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Conceitos Básicos de Estado, Administração e Governo

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Estado, administração e governo - conceitos básicos
Promover o bem comum: esse é um dos princípios filosóficos que justifica o surgimento do Estado Moderno e de todas as estruturas de governo que foram criadas ao longo dos séculos XV ao século XX no mundo ocidental (especialmente na Europa). Esse princípio justificador independe das formas de governo e dos regimes políticos, seja uma república, uma monarquia, um sistema parlamentarista ou um presidencialismo.
Para o filósofo francês Jean Jacques Rousseau, o que faz a vida social existir e a vida política poder ser articulada em sua plenitude é o surgimento de um “contrato entre os cidadãos”. Contrato este que é amparado na vontade geral. Aquela a que o soberano (seja um rei ou um representante eleito) deve ser o principal seguidor.
O conceito de democracia
O conceito de democracia inclui o sentido filosófico do que é o ser humano, ou seja, é um ser livre, racional e com direitos e interesses a serem reconhecidos e é a fonte da soberania do Estado. Na figura, vemos os outros aspectos centrais desse conceito em sua perspectiva moderna, da qual todas as concepções de gestão públicas derivam.
Governo do povo, exercido direta ou indiretamente pelo povo
Governa o interesse da maioria e o governo é a da maioria
A liberdade é o princípio central, a obediência é voluntária
Todos são formalmente iguais perante a lei
Governo, Gestão, Administração e Estado
O professor Clézio dos Santos aponta, em seu livro Introdução à gestão pública, que os termos Governo, Gestão, Administração e Estado são habitualmente confundidos pelo cidadão comum, ainda que expressem conceitos diferentes. Assim, vejamos os diferentes conceitos listados. 
Esquematicamente, os três conceitos formam um bloco, como na figura, onde o governo é a expressão da soberania que manifesta seu poder através de dois braços de ação, a administração pública e a gestão pública:
Governo (Poder Soberano)
“O governo, em sentido institucional, é o conjunto de poderes e de órgãos constitucionais; em sentido funcional, é o complexo de funções estatais básicas; em sentido operacional, é a condução política dos negócios públicos, (...). A constante do governo, porém é a sua “expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente (Meireles, 1985)”. (SANTOS, 2006. p. 11)
Administração Pública
“Em sentido institucional, é conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do governo; em sentido funcional, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em sentido operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.” (SANTOS, 2006. p. 11)
Gestão Pública
O conceito de Gestão Pública deve ser percebido como uma espécie de união dos dois conceitos acima, num período de tempo determinado (ou na duração de um mandato). Além disso, gestão é o exercício das atividades administrativas básicas em favor dos objetivos do governo:
“Comparativamente, podemos dizer que governo é a atividade política e discricionária e com conduta independente; administração é a atividade neutra, geralmente vinculada à lei ou à norma técnica, é a conduta hierarquizada; quanto à gestão, esta implica o atendimento dos seguintes parâmetros básicos: tradução da missão, realização de planejamento e controle, administração de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros; inserção de cada unidade organizacional no foco da organização; e tomada de decisão diante de conflitos internos e externos.” (SANTOS, 2006. p. 12)
Atos da gestão pública
Os atos de gestão pública são divididos em:
Atos de Império:
Todo aquele que contém uma ordem ou decisão coativa que obriga as pessoas a obedecê-la;
Atos de Gestão:
Todo ato que organiza a conduta interna da Administração ou cria direitos e obrigações para ela e os administrados;
A gestão pública brasileira é articulada em alguns princípios, definidos na Constituição Federal, artigo 37:
Princípio 
Legalidade 
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Finalidade
Continuidade
Indisponibilidade
Igualdade
Definição:
Suas atividades são subordinas ao respeito estrito à lei.
Suas atividades devem ser dirigidas a todos os cidadãos.
Suas atividades devem obedecer a princípios morais positivos.
Suas atividades devem ser obrigatoriamente divulgadas para a sociedade.
Suas atividades devem ser voltadas ao interesse público.
Suas atividades não podem ser interrompidas, pois as necessidades por bens públicos não as interrompem.
Os bens e recursos públicos não estão disponíveis para uso privados dos servidores, mas para uso do Estado.
Em suas ações e atividades não pode haver distinção entre os cidadãos.
Administração direta e administração indireta
Para realizar suas diferentes atividades, a administração do Estado Brasileiro está organizada em dois tipos: Administração Direta e Administração Indireta. 
A primeira corresponde aos órgãos vinculados à estrutura de poder e são organismos com poder dirigente: são os ministérios no âmbito federal e as secretarias nos âmbitos estadual e municipal.
A necessidade e justificativa para o surgimento da administração indireta é que os diversos procedimentos e “ritos” da administração direta fazem com que suas atividades e sua capacidade de decidir sejam mais lentas. Além disso, a interferência dos políticos nos processos decisórios também comprometia a qualidade técnica das decisões.
Outra questão muito relevante é que as entidades da administração indireta teriam maior flexibilidade para contratar e demitir, pois o regime de trabalho poderia ser o da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, o que possibilita maior facilidade para se contratar profissionais altamente especializados, a preço de mercado, e para demitir sem justa causa, como qualquer organização do setor privado. Todos esses elementos, em teoria, possibilitaram um aumento na eficiência e agilidade desses órgãos.
A administração indireta compreende aqueles órgãos e entidades cuja finalidade e atividade podem ou devem ser realizadas de modo descentralizado em relação ao governo. Elas possuem personalidade jurídica própria.
A definição de turismo pela Organização Mundial de Turismo como o movimento de pessoas para lugar diverso daquele em que more por tempo inferior a 360 dias e desde que não realize atividades econômicas, implica num conjunto amplo de atividades humanas em busca da satisfação pessoal, seja no lazer, passeio, negócio, religião. Essas atividades, por sua dimensão e importância, interferem na e exigem interferência da ação do Estado.

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