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Prova GLOBAL-teoria política de Platão

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PUCMINAS-DISCIPLINA: FILOSOFIA: RAZÃO E MODERNIDADE 
1)- Disserte acerca da teoria política de Platão segundo os itens
a)- Ponto de partida; Segundo o autor, a tese que Platão amadurece em seu livro é a da coincidência da verdadeira filosofia com a verdadeira política. Apenas na condição de o político se tornar filósofo e do filósofo se tornar político, é que é possível construir a Cidade autêntica, ou seja, o Estado fundado sobre o valor supremo do bem e da justiça. Além de tudo, afirma Platão, o Estado não é senão o engrandecimento de nossa alma, uma espécie de gigantografia que reproduz, em vastas dimensões, tudo aquilo que existe em nossa psyché. Um Estado nasce porque cada um de nós não é “autárquico”, ou seja, não se basta para si mesmo e tem necessidade dos serviços de muitos outros homens.
 b)-Princípio de correspondência platônica; Os termos "psyché" e "cidade-estado" estão relacionamos com a expressão "princípio de correspondência de Platão" que é utilizada por Reale. Ambos os termos estão relacionados com o mundo inteligível, de início, vale destacar que o termo "psyché" trabalha a redução do homem a sua alma, que é a própria psyché. Já a cidade-estado é considerada uma forma de sociedade necessária a vida do homem à qual represente também todos valores morais. O Estado, no entanto, é uma espécie de gigantografia que reproduz tudo aquilo que existe na nossa "psyché". Vale ressaltar, que esses conceitos citados anteriormente advêm da recuperação de algumas concepções tipicamente gregas que somadas a outras diversas concepções são responsáveis por fornecer um caráter plenamente inteligível as teses de Platão relacionadas à política.
 c)-Construção da Cidade-Estado; Apenas na condição de o político se tornar filósofo (ou vice-versa) é que se torna possível construir a Cidade autêntica, ou seja, o verdadeiro Estado verdadeiro fundado. Construir a cidade significa conhecer o homem e seu lugar ao universo. A Cidade, portanto, necessita de três classes sociais:
1. A dos lavradores, artesãos e comerciantes que é constituída de homens nos quais prevalece o aspecto "concupiscível" da alma, que é o aspecto mais elementar, prevalece a virtude de "temperança" que consiste numa espécie de ordem, domínio e disciplina dos
prazeres e desejos. As riquezas e os bens administrados exclusivamente pelos membros dessa classe não deverão ser nem muitos nem poucos demais.
2. A segunda classe é a dos guardas a qual é constituída por homens nos quais prevaleça a força "irascível" da alma, ou seja, deve ser composta por homens que se assemelham aos cães de raça, ou seja, deve ser dotados ao mesmo tempo de mansidão e ferocidade. A virtude dessa classe social deve ser a "fortaleza" ou a "coragem". Eles deverão permanecer vigilantes em relação aos perigos que possam advir, deverão providenciar para que o estado não se torne demasiadamente grande ou exageradamente pequeno.
3. A dos governantes que deveram ser aqueles que tenham amado a Cidade mais do que os outros, que tenham cumprido com zelo a sua própria missão é, especialmente tenham aprendido a conhecer e contemplar o Bem. Neles predomina a alma racional e sua virtude é a sabedoria.
A justiça é a harmonia que se estabelece entre as virtudes dessas três classes. Quando cada cidadão e cada classe social desempenham as funções que lhes são próprias da melhor forma e fazem aquilo que por natureza e por lei são convocados a fazer, então realiza-se a justiça perfeita.
 D)- Formas de governo (em relação a este último item, mostre as convergências e as divergências entre Platão e Aristóteles).
Platão o filósofo, mestre de Aristóteles, viveu numa sociedade composta de argumentos sofistas, onde, muitas vezes vazios e ou distorcidos para atingir um fim que não necessariamente era útil. Platão logo desenvolveu três formas de governo, três tipologias possíveis de se governar uma sociedade, são elas: democracia, aristocracia e monarquia. Estas formas de governo são classificadas como formas puras e, como tudo tem dois lados, essas formas puras possuem sua versão impura.
A anarquia: é utilizada para contrapor a democracia, uma forma deteriorada da mesma, é o mau governo efetuado pelo povo, é o governo sem governo.
A aristocracia: governo de uns poucos que deveriam ser entendedores para manter a honra, mas ao invés destes sãos políticos que pensam serem entendedores de todas as problemáticas sociais, mas que em verdade, em verdade não sabem de nada.
A monarquia: governo de “um só”, que se deforma em tirania que seria o governo que se inicia de forma adequada, mas que ao passar dos tempos, transforma-se em um governo extremamente repressor, alienando o povo.
Em sua obra “Política”, Aristóteles distingue regimes políticos e formas ou modos de governo. O primeiro termo refere-se ao critério que separa quem governa e o número de governantes e o segundo, as formas de governo, refere-se a em vista de que eles governam, ou seja, com qual finalidade. Para o filósofo, os governos devem governar em vista do que é justo, de interesse geral, o bem comum.
Segundo Aristóteles existem três formas de governo puras.
A monarquia: onde o governo de apenas um sobre os demais indivíduos.
A aristocracia: que é governo de alguns, sobre os demais. Sendo que na concepção aristotélica esses alguns seriam os melhores da sociedade.
O governo constitucional: em que a maioria governa a cidade para o bem de todos.
As divergências: A partir da premissa que o real é distinto para um e para outro. O real para Platão é a ideia; o real para Aristóteles é a realidade sensível. Os rótulos “idealista” e “realista” que acompanham os dois pensadores se fixaram porque, embora Platão dividisse o mundo onde um era compreendido pelos sentidos e o compreendido pelas ideias. Já o pensamento de Aristóteles parte da experiência sensível, do tangível.
 E)- Marx fala dos conceitos de "alienação" e de "materialismo histórico". Disserte sobre ambos.
A teoria da alienação mostra o vazio do sujeito alienado, mostra a descaracterização da própria humanidade, da essência do sujeito. A sujeito se vê como acidente, não como determinante. Sujeito alienado é aquele que não consegue perceber a possibilidade de uma mudança. O sujeito que não se reconhece no produto de seu trabalho, que não se satisfaz na sua atividade de trabalho, que não se reconhece enquanto membro de um gênero e que não reconhece a alteridade é um sujeito impotente. É a reprodução perfeita das estruturas vigentes em uma sociedade pautada pelo trabalho e em que a estrutura econômica assume papel determinante. Este sujeito destituído de tudo que lhe é próprio não está apto para assumir a responsabilidade de guiar a sociedade junto com seus companheiros. A alienação, antes de ser uma coisa do capitalismo, é algo que existe como pressuposto da propriedade privada. Ou melhor, o nascimento da propriedade privada como algo separado do sujeito que a produz existe juntamente com a alienação do trabalho.
Para os materialistas históricos, a sociedade foi se desenvolvendo através da produção de bens que satisfazem as necessidades básicas e supérfluas do ser humano, as relações de produção são fundamentais para delinear as relações entre as classes sociais que formam a sociedade. Para Marx, é o capitalismo produz a luta de classes entre a burguesia (dominantes) e o proletariado (dominados). Através do método marxista dessa teoria, pela primeira vez a história foi analisada com fundamentos científicos que afirmavam que as razões das alterações sociais não estavam no cérebro humano (ideias e pensamentos), mas sim no modo de produção.

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