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resumo antissepsia

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Tatyane Ferreira
RESUMO ANTISSEPSIA
Referência: Eduardo, 3º ed, terapêutica medicamentosa em odontologia.
A antissepsia é um procedimento simples e prático que pode reduzir o número de microrganismos presentes na cavidade bucal, na proporção de 75 a –99,9%, além de diminuir a contaminação pelo aerossol proveniente das turbinas de alta rotação. Em todo procedimento que causa sangramento, as bactérias podem ganhar o caminho da corrente sanguínea, provocando bacteremias transitórias, de menor ou maior significado clínico. Sendo assim, é imprescindível que a antissepsia seja feita previamente a toda e qualquer intervenção odontológica. Infelizmente, muitos profissionais ainda negligenciam essa medida, realizando-a somente antes das intervenções cirúrgicas. 
 Soluções antissépticas:
A- Iodopovidona 10% em solução aquosa com 1% de iodo ativo (PVPI): 
O iodo atua oxidando os fosfolipídeos da parede celular e as organelas dos microrganismos, sendo eficaz contra bactérias gram-positivas e negativas, fungos, vírus, protozoários e micobactérias. Além disso, não tem efeitos negativos sobre a formação de epitélio e tecido de granulação. O PVPI é empregado na antissepsia e na degermação das mãos e dos braços da equipe cirúrgica e no preparo pré-cirúrgico dos pacientes (antissepsia extrabucal). Para essa finalidade, emprega-se uma gaze estéril embebida na solução, aplicando-a na pele dos pacientes, deixando-a em contato por um período de 10 min, para depois remover o excesso. não provoca reações locais ou sistêmicas quando aplicado topicamente em mucosas e não induz à seleção de bactérias resistentes. Entretanto, pode provocar manchas nos dentes e nos tecidos bucais. Aproximadamente 0,4% da população pode apresentar alergia ao PVPI, exibindo sensibilidade cutânea. Assim, durante a anamnese, aqueles pacientes que relatarem história de alergia a pólen, pó doméstico, picadas de insetos, etc., devem ser investigados com mais cuidado. Nesses casos, a solução aquosa de digluconato de clorexidina 2% é a alternativa mais viável.
 
B- Clorexidina:
 Possui ação bactericida por desagregar a membrana plasmática da bactéria, provocando a perda do conteúdo celular. Age contra bactérias aeróbias facultativas e anaeróbias, gram-positivas e negativas, além de fungos e leveduras. A realização de bochecho com duração de 1 min reduz 22-40% dos microrganismos viáveis após 1 h e, entre 6-8 h há a volta ao número original de microrganismos. Entretanto, três dias de bochechos diários com clorexidina 0,2% causam a redução de mais de 99,99% das células viáveis, as quais também retornam ao número original 8 h depois da suspensão do uso. digluconato de clorexidina é também empregado na assepsia extrabucal (nas concentrações de 2% ou 4% para preparação cirúrgica da pele dos pacientes) e intrabucal, em intervenções cirúrgicas odontológicas. Na forma de gel e na concentração de 2%, o digluconato de clorexidina é empregado em endodontia, como auxiliar na instrumentação e desinfecção do sistema de canais radiculares, apresentando maior substantividade e baixa tensão superficial em relação ao hipoclorito de sódio. Em um estudo clínico tendo como modelo a remoção de terceiros molares mandibulares inclusos, foi obtida uma redução de 60% na incidência de alveolite quando era realizado um simples bochecho pré-operatório com uma solução de digluconato de clorexidina 0,12%.
a. Solução para aplicação local ou bochechos diários
Digluconato de clorexidina 0,12%
Água mentolada q.s.p. volume desejado
(p. ex., 500 mL)
b. Solução para antissepsia pré-operatória intrabucal
Digluconato de clorexidina 0,2%
Água mentolada q.s.p. volume desejado
c. Solução para antissepsia extrabucal
Digluconato de clorexidina 2%
Água destilada q.s.p. volume desejado
d. Gel auxiliar para instrumentação e desinfecção de canais radiculares
Digluconato de clorexidina 2%
Natrosol 1%
OBS 1: É necessário lembrar que o lauril sulfato de sódio (LSS), um detergente muito utilizado em formulações cosméticas (inclusive cremes dentais), é incompatível com a clorexidina e reduz seu efeito antimicrobiano, e por esse motivo o intervalo entre a escovação com cremes dentais contendo LSS e os bochechos com clorexidina deve ser > 30 min – preferencialmente 2 h. A clorexidina também não é compatível com concentrações clinicamente relevantes de monofluorfosfato de sódio (MFPNa), formando sais de baixa solubilidade, embora seja compatível com fluoreto de sódio (NaF), incorporado aos géis dentais
OBS 2: Associação de timol, eucaliptol, salicilato de metila e mentol, além de Cloreto de cetilperidínio a 1:2.000 não apresenta a mesma eficácia da cloredixina.

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