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Lâmina Basal
Liz Schettini e Nathália Oliveira
BMC
 
 Temos o tecido epitelial onde as células se encontram muito unidas, e abaixo temos a lâmina basal (matriz extracelular específica do tecido epitelial) e abaixo temos uma matriz extracelular menos específica onde temos os proteoglicanos, colágeno, elastina e glicosaminoglicanos.
 As células do tecido epitelial vão fazer alguns tipos de junções de oclusão, porque elas precisam estar unidas umas às outras. Se essa junção for célula-célula, a gente chama de junção aderente. Se for célula-matriz, a gente chama de adesão focal.
 Agora nos filamentos intermediários: se for célula-célula nós chamamos de desmossomo, se for célula-matriz nós chamamos de hemidesmossomo.
 As interações célula-célula vão ser sempre feitas por proteínas da família da caderina: se for o filamento de actina, vai ser junção aderente e se for filamento intermediário vai ser desmossomo.
· Junções ocludentes: serve como selagem entre células adjacentes, sendo uma barreira de permeabilidade seletiva. São proteínas (ocludinas) que se unem nessa região.
· Junções de ancoramento: ancoram citoesqueleto (microtúbulo, filamento de actina e o filamento intermediário, nesse caso o microtúbulo não entra) da célula com outra célula quanto da célula com a matriz. Tanto o filamento intermediário passa de uma célula para a outra, bem como os filamentos de actina. O mesmo acontece entre esses filamentos celulares com a matriz extracelular (lâmina basal no caso do tecido epitelial) – temos proteínas que fazem isso. 
· Junções comunicantes: formam poros (canais) que comunicam uma célula com a outra, onde elas trocam pequenas moléculas. São formadas pelas conexinas (proteínas que se reúnem, geralmente em grupos de 6, formando um canal chamado conéxon ou junções do tipo fenda) 
 OBS.: atuação do conéxon no fígado -> Quando temos baixa de glicose precisamos quebrar glicogênio, ele será quebrado através do estímulo do SNS: ele secreta adrenalina, que se liga ao seu receptor no hepatócito (é um receptor beta-adrenérgico). Todos os receptores beta ativam GS, que aumenta o AMPc, é ele que ativa a PKA, que ativa as enzimas para ocorrer a glicogenólise. Mas acontece que nem todos os hepatócitos têm inervação simpática, então não vão receber o estímulo da adrenalina. Então aqueles que recebem a sinalização simpática, geram esse processo normalmente, produzindo AMPc e, pelas junções comunicantes eles então deixam passar o AMPc para as células que não possuem inervação simpática para que dentro delas novas PKAS possam ser ativadas. Se a pessoa tem um defeito na conexina, você vai ter um defeito na sinalização da glicose, por exemplo. São os conéxons que permitem a passagem de AMPc, a pessoa teria um comprometimento de mobilização da glicose.
 Temos proteínas de adesão celular que estão presentes nas junções de ancoramento, que podem ser de 04 tipos: 
1. Caderinas: são proteínas que fazem ancoramento célula-célula, liga o filamento de actina de uma célula com o filamento de actina da outra célula (junção aderente), bem como os filamentos intermediários entre as células (desmossomo). 
2. Integrinas: junção dos filamentos da célula com a matriz extracelular. A junção do filamento de actina com a matriz (adesão focal – nome desse tipo de ligação). O nome da adesão do filamento intermediário com a matriz é hemidesmossomo. 
3. Selectinas: moléculas de adesão que fazem uma adesão leve, ou seja, uma ligação fraca. Temos muita nas células endoteliais dos vasos, porque são importantes para o rolamento. Na hora que um leucócito precisa migrar para o local de infecção, ele faz isso através da ligação fraca (transiente) com as selectinas: essas moléculas ligam-se ao glicocálix (leucitina), e depois solta, liga e solta, provocando o rolamento. Mas ao mesmo tempo em que está acontecendo essa ligação fraca, as integrinas estão sendo ativadas, e então, através delas, há uma ligação forte.
4. Imunoglobulinas: (Ig)
 Os filamentos intermediários de uma célula para outra, existem para que haja resistência, atração e tensão mecânica entre as células. Isso impede o rompimento das células sob uma pressão. Pessoas que tem anticorpos anti-caderina (Pênfigo Vulgar), apesar de ter filamentos intermediários, não conseguem ligar um filamento com o outro, então se expuser essa célula a uma tensão ela vai romper e formar uma bolha. A simples pressão da roupa, do elástico da calça, do soutien seria suficiente para formar uma bolha. 
 Na ligação célula-célula o filamento intermediário e o filamento de actina vão sempre se ligar a eles próprios do outro lado (actina com actina, intermediário com intermediário). No caso da ligação da célula-matriz extracelular, os filamentos estão se ligando a estruturas que dependem do tecido: a integrina se liga na lâmina basal à laminina (tecido epitelial), e a fibronectina se liga a matriz extracelular de tecidos não epiteliais. Então o citoesqueleto vai se ligar a quem na matriz extracelular? Depende de que matriz estamos falando.
 A matriz extracelular é uma rede complexa de macromoléculas secretadas, localizadas no espaço extracelular. É produzida pelas próprias células que estão ao seu redor. Sua organização e distribuição varia entre os tecidos (altera características dos tecidos). Mudança estão associadas a doenças crônicas. É secretada pelas próprias células dos tecidos sobrejacentes. Funções:
· Preencher os espaços não ocupados pelas células
· Conferir aos tecidos resistência a compressão e estriamento
· Constitui um meio por onde chegam nutrientes e são eliminados os dejetos celulares
· São um veículo por onde migram células que se deslocam de um ponto ao outro
· Regulam processos básicos celulares
 Constituintes da matriz extracelular: 
· Água e eletrólitos
· Células (dependem do tipo de tecido: adipócitos, macrófagos, fibroblastos, condrócitos, osteoclastos)
· Colágeno
· Fibras de elastina 
· Proteoglicanos 
· Glicosaminoglicanos
· Glicoproteínas
 Uma matriz celular importante, é a matriz extracelular de suporte do tecido epitelial conhecida como lâmina basal. Ela é uma matriz fina, escassa, que pode ter funções estruturais de ancoramento (no epitélio, células musculares, células de Schwann). É flexível e dá suporte ao epitélio. É constituída de vários componentes como colágeno tipo 4, que é característico da lâmina basal.
 OBS.: a lâmina basal do glomérulo renal também tem importante função de filtração
 A laminina é uma glicoproteína característica da lâmina basal. A célula epitelial vai ligar seu citoesqueleto na laminina e a laminina se liga normalmente ao colágeno tipo 4. Então a integrina, na lâmina basal vai ligar o citoesqueleto à laminina, que é uma glicoproteína heterotrimérica (alfa, beta e gama). Ela interage com outros elementos da matriz formando redes.
 Se esses constituintes não estiverem grudados um com o outro, geram-se os problemas estruturais, como por exemplo distrofias musculares.
 A fibronectina é uma glicoproteína importante para a interação da célula com a matriz (se liga as integrinas nas células não epiteliais). Ela 20 isoformas já descritas, porém tem 1 único gene com 50 éxons que sofrem splicing alternativo.
 Os glicosaminoglicanos (GAGs) são:
· Ácido hialurônico: atua como preenchedor de espaços e facilita a migração celular durante a morfogênese. É degrado pela hialuronidase. Ele Retarda a migração de microrganismos, mas há alguns microorganismos que possuem hialuronidase, e conseguem transpor essa substância.
· Hialuronas
· Sulfatos de condroitina: cartilagem
· Sulfatos de dermatana: pele, vasos sanguíneos, tendões 
· Sulfatos de heparana: perlecan
· Hepatina: proteoglicano intracelular
 Os proteoglicanos são GAGs + proteínas, unidos por ligações covalentes.
 O colágeno é a proteína mais abundante da matriz extracelular, ele corresponde a 30% de massa proteica de todo o nosso corpo. Existem mais de 42 genes responsáveis pela produção de colágeno, então eles variam em características e forma, eles podem formar fibras. O colágeno são 3 cadeiasalfa, que se juntam e formam um feixe. Sua produção também está sujeita a mudanças pós-transcricionais. Todas as proteínas de matriz extracelular são secretadas para fora da célula, então todas elas foram produzidas do RER, no sistema de endomembranas (RER -> Golgi -> transporte vesicular)
 Exemplos de doenças causadas por deficiências de colágeno:
· Deficiência de colágeno tipo 1: osteogênese imperfeita
· Deficiência de colágeno tipo 3: são aqueles contorcionistas de circo, mas essa contorção acaba lesando vasos sanguíneos. Síndrome de Ehlers-Danlos
 A elastina são fibras elásticas revestidas por uma glicoproteína chamada de fibrilina, que dá estabilidade a molécula de elastina. Ela é importante porque nossos vasos precisam ter elasticidade, mas eles também não podem ser muito elásticos, então normalmente fibras de colágeno se entrelaçam com fibras de elastina, para que os vasos não rompam facilmente. A síndrome de Williams é causada por deficiência de elastina. A síndrome de Marfan é causada por alteração no gene que codifica a fibrilina.
 Estadiamento da cirrose/fibrose hepática
· Estágio I: a inflamação começa a formar tecido cicatricial
· Estágio II: o tecido cicatricial vai aumentando
· Estágio III: (cirrose) temos o parênquima hepático substituído por tecido cicatricial
 OBS.: o fígado cirrótico produz muito mais colágeno que o fígado normal, e além disso, a distribuição desse colágeno é diferente. Os glicosaminoglicanos também mudam de perfil e quantidade. 
 Artigo das conexinas: (participação das conexinas 43 e 32 no desenvolvimento da fibrose hepática) no fígado, as conexinas mais importantes são a 32 e a 26, que são expressas nos hepatócitos. A conexina 43, está presente em todas as células do fígado, é ativada durante a lesão hepática, sendo transformada em miofribroblastos, ficando responsável pela produção ou degradação do colágeno no fígado. Em experimentos com camundongos geneticamente modificados para expressar menores quantidades de conexinas 32 e 43, foi-se observado que os animais controle (ou seja, os sem modificação genética) apresentavam um aumento no colágeno (após a indução de cirrose), porém também tinham aumento da colagenase. Já os animais com a conexina 43 diminuída tinham (após a indução de cirrose) menor produção das colagenases. A redução da comunicação intracelular prejudicou as funções biológicas dos miofibroblastos, pois eles deveriam receber informação para a produção de colagenase e não estavam recebendo por causa da deficiência da conexina 43. Os animais que tinham deficiência da na conexina 32 também tiveram um aumento no colágeno (porém não tão exacerbado quanto os que não tinha a conexina 43), mas por um mecanismo diferente: por aumento da quantidade e intensidade das lesões inflamatórias no fígado, onde o órgão não consegue repor as células lesadas na velocidade necessária e usa o colágeno no processo de cicatrização. Em condições normais, quando o hepatócito morre são enviados sinais pelas junções comunicantes para que outras células se proliferem, só que esses animais que não tinham as conexinas não recebiam esse sinal. 
 O que pode estar acontecendo com uma célula que entra em processo cirrótico, é que ela está modificada, podendo inclusive evolui para uma neoplasia, podendo modificar a expressão das suas conexinas piorando o quadro.

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