237 pág.

Pré-visualização | Página 12 de 50
estatura constitucional no Estado de Direi- to. O princípio da capacidade contrib constitucional; discutiu-se, no Brasil, s recido em virtude da sua omissão nal vozes mais autorizadas, entretanto, qu dade contributiva permanecia Como u constitucionalismo, apesar de não se h. que se continha no art. 202 do texto superado, diante do art. 145 da CF 88 também é materialmente ele princípio havia desapa- a de 1967; concluíram as lautação segundo a capaci- s pontos cardeais do nosso repetido expressamente o 946; hoje o problema está 6. CARACTERÍSTICAS As principais características da Cd dez, a abertura e o pluralismo. A Constituição Financeira é rígi segundo os pressupostos e formalidade texto básico, nomeadamente a' emend É aberra porque não expréssa um lacunas, mas um sistema incompleto lacunoso. A abertura se relaciona com através do órgão dotado de poder con deslimitar do texto constitucional, sub pressivas da linguagem e levado a efei pelo trabalho criador da jurisprudênc nada tem que ver com a quantidade d dade e textura. A Constituição Financeira vive nd ciona-se com todas as outras Subcons Social etc. Desdobra-se em urna plura tário, orçamentário etc. uição Financeira são a rigi- rque a sua reforma se faz viarnente estabelecidas no titucional. unto completo ern si, Serrl definição, problemático e nças, que se não fazem te, mas representam urn do às possibilidades ex- la interpretação jurídica e abertura, por outro lado, as, mas com a sua quali- iente do pluralismo. Rela- es — Política, Econômica, e de subsistemas — tribu- 7 . SUBSISTEMAS A Constituição Financeira, que Estado Democrático e Social de Direi de de subsistemas, sendo os principai priamente dito e o orçamentário. Pode a) Constituição Tributária, que c tado Democrático e Social Fiscal e qu dividindo-se, por seu turno, em inume a das Subconstituições do vide-se em uma pluralida- "butário, o financeiro pro- alar, assim, em: i na via dos tributos o Es- screve nos arts. 145 a 156; utros subsistemas; 38 39 b) Constituição Financeira propriamente dita, que disciplina o relacionamento financeiro intergovernamental, o crédito público e a moeda (arts. 157 a 164); c) Constituição Orçamentária, que regula o planejamento finan- ceiro, o orçamento do Estado e o controle de sua execução (arts. 70 a 75 e 165 a 169). O quadro geral da Constituição Financeira pode ser assim es- boçado: Constituição Tributária 7 Sistema Tributário Nacional Limitações Constitucionais butar (arts. 150 a 152) Sistema Tributário " Federado (arts. 145 a 149) ao Poder de Tri- Sistema de Impostos da União (arts. 153 e 154) Sistema de Impostos dos Estados (art.155) Sistema de Impostos dos Municípios (i-rt. 156). Sistema de Repartição das Receitas Tributárias i (arts. 157 a 162) Sistema dos Empréstimos Públicos (art. 163) Sistema monetário (art. 164) Sistema dos Orçamentos farts. 165 a 169) { Sistema da Fiscalização Contábit Financeira e . Orçamentária (arts. 70 a 75). .8. AS coNsTrruiçõfs DOS ESTADOS-MEMBROS A própria Constituição Federal estabelece as regras básicas para a integração vertical cio poder financeiro, seguindo-se daí que o-poder constituinte financeiro dos Estados-membros já nasce limitado por aquelas regras de harmonização. Demais disso, a formação centrifuga do nosso federalismo faz com que as Constituições dos Estados conte- nham poucas inovações comparativamente à Federal, ao contrário do que ocorre em ou-trás Federações, como os Estados Unidos e a Alema- nha, em que até a compreensão dos direitos fundamentais está sendo ampliada pela obra dos constituintes: locais ou pela interpretação das Constituições Estaduais. Acrescente-se, ainda, que os ciclos de autori- tarismo no Pais têm desmotivado o afastamento do modelo federal. Daí por que algumas Constituições estaduais trataram sucintamente da matéria financeira, limitando-se a declarar que o sistema tributário é o previsto na CF. O poder constituinte estadual, conseguintemente, é urn poder derivado, que deve sujeitar-se às normas constitucionais da União e às normas legais federais. O poder constituinte originário estadual nunca é, numa federação, autônomo, visto que se sujeita aos princípios e ao modelo federal. A autonomia do Estado reside no poder de se consti- tuir, mas de se constituir dentro da Federação. De modo que o poder constituinte financeiro estadual depara, de início, com três limitações básicas: a) as normas sobre a independência e harrnonia dos Poderes insertas na Constituição Federal; b) o sisterna tributário nacional e o orçamentário modelados pela União; c) a auto- nomia municipal. III. O PROCESSO LEGISLATIVO 9. EMENDA CONSTITUCIONAL Sendo rígida a Constituição Financeira, a revisão dos seus disposi- tivos deve se fazer sempre por emenda, na forma prevista no art. 60 da CF 88. A proposta de emenda poderá ser feita pelos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal (um terço, no mínimo), pelo Presidente da República ou por mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada urna delas, pela maioria relativa de seus membros. A emenda constitucional não poderá. levar à abolição da forrna federativa do Estado, da separação de Poderes e dos direitos e garan- tias individuais (art. 60, § 42, CF). Assim sendo, não poderá ser objeto de deliberação a proposta de emenda que vise a abolir o sistema de discriminação de rendas, a separação horizontal do poder financeiro ou as imunidades fiscais, que constituem formas de garmtia dos direi- tos fundamentais. Nem sempre se faz necessária a emenda constitucional para que se leve a efeito a reforrna tributária. Nos casos de modificações meno- res na ordern legal prescinde-se dela. Porém, quando se aprofunda a reforma, quando se rnodificam as expectativas, quando se altera a es- trutura dos tributos, torna-se indispensável a revisão do contrato cons- titucional. Ainda mais quando a Constituição Tributária é minuciosa Constituição Financeira Propriamente Dita Constituiçá Orçamentária 40 A lei complementar, da competência da União, é de fundamental importância para a concretização do direito financeiro, que na Consti- tuição se expressa em normas sucintas e abertas. A referência à lei complementar surgiu na CF 67/69, mas já a CF 46 cogitava de lei federal para dispor sobre- normas gerais de direito financeiro. Nos paí- ses em que inexiste a figura da lei de hierarquia superior, a matéria financeira de interesse nacional é reg 'tilada pela União com fundamen- to nos poderes implícitos ou na cláusula do comércio interestadual. A lei complementar brasileira não tem paralelo no direito comparado: a Áustria conta com a lei constitucional financeira (Finanzverfassungs-gesetz), de eficácia superior, destinada a regular a partilha tributária, matéria sobre a qual é omissa a respectiva Constituição; a França pos- sui a ki organique, com processo legislativo próprio, que talvez seja o modelo mais próximo do nosso. As leis complementares, ;aprovadas pela maioria absoluta do Con- gresto Nacional (art. 69 da Cf' 88), têm extraordinária relevância para o direi co tributário e orçamentário. 42 como a brasileira. A reforma tributária instituída pelo Código Tributá- rio Nacional (Lei n2 5.172/65), por exemplo, foi precedida da revisão constitucional da Emenda 18/65. De notar que 2 reforma tributária pode vir no bojo de uma revisão total da Constituição, sem que isso implique em urna renovação de todo o sistema tributário nacional. A reforma tributária global é utópi- ca: a revolução fiscal há que se fazer dentro da Constituição, respei- tando-lhe os princípios gerais. Às vezes a emenda