA PROPRIEDADE 2. POSITIVOS: sacrifício sem indenização Incineração ou enterro no local 3. Desinfecção de instalações e fômites Realizado por Méd. Vet. SVO Realizado por Méd. Vet. SVO Supervisão do Méd. Vet. SVO 4. Submeter todos eqüídeos ao diagnóstico 2 Testemunhas 5. Desinterdição: após, a) sacrifício de todos positivos e b) 2 resultados negativos de FC (intervalo de 45 a 90 dias) IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • PARTICIPAÇÃO DE EQÜÍDEOS EM EVENTOS HÍPICOS – Eventos em UF com casos de mormo: • Requisitos para equídeos: 1. apresentar comprovante de exame negativo de mormo, dentro do prazo de validade; – FC: 180 dias para animais procedentes de propriedades monitoradas – FC: 60 dias nos demais casos 2. ausência de sinais clínicos de mormo. IN 24/2004 – NORMAS PARA O CONTROLE E ERRADICAÇÃO DO MORMO • CONTROLE DO TRÂNSITO – TRÂNSITO INTERESTADUAL DE EQÜÍDEOS • Procedência de UF com mormo: – Requisitos para equídeos: 1. apresentar comprovante de exame negativo de mormo, dentro do prazo de validade; – FC: 180 dias para animais procedentes de propriedades monitoradas – FC: 60 dias nos demais casos 2. ausência de sinais clínicos de mormo. – TRÂNSITO INTRAESTADUAL DE EQÜÍDEOS • Seguirá normas dos SVO´s estaduais 04/06/2015 22 ESTADOS QUE REGISTRARAM CASOS DE MORMO – 2007 E 2008 Animal com origem de Pernambuco Foco Mormo Avaré/SP 2013 • 10/04/2013 – Foco Mormo Araçariguama/SP: – Centro de Treinamento; • 02 animais de Pernambuco permaneceram por 5 meses na propriedade; • Passou-se exigir Mormo (FC) para trânsito em SP; – Casos suspeitos (FC) apareceram em Cruzália, Itapetininga e Avaré (Evento com 1500 eqüinos Quarto de Milha); – Exames ficaram prontos após a exigência de Mormo (FC) em SP (os animais já estavam concentrados); – Avaré: Interdição e realização de FC em todos os animais concentrados para emissão de GTA de egresso; – 02 animais positivos na triagem (FC) sem sintomas clínicos; – Foi realizada 1°Prova da Maleína = > Resultados Negativos; – Necessitaria de 2°Maleína após 45 dias; – MAPA publica IN n°14, de 26/04/2013 => Desinterdição do Recinto FC ( - ) pata emissão de GTA EGRESSO do evento 04/06/2015 23 Resolução SAA - 19, de 15-4-2013 Todos os equídeos em trânsito no Estado de São Paulo, independentemente da origem, do destino e da finalidade Guia de Trânsito Animal (GTA) – Exame negativo de fixação de complemento para Mormo; – Resultado negativo para o exame de Anemia Infecciosa Equina (AIE); – Atestado de vacinação contra a Influenza Equina, dentro do seu prazo de validade de 360 dias; – Atestado veterinário de ausência de sinais clínicos de doenças infecto contagiosas; 04/06/2015 24 MORMO OIE: 1°SEM 2013 04/06/2015 25 INFLUENZA EQUINA • Notificação obrigatória (OIE); • RNA vírus da família Ortomixiviridae: – Subtipos H7N7 e H3N8 infectantes para equídeos; • Grandes prejuízos: • Doença mais comum em animais de corrida; • Queda na performance do animal acometido; • Infecções secundárias. • Alta transmissibilidade e baixa mortalidade: – Predisposição: equídeos de 2 a 3 anos, stress por transporte em longas distâncias e confinados em locais pouco ventilados. – Contato direto com secreção nasal e oral em cochos de água e sal, bebedouros, embocaduras, aerossóis de tosse ou espirro, materiais de uso diário (panos, escovas, etc). • PI: 1 a 3 dias; • Sinais Clínicos: 2 a 10 dias: – Acomete sistema respiratório superior; – Febre, tosse seca, secreção nasal (serosa a mucosa), perda de apetite e apatia; • Animal permanece infectante por mais 3 a 6 dias pós cura clínica; – Período infectante considerado 21 dias (OIE); • Diagnóstico (OIE): – Sorológico: Inibição da Hemaglutinação (HI): • Pareado: 1°inicio sinais clínicos e 2°14 dias após. – Isolamento viral: swab nasal ou da orofarínge Diagnóstico Diferencial: - Arterite Viral Equina (conjuntivite, dispnéia, edema e aborto) - Rinopneumonite Equina (aborto em adultos, paresia de membros) - Garrotilho (abscessos e corrimento nasal purulento) INFLUENZA EQUINA • Medidas para evitar a disseminação da doença (MAPA): – Interdição das propriedades suspeitas e, em caso de confirmação de foco; • Isolamento de animais suspeitos ou confirmados, distantes no mínimo 50 metros de outros equídeos; • Recomendação da vacinação dos animais sádios. – As propriedades onde foram confirmados casos da doença devem permanecer interditadas até 28 dias após o início dos sintomas clínicos no último animal. • período necessário para garantir que não haja animais infectados; – Proibição da realização de eventos de aglomeração de equídeos no raio de 10 km ao redor do foco; – A participação de equídeos em eventos de aglomeração animal poderá ser condicionada à apresentação de atestado de vacinação ou de que o exemplar venha de propriedade sem ocorrência da doença nos 30 dias anteriores. Atestado de Vacinação é válido por 360 dias (1 ano). INFLUENZA EQUINA NOTIFICAÇÕES (desde 2005): DF, SE, BA, CE, ES, MG, GO, PR, PE, PB, RJ, SC e SP. Fonte: OIE 04/06/2015 26
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