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Resumo Semiologia Pediátrica- Bruna Krug

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SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA 
E PUERICULTURA 
 
 
 
 
 
 
, 
 
 
 
 
 
BRUNA REIS KRUG ATM 2023/2 MEDICINA ULBRA 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
2 
 
SUMÁRIO 
Anamnese Pediátrica ......................................................................................................................................................................................................................... ...............................3 
Exame Físico Pediátrico.................................................................................................... .............................................. .................................................................................................. 11 
Exame Neurológico............................................................................................................................................................................................................................................................ 21 
Exame Físico do Recém-Nascido............................................................................................................. ........................................................................... ....................................... 23 
Aleitamento Materno................................................................................................ ........................................................................... ............................................................................32 
Alimentação no Primeiro Ano de vida ................................................................................................ ........................................................................... ............................................36 
Crescimento e Desenvolvimento ................................................................................................ ........................................................................... ...................................................39 
Imunizações ................................................................................................ ........................................................................... .............................................................................................44 
Adolescência ................................................................................................ ........................................................................... ...........................................................................................50 
Abdome ................................................................................................ ........................................................................... ......................................................................................................53 
Sistema Respiratório ................................................................................................ ........................................................................... ...........................................................................55 
Sistema Cardiovascular ............................................................................................. ........................................................................... ........................................................................59 
Sistema Endócrino ............................................................................................. ........................................................................... ...................................................................................63 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
3 
 
ANAMNESE PEDIÁTRICA 
• A anamnese leva à hipótese diagnóstica em cerca de 70-80% das vezes; 
• É individual e intransferível; 
• Ambiente tranquilo, com privacidade e iluminação adequada; 
• Boa relação médico-paciente; 
• Apresentação (para um estudante, sempre esclarecer sua condição); 
• Posição do médico, vestimentas, posturas (apertar a mão e lembrar do 
nome das pessoas); 
• Cuidar a linguagem (pode haver diferentes interpretações); 
• Avaliar relação pai-filho (é importante saber escutar e perceber nas 
estrelinhas problemas que às vezes são difíceis de verbalizar, observar 
posturas, atitudes das mãos, olhares trocados 
entre criança e pais); 
• Identificar a expectativa dos pais quanto ao 
médico e quanto ao problema da criança; 
• Abordagem de assuntos de modo esclarecido e 
desprovido de preconceitos; 
• Palavras de encerramento; 
• Esclarecer dúvidas finais; 
• Avaliar se os objetivos foram alcançados; 
• Assuntos não abordados; 
• Deixar claro limites de tempo. 
 
 
Como conversar com as crianças: 
• Saber impor limites e manter autoridade; 
• Deixar claro que ela é o paciente e que o médico dará importância às suas queixas; 
• Não rir delas, exceto quando ficar claro que é para rir; 
• Não tentar ser engraçado; 
• Não caçoar, exceto quando já estiver um clima de intimidade; 
• Eventualmente, pode-se usar o cochicho; 
• Linguagem ao nível de seu entendimento; 
• Às vezes, quando é prioritário obter uma informação que a criança está negando o médico pode impor sua 
autoridade e a dos pais; 
Características especiais da entrevista com adolescentes: 
• Deixar sempre claro que o adolescente é o paciente, e não seus pais; 
• Procurar entrevista-lo sozinho; 
• Procurar dar orientação terapêutica diretamente ao paciente; 
• Nem sempre a queixa principal é o real motivo da consulta; 
• Quebrar a barreira que inicialmente existe nos adolescentes de serem calados, desconfiados e hostis; 
• Entender que ele está em uma fase de busca de identidade pessoal, uma forma encontrada pelo adolescente 
é primeiro descobrindo o que ele não é, para depois se encontrar. 
• O tópico sexualidade deve ser abordado mesmo que não venha com queixa; 
• Ao tratar adolescentes com problemas emocionais, evitar encaminhá-los imediatamente ao especialista. 
 
 
- Facilitação: “uhum... continue”; 
- Reflexão: usar a ultima palavra ou frase do paciente para 
encorajá-lo a prosseguir de modo que ele faça determinadas 
associações que não faria com perguntas diretas. 
- Esclarecimento: pedir para que esclareça o significado de 
expressões como “razoável”, “regular”, “muito”, “pouco”... 
- Respostas empáticas: auxilia no vínculo. 
- Confrontação: exige tato e delicadeza, o médico precisa 
despertar confiança para que o paciente saiba que ele esta 
ali disposto a ajudá-lo, “quando você fala neste assunto suas 
mãos tremem, vamos falar mais sobre isso”. 
- Interpretação: interferências a respeito dos sentimentos 
dos pacientes e não apenas o confronta com eles. “Você já 
fez inúmeras perguntas sobre o resultado dos exames. Está 
preocupado com o diagnóstico?” 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
4 
 
1. Identificação: 
• Nome (tanto dos pais quanto da criança), idade, religião; 
• Sexo e raça (não perguntar); 
• Data e local de nascimento; 
• Apelido (para crianças maiores, para aumentar o vínculo); 
• Nome e local de trabalho dos pais; 
• Data da entrevista; 
• Fonte de encaminhamento; 
• Fonte da anamnese e fidedignidade (quem relata e quão confiável é). Exemplo: vizinha trouxe o bebê para 
ajudar a mãe, mas não sabe nada da rotina dele = não é uma fonte fidedigna. 
 
2. Queixa Principal: 
• Queixa principal do paciente, aquela que o levou a procurar assistência médica; 
• Deve ser expressa de modo sumário e de preferência com os termos usados pelo doente; 
• Exemplo: “dor nas costas há três dias”. 
 
3. História da Doença Atual: 
Caracterizar objetivamente cada queixa com ênfase nos seguintes aspectos: 
a. Certificar-se de que os sinais e sintomas descritos pelo paciente ou responsável correspondem àqueles utilizados 
na terminologia médica (por exemplo: não registrar como "diarreia" o aumento do número de evacuações). 
b. Registrar a datade início dos sintomas sempre vinculada ao momento da consulta (p.ex.: registrar “teve uma 
crise convulsiva há seis dias” em vez de “teve uma crise convulsiva na quarta-feira passada”). 
c. Registrar todas as características relevantes dos sintomas, tais como: duração (em cada episódio), intensidade, 
frequência (periodicidade), fatores de intensificação e alívio (medicação, alimentos, posição, relação com a 
respiração, esforço, eliminações). 
d. Registrar consultas médicas anteriores, diagnóstico(s) dado(s), exames realizados e medicação usada. 
 
• Parte mais importante da anamnese; 
• Ampliação da queixa principal (principalmente); 
• Ordem cronológica; 
• Sintomas que se relacionam com a queixa principal; 
• Ausência de certos sintomas; 
• Preocupações; 
• Fatores desencadeantes; 
• Condições clínicas associadas; 
• Fatores de alívio e agravo; 
• Períodos de semelhança, dissemelhança ou acalmia; 
• Repercussões sistêmicas, nas condições psicológicas do paciente e na sua vida como um todo; 
• Tratamentos já realizados e resultados; 
• Descrever o sintoma em localização, qualidade, intensidade, tempo de início, duração, periodicidade e 
frequência; 
• Exames laboratoriais; 
• Usa medicamentos? Dose/horário/fez efeito? 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
5 
 
4. Antecedentes pessoais 
- Antecedentes Perinatais: 
• Pré-natal: saúde materna, ganho de peso, sangramentos, medicamentos usados, doenças específicas, 
duração, aceitação da gestação pelos pais. 
• Perinatal: tipo de parto, período de expulsão, analgesia, complicações, peso ao nascer. 
• Neonatal: ressuscitação, apgar, Capurro (Idade Gestacional pelo exame físico), intercorrências. 
- História alimentar: Amamentação, alimentos complementar, aceitação e dificuldades, diário dietético. 
- Antecedentes de crescimento e desenvolvimento: 
• Percentil da curva de crescimento. 
• Idade que atingiu os marcos do desenvolvimento (sorriso social, sustentou a cabeça, sentou sem apoio, andou, 
falou, continência fecal e urinária, correr, escadas, copo, talheres, vestir-se, rendimento escolar). 
• Caracteres sexuais secundários. 
- Hábitos: 
• Sono – padrão, horários, onde e com quem 
• Vida escolar 
• Sexualidade 
• Personalidade 
• Disciplina 
- Antecedentes Mórbidos: 
• Doenças, hospitalizações, cirurgias; 
• Patologias crônicas; 
• Medicações; 
• Uso de hemoderivados; 
• Alergias (1 a cada 5 crianças – 20% - são alérgicas); 
• Imunizações: teste de triagem, calendário vacinal; 
- Antecedentes Familiares: 
• Importante saber se foi ou não planejado, porque quando não é tem maiores chances de haver violência; 
• Educação, emprego, saúde, renda; 
• Habitação, saneamento básico, tipo de fogão, piso; 
 
5. Revisão de Sistemas: 
 
1. Gerais: Astenia, fraqueza, tonturas; alteração no humor, peso, temperatura, sono. 
2. Pele: Alterações nos fâneros, ardência, cianose, coloração anormal, equimoses, lesões, palidez, petéquias, 
prurido, rubicundez, secura. 
3. Subcutâneo: Edema, nódulos. 
4. Músculo-esquelético: Dor, calor, rubor em articulações ou músculos, parestesias ou paralisias de grupos 
musculares especiais. 
5. Cabeça: Cefaléia, alteração da acuidade visual, dor nos olhos, lacrimejamento, uso de lente corretiva, 
vermelhidão nos olhos, visão dupla, audição, otalgia, otorréia, zumbidos, condições dos dentes e gengivas. 
6. Respiratório: Dor torácica ventilatório-dependente, dispnéia, epistaxe, espirros, hemoptise, obstrução nasal, 
prurido nasal, rinorréia, rouquidão, sibilância, tosse. 
7. Cardiovascular: Alteração do ritmo cardíaco, cianose, dispnéia, palpitações, sopros. 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
6 
 
8. Digestivo: Vômitos, regurgitação, disfagia, halitose, pirose, dor abdominal, constipação, diarréia, eliminação de 
vermes, encoprese, sangramento digestivo, tenesmo. 
9. Genitourinário: Alteração da cor da urina, alteração do jato urinário, alterações menstruais, corrimento vaginal 
ou uretral, dor ou massas testiculares, disúria, enurese, incontinência, polaciúria, hematúria, hérnias, nictúria, 
poliúria. 
10. Neurológico: Alteração da marcha ou do equilíbrio, cefaléia, convulsões, desmaios, dislalias, paralisias, paresias, 
parestesias, perda de memória, vertigens. 
11. Endócrino: Bócio, fome ou sede excessivas, instabilidade ao calor ou frio, sudorese excessiva. 
12. Psiquiátrico: Agitação, alteração do humor, ansiedade, depressão, nervosismo, tensão. 
13. Personalidade: Desobediência, hiperatividade, irritabilidade, medo, preguiça, temperamento difícil ou destrutivo, 
timidez, tristeza. 
14. Comportamento: Chupar dedo, dificuldade de relacionamento, enurese, encoprese, fobia escolar, gagueira, 
masturbação, perversão do apetite, problemas de sono, problemas sexuais, roubo, uso de drogas (álcool, tabaco, 
outras drogas). 
 
6. Supervisão de Saúde: 
• Recebe acompanhamento médico regular? Se afirmativo, registrar o local e a data da última consulta. 
• Testes de triagem: visão, audição, pressão arterial. 
• Exames laboratoriais realizados: Parasitológico de fezes, hemograma, urocultura, teste tuberculínico, 
colesterol. 
• Prática de exercício físico; freqüência; tipo de exercício. 
• Relato da dieta do dia anterior (ou último dia em que estava com saúde) com descrição detalhada do que 
ingeriu em cada refeição. 
• Hábitos de segurança: assento/cinto de segurança no automóvel, grades em piscinas/janelas, uso de 
bóia/colete salva-vidas, aptidão em natação, armas de fogo em casa, conhecimento de normas de conduta 
do pedestre no trânsito, possibilidade de contato com medicamentos, plantas tóxicas e produtos químicos, 
xarope de ipeca em casa, esportes perigosos. 
• Se adolescente, sai sozinho à rua, anda de carro com motoristas adolescentes? Cuidados dentários (visitas ao 
dentista, aplicação tópica de flúor, escovação, fio dental). 
Sobre a Relação Médico-Paciente: 
• Profissão: “obrigação de ser competente e habilidoso na prática médica; a necessidade de colocar o bem-estar 
do paciente acima do interesse próprio.” 
• Paciência: “... a pessoa que procura tratamento médico está sofrendo e se encontra em posição 
VULNERÁVEL...” 
• Compaixão: “...o médico é convidado a SOFRER COM O PACIENTE, dividindo sua situação existencial (a qual 
também sugere um papel espiritual...)” 
• Consentimento: “a relação médico-paciente é baseada em INFORMAÇÕES DADAS LIVREMENTE, pelas duas 
partes envolvidas e esse consentimento deve ser dado sem pressão ou força de qualquer um dos lados.” 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
7 
 
REGISTRO PERI/NEONATAL – FOLHA DE PRONTUÁRIO 
 
• O nome do RN não é informado, apenas o da mãe. 
 
• Cor = referente a mãe; 
• IGO = Idade Gestacional Obstétrica; pode ser estimada por medições ecográficas até as 22 semanas de 
gestação. Um erro nessa avaliação pode determinar erros, como o de realizar cesárea em feto prematuro. 
Ademais, em gestação de alto risco, as condutas variam conforme a IG. 
• Cultura estrepto B: +, - ou não realizado. Esse exame é importante porque o “Streptococcus pode colonizar os 
trato vaginal, urinário e gastrointestinal sem causar sintomas. Sua maior relevância médica está 
principalmente, em casos de gestantes colonizadas, que podem vir a contaminar seus filhos no momento do 
parto e provocar quadros graves de septicemia e meningite nos neonatos”. 
• Sorologias: se a mãe não é positiva, aparece normalmente “NR”, que significa “não reagente”. IgM e IgG não 
pode ser que a gestante seja suscetível a doença. 
• Drogas na gestação = incluí qualquer tipo de drogas e medicamentos. 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
8 
 
• É muito importante a observação do líquido amniótico. Ele deve ser claro. Se houver sangue, tem algo errado 
e pode ter havido mistura de sangue entre mãe-filho. Se houver mecônio, por mais que muitas vezes não seja 
um problema, significa que o bebê não estava confortável, havia um grau de asfixia que levou ao relaxamentodo esfíncter. E se estiver fétido, é porque há problemas sérios de infecção. 
• A escala de APGAR normalmente aparece apenas no 1º e 5º minuto. Deve estar acima de 7. Se estiver abaixo, 
realiza-se novamente no 10º minuto com a esperança que atinja a pontuação mínima. É um teste feito no 
recém-nascido logo após o nascimento que avalia o seu estado geral e vitalidade, ajudando a identificar se é 
necessário qualquer tipo de tratamento ou cuidado médico extra após o nascimento. Esta avaliação é feita 
logo no primeiro minuto de nascimento e é repetida 5 após o parto, tendo em consideração características do 
bebê como atividade, batimento cardíaco, cor, respiração e reflexos naturais. 
 
 
1. Atividade (tônus muscular) 
− 0 = Músculos flácidos; 
− 1 = Dobra os dedos e movimenta os braços ou 
pernas; 
− 2 = Movimenta-se ativamente. 
2. Batimento cardíaco 
− 0 = Sem batimento cardíaco; 
− 1 = Inferior a 100 batimentos por minuto; 
− 2 = Superior a 100 batimentos por minuto. 
3. Reflexos 
− 0 = Não responde a estímulos; 
− 1 = Faz caretas quando estimulado; 
− 2 = Chora vigorosamente, tosse ou espirra. 
4. Cor 
− 0 = O corpo tem coloração pálida ou azul-
acinzentada; 
− 1 = Coloração rosada no corpo, mas azulada 
nos pés ou mãos; (a maioria perde ponto aqui, 
pelo período de adaptação circulatória). 
− 2= Coloração rosada em todo o corpo. 
5. Respiração 
− 0 = Não respira; 
− 1 = Choro fraco com respiração irregular; 
− 2 = Choro forte com respiração regular. 
 
 
 
A interpretação do valor é sempre feita por um 
obstetra, sendo o normal que um bebê saudável nasça 
com no mínimo 7 ao primeiro minuto. Pontuação 
inferior a 10 é comum e acontece porque a maioria dos 
bebês precisa ser aspirado para retirar todo o líquido 
amniótico dos pulmões antes de conseguir respirar 
normalmente. Por volta dos 5 minutos é comum que o 
valor aumente para os 10. 
O surgimento de uma pontuação inferior que 7, ao 1º 
minuto, é mais comum em bebês que nasceram: 
• Após uma gravidez de risco; 
• Por cesárea; 
• Após uma complicação no parto; 
• Antes das 37 semanas. 
Nestes casos, a pontuação inferior não é motivo de 
preocupação, no entanto, deve aumentar após 5 
minutos. 
O que acontece quando o resultado é inferior? 
A maior parte é saudável e, por isso, esse valor 
aumenta ao longo dos primeiros 5 a 10 minutos de 
vida. Mas quando o resultado se mantém baixo pode 
ser necessário ficar internado numa unidade de 
neonatologia, para receber cuidados mais específicos e 
garantir que está se desenvolvendo da melhor forma 
possível. O valor baixo de APGAR não prediz qualquer 
tipo de resultado sobre inteligência, personalidade, 
saúde ou comportamento da criança no futuro. 
 
• Perímetro cefálico = muito importante! Média de 33-35cm. 
• AIG = adequado para idade gestacional; 
• PIG = Pequeno para idade gestacional; 
• GIG = Grande para idade gestacional; 
 
Método Capurro: 
• A avaliação precisa da idade gestacional (IG) é fundamental para a obstetrícia e para a neonatologia. Com a 
observação de sinais físicos e características neurológicas do recém-nascido é possível estimar a IG, pois 
muitos deles variam de acordo com a idade fetal. O somatório desses elementos é capaz de estimar a IG, tendo 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
9 
 
uma margem de erro de duas semanas. O método de Capurro consiste em uma das técnicas utilizadas para 
essa finalidade. 
 
 
 
 
Escore de APGAR: 
• O escore de Apgar é um dos métodos mais utilizados para a avaliação imediata do RN, sendo realizado, 
principalmente, no primeiro e no quinto minutos de vida. O exame avalia 5 aspectos: frequência cardíaca, 
esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e coloração da pele, sendo cada item pontuado de 
0 a 2. 
• O escore de Apgar do primeiro minuto geralmente está relacionado com o pH do cordão umbilical e traduz 
asfixia intraparto. Já o Apgar do quinto minuto se relaciona com eventuais sequelas neurológicas. Além disso, 
escore menor que 7 é indicativo de asfixia perinatal. 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
11 
 
EXAME FÍSICO PEDIÁTRICO 
Aspecto geral: 
• Começa quando o pai/mãe e a criança entram no consultório; 
• O pediatra deve usar o máximo de sentidos possíveis; 
• Diferente do adulto, “a criança é o que é”, ela não mente sobre o que tá sentindo; 
• Observar vínculo entre pais e filhos 
→ Síndrome Baby Blues: acomete mulheres que deram a luz recentemente (puerpérias) e que não conseguem 
estabelecer uma relação direta com o bebê. 
→ Síndrome do Estocolmo: a vítima pode “gostar” do agressor/abusador. 
• Avaliar os sinais vitais primeiro: choro pode alterar percepções, “deixa o pior pro final”; 
- Temperatura; 
- Frequência cardíaca; 
- Pulso; 
- Frequência respiratória; 
- Pressão arterial; 
• A avaliação varia de acordo com a idade; 
• Muitas vezes a consulta é iniciada no colo da mãe, local de maior proteção; 
• Avaliar ouvido e garganta no final; 
• Nível de consciência: expressões, risadas, choros, falas; 
• Higiene (cheiro, visual); 
• O bebê é ativo ou hipoativo? 
• Atitude e marcha (vem caminhando ou não); 
• Biotipo; 
• Fala; 
• Psiquismo ( adolescente); 
• Desenho: muito importante para avaliação psicológica, “a criança desenha o que vê”; 
• Medidas antropométricas: os dados aqui obtidos devem ser colocados em gráficos específicos; 
- Peso (até 16kg balanças para RN; acima, balança para adultos); 
- Estatura/comprimento (menor de 2 anos deitada com antropômetro de Harpender; maiores em pé com 
escala métrica); 
- Perímetro Cefálico (fita métrica passando pela glabela e pelo occipício, sem abranger orelhas); 
- Perímetro Torácico; 
- Perímetro Abdominal. 
Exame da Criança: conversar com a criança antes e durante o exame. * Único lugar que não segue essa ordem é o abdome 
(inspeção, ausculta, palpação e percussão). 
• Inspeção; 
• Palpação; 
• Percussão; 
• Ausculta; 
CADEIAS GANGLIONARES: 
• Localizacao; 
• Tamanho; 
• Consistência; 
• Mobilidade; 
• Coalescência; 
• Sensibilidade dolorosa. 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
12 
 
CABEÇA 
• Examinar partindo da generalidade para especificidade = cabeça vista como um todo. 
 
CEFALOHEMATOMA BOSSA SEROSANGUINOLENTA 
Hemorragia subperióstea pelo impacto de osso 
com osso no trabalho de parto 
Edema abaixo do couro cabeludo por trauma 
Limita-se a um dos ossos do crânio, respeita 
suturas 
Geralmente transpõe as linhas de suturas 
A reabsorção do hematoma demora, podendo 
gerar icterícia e calo ósseo 
Pode estar presente ao nascimento e desaparece 
em 24 hras (máximo 3 dias) 
Profundo Superficial 
Sanguinolento Serosa + Secreção 
Icterícia: dosar bilirrubina caso tenha icterícia 
abdominal. 
 
 
 
• Perímetro cefálico: 
- Aferido até os dois anos; 
- Média 33-35cm; 
- Micro: M 31,9 / F 31,5 
- Macro: maior que 37; 
- A mesma pessoa deve realizar os exames para evitar de usar pontos de referência diferentes. 
- Importante apalpar, auscultar (a anterior) e avaliar a hidratação das fontanelas. 
Crescimento da Cabeça – aumento médio do PC 
1º trimestre 2cm/mês 
2º trimestre 1cm/mês 
3º trimestre 0,5/mês 
Primeiro semestre Total de 10 cm 
Até os 18 anos Cresce 20 cm 
 
• Suturas e fontanelas: 
- Sutura metópica: fechamento entre 9 a 18 meses; 
- Sutura Lambdoideia: fechamento 
aos 2-3 meses, se ficar aberta além 
disso, indica hipotireoidismo; 
- Fechamento precoce das suturas = 
craniossinostose; 
- Vitamina D é necessário para 
calcificar, caso contrário pode haver 
raquitismo, principalmente em 
negros. 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
13 
 
• Avaliação da face: 
- Todas as vezes que a criança chora, ri e franze a testa; 
- Simetria; 
- Aparência sindrômica; 
- Implantação das orelhas; 
- Distância entre os olhos; 
- Tamanho do queixo; 
- Nariz; 
- Língua. 
Alterações no formato do crânio 
 
PLAGIOCEFALIA 
• Fusão unilateral prematura das suturas coronalou lambdoide; 
• Ocorre em fetos grandes; 
• Gestações múltiplas 
• Dormir sempre na mesma posição 
• Posição dorsal: braquicefalia postural 
• Não utilizar travesseiros 
• Cabeça virada sempre para o mesmo lado 
• Móbiles na altura da cintura do bebê 
• Posição ventral quando acordado 
• Pelve platipeloide: pode ocasionar cavalgamento de 
suturas no parto 
ESCAFOCEFALIA 
• Fechamento precoce da sutura sagital; 
• Mais comum em meninos brancos; 
• Aumento anteroposterior do crânio; 
• Fontanela anterior fechada; 
• Hiperexcitabilidade: cardiopatias, hérnia 
inguinal, deformidade óssea. 
• Como proceder: acompanhar PC de 15 em 15 
dias. 
BRAQUICEFALIA 
• Fechamento precoce de sutura coronal; 
• Crânio curto anteroposterior 
• Face plana, exoftalmia, hipertelorismo; 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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• Como proceder: acompanhar PC de 15 em 15 dias. 
TRIGONOCEFALIA 
• Sutura metópica saliente (fechamento precoce) 
• Sutura bregmática fechada 
• Crânio triangular e em cunha (pontudo) 
• Pode estar acompanhada de encefalopatias e lábio leporino 
• Hipertelorismo e olho de gato (puxado pra cima) 
• Acompanhar o PC 
 
PESCOÇO: 
• Torcicolo congênito: 
- Fibrose no interior do músculo esternocleidomastroideo. 
- Há encurtamento do musculo e contratura muscular. 
- Etiologia desconhecida; 
- Assimetria de face/crânio; 
- Movimento reduzido da cabeça; 
- Posição forçada para dormir; 
- Usa menos o braço do lado afetado; 
- Estrabismo; 
- Conduta: referir para o serviço de maior complexidade 
para avaliação; 
- OBS.: geralmente ocorre em gestação com oligodrâminio. 
 
OLHOS: 
• Examinar a presença de estrabismo em crianças pequenas; 
• Teste luminoso; 
• Os reflexos estão centrados, sem estrabismo; 
• ESOTROPRIA = para dentro; 
• EXOTROPIA = para fora; 
• HIPERTROPIA = para cima; 
• HIPOTROPIA = para baixo; 
• Estrabismo pode ser fisiológico até os 28 dias e é observado até o 5º mês; dai 
vai para o oftalmo; 
• Nistagmo = olho balançando, indica problemas neuológicos, encaminhar 
diretamente ao especialista; 
 
OBSTRUÇÃO DO CANAL LACRIMAL: 
• Ocorre em cerca de 6% das crianças. Resulta quase sempre da não perfuração 
da membrana que separa o canal lacrimo-nasal do meato inferior da fossa nasal; 
• Secreção mucosa ou muco purulenta nos primeiros dias ou semanas de vida; 
• Mais evidente de manhã, ou após os períodos de sono; 
• A conjuntiva não se apresenta inflamada, durante episódios em que existe secreção. 
• Condutas: Massagens no ducto naso-lacrimal 3 a 4 vezes ao dia – até 1 ano; Sondagem terapêutica das vias 
lacrimais; Discutir com o médico a necessidade de encaminhamento; 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
15 
 
LEUCOCORIA 
• Pesquisar presença de leucocoria; 
• Retinoblastoma = tumor da retina altamente maligno e catarata congênita. 
Reflexo Vermelho = TESTE DO OLHINHO: 
 Normal 
 Sem reflexo unilateral 
 Leucocoria 
 
PTOSE 
• Verificar se cobre a pupila 
CONJUNTIVITE 
• Se viral, só limpar; 
• Bacteriana, é purulenta; 
• Alérgenos: prurido, hiperemia sem secreção; 
• As duas últimas o tratamento é prescrito pelo médico. 
 
HORDÉOLO (terçol) 
• Por estafilococos (processo infeccioso) 
• Glândula de Zeiss na borda da pálpebra; 
• Abcesso, dor e hiperemia; 
• Tratamento: prescrito pelo médico, compressa fria local. 
CALASIO 
• Granuloma não infeccioso; 
• Recorrente; 
• Tumefação da pálpebra por infecção granulomatosa; 
• Secundária obstrução de glândulas sebáceas; 
• Hiperemia e celulite periorbitária; 
• Tratamento: ATB 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
16 
 
OUVIDOS 
• Observar a implantação do pavilhão auricular; 
• CRIANÇA PEQUENA: lóbulo da orelha para baixo e para trás; 
• CRIANÇA ESCOLAR: parte superior da orelha para cima e para trás; 
• OBS.: Na otoscopia a partir de 4 meses só consigo enxergar os ossículos do martelo; 
• Presença de apêndices: pode estar associado a problemas renais (visto que a orelha 
se forma junto com os rins durante a fase embrionária); 
• Inserção abaixo da orelha: trissomia do 13, 18 e 21 
• MASTOIDITE: otite é uma infecção na mastoide 
(normalmente uma complicação de otite). 
• Respostas ao som: lactentes < 6 meses testar reflexo cócleo palpebral (piscar os 
olhos). Deve ser capaz de localizar a fonte sonora. 
NARIZ 
• Pequeno, estreito e aplanado; 
• Há discreta secreção serosa; 
• RN limpa nariz com espirros 
• Seios maxilares e etmoidais estão presentes desde o RN ; 
• Não existe seios até 4 anos, por isso não existe sinusite até os 4 anos. 
• Seio esfenoidal aparece aos 5 anos 
• Seio frontal: 7 anos 
• Inspecionar usando uma fonte luminosa e avaliar secreção e coloração 
das mucosas. 
- Hiperemia: processo inflamatório agudo; 
- Mucosa pálida e úmida: alergia 
- Edemaciada: rinite crônica 
• Criança que ronca: suspeitar de hipertrofia de adenoide 
CAVIDADE ORAL 
• Freio lábio superior é espesso; 
• Língua projetada para fora; 
• Freio estreito curto – conecta a língua ao assoalho da boca; 
• Presença de dentes neonatais e natais (afrouxa e cai, criança engole e vai para os pulmões); 
• Fissura labial: Mutação no gene MTHFR aumenta em aproximadamente seis vezes o risco de nascimento de 
uma criança com fissura labial e/ou palatina. 
• Reflexo do céu palatino; 
• Prognatismo: mandíbula curta, projetada pra frente; 
• Trismo: contratura dolorosa dos músculos mandibulares 
• Pérola de Epstein; 
• Macroglossia; 
• Microglossia: língua curta; 
• Glossoptose: queda da língua; 
• Mucocele: cistos nos lábios com aumento de saliva; 
• Rânula: acúmulo de saliva no assoalho da boca; 
• Avaliação das tonsilas: presença de hipertrofia sem sinais flogísticos (o aumento 
das tonsilas é observado até 5 anos); a maioria das infecções em crianças 
menores de 5 anos é viral. 
• Estomatite viral: entre 6 meses e 5 anos. Herpes simples 
- Linfadenopatia cervical; 
- Febre, calafrios, anorexia e irritabilidade; 
- Lesões na boca. 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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TÓRAX 
• Inspeção: 
- Observar simetria, expansão, abaulamento; 
- Aferir perímetro torácico até os 4 meses; 
- Ao nascer, PC é maior que PT em até 2cm (para passar no parto 
normal); 
- Após 2 ou 3 meses, esses valores se invertem; 
• Formato cilíndrico; 
• Diâmetro ântero-posteriores e laterais-iguais; 
• Perímetro 30 a 33cm – menor 2cm que o PC; 
• As costelas são flexíveis, apêndices xifoide visível; 
• Hipertrofia mamária ambos os sexos – secreção (transferência de hormônios, podem ir até o 1º ano de vida); 
• Mamilos supranumerários (tem que ser retirado antes da puberdade). 
AUSCULTA PULMONAR E CARDÍACA 
Idade Variação (FR) 
RN 30-60 
Lactente 24-40 
Pré-escolar 22-34 
Escolar 18-30 
Adolescente 12-16 
 
 
Foco aórtico: 2º espaço intercostal direito junto ao esterno; 
Foco pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo próximo ao esterno; 
Foco tricúspide: na parte baixa do esterno, junto à linha paraesternal esquerda; 
Foco mitral ou apical: 4º/5º espaço intercostal esquerdo, distante do esterno, 
na linha hemiclavicular. 
 
Sopro é auscultado entre inspiração e 
expiração e deve sempre fazer ECG e RX 
quando estiver presente. 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
18 
 
ABDOME 
• Palpar todos os quadrantes; 
• Iniciar com a palpação superficial; 
• Aprofundar gradativamente a palpação. 
• Inspeção: inspecionar o contorno abdominal; 
• Abdome proeminente é normal até a 
puberdade; 
• É globoso nos RN; 
• Granuloma umbilical: vermelho brilhante, 
com secreção serosa; 
• Úraco persistente: sai urina; 
• Onfalite: hiperemia e secreção fétida. A hiperemia pode ser restrita a cicatriz umbilical ou se espalhar. 
• Hérnia umbilical: comum em lactantes – avaliar o saco herniário e procurar por conteúdo abdominal. Conduta: 
expectante (normalmente até 2 anos); 
COTO UMBILICAL 
• Cai em 1 semana; a ferida forma um pouco de exsudato. 
• Ferida se epiteliza de 12-15 diase fica totalmente seca, adquirindo a forma característica. 
• Granuloma umbilical: vermelho brilhante, com secreção serosa; 
• Onfalite: hiperemia e secreção fétida. A hiperemia pode ser restrita a cicatriz umbilical ou se espalhar. 
 
 
RINS 
• Obrigatório apalpar os rins, facilmente palpáveis em RN prematuros; 
• Falta 1 artéria umbilical = falta um rim; 
• Quando palpados pensar em hidronefrose, tumor de Wilms; 
• Conduta: encaminhar a criança; 
FÍGADO 
• Vindo do hipocôndrio D, vagarosamente com a ponta do dedo indicador. 
• O fígado é palpável de 1 a 3 cm é normal em lactentes; 
• OBS: fígado e baço palpáveis solicitar hemograma para ver presença de atípia linfocitária. 
BAÇO 
• Palpação deve ser delicada; 
• Realizada no quadrante superior esquerdo; 
• Melhor palpado durante a inspiração; 
• Apenas 5 a 10% das crianças normais tem baço palpável; 
• Palpação deve ser feita com extremo cuidado pelo risco de ruptura. 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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GENITÁLIA MASCULINA 
• Bolsa escrotal – grande, edemaciada, pendular, com pele enrugada 
• Pele pigmentada restante do corpo 
• Meato urinário – linha média na ponta da glante; 
• Glande recoberta pelo prepúcio; 
HIDROCELE 
• é comum – persistente por 6 a 12 meses: 
• Acúmulo de líquidos na túnica que envolve os testículos; 
• Hidrocele Comunicante (esvazia para dentro da cavidade abdominal); 
• Hidrocele Não-comunicante (líquido é absorvido pela bolsa escrotal e 
desaparece em semanas ou meses; 
• Meato urinário – linha média na ponta da glante; 
• Glande recoberta pelo prepúcio; 
ESMEGMA é frequente, assim como a ereção em RN; 
FIMOSE: Inspeção do prepúcio e glande. Jato urinário FINO e partido. Infecção urinária tem que ser acompanhada com 
exame de rotina. 
ECTOPIA TESTICULAR: testículo fora da bolsa escrotal ou do canal inguinal. 
Se for abdominal, há risco de esterilidade por perda de espermatócitos 
secundários. Pode se localizar no períneo, coxa, pênis. 
CRIPTORQUIDIA: ausência de testículo na bolsa 
escrotal. Testículo pode estar em qualquer lugar 
do trajeto de migração. Testículos podem descer 
ate 1 ano e a cx deve ser feita até os 2 anos por 
risco de malignização. Risco de esterilidade. 
HÉRNIA INGUINAL: dor, estrangulamento, tumefação não redutível. Baixo suprimento 
sanguíneo no intestino e há necrose se nasce estrangulado. 
 
GENITÁLIA FEMINNA 
• Clitóris aumentado, pequenos lábios bem formados; 
• Hímen pode estar edemaciado – ação do estrógeno; 
• Sangramento e secreção – normal; 
HÍMEM IMPERFURADO 
• Lesão obstrutiva comum; 
• Pode ser diagnosticada no nascimento – intróito saliente, devido ao 
mucocolpo; 
• Diagnóstico for retardado – o muco será reabsorvido; 
• Criança permanecerá assintomática até a menarca – hímen protuberante e 
um grande hematocolpo. 
SINEQUIA VULVAR OU COALESCÊNCIA DE PEQUENOS LÁBIOS 
• Resulta da aderência dos pequenos lábios; 
• Determinada da combinação entre vulvite leve e hipoestrogenismo; 
• Conduta: 
- Aplicação de estrógeno tópico – sob prescrição médica (Premarin creme – 1 x ao dia à noite / Durante 15 
dias, para por 30 dias e repete mais 15 dias); 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
20 
 
- Após o tratamento – usar pomada de vaselina; 
- Fazer uma barreira mecânica entre os pequenos lábios; 
- Pode ocorrer sinais de puberdade precoce, devido ao uso de estrógeno 
 
EXTREMIDADES 
• Inspeção dos dedos (polidactilia – separado, sindactilia – 
junto); 
• Observar articulações coxofemorais pelos reflexos de 
Ortolani e Barlow; 
 
APARELHO LOCOMOTOR 
• Membros: deformidades, assimetrias, tônus; 
• Coluna vertebral: simetria, desvios, postura; 
• Meningomielocele: falha no fechamento do tubo neural que 
compromete a medula, os arcos vertebrais e o manto cutâneo, 
localizando-se na linha média, em qualquer nível da coluna 
vertebral, tendo, no entanto, predileção pela região lombossacra, 
onde ocorrem 75% dos casos. 
 
ÂNUS 
• Fazer avaliação com exame de inspeção e palpação; 
• Fístula perianal: quando não há formação do ânus (agenesia anal), o corpo cria uma fístula para eliminação 
de conteúdo fecal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
21 
 
EXAME NEUROLÓGICO PEDIÁTRICO 
• Desenvolvimento neuropsicomotor avaliado até os 2 anos de vida; 
• Desenvolvimento motor: movimentos grosseiros do bebê = reflexos primitivos 
involuntários. 
 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
 Neonatal 1º MÊS 2º MÊS 3º MÊS 
Ventral - Semifletido; 
- Vira a cabeça 
lateralmente; 
- Cabeça pende. 
- Pernas estendidas; 
- Cabeça alinha 
momentaneamente 
com o corpo; 
- Levanta a cabeça 
rapidamente; 
- Começa a sustentar 
a cabeça na linha do 
corpo. 
- levanta cabeça e 
tronco com braços 
estendidos; 
Dorsal - Fletido e levemente 
rígido. 
- Cabeça cai quando 
puxada para sentar. 
- Reflexo tônico 
cervical assimétrico; 
- Cabeça cai quando 
puxada para sentar. 
- Traz a mão para a 
linha média; 
- Tenta alcançar 
objetos; 
- Cabeça cai para trás 
quando sentado. 
Reflexos - Moro; 
- Tônico cervical; 
- Marcha; 
- Preensão palmo-
palmar. 
 
Postura - Braços e pernas 
semifletidos. 
- Postura assimétrica; 
- Mãos fechadas. 
 
 
4º MÊS 5º MÊS 6º MÊS 7º MÊS 9º MÊS 10º MÊS 
- Desaparece RTC assimétrico; 
- Sustenta cabeça quando sentado; 
- Alcança objetos; 
- De pé, empurra corpo com as pernas; 
- Levanta cabeça e tronco. 
- Rola; - Senta com 
apoio; 
- Começa a 
alimentação; 
- Senta tripé; 
- Rola; 
- Rasteja; 
- Engatinha. 
- Senta sem 
apoio com 
tronco ereto. 
- Engatinha; 
- Senta sozinho e sem 
apoio; 
- Deambula segurando 
nos móveis. 
 
1 ANO 1 ANO E 3 
MESES 
1 ANO E 6 
MESES 
2 ANOS 2 ANOS E 6 
MESES 
3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 
- Levanta 
sozinho; 
- Anda com 
apoio; 
 
- Anda 
sozinho; 
- Sobe 
escadas; 
- Aumento 
de 
acidentes; 
- Corre; 
- Sobe em 
cadeira; 
- Mexe em 
gavetas; 
- Corre bem; 
- Sobe e 
desce 
escadas um 
passo de 
cada vez; 
- Escala 
móveis; 
- Sobe 
escada 
alterando os 
pés; 
- Triciclo; 
- Fica sobre 
um pé; 
- Pula em um 
pé só; 
- Usa tesoura 
para 
recortar; 
- Pula com os 
dois pés; 
 
• Conforme o desenvolvimento motor aumenta, a criança começa a perceber que ela não é um “apêndice da 
mãe”, e sim um corpo próprio. Sendo assim, ela pode ter comportamentos diferentes, mais enciumados, com 
medo de perder a mãe; 
• Se a criança estava bem estabilizada motoramente e começa a regredir, há algo errado = investigar. 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
22 
 
CONDUTA ADAPTATIVA – MOTOR FINO 
• Na era digital que hoje estamos, a motricidade física fina pode ser prejudicada por influência de tablets e 
celulares. As crianças acabam deixando de desenhar, por exemplo, e só aprendem a clicar. 
NEONATAL 1º MÊS 4 º MÊS 5 º MÊS 7 º MÊS 10 º MÊS 
- Fixa face 
humana; 
- Olhos de boneca; 
- Visão segue um 
objeto 
- Vê um 
brinquedo, mas 
não pega; 
- Alcança objetos; - Transfere 
objetos de uma 
mão a outra; 
- Pega objetos 
com movimento 
de pinça; 
 
1 ANO E 3 
MESES 
1 ANO E 6 
MESES 
2 ANOS 2 ANOS E 6 
MESES 
3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 
- Torre 3 cubos; 
- Desenha 
linha. 
- Torre 4 cubos; 
- Rabiscos; 
-Torre 7 cubos; 
- Rabiscos 
circulares. 
- Torre 9 cubos; 
- Traços 
horizontais e 
verticais. 
- Torre 10 
cubos; 
- Cruz e círculo. 
- Figura 
humana com 
cabeça; 
- 2-4 partes do 
corpo. 
- Triângulos; 
- Formas 
geométricas. 
 
CONDUTA PSICOSSOCIAL 
NEONATAL 1º MÊS 2 º MÊS 3 º MÊS 4 º MÊS 7 º MÊS 10º MÊS 
- Prefere face 
humana; 
- Sorriso; 
- Movimenta 
corpo em 
reação à voz; 
- Sorriso social; 
- Arrulhos à 
voz; 
- Escuta 
música; 
- Ri alto; 
- Gargalhada; 
- Excita-se ao 
ver comida; 
- Prefere a 
mãe; 
- Se vê no 
espelho. 
- Olha quando 
chamado; 
- Dá tchau; 
- Esconde-
esconde. 
 
1 ANO 1 ANO E 3 
MESES 
1 ANO E 6 
MESES 
2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 
- Ajudaa vestir-
se; 
- Brinca com 
bola. 
- Abraça pais; 
- Aponta para 
objetos; 
- Come 
sozinho; 
- Beija pais; 
- Reclama da 
fralda suja. 
- Ajuda a tirar a 
roupa; 
- Ouve 
histórias. 
- Lava as mãos; - Controle dos 
esfíncteres; 
- Brinca com 
outras crianças. 
- Veste e tira 
roupas; 
- Por quês. 
 
• Com 1 ano e 6 meses, mais ou menos, pode iniciar o desfralde, mas a criança que tem que iniciar os sinais. 
LINGUAGEM 
2 MESES 3 MESES 7 MESES 10 MESES 
- Arrolhos - Ahhhh - Aaaa, eeee (vogais) - mmmm (consoantes). 
 
1 ANO 1 ANO E 3 
MESES 
1 ANO E 6 
MESES 
2 ANOS 2 ANOS E 6 
MESES 
3 ANOS 4 ANOS 5 ANOS 
- Mama, 
papa; 
- 2 palavras; 
- Nomeia 
objetos; 
- Comandos 
simples; 
- 10 palavras; 
- Identifica 
partes do 
corpo; 
- Forma 
frases; 
- Refere a si 
mesmo 
como eu; 
- Nome 
completo. 
- Idade; 
- Conta até 3; 
- Conta 
pequena 
história; 
- Conta até 4 
- Conhece 4 
cores; 
- Conta até 
10. 
 
• Falar sempre de maneira correta com a criança para que ela não aprenda errado. 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
23 
 
EXAME FÍSICO DO RECÉM NASCIDO 
• O exame físico do RN começa já na sala de parto, logo após o nascimento; 
• Se tiver anomalia, mal formação → comunicar imediatamente aos pais. 
• Rever capítulo “Exame Físico Pediátrico”, é muito semelhante. 
ETAPAS PARA UM BOM EXAME FÍSICO 
1. Sondas 
• Passar uma sonda gástrica 8-10 para descartar atrésia de esôfago e fazer aspiração nasal para afastar coanas; 
• O conteúdo gástrico acima de 20-30ml indicativo de obstrução intestinal. Medir com seringa, tirando da sonda 
gástrica. 
• Essa parte é a enfermagem que realiza, mas é importante o médico saber caso eles precisem de auxílio. 
 
2. APGAR: 
• É a nota que avalia as condições vitais do RN no 1º e 5º minuto de vida. Não é usado para determinar a 
necessidade de reanimação, pois ela é feita antes do primeiro minuto de vida. 
• Rever capítulo “Folha de Prontuário Neonatal”; 
• Se <7 no 5º minuto = depressão no SNC; 
• Se <4 no 5º minuto = depressão grave no SNC; 
• FC esperada = 120-160 bpm; 
• FR = 40-60 incursões por minuto (pode ser irregular no prematuro); 
• O 10º minuto é chamado de “APGAR estendido” que é quando o bebê nasce mal, realmente tem problemas. 
 
3. Classificação do RN: 
• Capurro = avalia características físicas em até 24 horas; 
• Ballard = características físicas + neurológicas em até 96 horas. 
Classificação por idade gestacional (tempo de gestação): 
• A termo = IG 37 – 42 semanas; 
• Prematuro/ pré-termo = IG abaixo de 37 (de 34 – 36,6 = pré-maturo tardio); 
• Pós-maturo / pós-termo = IG superior a 42 semanas. 
Estado nutricional: 
• Associa IG ou PN (peso ao nascer) e usa alguma curva (Lubchenco, Usher ou Alexander), sendo a última a 
utilizada hoje pelo HU. 
Grande para IG. PN acima de 90 na curva (filhos de mães 
diabéticas, hidrópicos – acúmulo de líquidos -, infecção ou 
isoimunização Rh). Há risco de policetemia, hipoglicemia. 
 
Adequado para IG. PN entre 10 e 90. 
 
Pequeno para IG. PN abaixo de 10. Risco de anomalias 
congênitas, infecções congênitas (sífilis, rubéola, 
toxoplasmose) e hipoglicemia. 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
24 
 
4. Método de Capurro: 
• RN > 30 semanas. 
• Não serve para prematuro; 
• Avalia IG; 
• Características físicas somáticas (não avalia NADA neurológico); 
• >1,5 kg; 
• Primeiras 24 hras de vida; 
• Cordão umbilical: gelatinoso, geleia de Wharton. 
• Rever capítulo “Folha de Prontuário Neonatal”; 
 
5. New Ballard: 
• Para prematuro; 
• Características físicas e neurológicas; 
• RN > 20semanas; 
• 96 horas de vida; 
 
6. Exame Físico Geral: REVER CAPÍTULO EXAME FÍSICO PEDIÁTRICO 
INSPEÇÃO: 
• Cor, tônus, postura, movimentos, simetria de membros, malformações, fácies, alterações na pele; 
• Edema generalizado = pode ocorrer por prematuridade, hipoproteinemia, eritroblastose fetal, nefrose 
congênita, síndrome de Hurler; 
• Edema bem localizado = mal formação congênita do sistema linfático. Se está em especificamente em uma 
extremidade de um RN feminino, suspeitar de Síndrome de Turner. 
ANTROPOMETRIA: 
• Peso, perímetro cefálico (PC), perímetro torácico (PT), comprimento (C). 
• Existe a perda ponderal fisiológica de 10% do peso nos primeiros dias e recuperada até 10-15 primeiros dias. 
• PC: 33 a 38cm com crescimento até 3º mês de 2cm/mês. Glabela – POE; 
 PESO COMPRIMENTO PC (a termo) PT 
MENINAS 3,1kg 50cm 31,5cm 2-3<PC 
MENINOS 3,3kg 51cm 31,9cm 2-3<PC 
 
PELE: 
1. Coloração: 
- Cianose central e periférica, icterícia, palidez 
- Acrocianose: comum por choro acentuado ou frio 
- Feto arlequim: metade lateral do corpo rosada e outra branca. 
- Normalidade. Palidez cutânea: asfixia, anemia, choque ou edema 
2. Textura, umidade, elasticidade, descamação 
3. Manchas, hemangiomas, pigmentação, vesículas, petéquias, nevus, vernix 
4. Prematuro: pele lisa e fina 
5. <1,5kg raramente apresentam eritema tóxico 
 
• Hemangioma plano: desaparece com tempo 
• Hemangioma cavernoso: quando em áreas de não muito atrito, devem desaparecer com tempo 
• Veniz caseoso: cera branca que recobre RN e tem função de proteção intra-útero. 
• Nevus: pinta, mancha de nascença 
• Eritema tóxico: lesão papuloeritematosas. Placas vermelhas com ponto branco no meio por reação 
eosinofilica. 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
25 
 
• Mancha Mongólica: um tipo de nevus pigmentar. Racial, azulada. Desaparece pelo 2º ano de vida. 
• Melanose pustular neonatal transitória: achado em RN afro-brasileiros. 
• Icterícia: zonas de Kramer 
FÊNEROS: 
• RN nasce com lanugo, que é mais abundante no prematuro; 
• Avaliar a implantação, textura e distribuição dos cabelos; 
• Formato de unhas e enchimento do leito ungueal (parte abaixo das unhas das mãos e 
dos pés); 
• Hirsutismo: exagerada distribuição, grossura e quantidade de cabelos. Síndrome Cornelia Lange; 
CRÂNIO: 
• O formato pode ser influenciado pelo tipo de parto (crânio se molda para passar pelo canal vaginal). 
Achatamento frontal, reduz diâmetro biparietal e aumenta POE; 
• Dimensões: microcefalia, hidrocefalia, 
• Suturas: cavalgamento (um osso “sobe” em cima do outro. Mais comum occipital e frontal), disjunção; 
• Saliências; 
• Céfalo-hematoma, bossa serosanguinolenta (rever capítulo “Exame Físico Pediátrico”); 
• Mielomeningocele: herniação de raízes nervosas cobertas por meninge; 
• Meningocele: espinha bífida. Mau desenvolvimento da medula, herniação de meninges sem expor raízes 
nervosas (é a mais comum). 
 
FONTANELAS: 
• Observar tamanho, tensão; 
• Fontanela anterior/bregmática: a moleira. Fecha em 4-26 meses. Se for muito larga, associada com 
hipotireoidismo, hidrocefalia, hipofosfatasia, osteogênese imperfeita, rubéola. 
• Fontanela posterior/lambdoidea: pode fechar no nascimento ou até 04 mês. 
• Fontanelas muito grandes: hipotireoidismo, trissomias, retardo no crescimento IU, raquitismo e osteogênese 
imperfeita. 
• Fechamento precoce: craniossinostose. 
1. Sagital: limita crescimento lateral. Expande 
crânio occiptofrontal; 
2. Braquicefalia: coronal. Limita occipitofrontal. 
Crescimento do vértice e laterais. 
3. Trigonocefalia: metópica. Frontal em forma 
de bola; 
4. Plagiocefalia: escamosa e coronal. 
Achatamento ipsilateral de fronte. Elevação 
de retração de parede lateral = Sinal do Olho 
de Arlequim; 
5. Oxicefalia: fechamento de todas as suturas. 
Cabeça formato de torre. 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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FÁCIES: 
• Pode sugerir síndromes ou más formações congênitas; 
• Observar simetria e forma; 
• Diz-se “face atípica” quando o rosto do RN é “normal”; 
• Assimetria facial pode ser por má posição IU ou paralisia de nervo facial (+ comum 
quando se utiliza o fórceps); 
• Face lua cheia: filho de mãe diabética (GIG); 
• Máscara equimótica: consequência de circular de cordão, 
face bem cianótica (desaparece); 
• Sequênciade Pierre Robin = retrognatia, micrognatia, 
glossoptose, fenda palatina. Compromete as vias aéreas 
superiores. Obstrução respiratória alta e queda da língua. 
• Paralisia facial = RN não consegue franzir a testa, fechar olho 
e não oclui perfeitamente os lábios para sucção; 
• Síndrome de Moebius = face de cera, sem mímica facial. 
• Síndrome de Down = macroglossia e epicanto (olho oriental). 
OLHOS: 
• Edema palpebral fisiológico ao nascer; 
• Tamanho: 
- Microfaltamia: diminuição do globo ocular; 
- Buftalmia: aumento do globo ocular; 
• Posição: 
- Hipertelorismo ocular: aumento da distância entre os olhos, achatamento da base do nariz; 
• Nível: 
- Exoftalmia: olhos salientes; 
- Enoftalmia: depressão dos olhos; 
- Esclerótica azulada: indicativo de osteogênese imperfeita. Amarelas quando tem icterícia. 
• Córnea: 
- Tamanho, brilho, transparência. (Megalocólia  Glaucoma congênito -> pedir avaliação p oftalmo); 
- Leucocoria: sem reflexo vermelho (catarata congênita, retinoblastoma); 
- Opacidade do cristalino: catarata congênita ou rubéola; 
• Pálpebras: 
- Ptose palpebral; 
- Epicanto: vertical no ângulo interno do olho; 
- Obliquidade dos eixos para fora: Down; 
• Pupilas: 
- Disposição no centro da córnea, redondas, simétricas, reação a luz. 
NARIZ: 
• Batimento de asa de nariz: dispneia; 
• Ausência de septo nasal ou nariz em sela: investigar sífilis na mãe e no RN; 
• Podem haver malformações associadas a lábio leporino; 
• Mílias: lesões císticas por invaginação epidérmica. Apresentam-se como pápulas brancas. 
• Comum a pele ser pontilhada amarelo-claro (millium facial) por hiperplasia de glândulas sebáceas. 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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BOCA/FARINGE: 
• Lábios, palato duro, palato mole, lábio leporino, fenda palatina 
• Monilíase oral = candidíase ou sapinho. Placas esbranquiçadas que não saem se tentar remover; 
• Macroglossia: aumento volume da língua; 
• Glossoptose: queda da língua para trás 
• Rânula = obstrução da glândula sublingual. É reabsorvido com o tempo. Formação cística sublingual. 
• Pode apresentar dentes e pequenos cistos de inclusão amarelos. 
• Nódulos de Bohn = cistos de retenção na crista alveolar mandibular e maxilar. 
• Pérolas de Epstein = pontinhos brancos entre o palato duro e mole. Cistos de retenção de glândulas mucosas. 
 
ORELHAS: 
• Observar o meato acústico externo; 
• Implantação baixa: graves malformações renais e anomalias cromossômicas. 
• Alteração na forma do pavilhão auditivo podem alterar audição até surdez completa. 
• Otoscopia = verificar permeabilidade do conduto auditivo, membrana timpânica e ouvido médio. 
• Para testar audição: barulho súbito, desencadeando o Reflexo de Moro. 
• Anotia/microtia sever = ausência completa de pavilhão auricular. 
• Apêndices pedunculados junto ao pavilhão auricular são comuns. 
 
 
REGIÃO CERVICAL: 
• Forma, simetria, mobilidade do pescoço, cistos, fistulas e tumores. 
• Palpar clavículas. É comum haver fratura de clavículas em parto vaginal. 
• Torcicolo congênito = inclinação permanente e involuntária da cabeça 
• Tumores do ECM podem estar associados ao torcicolo congênito e causar assimetria. 
TÓRAX: RESPIRAÇÃO ABDOMINAL 
• Leve retração esternal e subfragmática durante o choro do RN é normal. Se estiver acompanhada de 
batimento de asa de nariz e gemidos, indicativo de obstrução respiratória 
• FR: 40-60 incursões/minuto. Pode ser irregular, principalmente em prematuros. Avaliado por 1 minuto. 
• Em prematuros, pode haver pausas de 5-10s em apneia. 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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1. INSPEÇÃO: tórax arredondado, observar assimetrias, escavações, abaulamentos ou retrações costais. FR: 44rpm; 
2. PALPAÇÃO: frêmito cardíaco e toraco-vocal (durante o choro). Localizar o ictus entre 3º e 4º EIE para fora da linha 
hemiclavicular. Avaliar extensão e força. 
3. PERCUSSÃO: faz-se em caso de suspeita de pneumotórax e timpanismo. 
4. AUSCULTA PULMONAR: 
- Simétrica e comparativamente todos os campos pulmonares. 
- Verificar por 2min para ver se há períodos de apneia e pausa respiratória (especial em prematuros) 
- Respiração pode ser ruidosa 
- 40 – 60 mpm 
- Gemidos expiratórios, retrações intercostais e subcostais ou batimento de asa de nariz: comprometimento 
pulmonar; 
- Taquipneia = acima de 60. 
- Estridor respiratório: obstrução de vias aéreas de grande calibre (laringotraqueomalácia) 
5. AUSCULTA CARDÍACA: auscultar os 4 focos, avaliando ritmo, bulhas, sopros. Deve ser feita em todo precórdio e 
regiões vizinhas. 
- FC: 120 – 160 bpm “130 +- 30” 
- Sono: flutuação 90 bpm 
- Choro: flutuação 190 bpm 
PULSOS: 
• Palpar radial, femorar, pedioso e avaliar amplitude; 
• Coartação da aorta: pulso femorar e pedioso ausentes. Radial vigoroso; 
ABDOME: 
1. INSPEÇÃO: 
• Forma globosa; 
• Se estiver escavado, hérnia diafragmática; 
• Distensão; 
• Peristaltismo visível; 
• Circulação colateral; 
• Hérnia umbilical em todos os RN; 
• Examinar coto umbilical = 2 artérias e 1 veia; 
- 1 só artéria sugere malformações congênitas, especialmente no TU; 
• Distendido: obstruções intestinais por atrésia. Vomito bilioso e distende após dieta; 
ONFALOCELE GASTROSQUISE 
Órgãos abdominais revestidos por peritônio; Exterioriza órgãos abdominais 
Sai do cordão umbilical Lateral ao coto 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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2. AUSCULTA: identificar ruídos hidroaéreos (se exarcebados ou ausentes); 
3. PALPAÇÃO: 
- Sensibilidade e tensão; 
- Palpação profunda tenta identificar massas ou organomegalias. 
- A ponta do baço pode ser palpada sem significado patológico. 
- Fígado palpável cerca de 2cm. 
- Rins podem ser palpáveis. 
- Patologias palpáveis = hidronefrose, rins multicísticos ou policísticos. 
4. PERCUSSÃO: 
- Som timpânico; 
- Caso aumentado, indica pneumoperitônio, obstrução intestinal, aerofagia; 
- Massa abdominal: macicez. 
REGIÃO INGUINAL: hérnias e gânglios. 
GENITÁLIA MASCULINA: 
• Abertura da uretra; 
- Hipospádia é abertura ureteral na face inferior do pênis 
- Epispádia é abertura ureteral na face dorsal do pênis 
• Fimose: impossibilidade de exteriorizar a glande. Normal nos primeiros 3 anos de vida. 
• Palpar testículos; descem após 35 semanas de gestação. 
- Retráteis: consegue trazer os testículos de volta para a bolsa escrotal 
- Criptorquidia: incapaz de descer até a bolsa escrotal 
- Hidrocele: acúmulo de líquido normalmente reabsorvidos. Deve reabsorver em 6 meses. Se murcha e enche 
= comunicante e pode ter hérnia. 
GENITÁLIA FEMININA: 
• Avaliar pequenos e grandes lábios. Pode haver edema local por ocasião do nascimento. 
• Clitóris desenvolvido; 
• Secreção branca e cremosa e sangue saindo da vagina por fenômenos hormonais fisiológicos. 
• Membrana hímenal: se há imperfuração, geralmente não há manifestações até a puberdade. 
• Hidrocolpos: cisto móvel. Saliência entre os lábios. Ocorre por retenção de secreção uterina em virtude do 
hímen imperfurado. 
• Sinéquia de pequenos lábios: unidos. 
GENITÁLIA AMBIGUIA: aparência confusa. 
ÂNUS/SACROCOCCÍGEO: 
• Prolapso: descida por enfraquecimento de tecidos de suporte. 
• Imperfuração e fistulas anorretais 
• Seio pilonidal 
• Presença de fosseta acima do ânus é comum. 
• Espinha bífida, meningocele, mielomeningocele, teratomas. 
MÚSCULOS E ARTICULAÇÕES: 
• RN é levemente hipertônico; 
• Manobras de Ortolani e Barlow para ver mobilidade do quadril. 
• Osteoarticular = luxação congênita do quadril ou displasia de desenvolvimento 
do quadril não permite perfeita articulação entre acetábulo e cabeça do fêmur; 
• Manobra de Ortolani = MI em posição de rã. Tentar reposicionar cabeça do 
fêmur. (rodinha) 
• Manobra de Barlow = empurra fêmur pra trás com quadril em flexão e coxa em 
adução. (se for + = sinal de luxação de quadril). 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES:• Dedos e artelhos; 
• Palpar musculatura; 
• Polidactilia e sindactilia; 
• Exame da coluna vertebral: com RN em decúbito ventral; 
NEUROLÓGICO: 
• Avaliação do sensório (alerta, irritado, deprimido) 
• Posição: flexão 
• Movimentação descoordenada de membros; 
• Decúbito ventral há lateralização da face 
• RN a termo: hipertônico 
• RN prematuro: hipotônico 
• Choro agudo: anormalidade neurológica 
• Choro incessante: indicativo de desconforto 
• Tremores fisiológicos: testar se quando segura na mão para, se não, pensar em convulsão. 
REFLEXOS 
 Reflexo de Moro: ao ser estimulado por um som, o RN realiza o reflexo do abraço. 
Coluna vertebral arqueia-se para trás, braços e mãos se abrem, pernas se estendem depois 
se elevam. Se for assimétrico pode indicar paralisia braquial, sífilis congênita ou fratura de 
clavícula ou úmero. (desaparece aos 3-4 meses). 
Reflexo da Preensão Palmar e Plantar: pressionar com polpa digital região palmar e 
plantar: realizam flexão dos dedos (desaparece até 6 meses). 
Reflexo de Fuga à asfixia: em decúbito ventral, com narinas 
obstruídas pelo plano, RN vira lateralmente cabeça 
procurando respirar. 
Reflexo de Sucção: ao tocar os lábios do RN com um objeto, 
ele faz movimentos de sucção. Sua ausência em RN a termo 
indica lesão cerebral. (desaparece em 3 meses de vigília e 6 
de sono). 
Reflexo de Fossadura: ao excitar uma bochecha do RN, ele 
vira a face para o lado estimulado e abre a boca para sugar. 
Marcha Reflexa: sustentar RN sob axila. Contato de um pé 
gera flexão de joelho ipsilateralmente. Simula deambulação. 
(desaparece aos 2 meses) 
Cutâneo Plantar: riscando a sola do pé na borda externa 
provoca extensão pelo sinal de Babinsky. 
Reflexo de Reaptação ou propulsão: RN em decúbito ventral, mãos do médico nos pés 
do RN, fazendo ele se deslocar para frente, simulando engatinhar. 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
31 
 
 
Exemplo de preenchimento da Evolução Clínica de um RN conforme o exame físico: 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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 ALEITAMENTO MATERNO 
AM exclusivo: até 6 meses de idade. Ausência de qualquer outro líquido. 
Seio materno ou extraído/ordenhado. 
AM predominante: leite materno predominante + água, suco de frutas, chás, 
vitaminas, medicamentos e sais de reidratação oral. 
AM complementar: leite materno + alimentos sólidos, líquidos, semissólidos, 
outros leites 
AM misto: introdução de outros tipos de leite a partir dos 6 meses; 
• Leite materno até pelo menos 02 anos. Após 6 meses, ingerir 1 – 2x por dia. 
• Primeiras semanas: amamentar 8/12x ao dia. Após 4h da mamada, estimular o bebê a mamar novamente. 
• Oferecer o seio aos sinais precoces de fome. Choro é um sinal tardio de fome. 
Anatomia da mama: 
• Tecido Glandular: produção de leite. É 
sintetizado nas células epiteliais secretoras 
(lactocytes) 
• Ductos: realizam transporte; 
• Tamanho da mama antes da gravidez não tem 
relação com a produção de leite, o importante é 
o tecido glandular. 
• Mãe de gêmeos tem o dobro de produção de 
leite. 
Leite de vaca: 
• Por que não ingerir leite de vaca? Baixa quantidade de Fe, e o que tem não é biodisponível no organismo. Tem 
alta carga proteica, causando microssangramentos e consequentemente, anemia. Contém muito sódio. 
• Estoque de ferro ocorre no 3º trimestre. Se nasce prematuro, é necessário reposição com sulfato ferroso; 
• Ferro 1mg/kg/dia até 2 anos; 
• Proteína do leite de vaca = caseína (difícil digestão para a espécie humana); 
• Proteína do leite materno = lactoalbumina; 
Importância do AM para o bebê: 
• Diminui mortalidade infantil; 
• Evita diarreia em 3x; 
• Evita infecções respiratórias (7x menos bronquiolite e 61x menos pneumonia); 
• Diminui risco de alergias alimentares; 
• Diminui riscos de dislipidemia, DM, HAS, obesidade; 
• Melhor nutrição; 
• Melhor desenvolvimento cognitivo; 
• Melhor desenvolvimento da cavidade bucal; 
• Auxilia na introdução de comidas depois pois o leite muda o sabor conforme alimentação da mãe. 
Importância do AM para a mãe: 
• Proteção contra câncer de mama; 
• Evita nova gravidez; 
• Vínculo mãe-bebê; 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
33 
 
• Aumenta qualidade de vida; 
• Auxilia no retorno do peso pós-gravidez. 
Fisiologia da lactação: 
• Durante a gestação, progesterona e estrógeno preparam a mama; 
• Prolactina: vai para circulação 30min após a mamada e prepara para a próxima. Pico de prolactina. Produção 
de leite. Estimulo de sucção pela hipófise anterior; 
• Ocitocina: reflexo da ocitocina = descida do leite. Ejeção. Olhar mãe-bebê. A produção de ocitocina é inibida 
por estresse, ansiedade, dor, barulhos. Bloqueia e não desce. Hipófise posterior. 
 
Fatores que interferem na amamentação: 
• Dor, ansiedade, fadiga, tensão, barulhos: diminui liberação de ocitocina. 
• Má posição = má sucção. 
• Fissura se dá por agitação do bebê; ingurgitamento, mastite. 
• Algumas drogas 
Composição do leite materno: 
• Anticorpos IgA secretor: em maior concentração no colostro e no leite da mãe do prematuro. 
• Macrófagos, polimorfonucleares, linfócitos (leucócitos) 
• Fator bífido: estimula formação de lactobacilus e bifidobacterias 
• Lactoferrina: bactericida e bacteriostática. 
• Fatores de crescimento: evitam que proteínas não digeridas sejam absorvidas, evitando lesão intestinal e 
alergias alimentares. 
COLOSTRO LEITE MADURO 
Primeiros 4 dias Composição altera durante a mamada 
20mL/dia 1 ou 2 semanas 
Caroteno (cor amarelada), vitaminas lipossolúveis 
(K,E,D,A), proteínas, anticorpos, leucócitos e laxativos 
(para eliminar mecônio) 
Início: mais aguado, mata a sete. 
Lactose, sais, vitaminas e água. 
Fim: engorda = rico em gordura 
1ª vacina do bebe 700-900ml/dia 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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A mamada: 
• Técnica: posição adequada, pega, sucção efetiva, extração do leite; 
• Pega: uma boa pega reduz tração do mamilo/aréola, e mantém mamilo na boca do bebê; 
• Sucção efetiva: língua do bebê sobre a gengiva inferior. Mamilo encosta na junção do palato duro e mole. 
Ondulação da língua do bebê; 
• Esgotar o leite de uma mama antes de mudar para outra. 
• Causas de sucção incorreta: 
- Mamilo plano ou invertido: inexperiência, fracasso anterior, má posição, mama muito cheia ou ingurgitada, 
uso de bicos ou mamadeiras precocemente, levando a uma sucção incorreta. 
- Solução: usar seringa cortada ou tira-leite manual ou elétrico nos primeiros dias (puxa o mamilo pra fora e já 
coloca p neném para mamar). Pega a seringa do hospital mesmo); 
• Para mamilos planos, a sucção do bebe deve ser efetiva para formar o 
bico. 
• Mamilo protrátil = mamilo normal 
 
 
Consequências da má técnica: 
1. Ingurgitamento mamário: aumento da vascularização e congestão. É uma resposta fisiologia a retirada da 
placenta. 
• 3 mecanismos: Acúmulo de leite (aumento da oferta para a criança), edema secundário a obstrução da 
drenagem linfática. 
• Aumento súbito doloroso das mamas; 
• 2-10 dias após o parto; 
• Mais comum em primíparas (primeiro filho); 
• Febre e mal-estar; 
• Mamas pesadas, quentes, brilhantes, vermelhas, 
endurecidas. Bilateral; 
• Leite não escorre. 
• Como evitar e como tratar: 
- Iniciar precocemente a amamentação; 
- Ordenha manual; 
- Compressas quentes e frias; 
- Repouso; 
- Analgésicos e anti-inflamatórios (paracetamol, ibuprofeno). 
- Apoio; 
 
2. Fissura mamilar: rachaduras, lesões superficiais na epiderme. Tornam-se fissuras quando atingem a derme. 
• Primeiros dias da lactação; 
• Por erro de técnica (causa principal); 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
35 
 
• Prevenção: 
- Mudar a posição das mamadas e corrigir a técnica; 
- Mamilos secos: não usar cremes, pomadas, sabonetes adstringentes; 
- Leite ordenhado após mamadas; 
- Interromper mamadascom técnica correta (dedo mindinho no canto da boca); 
- Não fazer amamentação cruzada. 
• Pode ser causada por Candida spp; 
- Fissura resistente a tto; 
- Dor e ardência prolongada; 
- Pele mamilar vermelha e brilhante ou irritada ou fina com descamação; 
- Placa esbranquiçada nos mamilos; 
- A ausência de monilíase oral na criança não exclui hipótese diagnóstica 
- Tto tópico da mama e da boca do bebê. 
 
3. Mastite puerperal: inflamação de origem infecciosa por S. aureus e E. coli; 
• Tto com ATB, geralmente unilateral 
• Sinais flogísticos generalizados (sinais de infecção); 
• 2º - 3º semana após o parto; 
• Pode ocorrer por ingurgitamento e fissura; 
• Hiperemia unilateral, dor e edema; 
• Febre, calafrios e tremores 
• Tto: iniciar a amamentação pelo lado não afetado, aguardar esvaziamento completo (se não aesvaziar pode 
levar a abscesso e ter que drenar). Repouso, ATB por 14 dias 
Cuidados com as mamas: 
• Não limpar antes e depois das mamadas; 
• Higiene apenas durante o banho; 
• Não usar cremes nem pomadas nas mamas pois facilitam o aparecimento de fissuras. 
• Resquícios do leite já fazem o papel de hidratação e é uma substancia limpa, limpar as mamas excessivamente 
pode causar lesões. 
• Utilizar sutiãs de alças largas. 
Mamas dolorosas: 
• Má técnica é o principal motivo; 
• Ingurgitamento mamário; 
• Fissura; 
• Mastite; 
• Candidíase mamilar; 
• Abscesso mamário: sinais de flogose mais localizado e geralmente flutuante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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 ALIMENTAÇÃO NO PRIMEIRO ANO DE IDADE 
• Puericultura = criança/cuidados; 
• 1º ano de vida = lactentes; 
• Seio materno exclusivo até os 6 meses e indicado até os 2 anos. 
• A partir dos 6 meses = introdução de alimentos complementares = 
desenvolvimento da mastigação, deglutição, digestão e excreção, mas continuar a 
encorajar a mãe a amamentar o máximo possível. 
• Síndrome do Liquidificador: crianças que se acostumam a comer somente 
alimentos liquidificados, não desenvolvendo mastigação suficiente. 
6 meses Papinha de frutas amassadas 
7 meses Sopinha, cereais, tubérculos, leguminosas, carnes, pouco sal e gordura vegetal 
8 meses Arroz, feijão, gema de ovo 
9-11 meses Introdução gradual na dieta da família 
12 meses Dieta da família. 
 
• Frutas: respeitar recusas. Avaliar preferências. Não adicionar elementos como mel e açúcar. Observar frutas 
da estação, do ano inteiro e variações regionais. Amassadas, raspadas ou esmagadas, em horários 
estabelecidos. Indústria de alimentos infantis oferecem esse produto. 
• Cereais: arroz, aveia, milho, trigo, macarrão. 
• Tubérculos: batata, aipim, mandioquinha. 
• Leguminosas: feijão, lentilha, ervilha, soja. 
• Verduras: espinafre, acelga, alface (= folhas verdes). 
• Carnes: bovina, suína, frango, fígado, ovo, vísceras = proteínas de origem animal. 
Leite de Vaca e de Cabra: 
• Proibidos; 
• Baixo teor de ácidos graxos essenciais; 
• Poucos carboidratos; 
• Pouca vitamina C, D, E; 
• Hiperproteico (100ml = 3,2g de proteína – 100ml LM = 1,7 proteína humana); 
• Muito sódio e pouco ferro (ferro = baixa quantidade e baixa biodisponibilidade) 
• Relação cálcio e fósforo inadequada. 
Opções às crianças não amamentadas por leite materno: 
Opções imediatas = Fórmulas infantis: NAN, Nestogeno, Aptamil, Enfamil, Similac. 
• Baixo nível de gorduras saturadas; 
• Alto nível de óleos vegetais; 
• Carboidratos: como lactose pura ou glicose; 
• Boa relação caseína/albumina (60/40 ou 50/50). No leite de vaca é 20/80. = proteína em teor adequado. 
• Níveis de minerais próximos ao leite materno; 
• Vitamina e ferros adequados; 
• Nucleotídeos: síntese de RNA e DNA. Recuperação rápida da mucosa intestinal lesada pelo elevado número 
de diarreias no primeiro ano de vida; 
• LC-PUFA’s: ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, responsáveis pela estrutura da membrana celular 
da retina e do SNC – ácido decosaexaenóico (DHA), ácido araquidônico (ACA) são os mais usados = melhoram 
o aspecto cognitivo; 
• Prebióticos: carboidratos não digeríveis. Estimulam atividade e crescimento de bactérias no cólon; 
• Os probióticos foram suspensos pela 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
37 
 
• ANVISA por septicemia em prematuros por dosagem mal definida em 2013. São MO vivos (lactobacilos) que 
alteram microbiota do TGI produzindo efeitos benéficos. 
Outras situações: 
 
 
 
PREMATURIDADE 
ACENTUADA 
DRGE INTOLERÂNCIA A 
LACTOSE 
HISTÓRIA FAMILIAR 
DE ATOPIA 
CÓLICAS DO LACTENTE 
E CONSTIPAÇÃO 
 
Leite materno + 
fortificante 
Fórmula espessada 
quando entra no 
estômago. 
Fórmulas a base de 
soja. 
Fórmulas lácteas 
sem lactose. 
Fórmulas 
parcialmente 
hidrolisadas. 
 
Fórmulas especiais para 
deixar o cocô macio. 
- FM 85 Nestlé 5% 
- Pré NAN; 
- Aptamil Pré 
- NAN AR 
- Aptamil AR 
- NAN sem lactose; 
- Aptamil sem 
lactose 
- NAN Supreme; 
- Aptamil HA 
(hipoalergênico) 
- NAN confort; 
- Aptamil Active 
 
CASO ALERGIA À PROTEINA DO 
LEITE DE VACA (APLV) 
CASO ALERGIA À PROTEINA DA 
SOJA (PROT DE VACA E VEGETAL) 
CASO ALERGIA À PROTEINAS MUITO 
HIDROLISADAS (ALERGIA CRUZADA) 
- Fórmulas com proteína de soja 
após 6 meses. 
- Fórmulas com proteínas muito 
hidrolisadas. 
- Fórmulas elementares de 
aminoácidos. 
- Aptamil; 
- NAN Soy 
- Com manifestações GI: Alfaré, 
Nestlé, Pregomin. 
- Sem manifestações: Althéra, 
Aptamil Pepti. 
- Neocate (support); 
- AA Danone; 
- Alfamino Nestlé. 
 
Suplementação Alimentar 
• Vitaminas – a maioria não é sintetizada pelo organismo; 
• Complementos = fórmulas; 
• Suplemento = vitamina D e ferro; 
Vitamina D: pró-hormônio (secoesteroide) 
• D2 = ergocalciferol, derivado de plantas e fungos = não interessa muito; 
• D3 = colecalciferol, sintetizado na pele por ação dos raios UVB; 
• Dose: 
- Até 1 ano: 400u.i/d na primeira semana; 
- Do 1 ano até 2 anos: 600u.i./d; 
• Cofator na mineralização óssea = incorporação de Ca; 
• Síntese endógena a partir da exposição solar; 
• Pele mais escuta é mais difícil a sintetização endógena; 
• Carência de vitamina D = raquitismo; 
• Se AM ou fórmula > 500ml/dia + exposição solar = não há necessidade de suplementação; 
• Crianças negras sempre precisam de suplementação (Adtil ou Depura Kids); 
• Exposição solar: 
- Verão, usando só fralda: 30 min/semana (10min 3x semana); 
- Inverno, só com mãos e face expostos: 2h/semana (40min 3x semana). 
 
Resposta alérgica exagerada à determinados 
estímulos. Fórmula HÁ: já tem a proteína 
parcialmente hidrolisada, diminuindo 
desencadeamento de dermatite atópica e rinite. 
5g de pó fortificante 
para 100ml de LM 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
38 
 
Ferro: indispensável para síntese de hemoglobina 
• Carência = anemia; 
• RN a termo hígido tem até 4 meses de reserva; 
• PIG e prematuro não tem reserva adequada; 
• Há baixos níveis de ferro em leite humano e de vaca. Porem, no LM tem 5x mais que no de vaca por causa da 
biodisponibilidade (lactoferrina). 
• Forma Heme: alta disponibilidade (carnes, vísceras); Ferro tirado de 
• Forma não-heme: baixa disponibilidade (leguminosas, verduras de folhas escuras). fonte alimentar. 
• Clampeamento tardio do cordão umbilical: 
- O atraso permite a passagem continuada de sangue da placenta para o bebê durante mais 1 a 3 minutos pós 
nascimento = aumenta as reservas de ferro do bebê em até 50% aos 6 meses de idade nos bebês a termo. 
- O período dos 3-6 meses é considerado o menor índice de Hb e hematócrito da vida, assim, o clampeamento 
auxilia na elevação dos níveis de ferro nessa faixa etária. 
 
A TERMO AIG + AM EXCLUSIVO ATÉ 6 MESES OU FÓRMULA 
ATÉ 6 MESES 
SEM SUPLEMENTAÇÃO 
A TERMO AIG COM > 500ML DE FÓRMULA POR DIA A 
PARTIR DOS 6 MESES 
SEM SUPLEMETAÇÃO 
A TERMO AIG A PARTIR DE 6 MESES OU COM <500ML DE 
FÓRMULA POR DIA APÓS 6 MESES 
Fe 1mg/kg/dia ATÉ 18 MESES 
 PREMATURO <1,5KGa Fe 2mg/kg/diaATÉ 1 ANO (A PARTIR DE 30 DIAS) 
1mg/kg/dia ATÉ OS 2 ANOS 
 
• Em 2018 – iniciar suplementação a partir dos 3 meses para todos os nascidos a termo/AIG independente do 
leite consumido (com o intuito de melhorar os índices hematimétricos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bruna Reis Krug – ATM 2023/2 
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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
• Aumento no tamanho do corpo como um todo ou de partes especificas; 
• Crescimento = Desenvolvimento físico – pode ser considerado um dos indicadores 
de saúde mais importantes da criança; 
• Desenvolvimento = capacidade de realizar tarefas complexas; 
• Hiperplasia: aumento do número de células; 
• Hipertrofia: aumento no tamanho; 
• Aumento de substâncias intracelulares; 
• RN tem apenas controle bulbar, não tem controle cortical; 
• 1ª ano de vida é primordial para o crescimento: problemas nesse período não 
serão recuperados; 
• Primeira coisa que o bebe precisa ganhar é peso; 
• Primeiras avaliações de puericultura são primordiais; 
• Paladar é desenvolvido nos primeiros anos de vida; 
 
1. Condições para o desenvolvimento: 
Fatores intrínsecos + fatores extrínsecos = variações de um individuo para outro; 
2. Fatores que influenciam no crescimento: 
INSTRÍNSECOS: 
• Carga genética; 
• Sexo; 
• Sistema neuroendócrino; 
EXTRÍNSECOS: 
• Dieta: ingestão de calorias, proteínas, glicídios, lipídios, vitaminas, sais, água. 
• Por que não ingerir leite de vaca? baixa quantidade de Fe, e o que tem não é biodisponível no organismo. Tem 
alta carga proteica, causando microssangramentos e consequentemente, anemia. Estoque de ferro ocorre no 
3º trimestre. Se nasce prematuro, é necessário reposição. Ferro 1mg/kg/dia até 2 anos. 
• Ambiente: socioeconômicas, doenças, influência no sistema límbico, hipotálamo e pré-natal (orientação para 
aleitamento materno). 
• Atividade física: prática esportiva promove avanço na idade óssea. Gasto calórico em excesso gera fechamento 
precoce de epífises, causando baixa estatura. 
 
3. Mensuração para crescimento: 
• Peso; 
• Estatura; obrigatórios 
• PC; 
• Diâmetro esquelético (situações neuroendócrinas); 
• Perímetro de membros; 
• Espessura de dobras cutâneas; 
 
4. Fatores que influenciam no crescimento: 
• Condicionado pela herança genética; 
• Influenciado pelo ambiente, principalmente doenças e desnutrição; 
• O acompanhamento do crescimento como atividade de rotina serve para evitar descobrir doença 
tardiamente; 
• Monitorar: 
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- Medidas sequenciais; 
- Acompanhar no gráfico; 
- Avaliar peso/idade, altura/idade, peso/altura. 
Índice peso/idade: 
• Mais utilizado; 
• Grande sensibilidade do pessoa às variações; 
• Mais sensível para monitorar menor que 1 ano; 
Índice altura/idade e peso/altura: 
• Indica o processo linear de crescimento; 
• Processo de longa duração; 
• Altura é o melhor parâmetro para avaliar o crescimento a partir dos 6 meses; 
• Peso/altura = harmonia do crescimento, relacionado a fome ou doença grave; 
Padrões típicos de crescimento físico: 
• Inicialmente: retenção hídrica intracelular: 70% do ganho ponderal 
• Posteriormente: balanço nitrogenado positivo, síntese proteica 
• Crescimento acelerado do SNC nos primeiros 3-4 anos de vida 
• PESO É O MAIS SENSÍVEL E ALTURA É MAIS ESPECÍFICA. 
Peso: 
• Após o nascimento, o peso diminui de 5 a 10% por eliminação de urina, mecônio e jejum; 
• Peso do nascimento por volta do 10º-14º dia; 
• Dobra: até 4-5º mês; 
• Triplica: até 1 ano; 
• Após os 02 anos de vida, ganho de 2kg por ano até 08 anos; 
• A partir dos dois anos, é normal diminuir a ingestão de comida pois já teve muito ganho calórico. Começa a 
seleção de comida, preferências. 
• Criança precisa estar pelada para ser pesada. 
 
Peso ao nascer: 
• Mais importante determinante isolado na sobrevivência da criança; 
• Baixo peso = PN <2500g; 
• PIG: menor chance de sobrevida que crianças pré-termo. Desnutrição IU; 
• Tabagismo materno durante a gestação: vasoconstrição, incluindo artérias IU = baixa nutrição do feto. 
Altura: 
• Déficit na estatura é difícil de recuperar; 
• Até 2 anos: medir com a criança deitada, usando a régua graduada com extremidade fixa e outra móvel. 
• Após 2 anos: criança em pé com régua vertical fixa. 
• RN nasce com 50cm; até o final do primeiro ano de vida, cresce metade do nascimento (25cm) 
• 1 ano = 75 CENTÍMETROS 
• 4 anos = 1 METRO 
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IDADE CRESCIMENTO 
1-6 meses 15cm 
7-12 meses 10cm 
3-5 anos 7cm/ano 
6-12 anos 4-6cm/ano 
 
IDADE Nascimento 1º ano 2º ano 3-5 anos 6-10 anos 
CRESCIMENTO 50cm 25cm 12cm 7cm/ano 6cm/ano 
 
0 – 3 meses: 8cm 
4 – 6 meses: 7 cm 
7 – 9 meses: 6 cm 
10 – 12 meses: 5 cm 
 
Perímetro cefálico: 
• Nascimento: 34-35cm; 
• Medir da glabela até POE; 
• Fechamento de fontaneleas: 
- Anterior: 9 – 18 meses; 
- Posterior: fecha totalmente após 2 meses. 
Auxogramas: 
• Curvas de crescimento que fornecem definição estatística de normalidade; 
• Utiliza percentis; 
• Exemplo: 75% peso = peso superior a 75% das crianças do mesmo sexo e idade; 
• Prematuros devem corrigir a curva de crescimento até 2 anos de idade. Nascem com 30 semanas, corrigir para 
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• Exemplo: RN nasce com 30 semanas e deveria ter xKg, porém como é prematuro tem uma diferença e deve 
ser comparado a um RN de 15 dias. 
 
 
IDADE CRESCIMENTO 
0 – 3 meses 2cm/mês 
4 – 6 meses 1cm/mês 
7 – 12 meses 0,5cm/mês 
1 – 3 anos 0,25c/mês 
4 – 6 anos 1cm/ano 
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Se a curva: 
1. Acompanha o desenho = criança saudável; 
2. Esta em uma linha reta = criança em perigo; 
3. Linha descendente = criança em grande 
perigo, grande processo de desnutrição. 
 
 
 
 
 
 
 
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Alvo parental: 
• Canal familiar: relaciona altura dos pais em relação à altura da criança; 
• Medir altura dos pais: 
- Menino: + 13 cm na média da altura dos pais; 
- Menina: - 13 cm na média da altura dos pais 
• Alvo genético: 
 
• Gráficos de crescimento: 
- As curvas variam em percentis de 5 – 95, com intervalo de +2 -2 (desvios padrão da mediana) 
- Percentil 50 = 50% das crianças normais estão acima desse valor e 50% estão abaixo. 
- Percentil 95 = 95% das crianças normais estão acima desse valor e 5% abaixo 
- Faixa ideal: percentil 90 – 100 
- 1 DP: percentil 50, normal; 
- 1-2 DP: percentil 10, merece observação; 
- mais que 2 DP: patológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IMUNIZAÇÕES 
“Com exceção da água potável, nenhuma outra modalidade, nem mesmo os antibióticos, 
teve tão grande impacto na REDUÇÃO DA MORTALIDADE E NO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO” 
• Imunização: induzir imunidade natural ou artificial, tanto pelo uso de vacinas ou toxóide (ativa), quanto pelo 
uso de anticorpos (passiva). 
• Imunidade natural: duradoura, produzida pelo ser humana. IgG da mãe pelo leite materno. 
• Imunidade artificial: só para o momento. Feita em qualquer espécie que não a humana. Ação instantânea, 
curto espaço de tempo. Soro antiofídico; 
• Soro: elevado risco de reação anafiláticas, sempre fazer em locais preparados para RCP. 
Imunidade Passiva: 
• Anticorpos passados pela placenta e LM da mãe para o bebê, proteção temporária. 
Imunidade ativa: 
• Pegar a doença (toxoide ativo) ou vacinas = imunidade específica; 
• Estimula o próprio organismo a produzir anticorpos humorais (do sangue) contra um antígeno; 
• Superior a passiva, geralmente permanente. 
• Melhor exemplo = vacina. 
Vacinas: 
• Atua estimulando a imunidade específica (linfócitos e anticorpos); 
• Produz uma imunidade e memória imunológica semelhante à infecção natural, mas com MENOS RISCOS que 
a riscos da doença; 
• Inativadas: a partir de micro-organismos mortos. Menos tendência para reação adversa. Requer reforço.

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