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REDES SOCIAIS WWW.FACEBOOK.COM/CANALUPGEO WWW.INSTAGRAM.COM/CANALUPGEO E-MAIL: UPGEO1@GMAIL.COM CULTURA http://www.facebook.com/CANALUPGEO http://www.instagram.com/CANALUPGEO mailto:UPGEO1@GMAIL.COM 1) Batman vs Superman estreou em 2016. O filme custou 250 milhões e rendeu cerca de 873 milhões de dólares. Nos últimos anos inúmeros filmes de herói chegaram ao cinema, trazendo a impressão de que a interação entre quadrinhos e outras mídias é recente. Contudo, se olharmos com mais atenção, veremos que já em 1940, dois anos após sua criação, o Superman já ganhava um programa de rádio. Istonos revela um fato importante acerca da indústria cultural, o fato de que: A) ela só se estabelece com sucessos do passado, nunca abrindo espaço para novas franquias. B) as histórias em quadrinhos, enquanto mitologias atuais, são os únicos produtos que perduram por mais de 75 anos. C) ela costuma focar produtos que fazem sucesso em uma mídia e transpor para outra, pois isso facilita a massificação. D) ela acompanha o desenvolvimento da tecnologia, fomentando assim o senso crítico da audiência. E) ela evita qualquer tipo de padrão, sendo o programa de rádio e o filme completamente diversos. 2) Está em curso, ao acaso ou deliberadamente, um surpreendente, fundamental e inquietante processo de dissociação entre existência e consciência; ou condições e possibilidades da existência e condições e possibilidades da consciência. Quando se desenvolvem e aplicam as tecnologias eletrônicas, informáticas e cibernéticas, agilizando e generalizando os meios de comunicação, informação e propaganda, as condições e as possibilidades da consciência passam a descolar- se contínua ou reiteradamente da experiência, realidade ou existência. IANNI, O. O príncipe eletrônico. Perspectivas: revista de ciências sociais. São Paulo, 1999 (adaptado). No fragmento de texto apresentado, o autor reflete sobre A) a potência dos meios de comunicação de massa em oferecer uma experiência pessoal única e individual ao sujeito receptor da sua mensagem. B) a capacidade da indústria cultural de reconstruir o real por meio de simulacros, representações arbitrárias e imaginativas da realidade. C) as possibilidades de democratização do acesso à comunicação proporcionadas pelos poderosos meios de comunicação a distância no mundo contemporâneo. D) a capacidade que os meios de comunicação a distância têm de proporcionar ao seu receptor uma experiência direta dos fenômenos do mundo. E) a possibilidade da expressão de uma experiência individual do mundo transmitida por sua representação nos meios de comunicação de massa. 3) É uma forma de cultura produzida industrialmente, tendo por objetivo a lucratividade das corporações de mídia que nela investem grande capital em máquinas e infraestrutura fabril. Utiliza tecnologia de ponta, destina-se a um grande público anônimo e impessoal e é distribuída através do mercado e depende de patrocinadores. Está-se falando da A) Cultura Erudita. B) Cultura Popular. C) Cultura de Massa. D) Cultura Midiática. E) Cultura Eletrônica. 4) No dia 27 de janeiro de 2013, 231 pessoas morreram em um incêndio causado em uma boate na cidade de Santa Maria (RS). Desde o incidente, a imprensa cobriu, de maneira intensa, toda a repercussão do fato. No entanto, esse tipo de abordagem, ao transmitir publicamente situações de sofrimento e dor, acaba por revelar um dos aspectos centrais da indústria midiática, que é o de: A) Veículo de anomia social. B) Transmissão de caráter de utilidade pública. C) Espetacularização da sociedade. D) Valorização da vida humana. E) Nenhuma das anteriores 5) Leia. Tive o prazer de ver o Nirvana desbancar Michael Jackson e seus súditos do topo das paradas de sucesso, abrindo espaço para os alternativos remodelarem a música pop. A plebe havia tomado o poder, coisa impensável em outras épocas. Foi bom demais para ser verdade. E aí as grandes gravadoras lançaram-se numa busca desesperada pelo próximo fenômeno comercial e incentivaram os copiadores de plantão a fazer mais do mesmo. Os originais deram espaço aos oportunistas sem imaginação. Banda boa passou a ser banda que vendia bem. Critérios artísticos foram substituídos por critérios comerciais e deu no que deu. O resultado disso é sentido neste início de século. Os artistas que dominam as paradas são totalmente descartáveis e os criativos voltaram para os subterrâneos, seu habitat natural, onde reina a liberdade autoral. Paralelamente, a MTV criou um monstro sem querer. Os vídeos veiculados por ela passaram a ser mais importantes do que a música em si. Passamos a suportar música ruim porque o clipe é bom. Por isso entendo quando a nova MTV diz que videoclipes quase não terão mais tanta importância na sua programação. Esse formato de VJ/videoclipe está mesmo esgotado, é hora de inventar um outro modo para falar de música. MOREIRA, Gastão. Gastão sobre MTV: "Passamos a suportar música ruim porque o clipe é bom". Uol Entretenimento. 30 set. 2013. Adaptado. Disponível online em: <http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2013/09/ 30/...clipe-e-bom.htm> Acesso em 08 out. 2013. O texto acima comenta sobre as mudanças no canal de televisão MTV Brasil. Do ponto de vista sociológico, esse tipo de análise revela: A) A falta de criatividade dos músicos brasileiros que, por não produzirem boa música, são obrigados a investir em clipes caros para tornarem atrativas as suas produções. B) A capacidade crítica dos criadores da MTV em redesenhar o canal de televisão. Ao invés de sucumbirem à crise, eles reformularam os programas, tornando-os mais bem feitos. C) A crise do mercado fonográfico brasileiro. Não é somente a MTV que teve que se reestruturar, mas todas as grandes empresas, que hoje não mais conseguem garantir sua importância econômica. D) A força da indústria cultural em criar produtos massificados e facilmente consumíveis pelo grande público. É isso que produz artistas descartáveis e de pouco qualidade fonográfica. E) A incapacidade monstruosa de os vídeos veiculados na internet serem produzidos por grandes produtoras comerciais. 6) Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente como invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não se pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade permite reparti-las facilmente no escritório. (Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. A indústria cultural como mistificação das massas. In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado.) O tema abordado pelo texto refere-se A) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa. B) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa. C) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais. D) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo. E) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento. 7) Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e empresários,que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. ADORNO, T HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um( A) legado social. B) patrimônio político. C) produto da moralidade. D) conquista da humanidade E) ilusão da contemporaneidade. 8) A tirinha compara dois veículos de comunicação, atribuindo destaque à A) resistência do campo virtual à adulteração de dados. B) interatividade dos programas de entretenimento abertos. C) confiança do telespectador nas notícias veiculadas. D) credibilidade das fontes na esfera computacional. E) autonomia do internauta na busca de informações. 9) O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”, de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, publicado originalmente em 1947, é considerado um dos textos essenciais do século XX que explicam o fenômeno da cultura de massa e da indústria do entretenimento. É uma das várias contribuições para o pensamento contemporâneo do Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920, em Frankfurt, na Alemanha. Um ponto decisivo para a compreensão do conceito de “Indústria Cultural” é a questão da autonomia do artista em relação ao mercado. Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar. A) A arte não se confunde com mercadoria, e não necessita da mídia e nem de campanhas publicitárias para ser divulgada para o público. B) Não há uniformização artística, pois, toda cultura de massa se caracteriza por criações complexas e diversidade cultural. C) A cultura é independente em relação aos mecanismos de reprodução material da sociedade. D) A obra de arte se identifica com a lógica de reprodução cultural e econômica da sociedade. E) Um pressuposto básico é que a arte nunca se transforma em artigo de consumo. 10) Na madrugada de 1º de novembro de 2009, morre na França o etnólogo e antropólogo Claude Lévi- Strauss aos 101 anos de idade. Sua morte teve grande repercussão no Brasil, sobretudo porque foi um dos primeiros professores de sociologia da Universidade de São Paulo, logo na sua fundação, tendo feito várias expedições ao Brasil Central. Seu pensamento influenciou gerações de filósofos, antropólogos e sociólogos. É CORRETO afirmar A) A corrente estruturalista, da qual Lévi-Strauss é o principal teórico, surgiu na década de 40 com uma proposta diferente do funcionalismo, predominante até então. O funcionalismo se preocupava com o funcionamento de cada sociedade e em saber como as coisas existiam na sua função social. O estruturalismo queria saber do trabalho intelectual. Olhar para os povos indígenas e buscar uma racionalidade e uma reflexão propriamente nativa. B) Lévi-Strauss não encontrou evidências de que os povos nativos desenvolvessem um pensamento selvagem, nem que ocorresse a passagem de homem natural para o homem cultural entre os povos indígenas. C) Lévi-Strauss acreditava que o homem não é uma espécie transitória, e sugeriu uma visão essencialista do ser humano, já que o mundo existe quando o homem o interpreta, chegando a afirmar, em várias passagens, que o mundo começou com o homem e vai terminar com ele. D) Lévi-Strauss concorda com Sartre que não existe oposição entre sociedades com história e sociedades sem história, sendo que isso é demonstrando pela sociologia e pela etnografia contemporâneas ao constatarem que toda sociedade se desenvolve no curso de uma história específica. E) Não pode ser atribuído ao legado de Lévi-Strauss o respeito ao pensamento dos chamados povos primitivos, em especial dos povos indígenas da América, pelas diferenças culturais e pela diversidade, sem as quais a criatividade humana cessa e, por tudo que há no mundo, antes e depois da passagem do humano pela Terra. 11) O alemão Franz Boaz foi o primeiro a ressaltar a importância do estudo das diversas culturas em seu pro´prio contexto, a partir das suas peculiaridades. Boaz ressaltava não haver cultura superior ou inferior. Para ele, deveriam ser considerados os fatores históricos, naturais e linguísticos que influenciavam o desenvolvimento de cada cultura em particular. Adaptado de LUCCI, Elian A. e outros. Territo´rio e sociedade no mundo globalizado: geografia geral e do brasil. Sa~o Paulo: Saraiva, 2010. A abordagem apresentada no texto foi desenvolvida a partir do início do século XX e originou uma nova perspectiva das cie^ncias sociais em relac¸a~o ao estudo das culturas. Essa perspectiva e´ denominada A) relativismo. B) materialismo. C) evolucionismo. D) etnocentrismo. E) etnismo. 12) O alemão Franz Boaz foi o primeiro a ressaltar a importância do estudo das diversas culturas em seu pro´prio contexto, a partir das suas peculiaridades. Boaz ressaltava não haver cultura superior ou inferior. Para ele, deveriam ser considerados os fatores históricos, naturais e linguísticos que influenciavam o desenvolvimento de cada cultura em particular. Adaptado de LUCCI, Elian A. e outros. Territo´rio e sociedade no mundo globalizado: geografia geral e do brasil. Sa~o Paulo: Saraiva, 2010. A abordagem apresentada no texto foi desenvolvida a partir do início do século XX e originou uma nova perspectiva das cie^ncias sociais em relac¸a~o ao estudo das culturas. Essa perspectiva e´ denominada A) relativismo. B) materialismo. C) evolucionismo. D) etnocentrismo. E) etnismo. 13) Segundo Franz Boas, as pessoas diferem porque suas culturas diferem. De fato, é assim que deveríamos nos referir a elas: a cultura esquimó ou a cultura judaica, e não a raça esquimó ou a raça judaica. Apesar de toda a ênfase que deu à cultura, Boas não era um relativista que acreditava que todas as culturas eram equivalentes, nem um empirista que acreditava na tábula rasa. Ele considerava a civilização europeia superior às culturas tribais, insistindo apenas em que todos os povos eram capazes de atingi-la. Não negava que devia existir uma natureza humana universal ou que poderia haver diferenças entre as pessoas de um mesmo grupo étnico. O que importava para ele era a ideia de que todos os grupos étnicos são dotados das mesmas capacidades mentais básicas. (Steven Pinker. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana, 2004. Adaptado.) Considerando o texto, é correto afirmar que, de acordo com o antropólogo Franz Boas, A) os critérios para comparação entre as culturas são inteiramente relativos. B) a vida em estado de natureza é superior à vida civilizada. C) as diferenças culturais podem ser avaliadas por critérios universalistas. D) as diferenças entre as culturas são biologicamente condicionadas. E) o progresso cultural é uma ilusão etnocêntrica europeia. 14) Leia o trecho abaixo: “O princípio fundamental é que a noção de estrutura social não remete à realidade empírica, e sim aos modelos construídos a partir dela. Fica assim aparente a diferença entre duas noções tão próximas que muitas vezes foram confundidas, isto é, estrutura social e relações sociais. As relações sociais são a matéria- prima empregada para a construção de modelos que tornam manifesta a própria estrutura social, que jamais pode, portanto, ser reduzida ao conjunto das relações sociais observáveis em cada sociedade”. LEVI-STRAUS, Claude. Antropologia Estrutural. São Paulo: Cosac Naify,2008, p. 301. No trecho acima é possível perceber que para Lévi- Strauss A) as estruturas sociais correspondem a fenômenos passíveis de serem observados empiricamente. B) estrutura social diz respeito aos aspectos concretos da vida social e da ação humana. C) a estrutura social extrapola as relações sociais podendo ser aplicada a diversos outros campos científicos. D) relações sociais e estrutura social são metáforas utilizadas para descrever a ação humana em sociedade e possuem um significado igual. E) a preocupação de Lévi-Strauss com a noção de estrutura é descrever a realidade empírica. 15) “A civilização ocidental devotou-se inteiramente, nos últimos dois ou três séculos, a colocar à disposição do homem meios mecânicos cada vez mais potentes. Se adotarmos esse critério, a quantidade de energia disponível per capita pode ser vista como expressão do grau de desenvolvimento das sociedades humanas. A civilização ocidental em sua forma norte-americana ficará no topo, com as sociedades europeia, soviética e japonesa em seguida e, na rabeira, uma massa de sociedades asiáticas, africanas e americanas confundidas. Ora, essas centenas ou até milhares de sociedades ditas ‘insuficientemente desenvolvidas’ e ‘primitivas’, que acabam se fundindo num conjunto confuso quando encaradas do ponto de vista que acabamos de citar (e que não é apropriado para qualifica-las, já que a tal linha de desenvolvimento lhes falta ou ocupa entre eles um lugar bastante secundário), estão longe de ser idênticas. De outros pontos de vista, estão nas antípodas umas das outras. A depender da perspectiva adotada, as classificações decorrentes seriam portanto diversas”. (LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia Estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2013 p. 377) Para Lévi-Strauss o progresso cultural A) é uma noção importante para hierarquizar as culturas entre inferiores e superiores B) da sociedade ocidental é extremamente maior do que a de outras sociedades. C) diz respeito a capacidade que uma sociedade tem de produzir conhecimento científico. D) depende do critério que será utilizado e, portanto, não existe uma única forma de conceber o que é progresso. E) deve ter como critério os aspectos econômicas e tecnológicos uma vez que esses são elementos mais importantes. 16) Nesta primeira década do séc. XXI, permanecem as grandes polêmicas implantadas por diversos teóricos na análise de cultura. Confrontando conceitos propostos por Canclini, Bauman e Lévi-Strauss, surge uma nova posição frente ao estranhamento cultural no indeterminismo da virtualidade. Claude Lévi-Strauss formula uma nova teoria de unidade psíquica da humanidade e considera A) a cultura evoluindo de forma curta, contínua e consequente ao desenvolvimento biológico do homem. B) a cultura existindo nas consciências individuais constituindo-se em um fenômeno particular. C) haver um consenso na lógica de uma cultura que é pautado pelo consumo generalizado de bens e serviços. D) a cultura como sistemas estruturais de uma criação cumulativa da mente humana. E) como ponto fundamental de referência, o grupo que reage com estranheza em relação aos estrangeiros. 17) A humanidade cessa nas fronteiras da tribo, do grupo linguístico, às vezes mesmo da aldeia; a tal ponto, que um grande número de populações ditas primitivas se autodesigna com um nome que significa 'os homens' (ou às vezes – digamo-lo com mais discrição? - os 'bons’, os '‘excelentes’', 'os completos'), implicando assim que as outras tribos, grupos ou aldeias não participam das virtudes ou mesmo da natureza humana, mas são, quando muito, compostos de 'maus', 'malvados', 'macacos da terra' ou de 'ovos de piolho'. LÉVI-STRAUSS, C. Raça e História. Antropologia Estrutural Dois. São Paulo: Tempo Brasileiro, 1989: 334. Nesse trecho, o antropólogo Claude Lévi-Strauss descreve a reação de estranhamento que é comum às das sociedades humanas quando defrontadas com a diversidade cultural. Tal reação pode ser definida como uma tendência: A) Etnocêntrica. B) Iluminista C) Relativista D) Ideológica E) Humanista 18) A humanidade cessa nas fronteiras da tribo, do grupo linguístico, às vezes mesmo da aldeia; a tal ponto, que um grande número de populações ditas primitivas se autodesigna com um nome que significa 'os homens' (ou às vezes – digamo-lo com mais discrição? - os 'bons’, os '‘excelentes’', 'os completos'), implicando assim que as outras tribos, grupos ou aldeias não participam das virtudes ou mesmo da natureza humana, mas são, quando muito, compostos de 'maus', 'malvados', 'macacos da terra' ou de 'ovos de piolho'. LÉVI-STRAUSS, C. Raça e História. Antropologia Estrutural Dois. São Paulo: Tempo Brasileiro, 1989: 334. Nesse trecho, o antropólogo Claude Lévi-Strauss descreve a reação de estranhamento que é comum às das sociedades humanas quando defrontadas com a diversidade cultural. Tal reação pode ser definida como uma tendência: A) Etnocêntrica. B) Iluminista C) Relativista D) Ideológica E) Humanista 19) Observe as figuras a seguir e responda à(s) questão(ões). A Torre de Babel é uma das várias narrativas de cunho mágico-religioso sobre o mundo, os homens e a existência de diferentes línguas e culturas. Por analogia, pode-se considerar o mundo como uma “Babel de Culturas”. Com base nos conhecimentos socioantropológicos sobre diversidade cultural, assinale a alternativa correta. A) A existência de diversos modos de vida humana provoca o conflito, o que, na contemporaneidade, impossibilita o contato e a convivência entre culturas particularistas e universalistas. B) As culturas podem manter relações de conflito, tolerância ou aceitação, de acordo com a historicidade de cada sociedade e com a forma como determinada cultura dominante se impôs ou foi imposta. C) As diferentes culturas são realidades harmônicas, desvinculadas do passado e das ações dos homens sobre a natureza, com o propósito de resolver os impasses provocados pela herança multicultural. D) As sociedades formadas por mosaicos culturais mantêm um princípio de estabilidade permanente dos valores e normas, que resulta na eliminação das tradições e dos laços comunitários. E) Os diferentes sistemas culturais provocam a estabilidade das identidades dos povos, com a fixação das fronteiras entre aqueles considerados como “nós” e “eles”, “eu” e “outro”. 20) (...) Como para mim é mais difícil vestir a pele de uma mulher negra, porque por ser branca eu tenho menos elementos que me permitem alcançá-la, eu preciso fazer mais esforço. Não porque sou bacana, mas por imperativo ético. E a melhor forma que conheço para alcançar um outro, especialmente quando por qualquer circunstância este outro é diferente de mim, é escutando-o. Assim, quando ouvi que não deveria usar turbante, entre outros símbolos culturais das mulheres negras, fui escutá-las. Acho que isso é algo que precisamos resgatar com urgência. Não responder a uma interdição com uma exclamação: “Sim, eu posso!”. Mas com uma interrogação: “Por que eu não deveria?”. As respostas categóricas, assim como as certezas, nos mantêm no mesmo lugar. As perguntas nos levam mais longe porque nos levam ao outro. (...) BRUM, Eliane. De uma branca para outra. El País. 20 de fevereiro de 2017. Adaptado. Disponível em: <http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/20/opinion/ 1487597060_574691.html> Assinale a alternativa que apresenta o conceito sociológico que melhor representa o desejo de compreensão do outro apresentado pela autora: A) Etnocentrismo. B) Antropocentrismo. C) Relativismo Cultural. D) Fato Social. E) Relativismo Físico. 21) A nossa luta, portanto, era conceitual: nosso problema era fazer com que o “ainda” do juízo de senso comum “essepessoal ainda é índio” (ou “não é mais”) não significasse um estado transitório ou uma etapa a ser vencida. [...] Em suma, a ideia era que “índio” não podia ser visto como uma etapa na marcha ascensional até o invejável estado de “branco” ou “civilizado”. CASTRO, E. V. de. No Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é. ISA, 2006. Disponível em: <http://pib.socioambiental.org/files/...Dndio.pdf>. Acesso em 18/07/2012. A partir da leitura do texto e dos seus conhecimentos sobre cultura, julgue as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA. A) O texto faz uma crítica ao evolucionismo cultural. B) Uma pessoa não deixa, simplesmente, de ser “índio” porque entrou em contato com o “branco”. C) As culturas indígenas são estáticas, por isso que ser índio não significa um estado transitório. D) Há uma diversidade imensa de povos indígenas no Brasil, o que dificulta a definição de “o que é ser índio”. E) Os povos indígenas podem ser muito diversos entre si. 22) Leia o texto a seguir: Uma festa Clarice Pacheco Uma alegria contagiante no ar As luzes coloridas, a brilhar Uma música da moda a tocar Todos animados na rua, a dançar Pelo jeito ninguém quer parar Esse momento mágico, querem aproveitar Ruim é saber que isso uma hora vai acabar A quarta-feira vai chegar. A magia vai cessar A música vai se calar A luz vai desligar O sol vai raiar Um dia normal vai começar! Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/poema_concreto_sobre _festa/>. (Adaptado) Ele descreve uma festa popular, constituída de aspectos da cultura brasileira, recebendo também influência de outras culturas. Sobre isso, assinale a alternativa que indica um elemento cultural, que classifica essa festa brasileira. A) Área cultural. B) Subcultura. C) Padrão cultural. D) Traço cultural. E) Complexo cultural. 23) Imagine-se o leitor sozinho, rodeado apenas de seu equipamento, numa praia tropical, próxima a uma aldeia nativa, vendo a lancha ou o barco que o trouxe afastar-se no mar até desaparecer de vista. Tendo encontrado um lugar para morar no alojamento de algum homem branco - negociante ou missionário – você nada tem para fazer a não ser iniciar imediatamente seu trabalho etnográfico. MALINOWSKI, Bronislaw. Os Argonautas do Pacífico Ocidental. In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 19. Para elaborar um estudo etnográfico, as Ciências Sociais lançam mão de diversos instrumentos e métodos de pesquisa. O instrumento, utilizado por Malinowski, calcado na “observação participante” denomina-se A) survey B) entrevista C) grupo focal D) análise de discurso E) trabalho de campo 24) Como aponta Seemann, Boas deseja, através do movimento histórico de cada sociedade, esmiuçar o desenvolvimento particular de cada mudança cultural. Sua crítica ao método comparativo reside nessa ideia, já que duas sociedades podem ter uma organização política idêntica, e, contudo, serem formadas de maneiras e em ritmos totalmente diferentes. Tal ceticismo o encaminha para o uso do método indutivo de pesquisa e para um empirismo exacerbado, com métodos complexos de coleta de dados. Cf. SEEMANN, Jörn. Em busca do lugar de Franz Boas na geografia cultural In Espaço e Cultura, nº 19-20, 005. p.11-13. Jörn Seemann sintetiza a o método de Franz Boas que influenciou a criação da categoria A) história cultural B) funcionalismo C) evolucionismo D) progressismo E) estruturalismo 25) Devemos prestar atenção mais minuciosa às tentativas de considerar a vida cultural como evoluindo de formas primitivas para a civilização moderna, seja como uma linha evolutiva única, ou num pequeno número de linhas separadas. Cabe perguntar se, independentemente de raça, tempo e espaço, seria possível reconhecer uma série de estágios de cultura que representam para a humanidade inteira uma sequência histórica, de modo que se pudesse identificar alguns dos estágios como tipos pertencentes a um período antigo e outros como tipos mais recentes. BOAS, Franz. A mente do ser humano primitivo. Petrópolis: Vozes, 2010. p.124. Considerando as contribuições de Franz Boas à antropologia do século XX, é possível afirmar que, para o autor A) é equivocada a noção de que há tão somente uma cultura e que esta se manifesta nas sociedades em diversos estágios de uma única linha evolutiva. B) a superioridade de uma determinada cultura apenas pode ser percebida e mensurada analisando como esta se comporta frente aos valores ditos sagrados e profanos. C) os aspectos geográficos e econômicos são determinantes no desenvolvimento de uma cultura e devem ser considerados em prioridade nas análises antropológicas. D) o relativismo cultural defendido pelos principais nomes da escola evolucionista, como Tylor, Spencer e Frazer, é um princípio metodológico inalcançável ao antropólogo e deve ser abandonado. E) o método comparativo é o melhor caminho para a compreensão do nível cultural das sociedades, pois, as sobrevivências permitem ao antropólogo identificar seu estágio de desenvolvimento. 26) Leia o texto a seguir. Moldado pelo contexto social e cultural em que o ator se insere, o corpo é o vetor semântico pelo qual a evidência da relação com o mundo é construída: atividades perceptivas, mas também expressão dos sentimentos, cerimoniais dos ritos de interação, conjunto de gestos e mímicas, produção da aparência, jogos sutis da sedução, técnicas do corpo, exercícios físicos, relação com a cor, com o sofrimento etc. LE BRETON, D. A sociologia do corpo. Petrópolis: Vozes, 2007. p. 7. A tirinha e o texto evocam referências do lugar socialmente ocupado pelo corpo. O físico e a estética corporal são temas da vida cotidiana na sociedade moderna e, enquanto tais, são suscetíveis de ressignificações, como também de uma multiplicidade de representações. Com base nos conhecimentos contemporâneos sobre o corpo e as corporalidades, produzidos pelas ciências sociais, considere as afirmativas a seguir. I. Os usos que homens e mulheres fazem de seu físico e a construção dos julgamentos sobre as aparências dependem de um conjunto de sistemas simbólicos, cujas significações fundamentam a existência individual e coletiva. II. O processo de socialização da experiência corporal é uma condição social de homens e mulheres que se conclui na adolescência, sendo este um momento final da formação identitária. III. Nos anos 1960, a emergência dos novos sujeitos sociais produziu fortes críticas à importância social atribuída aos corpos e representou um retorno às lutas materialistas, preocupadas com a estrutura econômica. IV. Na sociedade atual, o poder é exercido por meio da produção de corpos dóceis, configurando, assim, as sociedades disciplinares, tanto na dimensão econômica quanto na política. Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas I e II são corretas. B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 27) Arrependimentos terminais Em Antes de partir, uma cuidadora especializada em doentes terminais fala do que eles mais se arrependem na hora de morrer. “Não deveria ter trabalhado tanto”, diz um dos pacientes. “Desejaria ter ficado em contato com meus amigos”, lembra outro. “Desejaria ter coragem de expressar meus sentimentos.” “Não deveria ter levado a vida baseando-me no que esperavam de mim”, diz um terceiro. Há cem anos ou cinquenta, quem sabe, sem dúvida seriam outros os arrependimentos terminais. “Gostaria de ter sido mais útil à minha pátria.” “Deveria ter sido mais obediente a Deus.” “Gostaria de ter deixado mais patrimônio aos meus descendentes.” COELHO, M. Folhade São Paulo, 2 jan. 2013. O texto compara hipoteticamente dois padrões morais que divergem por se basearem respectivamente em A) satisfação pessoal e valores tradicionais. B) relativismo cultural e postura ecumênica. C) tranquilidade espiritual e costumes liberais. D) realização profissional e culto à personalidade. E) engajamento político e princípios nacionalistas. 28) Defendo a liberdade de expressão irrestrita, mesmo depois desse trágico evento em que os cartunistas do jornal satírico “Charlie Hebdo” foram mortos, além de outras pessoas em um mercado kosher, em Paris. [...] Sou intransigente no que diz respeito à liberdade de expressão de cada um: e sou ainda mais intransigente quando matam em nome de Alá, de Maomé, de Cristo, de comunismo, de nazismo, de fascismo etc. Caricaturar nunca é crime. Caneta e lápis não matam. Exageram, humilham, fazem rir, mas não matam. (Gerald Thomas. “Quem ri por último ri melhor”. Folha de S.Paulo, 17.01.2015.) O argumento defendido no texto está baseado na A) valorização do caráter absoluto de todo tipo de simbologia teológica e religiosa. B) primazia de princípios originalmente burgueses e liberais no campo da cultura. C) utopia comunista da igualdade econômica e da liberdade de expressão. D) depreciação do livre-arbítrio, em favor de uma concepção totalitária de mundo. E) defesa intransigente de restrições para o exercício da autonomia de pensamento. 29) São Paulo é uma cidade marcada pela pichação de muitos muros e prédios. Esse movimento de pichação é bastante complexo, não podendo ser considerado como uma simples expressão de vandalismo. Segundo a sociologia, a pichação pode ser compreendida como: A) Uma expressão criativa urbana. A pichação está ganhando espaço cada vez maior na mídia e nas universidades, sendo reconhecidamente uma arte de galeria. B) Uma expressão da inconsequência dos jovens que, não atentando para os perigos da pichação, arriscam a própria vida para agredir muros. C) Uma forma de anomia social, uma vez que todas as pessoas que cometem a pichação são também indivíduos com alto potencial suicidógeno. D) Uma apropriação do espaço urbano, mas também manifestação de afronta e contestação. Isso porque ela é uma expressão artística, mas que também procura agredir a sociedade. E) Uma forma de proselitismo secular. Isso porque ela transmite palavras de ordem anônimas, sendo um importante veículo de comunicação contemporâneo. 30) Publicado pela primeira vez em 1922, o livro de Bronislaw Malinowski (1884 -1942), Argonautas do Pacífico Ocidental: um relato sobre o empreendimento e a aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné, na Melanésia, é considerado por muitos autores a primeira etnografia moderna em antropologia. A etnografia enquanto proposta metodológica tal qual desenvolvida por Malinowski considera que A) o fundamental no trabalho de campo em antropologia é perceber as transformações históricas de uma determinada sociedade, sendo de extrema relevância ao estudo o acesso ao passado dos grupos estudados. B) apenas entrevistas com indivíduos isolados do grupo podem oferecer dados confiáveis a respeito das instituições que estes integram, bem como o grau de relevância social destas. C) o indivíduo se integra ao sistema por meio das instituições sociais que conferem sentido à vida social e por isso estas precisam ser descritas e compreendidas em seu pleno funcionamento. D) ao pesquisador cabe uma postura de distanciamento e silêncio enquanto estiver no processo de observação de uma cultura, pois só assumindo este lugar terá condições de avaliar adequadamente o objeto de sua análise. E) é indispensável o acesso a relatos de quem antes do próprio pesquisador manteve contato com o grupo que se pretende descrever, sendo o estudo dos relatos de informantes condição primeira para a pesquisa. GABARITO 1) Resposta: C Gabarito Comentado: A transposição de produtos de uma mídia para outra é uma característica fundamental da indústria cultural, pois acaba ocorrendo como uma garantia de audiência e consumo, um critério importante para o financiamento de qualquer produção. Isso não significa, entretanto, que não surjam novos produtos, uma vez que o volume de produção é incessante e necessita de novos elementos. Contudo, mesmo estes novos produtos tendem a ser transpostos também. 2) Resposta: B Gabarito Comentado: 3) Resposta: C Gabarito Comentado: A cultura de massa é dependente dos interesses econômicos de seus financiadores, criando produtos culturais pouco diferenciados e sem qualquer compromisso com a transformação social. Esse tipo de cultura é produzido por aquilo que foi nomeado pela Escola de Frankfurt de indústria cultural. 4) Resposta: C Gabarito Comentado: A mídia, ao explorar demasiadamente a dor e o sofrimento, espetaculariza a vida humana. Ela o faz não por um compromisso ético, mas pela necessidade de veicular informações que aprisionam o público. 5) Resposta: D Gabarito Comentado: A alternativa D é a única que apresenta um argumento sociológico e de acordo com o texto. Este pode ser compreendido a partir da noção de indústria cultural. Ainda que canais de televisão queiram valorizar a qualidade artística das produções musicais, acabam se rendendo à plasticidade das produções comerciais, que têm como principal interesse produzir o lucro. 6) Resposta: E Gabarito Comentado: Somente a alternativa E está correta. Padronizar as produções culturais no sentido e torna-las aprazíveis e massificadas e transformar a cultura em mero entretenimento. Adorno e Horkheimer desenvolveram o termo indústria cultural para mostrar como esse processo ocorre. 7) Resposta: E Gabarito Comentado: Adorno e Horkheimer são filósofos da Escola de Frankfurt. Em suas obras, e no trecho da questão, é sugerido que uma das características da liberdade de escolha na civilização ocidental resume-se a “escolher o que é sempre a mesma coisa”. Esta ideia reflete, portanto, a ilusão da contemporaneidade. Ilude-se quem imagina estar escolhendo, e até mesmo a escolha da ideologia não é livremente determinada, mas fruto da coerção econômica. 8) Resposta: E Gabarito Comentado: A tirinha faz uma crítica aos anais de TV, ao afirmar que eles manipulam o telespectador. Nesse contexto, a internet aparece como uma alternativa, na medida em que dá autonomia ao internauta de escolher o conteúdo que quer consumir. No entanto, essa autonomia também é criticada no último quadrinho, que considera que independentemente disso, continua a haver manipulação. 9) Resposta: D Gabarito Comentado: A alternativa D é a única correta. No sistema capitalista, inclusive a arte está submetida à lógica de mercado, servindo como uma mercadoria que deve gerar lucro. 10) Resposta: A Gabarito Comentado: A teoria desenvolvida por Lévi-Strauss, chamada de estruturalismo, corresponde a uma tentativa de superação do funcionalismo. Para tanto, o antropólogo francês procurou identificar as formas lógicas que seriam comuns em todas as formas de pensamento humano. Lévi-Strauss identificou que é comum às culturas humanas criar formas de classificação que operam em formas binárias, como quente/frio, cru/cozido, positivo/negativo. Essa forma de classificação e pensamento é inerente a todos os povos e, por isso, foi chamada de pensamento selvagem, não domesticado. Isso pode ser encontrado inclusive nas sociedades modernas. Ora, a única alternativa que está de acordo com essa visão é a alternativa A. 11) Resposta: A Gabarito Comentado: No início do século XX, Franz Boas desenvolveu o conceito do relativismo cultural em que acreditava que cada cultura se expressa de forma diversa dependendo do seu próprio contexto e peculiaridades. O relativismo cultural de Boas rompia com avisão etnocêntrica e evolucionistas vigentes na época em que partiam a observação de qualquer cultura a partir dos padrões europeus. A abordagem metodológica de Boas se tornou uma forma de interpretar dados culturais usual na História e em outras ciências humanas, mas sobretudo, na Antropologia. 12) Resposta: A Gabarito Comentado: No início do século XX, Franz Boas desenvolveu o conceito do relativismo cultural em que acreditava que cada cultura se expressa de forma diversa dependendo do seu próprio contexto e peculiaridades. O relativismo cultural de Boas rompia com a visão etnocêntrica e evolucionistas vigentes na época em que partiam a observação de qualquer cultura a partir dos padrões europeus. A abordagem metodológica de Boas se tornou uma forma de interpretar dados culturais usual na História e em outras ciências humanas, mas sobretudo, na Antropologia. 13) Resposta: C Gabarito Comentado: Considerar a existência de uma natureza humana universal dava a Boas a possibilidade de avaliar cada uma das culturas segundo certos critérios que, para ele, seriam universais. Sendo assim, somente a alternativa [C] pode ser considerada correta. 14) Resposta: B Gabarito Comentado: Lévi-Strauss ao aplicar o método estrutura nos fenômenos etnológicos não está preocupado com a realidade social concreta ou com os aspectos empíricos da vida em sociedade, antes está buscando a estrutura de funcionamento da mente que são tornadas manifestas através das relações sociais. 15) Resposta: D Gabarito Comentado: Para Lévi-Strauss não existe um critério único e universal para definir o que é progresso já que cada sociedade se desenvolve de maneira de formas bem particulares. 16) Resposta: A Gabarito Comentado: Para Lévi-Strauss a cultura diz respeito a estruturas de funcionamento da mente humana. 17) Resposta: A Gabarito Comentado: Na passagem fica claro que atitudes etnocêntricas abundam entre as sociedades humanas. 18) Resposta: A Gabarito Comentado: Na passagem fica claro que atitudes etnocêntricas abundam entre as sociedades humanas. 19) Resposta: B Gabarito Comentado: A alternativa [B] é, claramente, a única correta. As culturas podem construir diversos tipos de relação, que podem variar ao longo da história de cada uma delas. 20) Resposta: C Gabarito Comentado: A dúvida gerada pela intenção de compreender a visão do outro é um resultado da prática do relativismo cultural, ou seja, do ato de considerar que a nossa cultura não é o centro, nem a única verdadeira. 21) Resposta: C Gabarito Comentado: Toda cultura é dinâmica, ainda que nem todas as pessoas percebam suas transformações. O grande erro é pensar que as culturas devem caminham para ser como a civilização europeia. Tal visão desconsidera os inúmeros problemas gerados pela “civilização”. 22) Resposta: E Gabarito Comentado: A cultura possui diversos aspectos, que podem se unir em alguns níveis de complexidade. Há os traços culturais, complexo cultural, área cultural, padrão cultural e subcultura, por exemplo. As festas populares, em geral, estão no nível do complexo cultural, englobando, na sua complexidade, diversos traços culturais. 23) Resposta: E Gabarito Comentado: O trabalho de campo implica na inserção do antropólogo na sociedade alvo do seu estudo. Em “campo” o antropólogo será capaz de realizar uma observação mais completa da realidade dos povos que pretende analisar. 24) Resposta: A Gabarito Comentado: Franz Boas foi a voz mais relevante a defender a necessidade de considerar cada sociedade em seus aspectos fundamentais, resistindo ao método comparativo típico do evolucionismo e, ao mesmo tempo, considerando critérios universais que corresponderiam todo ser humano em sociedade. 25) Resposta: A Gabarito Comentado: Franz Boas discorda do método comparativo que assume haver apenas uma cultura que se manifesta em diferentes estágios. Boas advoga a necessidade de considerar cada cultura em suas próprias especificidades, não a medindo com base em outra construção cultural alheia à mesma. 26) Resposta: B Gabarito Comentado: As afirmativas [II] e [III] são as únicas incorretas, pois: [II] a socialização é um processo que nunca termina; [III] a década de 1960 foi marcada pela luta por uma liberdade corporal, com destaque ao movimento hippie nos Estados Unidos e ao movimento de Maio de 1964 na França. Por fim, vale ressaltar que as afirmativas [I] e [IV] fazem análises sociológicas bastante contemporâneas acerca da questão do corpo. 27) Resposta: A Gabarito Comentado: Esta questão é essencialmente de interpretação de texto. A comparação entre o padrão moral atual de satisfação pessoal (de “não deveria ter levado a vida baseando-me no que esperavam de mim”) com o padrão de valores tradicionais (como “Deveria ter sido mais obediente a Deus”) revela o caráter temporário de nossas crenças e valores. 28) Resposta: B Gabarito Comentado: Interessante questão. A liberdade de expressão é um valor tradicionalmente burguês e liberal. Considerá-lo como um valor superior a outros (como a religião, o Estado, a política ou a igualdade social) só faz sentido dentro de uma sociedade de princípios liberais, tais como as sociedades modernas ocidentais. 29) Resposta: D Gabarito Comentado: A alternativa [D] é a única correta. A pichação apresenta sim um elemento estético e artístico na sua produção. No entanto, ela não se restringe a isso. Ela também agride a sociedade, em especial as classes média e alta. 30) Resposta: C Gabarito Comentado: Na etnografia o antropólogo precisa descrever as instituições sociais para encontrar quais são as suas funções dentro de determinada sociedade.
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