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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
	CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL
	PONTUAÇÃO
	Formatação do Relatório e Normas ABNT
	0,5
	Ortografia e Gramática 
	0,5
	Riqueza na descrição dos itens do relatório
	0,5
	Anexos completos assinados, carimbados e sem rasuras
	Aprovação ou Reprovação
	Riqueza de detalhes do Relato Pessoal sobre o estágio
	1,5
	PONTUAÇÃO TOTAL DESTA ATIVIDADE 
	3,0 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Taió
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
 Maribel Bodemuller
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Relatório apresentado ao Curso de Pedagogia, na disciplina de Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental I do 7º semestre, UNIGRANET, sob a orientação das Professoras: Andreina de Melo, Claudia Olé e Natacya Caetano
 
Taió
2019
SUMÁRIO
	Introdução..................................................................................................
	
	Descrição da Identificação da Escola........................................................
Descrição do Período de observação ....................................................... 
	
	Descrição da elaboração e aplicação do Projeto de Ensino......................
	
	Descrição da Regência...............................................................................
	
	Conclusão...................................................................................................
	
	Referências .............................................................................................
	
	Anexos.......................................................................................................
	
INTRODUÇÃO
Primeiramente gostaria de falar um pouco sobre a minha trajetória até os dias atuais, retomando algumas lembranças e marcas que ficaram do contato que tive com a escola, contextualizando minha formação.
 Meus pais tiveram duas filhas, e eu sou a segunda. Eu e minha irmã sempre estudamos em escola pública, na verdade estudamos na mesma escola desde o início dos estudos até o término do ensino médio. Nunca frequentamos creche, pois meu pai sempre trabalhou para trazer o sustento da família, era pedreiro, construtor, e tinha uma vida bem difícil, um trabalho pesado que exigia todo o esforço dele. Minha mãe era responsável pelos cuidados com a casa e pela nossa educação, era dona de casa. Meus pais sempre tiveram pouco dinheiro e levávamos uma vida com pouquíssimos gastos devido a baixa renda familiar. Sendo assim, foi função de minha mãe nos preparar para iniciarmos os estudos sabendo no mínimo ler e escrever. Minha mãe estudou até a quarta série, e seu grande sonho era de que suas filhas tivessem o estudo que ela não teve. Seu sonho era que suas filhas, em algum momento da vida, se formassem numa faculdade.
 Ao terminar o ensino médio, nenhuma das duas tinha condições financeiras de frequentar uma faculdade. 
Passaram muitos anos depois, sempre trabalhando no comercio da cidade, minha irmã entrou pra faculdade e se formou psicóloga. 
Eu fiquei sem saber realmente o que fazer, que caminho deveria seguir. Casei e posteriormente vieram dois filhos, os quais me impossibilitavam continuar no meu antigo emprego, pois exigiam tempo para que cuidasse bem deles. Foi ali que tudo começou.
 Matriculei meu pequeno na creche, no berçário, e acompanhei os dois primeiros dias com ele para que ele se acostumasse. Dentro da sala, eu comecei a me relacionar com a professora e com as demais crianças. Aquela estava sendo uma fase difícil para a creche, pois a ajudante da professora havia pedido sua demissão naquela semana. Foi então que recebi uma proposta para que ficasse ajudando a professora ate que encontrassem outra para ocupar a vaga. O que demorou sete meses para acontecer. 
E Eu? Eu me apaixonei por essa profissão, me apaixonei pelo contato com as crianças e descobri ali, a faculdade que iria fazer, pedagogia. 
Assim, ao contratarem outra professora, acabou o meu tempo de trabalho. Resolvi que era essa profissão que eu queria seguir, entrar para a faculdade na intenção de realizar meu mais novo sonho, e juntamente o sonho antigo de minha mãe.
A pedagogia me permitiu um aprendizado diário, um amadurecimento incalculável. Considero esse curso abriu os meus horizontes, mostrou-me a vida de outra forma, fez-me crescer, ser mais humilde, no sentido de ver o outro como ser capaz e fruto da realidade social em que vive. 
Sei das dificuldades, dos obstáculos e de como a profissão de professor, muitas vezes não é reconhecida. A violência e o desrespeito para com o professor está cada vez mais comum. Mas não posso desistir por causa de alguns obstáculos ou por alguns acontecimentos. Estou quase chegando ao final, e então me preparando para o estágio.
 Através do estágio, terei a oportunidade de expressar realmente que a profissão de educar/ensinar deve estar de acordo com atitudes éticas abertas à ação e a reflexão sobre o que realizamos no nosso dia a dia na escola. 
O estágio também me proporcionará a oportunidade de testar na prática, o aprendizado teórico que tive ao longo do curso. É hora de pôr a prova, os conhecimentos pedagógicos adquiridos e refletir sobre o que e como devemos melhorar.
 O Estágio é uma disciplina obrigatória nos cursos de formação de professores, e “[...] aponta para a integração teoria/prática pedagógica como um dos eixos nucleares do curso e, portanto, deve ter espaço no interior da carga horária total dos cursos” (PICONEZ, 1991, p. 31). 
 O Estágio é um momento de aprendizado prático em que o aluno busca aprender a sua futura profissão de docente por meio da observação e orientação de um outro profissional que já esteja exercendo sua profissão realizados na escola, onde as atividades exercidas nesse processo de aprendizagem profissional, devem ser profundamente refletidas. Tendo em vista que “a prática da reflexão tem contribuído para o esclarecimento e o aprofundamento da relação dialética prática-teoria-prática [...]” (PICONEZ, 1991, p. 25).
 A proposta de ensino prático vista no estágio, também proporciona “[...] o engajamento do estagiário na realidade, para que possa perceber os desafios que a carreira de magistério lhe oferecerá e possa, assim, refletir maduramente sobre a profissão que vai assumir” (KULCSAR, 1991, p. 64).
 A realização de um estágio traz para a vida dos formandos um crescimento profissional bastante abrangente e satisfatório, abordando que não é possível ensinar como ser um professor, isto é algo adquirido na prática, todavia, podem ser mostradas aos estagiários algumas estratégias que eles certamente precisaram adotar se escolherem a docência como profissão.
 Agora então, após passar por esta importante etapa, estarei relatando com detalhes como foi, apresentando em partes a estrutura da escola, como ela é e o que ela possui, relato das aulas observadas nas três primeiras séries do ensino fundamental, passando posteriormente com e com qual finalidade realizei o projeto para a regência, e por fim relato como foi a minha experiencia como docente no tempo de estágio.
CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
2.
Descrição da Escola.
A EEB Leopoldo Jacobsen está localizada em Rua Roberto Mayr, 27, Seminário do município de Taió em Santa Catarina. A escola é estadual e possui 729 alunos (segundo dados do Censo Escolar de 2018) em Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio.
 A estrutura física da escola é muito boa, as salas são amplas e arejadas, possuído aparelhos condicionadores de ar e ventiladores, com carteiras e cadeiras apropriadas e armários para guardar materiais. O material necessário para o bom andamento das aulas, é suficiente e adequado, sendo oferecido pelo Estado de Santa Catarina no início do ano letivo. A equipe diretiva da escola sempre procura suprir as necessidades materiais da escola, participando ativamente do cotidiano e contribuindopara o bom andamento das aulas.
 A equipe é formada pela: diretora, assistente de direção, ATP (assistente técnica pedagógica), pedagoga e os professores em sala, além de três zeladoras e dois guardas que revezam os turnos. 
 Existem várias dependências para realização de atividades tais como: quadra esportiva coberta para prática de educação física, laboratório de informática equipado com vários computadores, biblioteca, sala dos professores salas administrativas, refeitório amplo e organizado, cozinha com todos os equipamentos e utensílios necessários. Os banheiros são amplos e sempre limpos sendo divididos, um ambiente para os meninos e outro ambiente para as meninas.
 Quanto ao ambiente escolar, incentivam o atendimento multidisciplinar, limpeza satisfatória, pouca poluição sonora e pouca poluição visual. 
As salas são todas bem decoradas, com cantinhos interessantes, criativos e principalmente enriquecedores para estímulos e de novas descobertas. Esses cantinhos são preparados para diversas modalidades e modificados com frequência, para ser atrativo durante todo o ano para os alunos. É notória a importância dada à educação concreta, transmitida pela ludicidade e nisso reflete a preocupação dos professores com o bem-estar dos alunos, além de tornar o ambiente bonito e aconchegante. 
Nas paredes externas, ao lado de cada sala, são expostos os trabalhos realizados pelas respectivas turmas, estimulando os alunos a fazerem sempre um trabalho bem feito para que todo os alunos observem.
Ainda está em andamento a construção de um parquinho para as crianças menores, um outro prédio também está em fase final de construção, que futuramente oferecera salas para o CEJA, laboratórios, cozinha nova, sala de informática nova, e outros espaços ainda em andamento.
 A pouco mais de quinze dias o galpão da escola foi terminado, com som ambiente, palco para apresentações, saídas de emergência e bebedouros.
Falta pouco para que a escola fique renovada, depois de dois anos de construção e transtorno, todos esperam que fique pronta o quanto antes.
3. 
Descrição do Período de observação 
3.1
Primeiro ano do ensino fundamental.
 Dia de observação na turma da 1 ª série 2, da professora Izabel. 
 A Professora Izabel, me recebeu muito bem, com bastante carinho e respeito, e me apresentou aos seus alunos, explicando a eles o meu objetivo.
 A aula começou com a chamada, e após cantamos parabéns para o aluno Enzo que estava de aniversário. Após isso, a professora entregou para cada aluno o seu devido crachá, feito de papel por eles mesmos. Eles mesmos recortaram as letras e montaram o seu nome no começo do ano. Achei a ideia legal e produtiva.
 Dando início, a professora pediu a todos que pegassem o seu livro de português e abrissem na página 87, onde a professora mesmo leu o poema e pediu em seguida para que eles copiassem. Ela me disse que quanto mais eles copiarem e lerem, mais eles aprendem as palavras. Depois ela pediu aos alunos que retirassem do poema as rimas. Após terminarem ela fez a correção no quadro, pedindo que os alunos falassem as rimas que tinham no texto.
Assim, dando continuidade ao assunto, a professora pediu que fizessem algumas rimas com as palavras que ela daria a eles. A atividade foi feita oralmente.
 Dando continuidade a aula, a atividade seguinte foi sobre a nossa bandeira. A Professora entregou aos alunos uma folha com o desenho da bandeira do Brasil. Ela explicou o que as cores da bandeira significam, o verde são as nossas matas, o amarelo são as riquezas, o azul e o nosso céu e o branco significa a busca pela paz. Após a explicação eles pintaram a bandeira com tinta guache, o que eles adoraram.
 Após o recreio a Professora pediu que cada um limpasse a sua carteira, dando a eles um lenço úmido. Assim a professora pôde dar continuidade a aula. A matéria agora passou para matemática. A atividade que a professora deu foi numa folha, entregue para cada aluno, onde cada aluno teria que fazer as somas e nomear corretamente os resultados como par ou ímpar.
Essa atividade foi muito legal, pois os alunos se concentraram e batalharam bastante para descobrirem os resultados e também para saberem o que era par ou ímpar.
 Ao chegar no fim da aula a professora disse aos alunos que não daria tarefas a eles pois no outro dia a escola faria um ensaio para o desfile do dia 7 de setembro nas duas primeiras aulas.
 Quando faltavam alguns minutos para acabar a aula, me despedi e agradeci a professora Izabel e a todos os alunos pela oportunidade.
 Através da observação dessa aula, pude perceber que a professora tratava seus alunos com carinho e com muita dedicação, respeitando sempre as dificuldades de alguns, permitindo que todos os alunos obtivessem o mesmo nível de aprendizagem final. Pude concluir que para que haja um bom desenvolvimento de toda a turma, devemos diagnosticar os alunos, conhecer em qual fase do desenvolvimento ele está, como funciona seu ritmo de aprendizado, seu ritmo de escrita e leitura. Agindo assim, o professor terá o envolvimento e principalmente o entendimento de ambos em uma classe, sobre todas as atividades propostas.
3.2
Segundo ano do ensino fundamental
 Dia de observação na turma da 2 ª série 2, da professora Fernanda. 
 Foi uma experiência um pouco diferente da primeira, pois a professora não estava sabendo da minha visita, por motivo de a diretora ter me direcionado na última hora para essa sala, e foi assim, no susto mesmo que a diretora me apresentou para a professora, dois minutos antes de começar a aula. Mesmo com essa situação não muito agradável a professora me recebeu muito bem e me convidou para entrar na sala. 
 A professora cumprimentou os alunos, fez minha apresentação como na turma anterior e fizemos uma oração, que é costume da turma.
 Nessa turma, do segundo ano, os alunos são dispersos e conversam bastante entre si, ainda mais com a minha presença ali, o que despertou muitas curiosidades. Alguns deles me perguntaram se agora eu iria ficar com eles todos os dias, se eu iria ser a professora deles, o que eu iria fazer, etc. Depois de respondê-los pedi para a professora falar aos alunos o verdadeiro motivo da minha presença, pois muitos não haviam prestado atenção no começo da aula. Logo em seguida chamou a atenção dos alunos para a chamada.
Nesta aula, a professora recapitulou o assunto da aula anterior, que era sobre o ciclo da água no planeta, mas ao perguntar quem havia feito a tarefa, percebeu que havia alguns alunos que não tinham completado os exercícios, pois tinham dúvidas a respeito. Nesse momento, ela deu visto os cadernos dos alunos. Ao perceber a maioria dos alunos não tinham entendido o assunto a professora colocou no quadro as dúvidas a respeito daquela atividade explicando uma a uma, com muita paciência. Ela fez um desenho no quadro, de como a água vem e vai, vai e vem. Comentou sobre a poluição da água, de como devemos cuidar da água, e como ela e importante para toda a vida na terra.
 Terminando esse assunto, continuou a aula com português, com o tema de gênero do substantivo. A professora entregou aos alunos um texto, que todos leram juntos e após a leitura os alunos tinham que completar a atividade de retirar do texto as palavras destinadas ao gênero feminino e ao masculino. Foi bem difícil de eles manterem a concentração, pois estavam eufóricos, para a chegada do recreio. Segundo a professora, eles estavam assim porque era o primeiro dia de sol depois de uma semana inteira de tempo fechado com chuva e garoa. 
 Após o recreio, foi feita a correção daquela atividade, onde a professora percebeu que o assunto foi bem compreendido.
 Como estávamos na semana da pátria, a professora passou para os alunos uma atividade de matemática, com a figura da bandeira do Brasil. Eram diversas contas de adição e subtração, onde os resultados comandavam as cores que deveriampintar o desenho da bandeira. Eles gostaram bastante da atividade, e por um bom tempo eles pararam de conversar e se concentraram na aula. Após a correção da atividade a professora passou uma atividade como tarefa de casa. Uma tarefa sobre a história do Brasil.
 A sala também muito bem decorada com letras e números, e nas laterais da sala, estavam expostos alguns trabalhos feitos pela turma nas semanas anteriores.
 Uns minutos antes de terminar a aula, agradeci a oportunidade e me despedi de todos.
 Depois de observar essa aula, tive a impressão de que tudo o que começa errado, termina errado. Como a professora ficou sabendo da minha observação, ficou bastante nervosa e me pediu desculpas várias vezes por não ter conseguido controlar o barulho e a bagunça da turma, alegando ainda que eu ficaria com uma péssima impressão dela como professora. Ainda sobre seu nervosismo, a professora Fernanda disse que estava passando por problemas com sua família e não estava se sentindo muito bem. Normal, pois somos seres humanos, temos sentimentos e nos sentimos falhos muitas vezes.
 Com isso concluí que se o professor não está bem, seus alunos percebem, e tudo pode sair do eixo. Por exemplo a bagunça, as briguinhas por pouca coisa, os conflitos, as conversas paralelas se tornam comum quando o professor não está seguro de si. Para que isso não aconteça com frequência, o professor, mais do que qualquer outro profissional, precisa aprender a controlar seus sentimentos, ou maquiá-los, com a finalidade de conseguir realizar um bom trabalho e alcançar os seus objetivos.
 Há uma ligação muito forte entre os alunos e seus colegas, alunos e professores e principalmente entre familiares. Assim como é fundamental o bom relacionamento entre alunos e professor, a relação entre os familiares e a escola também é responsável pelo melhor aproveitamento do ensino, isso porque o processo de aprendizagem vai muito além da sala de aula e depende não apenas da escola, mas também do tipo de vivência familiar de cada ser.
3.3
Terceiro ano do ensino fundamental
 Dia de observação na turma da 3 ª série 3, da professora Katia.
 Ao chegar na sala, e me apresentar a professora, que estava devidamente informada sobre o que eu iria fazer, fui muito bem recebida pela mesma, com entusiasmo e carisma. No seguinte momento fui apresentada pela professora para os alunos que me deram as boas-vindas.
 Ao começar a aula a professora pediu que pegassem seus cadernos com a atividade de ciências que ela havia lhes passado como tarefa, e passou um por um avaliando quem teria feito ou quem não fez. Assim, logo após deu continuidade ao assunto fazendo a correção dessa atividade que era sobre o extrativismo, sobre a influência do homem na natureza, e o pra que se utiliza as coisas extraídas da natureza.
 Os alunos tinham que fazer uma pesquisa em casa, com seus pais ou na internet, sobre o extrativismo mineral, que e quando o homem retira o ouro, o ferro, o cobre, o quartzo, a bauxita e qual a finalidade desses minerais, onde responderam que são utilizados para a produção de anéis, pulseiras, correntes, e também utilizado na construção de casas como o ferro.
 Para o extrativismo vegetal, responderam troncos de árvore , ervas, castanhas, látex, entre tantos outros e responderam que o homem utiliza esses materiais na produção de madeira para fazer casas, lápis, barcos, e até carvão, o látex para fazer as coisas de borracha, como os brinquedos e até mesmo a borracha de aula, as ervas para fazer chá e medicamentos, as castanhas para alimentação e para cosméticos, tipo cremes hidratantes e sabonetes. E por fim o extrativismo animal que responderam a caça e a pesca, onde o homem se utiliza da carne, ossos, peles, dentes e chifres dos animais, para inúmeras coisas serem produzidas. Achei que os alunos foram muito participativos e perguntaram bastante sobre o assunto. A professora explicou também que o extrativismo e muito diferente da agricultura, porque no extrativismo o homem apenas retira da natureza as coisas que nasceram e cresceram sozinhas, e não as repõem, diferentemente da agricultura, onde o homem retira da natureza o que ele cultiva e precisa repor sempre para colher novamente. Para descontraírem um pouco, a professora montou grupos de 3 alunos para que realizassem uma atividade de recorte, montagem e colagem. A atividade proposta foi que os alunos recortassem de revistas algumas imagens sobre o extrativismo, sobre as coisas que são retiradas da natureza e também deveriam recortar as coisas que são feitas através da matéria extraída pelo homem e montassem um cartaz numa cartolina com essas figuras. Teve bastante tumulto na sala, mas fizeram um trabalho muito legal, e através daquele trabalho a professora disse que deu de entender que teria chegado ao objetivo, onde pode perceber que eles compreenderam muito bem sua explicação.
 A atividade seguinte foi história, onde a professora leu um texto sobre o descobrimento do Brasil, e explicou, após contar a história sobre o que os portugueses faziam com os índios, que eles trocavam com os nativos objetos como garfos, espelhos, roupas em troca do ouro que os índios tinham. A professora deu uma explicação sobre a escravidão dos índios pelos portugueses, de como eles eram tratados, e que os índios trabalhavam para extrair das nossas terras as riquezas, incluindo a madeira do Pau Brasil.
 Após o recreio a professora trabalhou com matemática, passando no quadro seis problemas de divisão onde algumas contas dariam exatas e outras não. A Professora leu um por um, bem devagar e em voz alta para que todos pudessem entender. Assim, quando terminaram de resolver as contas, foram sorteados seis alunos da sala para fazerem as contas no quadro, onde cada um resolveria um dos problemas. Achei a ideia muito boa, assim todos prestaram bastante atenção, pois não sabiam quem iria responder.
 Por fim a professora passou uma atividade para eles como tarefa de casa. Foram dezoito contas de divisão e de multiplicação misturadas, onde eles obrigatoriamente deverão prestar atenção no sinal que a conta tem.
 Bem, chegando ao final dessa aula, no meu entendimento, pude observar que a professora e muito bem preparada, mantem a atenção constante da sua turma, tem o respeito e o carinho de todos os seus alunos. Me chamando atenção também, a decoração da sala, organização e limpeza. 
 Quando faltavam alguns minutos para acabar a aula, levantei e me despedi da turma, parabenizando a professora e os alunos e agradecendo por terem permitido que eu passasse o dia com eles. Foi uma aula muito produtiva.
 Ao terminar a observação desse dia, tive a certeza de que gostaria de me tornar uma professora, se não igual, mas pelo menos com algumas características da professora Kátia. A aula que presenciei, me mostrou certamente o exemplo de uma professora bem preparada, segura de si, com uma facilidade enorme de se relacionar com seus alunos e o que mais admiro é a forma como ela passava o conteúdo, aliando a teoria a pratica, o que torna a aula muito mais interessante.
 Essa facilidade talvez ocorra com ela pela dedicação que teve com essa turma, pois segundo o que me contou, não foi nada fácil no começo do ano letivo. Disse que o segredo do bom relacionamento com os alunos, é o fato de ter investigado um pouco sobre cada aluno, suas principais dificuldades, seus medos, como é o envolvimento de cada família e a realidade de cada um em particular.
 Com toda certeza, afirmo que para um bom rendimento escolar, se faz necessário o carinho e o respeito de ambas as partes.
4.
Descrição do Projeto de Ensino 
 Alguns dos problemas enfrentados hoje pela relação professor-aluno, no contexto da comunicação, é o fato de não se conhecerem, não saberem quais são suas ideias, quais suas dificuldades, seus problemas e principalmente seus sonhos. Na verdade, a relação de professor e alunos, e até mesmo a relação de alunos com os colegasacaba sendo comprometida pela falta de conhecimento um do outro, ou ainda, a falta do autoconhecimento. 
 Para montar meu projeto de ensino, troquei algumas ideias com a professora Silvana, que é 1 ª série 2. Trata-se da turma que realizei a observação, mas antes com a regência da professora Izabel, que naquele momento estava apenas por suprir a falta da professora Silvana, que precisou se afastar por motivo de saúde. Escolhi essa turma por ter me sentido mais segura, pela experiencia que tive nas horas de observação, e por ter me identificado mais com as crianças menores.
 Numa conversa de troca de ideias e informações, sobre o que já havia trabalhado ou não com a turma, disse a professora que gostaria de proporcionar uma aula divertida, com conversas, passeio, com o autoconhecimento, com o envolvimento da família em algumas atividades e que ficasse guardado na mente daqueles alunos. Ela adorou, e pediu que eu realizasse um projeto para a sua aprovação e para minha futura regência.
 Assim então comecei a planejar meus dias de aula, as atividades que eu passaria para os alunos, tentando sempre encontrar uma maneira fácil e divertida, buscando o envolvimento de todos.
 Meu projeto baseia-se principalmente, no autoconhecimento, na descoberta de fatos importante sobre a vida de cada um, como por exemplo, quando, onde e como nasceram, o porque da escolha do seu nome, investigar suas origens, a origem da sua família, seus costumes, e gostos particulares, como por exemplo, o que mais gosta de fazer, o que deseja ser quando crescer, com a segunda intenção de proporcionar o envolvimento da família em algumas atividades, fortalecendo laços, levando os pais e filhos a uma pequena viajem no tempo. 
 Assim como o autoconhecimento, acho importante que os alunos aprendam e descubram sobre o lugar onde moram, como o nome e a história do seu endereço, da sua cidade. Que eles possam ter ideia de como surgiu e de quantos anos a nossa cidade tem, de como ela funciona, como ela era e como ela é nos dias atuais, detalhes que farão com que eles percebam como os tempos evoluíram e as dificuldades que seus avos tiveram no passado.
5. 
Descrição da regência 
 1ºdia de Aula (29/10/2019) 
 Ao chegar à sala de aula, fui bem recebida pelos alunos, eles ficaram bem contentes com meu retorno a sala. A professora titular me ajudou no início da aula passando pra mim a lista de chamada que fiz, onde sugeri que cada aluno levantasse do seu lugar para que eu pudesse começar a memorizar os rostinhos deles. Logo após a chamada dei início às atividades. O primeiro momento da aula foi muito produtivo, as crianças conversaram bastante sobre o tema.
 No momento que eu entreguei a folha com as perguntas de identificação para completarem, fui dando exemplos de como eles deveriam preencher, como nome completo, menino ou menina, idade, e outras características. E em seguida pedi que se unissem com o colega do lado, formando duplas, eles ficaram muito contentes com a ideia. 
 No segundo momento da aula falei da importância de nos conhecermos melhor, expliquei a proposta da atividade. Fui de dupla em dupla para auxiliá-los quando necessitavam. Após terem conversado um com o outro e se observado por algum tempo, eles fizeram o desenho de si mesmos no espaço em branco daquela folha, achei interessante pois muitos pediram para o colega, qual era a cor dos olhos, a cor dos cabelos... No término da confecção dos desenhos expliquei que muitas vezes a gente não se conhece, não se vê, e não paramos para nos conhecer.
 Após o recreio, coloquei meu nome e meu sobrenome no quadro, perguntei a eles de onde vinham os sobrenomes, e qual eram por parte de pai e qual por parte de mãe, eles ficaram bem interessados no assunto e fizeram várias perguntas. Em seguida cada um escreveu seu nome completo, com o sobrenome. 
 Para tarefa de casa, passei um questionário para os pais responderem, perguntas de identificação de nome e sobrenome, porque escolheram esse nome, onde nasceram, com é o nome dos avós paternos e avós maternos.
 Penso que a aula foi bem produtiva, a agitação deles a meu ver, foi normal, pois além de ser uma professora diferente, as atividades eram diferentes e as dinâmicas também, e sendo assim ficou faltando medir e pesar cada um.
 2º dia de aula (30/10/2019)
 No segundo dia de regência percebi que os alunos são muito carinhosos e receptivos, pois uns vieram me dar abraços, já as meninas um beijo, e os sorrisos foram muitos. Conduzi os alunos em fila para a sala de aula e comecei a chamada com o mesmo esquema de levantarem. 
 Após terminar a chamada, pedi aos alunos que pegassem na pastinha sua tarefa. E pra minha surpresa, todos fizeram, uns com mais informações, outros menos, mas seja lá como for, a intenção de que os pais interagissem com seus filhos deu bastante certo. Conversamos bastante sobre aquela atividade, muitos quiseram falar de onde vem o seu sobrenome, e também o motivo pela escolha do seu nome. Foi uma conversa bem interessante para todos.
 Mudando um pouco de assunto, introduzi a matemática. Utilizando uma balança e uma trena, eu e a professora Silvana, medimos e pesamos cada aluno, para colocarem as informações na sua folha de identificação.
 Conversamos sobre as datas de nascimento, dia de aniversário, mês de aniversário, e como podemos descobrir quantos anos a pessoa tem, a partir de sua data de nascimento. Mostrei que é só subtrair do ano atual, o ano de nascimento.
 Ao voltarem do recreio, passei no quadro umas operações de subtração, para realizarem na escola. E dei o tempo necessário para tirarem as dúvidas, percebendo o empenho de todos. Corrigimos as atividades em conjunto, onde possibilitei que alguns alunos fizessem as contas no quadro.
 Como tarefa, pedi para os alunos novamente entrevistarem seus pais, mas com outro tema. Entreguei uma folha com as perguntas sobre o endereço como nome da rua, bairro, número da casa, quanto tempo moram neste local, onde moravam antes. Perguntas que levam a pensarem juntos, como; O que tem no meu Bairro? Quantas casas tem na minha rua? Mora perto ou longe da escola? E quanto tempo leva pra chegar na escola?
 Ao terminar o dia de aula percebi que os alunos estão se soltando cada vez mais e eu perdendo a timidez e o medo de fazer algo errado.
 Foi uma aula bem produtiva, consegui chegar aos meus objetivos, e consegui passar o que havia planejado.
 3º dia de aula (31/10/2019)
 No terceiro dia de aula, fiz como no dia anterior, em fila os alunos entraram na sala de aula e realizei a chamada da mesma forma. Posteriormente pedi que pegassem a folha com as perguntas que havia passado de tarefa. Conversamos bastante sobre as respostas e decidi separar os alunos que pertenciam ao mesmo bairro. Apenas um grupo ficou pequeno, com três crianças pertencendo ao interior da cidade. Após a divisão pedi que cada grupo viesse ate na frente da classe para que falassem sobre o que tem no seu bairro, um pouco sobre a história, sobre a distancia do bairro ate a escola, enfim, os alunos descreveram onde moravam. Foi uma atividade diferente para eles.
 No momento seguinte, coloquei em exposição o mapa do Brasil, o mapa de Santa Catarina e o mapa da cidade de Taió. Pedi apenas que observassem por algum tempo, e depois do recreio a gente continuaria.
 Na volta do recreio, perguntei se eles sabiam do que se tratava, quem já havia visto o mapa antes. Poucos souberam responder. Expliquei e mostrei a localização do nosso estado no mapa do Brasil, e fiz a mesma coisa com o mapa do estado de Santa Catarina, mostrando onde fica a nossa cidade. Como atividade, entreguei o desenho do mapa do Brasil, com as divisões estaduais demarcadas. Os alunos tiveram que encontrar e pintar o nosso estado, e tiveram que fazer,sem a minha ajuda, apenas observando o grande mapa exposto na frente da classe. Todos encontraram a localização e fizeram a atividade correta.
 Como tarefa, entreguei uma folha para que desenhassem com a ajuda dos pais, a sua casa e a sua rua.
 Mandei um bilhete informativo pelos alunos aos seus pais, onde eles deveriam assinar a autorização para um passeio ao museu da cidade. Ao explicar pros alunos do que se tratava, ficaram todos eufóricos pela chegada do dia de amanhã.
 4º dia de aula (01/11/2019)
 No quarto dia de estagio, fiz como nos outros dias. Fila, os alunos entraram e eu fiz a chamada. Dois alunos faltaram nesse dia, talvez por causa do passeio. 
 Pedi aos alunos que pegassem o desenho que tinha dado a eles como tarefa. A maioria muito bem feitos e muito bem caracterizados, com riqueza de detalhes e uns, aqueles que nitidamente não tiveram o envolvimento dos pais, com pouquíssimas informações. Mas a professora Silvana me contou que são sempre os mesmos, na maioria das vezes, pois esses alunos têm pais que não se envolvem muito na educação dos filhos. 
 Após ver os desenhos, pegamos os bilhetes com as autorizações, e conversamos de como iria acontecer o nosso passeio e como deveriam se comportar. 
 O ônibus já estava a nossa espera, então entramos todos e seguimos em direção ao museu. Ao chegarmos, fomos recebidos muito bem pela recepcionista do museu que nos acolheu e nos apresentou a Diretora Marina Peicher.
 Fomos todos levados para uma viajem no tempo. O museu abriga muitas coisas que nossos antepassados usavam no seu dia a dia, como ferramentas, maquinas de costura, louças, toalhas de banho e de mesa, móveis, eletrodomésticos e eletrônicos e a tão temida sala de dentista, adaptada com o material de trabalho e a cadeira do primeiro dentista da cidade.
 Nos despedimos e agradecemos pelo acolhimento, e seguimos a caminho de volta a escola. Chegamos faltando pouco para começar o recreio.
 Após o recreio, esperei que os alunos se acomodassem e se acalmassem um pouco. No segundo momento perguntei se eles gostaram do passeio, e tivemos muita conversa sobre o que vimos no museu. Todos ficaram surpresos, com muita coisa de lá, mas o que mais chamou a atenção dos pequenos foi a televisão, o celular, a câmera fotográfica, e ate o ferro de passar roupas que eram totalmente diferentes dos atuais. 
 Destaquei e conversei com os alunos sobre como deveria ser difícil a vida dos nossos avós, de como as coisas evoluíram, se modernizaram. E perguntei a eles como eles acham que o mundo vai ser daqui a 50 anos, e observei que a imaginação desses pequenos vai muito além da nossa. 
 Como a imaginação deles é muito boa, resolvi explorar um pouco, pedindo que eles desenhassem o que eles mais gostaram ou acharam interessante na exposição do museu e como eles acham que esse objeto vai ser no futuro. Como ainda não tenho o horário programado, percebi que a aula estava quase acabando e não consegui passar outra tarefa, então deixei que terminassem em casa, para me trazerem no outro dia.
 No fim dessa aula, pude ver como a experiencia faz a diferença, pois me perdi na conversa com os alunos e não passei nenhuma tarefa para casa e nem consegui ler o texto que havia separado sobre a história de Taió. Mas, mesmo tendo esse imprevisto, meu objetivo de leva-los ao passeio e mostrar um pouco sobre a nossa história foi alcançado.
 5º dia de aula (04/11/2019)
 Chegando então no meu ultimo dia de estagio, fiz a fila de alunos e posteriormente realizei a chamada, como de costume. Nenhum aluno faltou nesse dia. 
 Comecei a aula pedindo que pegassem os desenhos que foram feitos conforme a sua imaginação. Pedi que escrevessem seus nomes e me entregassem para que eu pudesse expor na parede de fora da sala. 
 Dando continuidade a minha aula, fui lendo e explicando um pouco da história do nosso município, contando a eles quem foram os nossos colonizadores. Eram alemães, italianos e açorianos. Mostrando aos alunos o porquê de nossos sobrenomes, nossos costumes, nossas raças, nossa culinária, serem tão diversificados. 
 Entreguei para eles um pequeno texto sobre a nossa história, destacando os principais fatos e datas. Pedi que todos fizessem a leitura juntos e depois colassem no caderno.
 Após o recreio, os alunos voltaram para a sala bem casados devido ao calor que estava fazendo naquela tarde. Então parti para minha última atividade que era de português. 
 Perguntei se eles tinham percebido que algumas palavras começam com letra maiúscula mesmo sendo no meio de uma frase. Depois expliquei para eles que sempre devemos iniciar os nomes de pessoas, países, ruas, bairros com letras maiúsculas. Após a explicação e com alguns exemplos no quadro, passei pros alunos uma atividade onde eles deveriam colocar no começo da palavra a letra maiúscula ou minúscula. Corrigimos em conjunto e tiramos as dúvidas restantes, mas pude perceber que o assunto foi bem entendido por eles. 
 Um tempo antes de terminar a aula, agradeci a todos, inclusive e especialmente a professora Silvana. Questionei a turma sobre a opinião deles sobre o que fizemos, o que mais gostaram e qual foi a atividade que menos gostaram. Depois dessa conversa, a aula terminou, e fiquei montando a exposição dos trabalhos que fizeram sobre o museu, para quando chegarem no outro dia terem uma surpresa. Após, me conduzi a direção para agradecer e me despedir. 
 6.
Conclusão
 Acredito que o estagio trata-se da prova de fogo que todos os futuros professores precisam passar. O estágio é muito importante para a aquisição da prática profissional, pois é durante esse período que o aluno pode colocar em prática todo o conhecimento teórico que adquiriu durante a graduação. Além disso, o futuro professor aprende a resolver problemas, lidar com sentimentos, atender aos possíveis imprevistos.
Confesso que fiquei muito nervosa, insegura as vezes, com alguns questionamentos dos alunos. Fiquei com a sensação de não saber se estava fazendo a coisa certa. Mas, com empenho, consegui proporcionar para a turma um aprendizado envolvendo reflexão, pensamento lógico, linguagem oral e escrita de maneira prazerosa e lúdica. 
Durante as atividades desenvolvidas em sala de aula todos os alunos participavam ativamente, desenvolveram as atividades em duplas, em grupos e individualmente também, percebi que eles se sentem mais a vontade quando a atividade é feita em conjunto. 
Procurei fazer um planejamento com atividades envolventes e diversificadas, evitando a rotina, realizei trabalhos em grupo, em dupla, trabalhos práticos e teóricos, valorizando sempre os esforços na realização das atividades. 
Trabalhei com a história do município, fazendo uma pequena viagem ao tempo na visita ao museu, fazendo com que os alunos pudessem entender como era antigamente. Mostrei como o nosso município foi colonizado, pela união de diferentes etnias.
Tentei de ambas as formas mostrar que somos diferentes uns dos outros, que temos as nossas características pessoais, que gostamos de fazer coisas diferentes, e que isso nos torna especiais.
Também tive a oportunidade de trabalhar com as crianças sobre o lugar onde moram, como é dividida uma cidade, fazendo com que as crianças tenham noção de distancia e conhecimento do que seu bairro oferece.
Resgatei a importância de os pais estarem presentes na vida escolar dos seus filhos, procurei, de alguma forma aproximar e até mesmo fazer cada pai ou mãe reservasse um tempo que pudessem ficar com seus filhos, relembrando fatos e acontecimentos que vivenciaram juntos. 
Me senti um pouco frustrada por não ter conseguido realizar meu projeto da construção das maquetes, pois poderia ter sido uma aula divertida, cheia de oportunidade de aprendizado. 
 Finalizando o estágio, mesmo que algumas atividades ficaram somente no projeto, penso que a maioria dos objetivos foram alcançados. Foi uma ótima experiência,tanto para enriquecer minha estrutura profissional quanto por me fazer crescer como pessoa, como ser humano, provando para antigos pensamentos meus de que sou capaz sim de realizar coisas novas e desafiadoras.
7. 
Referências
BORDENAVE, Juan Díaz; PEREIRA, Adair Martins. Estratégias de Ensino Aprendizagem. 24. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002;
CUNHA, Maria Isabel da. O Bom Professor e sua Prática. 6. ed. Campinas: Papirus, 1996. p. 105 – 125;
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, 2001. Disponível: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/028.pdf. Acesso: 23 de outubro de 2019;
FREIRE, Madalena (coord.) Avaliação e Planejamento, a prática educativa em questão. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1994;
KULCSAR, R. O Estágio Supervisionado como atividade integradora. In: FAZENDA I. C. A. [et. Al.]; A prática do ensino e o Estágio Supervisionado. Campinas, SP : Papirus, 1991;
PICONEZ, S. C. B.; A prática de Ensino e o Estágio Supervisionado: a aproximação da realidade escolar e a prática da reflexão. In: FAZENDA I. C. A. [et. Al.]; a prática do ensino e o Estágio Supervisionado. Campinas, SP: Papirus, 1991. – (Coleção magistério. Formação de professores e trabalho pedagógico).
ANEXOS
1. ANEXO 1 – Termo de Aceitação do Estagiário assinado e carimbado pela direção.
2. – Termo de Aprovação do Projeto – Assinado e carimbado pela professora regente;
3. Ficha de frequência preenchida sem rasuras, assinada por todos os professores das turmas de observação e regência e assinada e carimbada pela direção, com indicação do total de horas de estágio (observação e docência na mesma ficha);
4. ANEXO 3 - ficha de avaliação da regência preenchida e assinada pela professora regente;
5. ANEXO 4 - Cópia da declaração de docência (para quem atua nos anos inicias do ensino fundamental e tiveram dispensa do período de observação).
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