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07_Nocoes_de_Direito_Eleitoral

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Prévia do material em texto

1 
 
capa
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios e normas constitucionais relativos aos direitos políticos, nacionalidade e aos 
partidos políticos, de que tratam os Capítulos III, IV e V do Título II da Constituição de 
1988 em seus art. 12 a 171 ................................................................................................................ 2 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 1965, e respectivas atualizações, inclusive Lei n.º 
9.504, de 1997): Dos órgãos da Justiça Eleitoral. Do Tribunal Superior Eleitoral. Dos 
Tribunais Regionais Eleitorais. Dos juízes eleitorais. Das juntas eleitorais: composição e 
atribuições ...................................................................................................................................................... 11 
Resolução TSE n.º 21.538, de 14 de outubro de 2003 ....................................................................... 30 
Resolução nº 803, de 03 de dezembro de 2009, e alterações posteriores: Regulamento 
dos Juízos e Cartórios Eleitorais da Circunscrição de Minas Gerais .............................................. 51 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br 
para dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos 
estudos para um bom desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, 
portanto, ao entrar em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails 
separados. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
 
Bons estudos!
 
 1 
 
III NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL 
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL / MG 
 
Prof. Giovanni Lopes de Farias Junior. 
 
Analista Judiciário - Área Judiciária do TRE/SP; 
Especialista em Direito do Estado - área de concentração Direito Constitucional pela Universidade 
Estadual de Londrina - UEL; 
Graduado pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho - UNESP; 
Ex- professor de Direito da Uniesp, unidade de Presidente Prudente. 
 
Ementa da disciplina 
 
Princípios e normas constitucionais relativos aos direitos políticos, nacionalidade e aos 
partidos políticos, de que tratam os Capítulos III, IV e V do Título II da Constituição de 1988 em 
seus art. 12 a 17. Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 1965, e respectivas atualizações, inclusive Lei 
n.º 9.504, de 1997): Dos órgãos da Justiça Eleitoral. Do Tribunal Superior Eleitoral. Dos Tribunais 
Regionais Eleitorais. Dos juízes eleitorais. Das juntas eleitorais: composição e atribuições. 
Resolução TSE n.º 21.538, de 14 de outubro de 2003. Resolução nº 803, de 03 de dezembro de 
2009, e alterações posteriores: Regulamento dos Juízos e Cartórios Eleitorais da Circunscrição 
de Minas Gerais. 
 
Prezado (a) Candidato (a): 
 
Obrigado por adquirir a apostila Noções de Direito Eleitoral da Editora Maxi Educa. Nossa meta é 
tentar tornar o caminho do Direito Eleitoral menos árduo e mais agradável. As dificuldades para o 
entendimento da matéria são conhecidas pelos que pretendem a tão sonhada oportunidade de trabalhar 
na Justiça Eleitoral. Entre os empecilhos, destaca-se a existência de um emaranhado de atos 
normativos esparsos, editados em momentos históricos distintos e sob premissas ideológicas 
conflitantes. 
A fim de iluminar esta jornada, a Constituição Federal de 1988 nos serve de farol para evitarmos o 
estudo desnecessário de dispositivos revogados. Sem esse direcionamento, muitos candidatos acabam 
desistindo pela falta de sentido e coerência que a matéria parece ter. 
Procuramos destacar os principais tópicos que vêm sendo cobrados em concurso, com 
esclarecimento de conceitos e termos jurídicos. Todavia, sabemos que este material não esgota o 
estudo do tema, mas possibilita a solução de questões de múltipla escolha e dissertativas. A legislação 
colacionada, neste material, foi retirada do Código Eleitoral Anotado e legislação complementar do TSE, 
disponível gratuitamente no endereço www.tse.jus.br, o qual indicamos, como o melhor repertório legal 
para o estudo. 
 A dedicação, a persistência, a fé e coragem são as ferramentas necessárias para o sucesso em 
concursos e para a realização pessoal e profissional. Portanto, mãos à obra, leiam várias vezes a 
legislação, fiquem atentos às notícias relativas ao Direito Eleitoral nos jornais, revistas, livros, internet, 
professores e colegas. E lembrem-se, como dizia Albert Einstein: o único lugar onde sucesso vem antes 
do trabalho é no dicionário. 
 
Grande Abraço, 
 
Giovanni Lopes de Farias Junior. 
 
Apresentação da Matéria 
 
O Direito Eleitoral é um ramo do direito que tem como finalidade à regulamentação do processo 
eleitoral, a fim possibilitar ao cidadão o direito de eleger e de ser eleito. Para tanto, a Constituição 
Federal e a legislação eleitoral regulam temas como os direitos políticos, nacionalidade, partidos 
políticos, o alistamento de eleitores, as movimentações no cadastro eleitoral como transferência, 
segunda via, revisão, estabelece regras sobre a eleição, entre tantos outros temas. Assim, a missão da 
Justiça Eleitoral vai desde o momento que o cidadão se alista como eleitor até a diplomação dos 
candidatos eleitos. 
 
 2 
 
As fontes básicas do Direito Eleitoral são a Constituição, o Código Eleitoral (Lei n. 4.737/65), a Lei 
das Inelegibilidades (LC n. 64/90), a Lei dos Partidos Políticos (Lei n. 9.096/95), a Lei das Eleições (Lei 
n. 9.504/97) e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral e dos Tribunais Regionais Eleitorais. 
Como a Constituição Federal é a fonte principal do Direito Eleitoral vamos começar nosso estudo por 
ela, para tanto, reproduziremos os artigos 12 a 17. Tais dispositivos são de leitura obrigatória e 
fundamental, sendo autoexplicativos em muitos casos. Porém, teceremos considerações quando for 
necessário esclarecer ou aprofundar algum conceito ou termo jurídico. 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
CAPÍTULO III 
DA NACIONALIDADE 
 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes 
não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a 
serviço da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em 
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de 
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais 
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de 
brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta 
Constituição. 
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos 
previstos nesta Constituição. 
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa 
 
Nota: Esse parágrafo § 3º tem especialimportância, pois costuma ser pedido em concurso os 
cargos privativos de brasileiros natos. 
 
Princípios e normas constitucionais relativos aos direitos políticos, 
nacionalidade e aos partidos políticos, de que tratam os Capítulos III, IV e V do 
Título II da Constituição de 1988 em seus art. 12 a 17 
Prof. Giovanni Lopes de Farias Júnior 
 
 3 
 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo 
nacionais. 
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. 
 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com 
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
Diferença entre sufrágio e voto: Sufrágio e voto não se confundem apesar de exprimirem 
realidades próximas. Sufrágio é o direito de escolha, ou seja, o direito de votar; enquanto o voto é o ato 
que materializa esse direito, trata-se de colocar o voto na urna. 
 
 
Plebiscito e referendo. 
O plebiscito é a convocação dos eleitores do país a aprovar ou rejeitar questões relevantes antes da 
existência de lei ou do ato administrativo. O referendo também é uma consulta popular, porém e é 
convocado depois que o ato já foi aprovado, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta. 
Portanto, no plebiscito os cidadãos são chamados às urnas para responderem questões que servirão 
de norte na elaboração de futuras leis, enquanto no referendo o cidadão é chamado às urnas para votar 
se concorda ou não com a entrada em vigor de uma lei, já elaborada, mas que só produzirá efeitos em 
sua vida dependendo do resultado da votação. 
A competência para propor ambos os institutos é do Congresso Nacional quando se tratar de 
questões de relevância nacional. É convocado por decreto legislativo da Câmara ou do Senado, com 
proposta que deve ser assinada por no mínimo um terço dos deputados (171) ou de um terço dos 
senadores (27). A medida deve ser aprovada em cada uma das Casas por maioria absoluta (metade 
mais um de todos os parlamentares). Na Câmara, são necessários 257 votos favoráveis. No Senado, 
41. O referendo pode ser convocado em trinta dias a partir da lei ou medida administrativa. 
Depois da votação, o resultado é homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral. O processo ocorre 
como numa campanha eleitoral, com tempo de rádio e TV e possibilidade de distribuição de panfletos. 
O último plebiscito realizado no Brasil ocorreu em dezembro de 2011 e abordou a divisão do Pará. 
No Brasil, tivemos referendo em 2005, sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munições, 
mantendo o comércio. Em 1993, foi realizado plebiscito para escolher entre monarquia ou república e 
parlamentarismo ou presidencialismo. A consulta consolidou a republicana e o presidencialismo. 
Importante: De tempos em tempos os meios de comunicação noticiam que o governo 
pretende “ouvir” a vontade da população, por meio de plebiscito ou referendo. Assim, é 
importante entendermos a diferença existente entre estes institutos. 
 
 
 4 
 
 
Iniciativa Popular: É a outra forma de participação direta da população prevista na Constituição por 
meio da apresentação de um projeto de lei sobre determinado assunto, assinado por, no mínimo, 1% do 
eleitorado nacional, distribuído por pelo menos por cinco Estados, e não menos de 0,3% dos eleitores 
de cada um deles. É o que aconteceu na Lei da Ficha Limpa, que tramitou e foi aprovada por pedido da 
população. 
 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
 
Conscrito: Trata-se da pessoa que foi recrutada para prestar o serviço militar obrigatório. Se alguém 
se alistou ao completar 16 anos e foi recrutado para o serviço militar obrigatório, não poderá votar 
durante este período, conforme posição do TSE, por meio da Resolução 20.165/98. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
 
Tal condição impede o estrangeiro de postular cargos eletivos, assim apenas os brasileiros natos ou 
naturalizados podem se eleger, salvo a exceção do art. 12, § 3º, que traz os cargos privativos de 
brasileiros natos. 
 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
 
Estará no pleno exercício dos direitos políticos ou que não estiverem com os direitos políticos 
suspensos ou perdidos. 
 
III - o alistamento eleitoral; 
 
Tema que será analisado mais a frente, mas que em suma se trata do preenchimento das condições 
para ser eleitor. 
 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
 
Como veremos o domicílio eleitoral não se confunde com o domicílio civil. O Domicílio eleitoral tem 
conceito mais amplo, envolvendo também vínculos familiares, profissionais, patrimoniais, sociais ou 
comunitários. De acordo com a Lei 9.504/97, para se candidatar o eleitor precisa estar inscrito na 
circunscrição pelo menos 1 (um) ano antes da data da eleição. 
 
Circunscrição: Espaço geográfico onde se trava determinada eleição. Assim, o país, na eleição do 
presidente e vice-presidente da República; o estado, nas eleições para governador e vice-governador, 
deputados federais e estaduais, e senadores; o município, nas eleições de prefeito e vereadores; e o 
distrito, onde e quando se realiza a eleição pelo sistema distrital. (In: FARHAT, Saïd. Dicionário 
parlamentar e político: o processo político e legislativo no Brasil. São Paulo: Melhoramentos; 
Fundação Peirópolis, 1996. p. 121.) 
 
V - a filiação partidária; 
 
Para ser candidato o cidadão precisa estar filiado a um partido. Portanto, não existem candidaturas 
avulsas. O art. 9º da Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) exigem 
que a filiação seja de no mínimo 1 (um) ano antes da data da eleição. 
 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
 
 5 
 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
Inalistáveis: estrangeiros e conscritos. 
 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e 
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único 
período subseqüente. 
 
O dispositivo veda a eleição para um terceiro mandato consecutivo, assim possibilita a que alguém 
seja eleito para o mesmo cargo do Poder Executivo desde que em período alternado. 
 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e 
do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do 
pleito. 
 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou 
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador deEstado ou 
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
Tal dispositivo visa impedir a perpetuação de famílias no poder. 
 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, 
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a 
fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida 
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder 
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
 
 
Lei Complementar: Dispositivo legal destinado a regulamentar matéria específica prevista na 
Constituição Federal, no presente caso, a inelegibilidade. Possui quórum diferenciado da Lei Ordinária, 
uma vez que a lei ordinária é aprovada por maioria simples (artigo 47 da CF/88) e a lei complementar 
por maioria absoluta (artigo 69 da CF/88). 
 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias 
contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou 
fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na 
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
IMPORTANTE: A Lei Complementar que trata dos casos de inelegibilidade a que se refere a 
Constituição é a Lei Complementar 64/90. Esse dispositivo foi alterado em 2010 por meio da Lei 
Complementar 135, conhecida popularmente como “Lei da Ficha Limpa”, que aumentou as 
hipóteses e o prazo de inelegibilidade, a fim de proteger a moralidade para o exercício do 
mandato, considerando a vida pregressa do candidato. 
 
http://www.jusbrasil.com/topicos/10635412/artigo-47-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com/legislacao/1033694/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com/topicos/10631483/artigo-69-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com/legislacao/1033694/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 6 
 
Nota: Elegibilidade é capacidade que tem o cidadão de se candidatar a um cargo eletivo. Para 
tanto deve preencher necessariamente todos os requisitos previstos neste artigo e não incidir 
em nenhuma inelegibilidade. 
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Diferença entre cassação e perda e suspensão de direito políticos: A cassação é vedada, pois 
nela a privação de direitos ocorre de forma unilateral e arbitrária por parte do Estado, sendo comum em 
regimes totalitários. Já a perda ou suspensão decorre das hipóteses que estão elencadas no artigo 15 
da Constituição Federal. 
 
Perda e suspensão de direitos políticos: Destaca José Jairo Gomes (Direito Eleitoral, 2011, p. 8) 
que a perda está ligada a ideia de deixar de possuir, deter ou gozar de algo; é ficar privado. Como é 
obvio só se perde o que se tem. Nesse sentido, perda se liga a noção de definitividade, ou seja, a perda 
é quase sempre permanente, embora se possa recuperar o que se perdeu. 
Já a suspensão, na definição de Cretella Junior é “a interrupção temporária daquilo que se está em 
curso, cessando quando terminam os efeitos do ato ou da medida. Trata-se, portanto, de privação 
temporária de direitos políticos. 
Existe discussão na doutrina sobre quais itens do art. 15 representam perda ou suspensão de 
direitos políticos, porém considerando os conceitos acima, José Jairo Gomes entende que apenas a 
hipótese do inciso I (cancelamento da naturalização) como perda de direitos políticos e os demais casos 
como suspensão. A maior discussão repousa sobre a questão da escusa de consciência do inciso IV. 
Escusa de consciência: Prevista no artigo 5º, inciso VIII, que preceitua o seguinte: "ninguém será 
privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as 
invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei". A escusa de consciência acontece, portanto, quando alguém invoca a sua convicção 
pessoal para não cumprir uma obrigação imposta a todos, devendo então cumprir uma prestação 
alternativa, fixada em lei. O exemplo mais comum é o do jovem que não cumpre o serviço militar 
obrigatório, por ser contra suas convicções filosóficas, e não cumpre qualquer outra atividade 
alternativa. 
Portanto, no entender de José Jairo Gomes, os casos de suspensão dos direitos políticos são: 
 Incapacidade civil absoluta. Ocorre, nos termos do art. 3º do Código Civil quando, por 
enfermidade ou deficiência mental a pessoa não tiver o necessário discernimento para a prática dos 
atos civis ou que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Declarada a 
incapacidade civil absoluta pelo Juiz de Direito o cidadão tem seus direitos políticos suspenso 
 Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. A decisão de 
condenação criminal que não cabe mais recurso suspende os diretos políticos, enquanto durarem os 
seus efeitos. 
 Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, 
VIII. É a chamada escusa de consciência 
 Condenação por improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Que nada mais é do 
que a prática de atos de corrupção administrativa, ou seja, o que é contrário à honestidade, à boa-fé, à 
honradez, à correção de atitude. 
 
A perda e suspensão dos direitos políticos acarreta várias consequências: 
 
 Cancelamento do alistamento e exclusão do corpo de eleitores; 
 Cancelamento da filiação partidária; 
 Perda de mandato eletivo; 
 Perda de cargo ou função pública; 
 Impedimento para votar ou ser votado 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enfermidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_mental
 
 7 
 
A exclusão do corpo de eleitores não é automática, devendo ser observado o procedimento do art. 
77 do Código Eleitoral. Uma vez cessada a causa da exclusão pode o interessado, requerer novamente 
sua qualificação e inscrição como eleitor. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se 
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
 
DESTAQUE: O art. 16 da CF traz um instituto de importância ímpar no Direito Eleitoral. O dispositivo 
veicula o chamado Princípio da Anualidade Eleitoral, também conhecido como antinomia eleitoral ou 
conflito de leis no tempo. Autores como Thales Tácito Cerqueira, afirmam que tal regramento “é a 
expressão máxima da democracia, lastrado no princípio rules of game (regras do jogo), ou seja, não se 
pode mudar as regras do jogo no meio do campeonato.” Visa-se, desta forma, impedir a edição de leis 
específicas para a próxima eleição que favoreçam pela curto espaço de tempo de edição os que já se 
encontram no poder. Assim, a lei que de qualquer forma alterar o processo eleitoral entra em vigor na 
data da sua publicação, ou seja, ela existe para o mundo do direito a partir daquela data, mas seus 
efeitos não são aplicados para a eleição que ocorrer com mesmo de um ano da data de sua vigência. 
Foi oque aconteceu com a chamada minirreforma eleitoral (Lei 12.891/2013), aprovada pelo Congresso 
Nacional, sancionada no dia 11 de dezembro de 2013 pela Presidente da República. Como o TSE 
entendeu que a minirreforma alterava as regras do jogo para as Eleições 2014 e que foi sancionada 
com menos de 1 (um) ano de antecedência da Eleição de 05 de outubro de 2014, ela não pode valer 
nesse pleito, porém está plenamente apta à produzir efeitos nas Eleições de 2016. 
 
CAPÍTULO V 
DOS PARTIDOS POLÍTICOS 
 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a 
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa 
humana e observados os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de 
subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e 
funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem 
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão 
seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à 
televisão, na forma da lei. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
 
Como já comentamos, para concorrer a um cargo eletivo o cidadão precisa estar filiado a um partido 
político no mínimo um ano antes da data da eleição, podendo o partido em seu estatuto estabelecer um 
prazo maior. É importante lembrar que os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, que 
adquirem personalidade jurídica nos termos da lei civil, ou seja, adquire a personalidade jurídica com o 
registro dos seus atos constitutivos no cartório de registro civil de pessoas jurídicas. Todavia, após esta 
etapa o partido deve registrar seu estatuto junto ao TSE. Apenas após essa etapa adquire 
personalidade eleitoral, ou seja, a capacidade para contrair direitos e obrigações na esfera eleitoral, 
como registrar candidatos, acesso ao horário eleitoral, fundo partidário entre outros. 
Os partidos enquanto meios de participação do cidadão nos assuntos do Estado são de livre criação, 
fusão, incorporação e extinção, devendo zelar pela soberania popular, pela democracia, pelo 
pluripartidarismo e os pelos direitos fundamentais de pessoa humana. 
Cabe lembrar ainda que o partido político deve ter caráter nacional, ou seja, não existem partidos 
apenas no âmbito estadual ou municipal, sendo vedada qualquer forma de recebimento de recursos de 
entidade ou governo estrangeiro. Tem a obrigação ainda de prestar contas à Justiça Eleitoral dos 
valores que administrar, em especial os decorrentes do fundo partidário. 
 
 
 8 
 
Outros princípios relevantes do Direito Eleitoral 
Depois de estudarmos o princípio constitucional da anualidade eleitoral (art. 16 da CF), que tem tido 
uma grande importância na aplicação da legislação eleitoral brasileira é necessário que façamos 
menção a outros princípios extraídos do texto constitucional. 
 
Entre estes podemos destacar: 
 
 Vedação da Restrição de Direitos 
 Democracia; 
 Democracia Partidária; 
 Estado Democrático de Direito; 
 Poder Soberano; 
 Devido Processo legal 
 
Democracia, Democracia Partidária e Estado Democrático de Direito 
 
Segundo José Jairo Gomes, democracia, nos dias de hoje, é o regime de governo onde o poder 
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos (democracia representativa), uma vez 
que os candidatos eleitos é que representam a vontade popular, ou de forma direta, por meio do 
plebiscito, referendo e da iniciativa popular. Tal regime pressupõe liberdade, igualdade e efetiva 
participação popular. Além disso, se faz necessária a existência de partidos políticos, decorrendo daí o 
denominação de democracia partidária, pois é por meio deles que o cidadão pode pleitear acesso aos 
cargos eletivos, como determina o art. 14, § 3º da CF. 
Já a ideia de Estado Democrático de Direito, em linhas gerais, impõe ao Estado que suas estruturas 
devem ser delineadas e funcionarem pelos critérios de Direito e não pela força, prepotência ou arbítrio. 
Segundo os autores a principal característica destes Estados é a existência de uma Constituição, 
dotada de supremacia sobre as outras leis, devendo o cidadão participar por meio da escolha de seus 
representantes ou de forma direita. 
 
Soberania 
 
A Constituição estabelece em seu art. 1º que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente. Poder soberano é aquele que não se encontra sujeito ou limitado 
a nenhum outro Poder. No Brasil a soberania é concretizada pelo sufrágio universal, pelo voto direito e 
secreto, pelo plebiscito, referendo e iniciativa popular, nos termos do art. 14 da CF. 
 
Princípio Republicano e Princípio Federativo 
 
A forma de governo diz respeito ao modo de atribuição de poder do Estado. Nosso país adota a 
forma de governo republicana que é aquela que tem por característica a eletividade, a temporalidade e 
a alternância de pessoas no comando do Estado. Nessa forma de governo, o Chefe do Executivo 
(Presidente, Governador, Prefeito) e os membros do Legislativo (Senadores, Deputados Federais, 
Deputados Estaduais e Vereados) cumprem mandato fixo, sendo escolhidos pelos cidadãos em 
eleições. 
A forma de estado federativo diz respeito a união dos Estados autônomos sob o comando da 
Constituição. O Brasil é formado pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal, 
devendo se observar a rotatividade no exercício do poder, por meio de eleições periódicas. 
 
Princípio do Devido Processo Legal 
 
Princípio fundamental previsto na Constituição Federal, ninguém pode ser privado de seus bens ou 
de sua liberdade sem o devido processo legal. Portanto, ainda que seja passível de se restringir 
determinado direito político, para que isto venha ocorrer será necessária a observância do devido 
processo legal, ou seja, instrução processual, defesas, produção de provas e julgamento sempre 
observando os comandos e regras estabelecidas previamente em leis aprovadas regularmente pelos 
representantes do povo em um processo também previsto na Constituição. Em outras palavras, todas 
as regras devem ser previamente conhecidas pelos cidadãos, não se podendo criar exceções. 
 
 9 
 
Abaixo, apresentaremos quadro esquematizado elaborado pelo Prof. Thales Thácio Cerqueira em 
sua obra, Direito Eleitoral Esquematizado, demonstrando outros princípios relacionados a matéria de 
direito eleitoral (Saraiva, 2012, p. 44): 
 
 
 
 
Questões 
 
1. (TRE/CE - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2012). Pedro tem 32 anos de idade. Mesmo 
preenchidos os demais requisitos legais, NÃO poderá, em razão da sua idade, candidatar-se, dentre 
outros, ao cargo de: 
 
(A) Prefeito Municipal. 
(B) Governador de Estado. 
(C) Deputado Federal 
(D) Deputado Estadual. 
(E) Senador. 
 
2. (TRE/SC - Analista Judiciário). São privativos de brasileiros natos os seguintes cargos: 
(A) Presidente e Vice- Presidente da Repúbica, Presidente do Senado Federal, Presidente da 
Câmara dos Deputados e Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
(B) Presidente e Vice- Presidente da Repúbica, Presidente do Senado Federal, Presidente da 
Câmara dos Deputados e Presidentes de Partidos; 
(C) Presidente e Vice- Presidente da Repúbica, Presidente do Senado Federal, Presidente da 
Câmara dos Deputados e Presidente de organismos internacionais com sede no país; 
(D) Presidente e Vice- Presidenteda Repúbica, Presidente do Senado Federal, Presidente da 
Câmara dos Deputados e Governadores de Estados. 
 
3. (FCC/Proc. Municipal Teresina/2010) A lei que alterar o processo eleitoral s entrará em vigor 
um ano ap s sua promulgação. 
 
 10 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4. (FCC/Defensor Público DPE SP/2009) A cassação dos direitos políticos pode ocorrer, dentre 
outros casos, quando ocorrer a incapacidade civil absoluta como na interdição. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
5. (FCC/Juiz Substituto TJRR/2008) O referendo é convocado com anterioridade a ato legislativo 
ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Respostas 
 
1. Quadro esquematizado para memorização de idades e cargos: 
 
Presidente e Senador 35 anos 
Governador 30 anos 
Prefeitos e Deputados 21 anos 
Vereadores 18 anos 
 
Constituição Federal 
 
Art. 14 § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e 
juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
Resposta: 1 (E) 
 
02. (A) 
 
03. Errado. princ pio da anualidade eleitoral, previsto no art. 16 da Constituição Federal, disp e 
que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação. Todavia, não se 
aplica eleição que ocorra até um ano da data de sua vig ncia. 
 
04. Errado. A incapacidade civil absoluta ensejará a suspensão dos direitos políticos e não a sua 
cassação, que é expressamente vedada em nosso ordenamento jurídico, conforme preceitua o art. 15 
da Constituição Federal. 
 
05. Errado. O referendo é convocado posteriormente ao ato legislativo ou administrativo, cumprindo 
ao povo apenas a respectiva ratificação ou rejeição do que já foi proposto. 
 
Código Eleitoral (Lei nº 4.737, de 1965, e respectivas atualizações, inclusive Lei 
n.º 9.504, de 1997): Dos órgãos da Justiça Eleitoral. Do Tribunal Superior Eleitoral. 
Dos Tribunais Regionais Eleitorais. Dos juízes eleitorais. Das juntas eleitorais: 
composição e atribuições 
Prof. Giovanni Lopes de Farias Júnior 
 
 11 
 
 
 
Esclarecimentos iniciais: 
Caro(a) candidato(a) antes de adentrarmos no tema dos Órgãos da Justiça Eleitoral, composição e 
atribuição é importante esclarecermos um ponto acerca da legislação eleitoral. O Código Eleitoral, Lei 
nº 4.737, de 1965 nos artigos 12 a 41 apresenta os Órgãos e a competência da Justiça Eleitoral, 
todavia, tais artigos sofreram fortes e importantes alterações com a promulgação da Constituição 
Federal de 1988. O que se deu foi que a lei posterior, ou seja, a Constituição alterou o texto do Código 
Eleitoral, que, porém continua em vigor em vários pontos. 
Diante disso, para tornar mais clara a estrutura da Justiça Eleitoral brasileira, vamos começar 
analisando o texto da Constituição e depois já conhecendo quais pontos foram alterados passaremos 
ao estudo do Código Eleitoral. 
A Constituição trata da estrutura e das competências básicas da Justiça Eleitoral entre os artigos 118 
e 121. Vejamos: 
 
Dos Tribunais e Juízes Eleitorais 
 
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
I – o Tribunal Superior Eleitoral; 
II – os Tribunais Regionais Eleitorais; 
III – os Juízes Eleitorais; 
IV – as Juntas Eleitorais. 
 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; 
II – por nomeação do Presidente da República, dois Juízes dentre seis advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior 
Tribunal de Justiça. 
 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. 
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes dentre os Desembargadores do Tribunal de Justiça; 
b) de dois juízes, dentre juízes de Direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
II – de um Juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital do Estado ou no Distrito Federal, 
ou, não havendo, de Juiz Federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal 
respectivo; 
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
§ 2º O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os 
desembargadores. 
 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de 
direito e das juntas eleitorais. 
§ 1º Os membros dos Tribunais, os Juízes de Direito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no 
exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão 
inamovíveis. 
§ 2º Os Juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e 
nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo 
mesmo processo, em número igual para cada categoria. 
§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta 
Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança. 
§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando: 
I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; 
II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais; 
 
 12 
 
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; 
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; 
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, ou mandado de injunção. 
 
Explicações: 
 
Como percebemos pela leitura do texto constitucional a Justiça Eleitoral não dispões de quadro 
próprio de juízes, sendo a sua composição formada por magistrados de outros órgãos do Poder 
Judiciário e que exercem sua atividade por um período determinado, normalmente de 02 (dois) anos, 
podendo, em alguns casos, haver prorrogação por mais 02 (dois) anos. Assim, podemos dizer que não 
existe a carreira de juiz eleitoral, apenas a função de juiz eleitoral que tem prazo certo e determinado. A 
justificativa para isso é que a Justiça Eleitoral ao regular as eleições e o processo eleitoral como um 
todo, acaba tendo uma responsabilidade e poder considerável. Assim, a fim de oxigenar e evitar o 
abuso de poder por parte das pessoas envolvidas nessa atividade, é que se dá o rodízio. Tal 
característica é chamada pela doutrina de Princípio da Periodicidade da investidura das funções 
eleitorais. 
 
Como vimos no art. 118, são órgãos da Justiça Eleitoral: 
 
 O Tribunal Superior Eleitoral; 
 Os Tribunais Regionais Eleitorais; 
 Os Juízes Eleitorais; 
 As Juntas Eleitorais. 
 
Tribunal Superior Eleitoral - TSE 
 
Trata-se do órgão de cúpula da justiça eleitoral estando subordinado, no exercício da atividade 
jurisdicional, apenas ao Supremo Tribunal Federal. Tem sede em Brasília, tendo o papel de uniformizar 
a interpretação e aplicação da legislação eleitoral no Brasil. Suas decisões são tomadas por maioria de 
votos, em sessão publica, com apresença da maioria de seus membros, como determina o art. 19 do 
Código Eleitoral. 
 
Composição 
 
A composição do TSE é de 07 (sete) membros, e é definida pela art. 119 da CF, que revogou, em 
parte, os artigos 16 e 17 do Código Eleitoral. 
 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça; 
II – por nomeação do Presidente da República, dois Juízes dentre seis advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Composição do TSE - 7 membros 
03 Juízes do STF 
02 Juízes do STJ 
02 Advogados, nomeados pelo Presidente da República 
em lista elaborada pelo STF 
 
Os Juízes do STF e STJ são chamados de ministros. Para comporem o Tribunal Superior Eleitoral os 
ministros tanto do Supremo Tribunal Federal - STF como do Superior Tribunal de Justiça -STJ, são 
escolhidos mediante eleição interna, nestes Tribunais, mediante eleição por voto secreto. Assim, no 
caso do Supremo que possuí 11 (onze) ministros, são eles que escolhem os três ministros que irão 
compor o TSE. 
Em relação aos advogados cabe ao Supremo Tribunal Federal, e não à Ordem dos Advogados do 
Brasil -OAB, a indicação de duas listas com três nomes de advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral para serem escolhidos pelo Presidente da República para comporem o TSE. 
 
 13 
 
 
O parágrafo único do art. 119, da CF determina que o TSE elegerá seu Presidente e o Vice-
Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os 
Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
 
Função Tribunal de Origem 
Presidente STF 
Vice- Presidente STF 
Corregedor Eleitoral STJ 
 
É importante destacar que são escolhidos substitutos para os juízes titulares do TSE, sempre 
respeitando a mesma proporção do art. 119 da CF, ou seja, três substitutos dentre os membros do STF; 
dois substitutos dentre os membro do STJ e dois substitutos da classe dos advogados. 
 
Competência do TSE 
 
As competências do TSE estão definidas nos arts. 22 e 23 do Código Eleitoral, sendo o primeiro 
artigo dedicado às competências jurisdicionais, ligadas à regulamentação das eleições e do processo 
eleitoral, entre outros assuntos e o segundo às questões administrativas. 
Dentre as competências jurisdicionais cabe destacar a de julgar o registro e a cassação do registro 
de partidos políticos e seus diretórios nacionais; a competência para julgamento do registro e cassação 
de registro de candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República. 
Dentre as competências administrativas destaca-se às relativas à aprovação da divisão dos Estados 
em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas, e para fixar a diária do Corregedor Geral, dos 
Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede. 
Abaixo temos a reprodução dos artigos 22 e 23 do Código Eleitoral: 
 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I - Processar e julgar originariamente: 
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de 
candidatos à Presidência e vice-presidência da República; 
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes; 
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua 
Secretaria; 
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e 
pelos juízes dos Tribunais Regionais; 
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente 
da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando 
houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a 
impetração; (Execução suspensa pela RSF nº 132, de 1984) 
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua 
contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; 
g) as impugnações á apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma 
na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República; 
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta 
dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte 
legitimamente interessada. 
i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, 
não houverem julgado os feitos a eles distribuídos. 
 
Lei 9.504/97 - Art. 94. § 1º É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir 
qualquer prazo desta Lei, em razão do exercício das funções regulares. 
§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo constitui crime de responsabilidade e será objeto de 
anotação funcional para efeito de promoção na carreira. 
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de 
decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado. 
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do Art. 276 
inclusive os que versarem matéria administrativa. 
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorrível, salvo nos casos do Art. 281. 
 
 14 
 
 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior: 
I - elaborar o seu regimento interno; 
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou 
extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da 
lei; 
III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos 
efetivos; 
IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais 
Eleitorais; 
V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; 
VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, 
indicando a forma desse aumento; 
VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e 
deputados federais, quando não o tiverem sido por lei; 
 
Importante: 
 
O inciso VII foi alterado pela Constituição e pela Lei 9504/97 que fixou em seu art. 1 que “As eleições 
para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, Deputado Distrital e 
Vereador dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do ano respectivo. E que “se 
nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição no último 
domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e considerando-se eleito o que 
obtiver a maioria dos votos válidos”. 
VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; 
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da 
sede; 
XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos 
termos do art. 25; 
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com 
jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político; 
XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa providência 
for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; 
XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das 
decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração; 
XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência; 
XVI - requisitarfuncionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do 
serviço de sua Secretaria; 
XVII - publicar um boletim eleitoral; 
XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação 
eleitoral. 
 
TSE e o sistema recursal 
 
 § 3º, do art, 121 da CF dertermina que: “São irrecorr veis as decis es do Tribunal Superior 
Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado 
de segurança.” 
 
TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS - TREs 
 
Os Tribunais Regionais Eleitorais são os órgãos de segundo grau da justiça eleitoral, devendo haver 
um na Capital de cada Estado e um no Distrito Federal. Suas deliberações devem ser tomadas por 
maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros, conforme 
determina o art. 28 do Código Eleitoral. 
 
Composição 
 
 
 15 
 
Os Tribunais Regionais Eleitorais tem sua composição 07 membros que são escolhidos nos termos 
do art. 120 da CF, que revogou em parte os arts. 25 e 26 do Código Eleitoral. 
 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. 
§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I – mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes dentre os Desembargadores do Tribunal de Justiça; 
b) de dois juízes, dentre juízes de Direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
II – de um Juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital do Estado ou no Distrito Federal, 
ou, não havendo, de Juiz Federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal 
respectivo; 
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois Juízes dentre seis advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
§ 2º O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os 
desembargadores. 
 
Composição do TRE - 7 membros 
02 Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado 
02 Juízes de Direito de primeiro grau da Justiça 
Estadual, escolhidos pelo Tribunal de Justiça 
01 Juiz Federal (Desembargador ou Juiz Federal de 1º 
Grau) 
02 Advogados, nomeados pelo Presidente da República 
em lista elaborada pelo Tribunal de Justiça 
 
Em relação à escolha os desembargadores do Tribunal de Justiça - TJ são escolhidos pelo próprio 
TJ, mediante eleição por voto secreto. Também por voto secreto os desembargadores do TJ elegem 2 
(dois) juízes de direito, o juiz comum da comarca, para ocuparem duas vagas no TRE. 
Em relação ao Juiz Federal, este é escolhido pelo Tribunal Regional Federal - TRE, da sua 
respectiva região, podendo ser um desembargador federal ou juiz federal, conforme seja a capital do 
Estado sede ou não de um TRF. 
 
Esclarecimento: O Tribunal de Justiça (TJ), no sistema jurídico brasileiro, é um órgão colegiado 
constituído de juízes de segunda instância, denominados "desembargadores" que tem como função 
primordial julgar em grau de recurso as decisões dos Juízes de Direito, que atuam no chamado primeiro 
grau de jurisdição. O TJ é órgão de segundo grau da justiça estadual. 
Tribunal Regional Federal - TRF: são órgãos do Poder Judiciário com competência definida no art. 
108 da CF e representam a segunda instância da Justiça Federal. Temos no Brasil 5 TRFs. 
 TRF da 1ª Região - sede em Brasília: abrangendo os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, 
Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e 
Tocantins. 
 TRF da 2ª Região - sede no Rio de Janeiro: abrangendo os Estados do Rio de Janeiro e Espírito 
Santo. 
 TRF da 3ª Região - sede em São Paulo: abrangendo os Estados de São Paulo e Mato Grosso 
do Sul. 
 TRF da 4ª Região - sede em Porto Alegre: abrangendo os Estados de Paraná, Santa Catarina e 
Rio Grande do Sul. 
 TRF da 5ª Região - sede em Recife: abrangendo os Estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, 
Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. 
Assim, se no capital do Estado, onde estiver instalada a sede do Tribunal Regional Eleitoral -TRE, 
houver sede do TRF, o membro será escolhido entre os desembargadores do TRF, porém se não for 
sede será escolhido um Juiz Federal de 1º grau pelo Tribunal Regional Federal com jurisdição naquele 
estado. 
Em relação aos 02 (dois) advogados, estes são nomeados pelo Presidente da República em lista 
duas listas tríplices indicados pelo Tribunal de Justiça. 
Em relação à eleição do Presidente e o Vice-Presidente, a Constituição prevê que estes serão eleitos 
dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Judici%C3%A1rio_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3o_colegiado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ju%C3%ADzes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desembargador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a_Federal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Regional_Federal_da_1%C2%AA_Regi%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acre
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Amazonas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bahia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_%28Brasil%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1s
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Gerais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso
http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Piau%C3%AD
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rond%C3%B4nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roraima
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tocantins
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Regional_Federal_da_2%C2%AA_Regi%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_%28cidade%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%ADrito_Santo_%28estado%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%ADrito_Santo_%28estado%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Regional_Federal_da_3%C2%AA_Regi%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_%28cidade%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_%28estado%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Regional_Federal_da_4%C2%AA_Regi%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_Alegre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Catarina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sul
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Regional_Federal_da_5%C2%AA_Regi%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recife
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alagoas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cear%C3%A1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Para%C3%ADba
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambuco
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Norte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe
 
 16 
 
Competência 
 
As competências dos Tribunais Regionais estão definidas nos arts. 29 e 30 do Código Eleitoral, o 
primeiro dedicado às competências jurisdicionais e o segundo às competências administrativas. 
Dentre as competências jurisdicionais cabe destacar a de julgar o registro e o cancelamento do 
registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a 
Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas. 
Quanto às segundas, evidenciam-se as competências para dividir o Estado em zonas eleitorais e para 
constituir as juntas eleitorais, designando as respectivas sedes. 
Abaixo temos a reprodução dos artigos 29 e 30 do Código Eleitoral: 
 
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais: 
I - processar e julgar originariamente: 
a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, 
bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Nacional e das 
Assembleias Legislativas; 
b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleitorais do respectivo Estado; 
c) a suspeição ou impedimentos aos seus membros ao Procurador Regional e aos funcionários da 
sua Secretaria assim como aos juízes e escrivães eleitorais;d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais; 
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que 
respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de recurso, os 
denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus quando houver perigo de 
se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; 
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto a sua 
contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; 
g) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos pelos juízes eleitorais em trinta dias da sua 
conclusão para julgamento, formulados por partido candidato Ministério Público ou parte legitimamente 
interessada sem prejuízo das sanções decorrentes do excesso de prazo. 
II - julgar os recursos interpostos: 
a) dos atos e das decisões proferidas pelos juízes e juntas eleitorais. 
b) das decisões dos juízes eleitorais que concederem ou denegarem habeas corpus ou mandado de 
segurança. 
Parágrafo único. As decisões dos Tribunais Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do Art. 276. 
 
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: 
I - elaborar o seu regimento interno; 
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-lhes os cargos na forma da lei, e 
propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e 
a fixação dos respectivos vencimentos; 
III - conceder aos seus membros e aos juízes eleitorais licença e férias, assim como afastamento do 
exercício dos cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior 
Eleitoral; 
IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, 
vice-prefeitos, vereadores e juízes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou 
legal; 
 
Texto alterado pela Constituição e pela Lei 9504/97 que fixou em seu art. 1º que “As eleições 
para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do 
Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual, 
Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de outubro do ano 
respectivo. E que “se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á 
nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e 
considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos”. 
§ 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de 
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. 
§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em segundo lugar mais de um candidato 
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. 
V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição; 
 
 17 
 
VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser 
feita pela mesa receptora; 
VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das 
eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os 
respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal 
Superior, cópia das atas de seus trabalhos; 
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade 
pública ou partido político; 
IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a 
criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior; 
X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o 
biênio; 
XI - (Revogado pela Lei nº 8.868, de 1994) 
XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a 
requisição de força federal; 
XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos 
juízes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os 
escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço; 
XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, 
funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas 
Secretarias; 
XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juízes 
eleitorais; 
XVI - cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior; 
XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva 
circunscrição; 
XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado. 
XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar apenas os boletins e os mapas 
totalizadores, desde que o menor número de candidatos às eleições proporcionais justifique a 
supressão, observadas as seguintes normas: 
a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigência dos 
mapas parciais de apuração; 
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá, no prazo de três dias, 
recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; 
c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até seis meses antes da data da 
eleição; 
d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais Regionais, depois de 
aprovados pelo Tribunal Superior; 
e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos modelos dos boletins e mapas de 
apuração a fim de que estes atendam às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que aprovar, 
acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal 
Superior. 
 
TRE e o sistema recursal 
 
 artigo 121, § 4º da CF determina que “Das decis es dos Tribunais Regionais Eleitorais somente 
caberá recurso quando: 
I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei; 
II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais; 
III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; 
IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; 
V – denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data, ou mandado de injunção. 
 
Da possibilidade de recondução dos juízes aos Tribunais Eleitorais 
 
Como se depreende da redação do § 2º, do art. 121, da CF, os juízes eleitorais tem mandato 
temporário, ou seja “salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de 
dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, 
em número igual para cada categoria”. 
 
 18 
 
 
JUÍZES ELEITORAIS E JUNTAS ELEITORAIS 
 
JUÍZES ELEITORAIS 
 
Os juízes eleitorais são os magistrados da Justiça Estadual designados pelo TRE para presidir as 
zonas eleitorais. São os órgão de primeira instância da justiça eleitoral uma vez que esta não possui um 
quadro próprio de magistrados. Exercem suas funções nas zonas eleitorais, que são unidades de 
jurisdição, nos termos do art. 32 do Código Eleitoral. 
 
Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo exercício 
e, na falta deste, ao seu substituto legal que goze das prerrogativas do Art. 95 da Constituição. 
Parágrafo único. Onde houver mais de uma vara o Tribunal Regional designara aquela ou aquelas, a 
que incumbe o serviço eleitoral. 
As competências do juiz eleitoral encontra-se elencadas no art. 35 do Código Eleitoral. Vejamos 
 
Art. 35. Compete aos juízes: 
I - cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e do Regional; 
II - processar e julgar os crimes eleitorais e os comunsque lhe forem conexos, ressalvada a 
competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais; 
III - decidir habeas corpus e mandado de segurança, em matéria eleitoral, desde que essa 
competência não esteja atribuída privativamente a instância superior. 
IV - fazer as diligências que julgar necessárias a ordem e presteza do serviço eleitoral; 
V - tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-
as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir; 
VI - indicar, para aprovação do Tribunal Regional, a serventia de justiça que deve ter o anexo da 
escrivania eleitoral; 
VII - revogado 
VIII - dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores; 
IX- expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor; 
X - dividir a zona em seções eleitorais; 
XI mandar organizar, em ordem alfabética, relação dos eleitores de cada seção, para remessa a 
mesa receptora, juntamente com a pasta das folhas individuais de votação; 
XII - ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e 
comunicá-los ao Tribunal Regional; 
XIII - designar, até 60 (sessenta) dias antes das eleições os locais das seções; 
XIV - nomear, 60 (sessenta) dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos 
5 (cinco) dias de antecedência, os membros das mesas receptoras; 
XV - instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas funções; 
XVI - providenciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras; 
XVII - tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições; 
 
XVIII - fornecer aos que não votaram por motivo justificado e aos não alistados, por dispensados do 
alistamento, um certificado que os isente das sanções legais; 
XIX - comunicar, até às 12 horas do dia seguinte a realização da eleição, ao Tribunal Regional e aos 
delegados de partidos credenciados, o número de eleitores que votarem em cada uma das seções da 
zona sob sua jurisdição, bem como o total de votantes da zona. 
 
JUNTAS ELEITORAIS 
 
As juntas eleitorais são órgãos de natureza administrativa que exercem funções relacionadas à 
apuração das eleições. Tem existência temporária e provisória restrita apenas ao trabalho de apuração 
eleitoral, a fim de torná-lo mais produtivo e eficiente, sendo extinta logo após os trabalhos de apuração, 
exceto nas eleições municipais em que permanece vigente até a diplomação dos eleitos. 
 
Com a implantação do processo eletrônico de votação as funções da Junta Eleitoral ficaram 
esvaziadas, pois a contagem, apuração e totalização dos votos e feita eletronicamente. 
 
Composição 
 
 19 
 
 
É composta por dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, escolhidos e nomeados TRE, até 60 
dias antes das eleições, sendo presidida, após por um juiz de direito que será seu presidente. A 
nomeação cabe ao Presidente do TRE, a quem incumbe designar o seu local de funcionamento. O § 3º 
do art. 36 do Código Eleitoral traz ainda o rol de pessoas impedidas de participar da junta eleitoral. 
 
Vejamos o art. 36 do Código Eleitoral: 
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) 
ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade. 
 
Lei 9.504/97 - Art. 98. Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais 
e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração 
expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo 
dobro dos dias de convocação. 
 
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dia antes da eleição, depois de 
aprovação do Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede. 
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas indicadas para compor as juntas 
serão publicados no órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, em 
petição fundamentada, impugnar as indicações. 
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares: 
I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem 
assim o cônjuge; 
II - os membros de diretorias de partidos políticos devidamente registrados e cujos nomes tenham 
sido oficialmente publicados; 
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de 
confiança do Executivo; 
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral. 
 
Competência 
 
A competência da junta eleitoral vem estampada no art. 40 do Código Eleitoral. Vejamos. 
 
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral; 
I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição. 
II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da 
apuração; 
III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178; 
IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais. 
 
Resolução TSE n. 23.218/10 - Art. 88. Compete à Junta Eleitoral (Código Eleitoral, art. 40, I a IV): 
I - apurar a votação realizada nas seções eleitorais sob sua jurisdição; 
II - resolver as impugnações, dúvidas e demais incidentes verificados durante os trabalhos da 
apuração; 
III - expedir os boletins de urna na impossibilidade de sua emissão normal nas seções eleitorais, com 
emprego dos sistemas de votação, de recuperação de dados ou de apuração. 
 
ATENÇÃO: Feitas estas considerações acerca da estrutura da Justiça Eleitoral reproduzimos a 
seguir o texto puro do Código Eleitoral dos artigos 12 a 40. Tenha o cuidado e a atenção com os artigos 
que foram revogados pelo texto constitucional como tivemos oportunidade de estudar. 
 
CÓDIGO ELEITORAL – LEI 4.737/1965 
DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL 
 
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o País; 
II - um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito Federal e, mediante proposta do 
Tribunal Superior, na Capital de Território; 
III - juntas eleitorais; 
 
 20 
 
IV - juízes eleitorais. 
 
Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regionais não será reduzido, mas poderá ser elevado até 
nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. 
 
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois 
anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. 
§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o desconto de qualquer afastamento nem 
mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º. 
§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Justiça 
comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente exceto 
quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou encerramento 
de alistamento. 
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a apuração final da eleição, não 
poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge, perante 
consanguíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado 
na circunscrição. 
 
Lei 9.504/97 - Art. 95. Ao Juiz Eleitoral que seja parte em ações judiciais que envolvam determinado 
candidato é defeso exercer suas funções em processo eleitoral no qual o mesmo candidato seja 
interessado. 
 
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-se-ão as mesmas formalidades 
indispensáveis à primeira investidura. 
 
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma 
ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria. 
 
TÍTULO I 
DO TRIBUNAL SUPERIOR 
 
Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral: 
I- mediante eleição, pelo voto secreto 
a) de três juízes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; e 
b) de dois juízes, dentre os membros do Tribunal Federal de Recursos; 
II - por nomeação do Presidente da República, de dois entre seis advogados de notável saber 
jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
§ 1º - Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, 
ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso 
o que tiver sido escolhido por último. 
§ 2º - A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que ocupe 
cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilegio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração 
pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal. 
 
Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Supremo 
Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-presidência, e para Corregedor Geral da Justiça Eleitoral um 
dos seus membros. 
§ 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se locomoverá para os Estados e 
Territórios nos seguintes casos: 
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral; 
II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais; 
III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral; 
§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os Corregedores Regionais, que 
lhes devem dar imediato e preciso cumprimento. 
 
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador 
Geral da República, funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal. 
 
 21 
 
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros membros do Ministério Público da 
União, com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto 
ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão ter assento. 
 
Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da 
maioria de seus membros. 
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na interpretação do Código Eleitoral em 
face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos que 
importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença 
de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o substituto ou o 
respectivo suplente. 
 
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá arguir a suspeição ou impedimento 
dos seus membros, do Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos previstos na 
lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em 
regimento. 
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de 
manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do arguido. 
 
Art. 21 Os Tribunais e juízes inferiores devem dar imediato cumprimento às decisões, mandados, 
instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior: 
I - Processar e julgar originariamente: 
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de 
candidatos à Presidência e vice-presidência da República; 
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes; 
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua 
Secretaria; 
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e 
pelos juízes dos Tribunais Regionais; 
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente 
da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando 
houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a 
impetração; (Execução suspensa pela RSF nº 132, de 1984) 
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua 
contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos; 
g) as impugnações á apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma 
na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República; 
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta 
dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte 
legitimamente interessada. 
i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, 
não houverem julgado os feitos a eles distribuídos. 
 
Lei 9.504/97 - Art. 94. § 1º É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir 
qualquer prazo desta Lei, em razão do exercício das funções regulares. 
§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo constitui crime de responsabilidade e será objeto de 
anotação funcional para efeito de promoção na carreira. 
 
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias de 
decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado. 
 
Lei 9.504/97 - Art. 94. § 1º É defeso às autoridades mencionadas neste artigo deixar de cumprir 
qualquer prazo desta Lei, em razão do exercício das funções regulares. 
§ 2º O descumprimento do disposto neste artigo constitui crime de responsabilidade e será objeto de 
anotação funcional para efeito de promoção na carreira. 
 
 
 22 
 
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do Art. 276 
inclusive os que versarem matéria administrativa. 
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorrível, salvo nos casos do Art. 281. 
 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, 
I - elaborar o seu regimento interno; 
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou 
extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da 
lei; 
III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos 
efetivos; 
IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais 
Eleitorais; 
V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; 
VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, 
indicando a forma desse aumento; 
VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e 
deputados federais, quando não o tiverem sido por lei: 
 
Lei 9504/97 - Art 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal, 
Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão, em todo o País, no primeiro domingo de 
outubro do ano respectivo. 
 
Lei 9504/97 - Art. 2º § 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-
se-á nova eleição no último domingo de outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e 
considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos válidos. 
 
VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; 
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da 
sede; 
XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais

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