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Captação e Gerenciamento de Recursos - Unidade II

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Unidade II
Unidade II
3 SiStema monetário internacional
3.1 Fundo monetário internacional – Fmi
O FMI teve as suas operações no início de 1947 e é a principal instituição financeira internacional. 
Algumas de suas funções são semelhantes a um banco central global. Um dos seus papéis principais 
é estimular o comércio mundial e o crescimento econômico por meio da regulação, da promoção da 
estabilidade e da cooperação para as questões monetárias internacionais.
O FMI tem por objetivos principais:
• promover a cooperação monetária internacional; 
• facilitar a expansão e o crescimento equilibrado do comércio internacional;
• promover a estabilidade cambial; 
• auxiliar na criação de um sistema multilateral de pagamentos; 
• disponibilizar recursos (com as devidas salvaguardas) aos países‑membros com problemas no 
balanço de pagamentos.
O FMI ainda desempenha três atividades complementares: 
• vigilância financeira – avalia as políticas cambiais dos países‑membros a partir de uma análise 
abrangente da situação econômica geral e das estratégias de política econômica de cada membro;
• assistência financeira – inclui créditos e empréstimos concedidos pelo FMI a países‑membros com 
problemas temporários de balanço de pagamentos;
• assistência técnica – é o apoio e a consultoria oferecidos pelo FMI a seus membros em várias áreas 
de planejamento e implementação de políticas fiscais e monetárias.
 lembrete
O Sistema Financeiro Internacional é a principal instituição financeira 
internacional. Sua sede fica em Washington, nos Estados Unidos, e o 
órgão surgiu logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. O FMI cuida do 
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Captação e GerenCiamento de reCursos
funcionamento dos países, monitorando as taxas de câmbio e a balança de 
pagamentos e zelando pela estabilidade monetária de cada país associado. 
O principal objetivo do FMI é evitar desequilíbrios no setor financeiro e nos 
sistemas cambiais.
3.2 Banco mundial
Fundado em 1946 e sediado em Washington, é formado por 180 países‑membros, e todos devem 
pertencer ao FMI.
Foi criado inicialmente para financiar a reconstrução das economias europeias do 
Pós‑guerra, mas, paralelamente, foi criado o Plano Marshall, que garantiu um fluxo de capitais 
constante para aquele fim, e o Banco Mundial redirecionou as suas operações para os países 
em desenvolvimento.
O banco empresta ao governo ou aos projetos com garantia governamental através do 
International Finance Corporation – IFC, que promove fluxos de capital privado para países em 
desenvolvimento. O IFC investe diretamente em empresas privadas ou oferece empréstimos ou 
garantias para investidores privados.
Existe também o International Development Association – IDA, com o objetivo de atender aos países 
mais necessitados do mundo com taxas de juros muito baixas ou nulas e prazos de 50 anos.
 observação
O Banco Mundial empresta ao governo ou a projetos com garantia 
governamental por meio da Corporação Financeira Internacional, que 
promove fluxos de capital privado para países em desenvolvimento.
4 BancoS GovernamentaiS
4.1 BnDeS
Leia o texto a seguir, sobre o BNDES.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), empresa pública 
federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização 
de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as 
dimensões social, regional e ambiental.
Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio a agricultura, 
indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições especiais para 
micro, pequenas e médias empresas. O Banco também vem implementando linhas 
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de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde, agricultura familiar, 
saneamento básico e transporte urbano.
O apoio do BNDES se dá por meio de financiamentos a projetos de investimentos, 
aquisição de equipamentos e exportação de bens e serviços. Além disso, o Banco atua no 
fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e destina financiamentos 
não reembolsáveis a projetos que contribuam para o desenvolvimento social, cultural e 
tecnológico.
Em seu Planejamento Corporativo 2009/2014, o BNDES elegeu a inovação, o 
desenvolvimento local e regional e o desenvolvimento socioambiental como os aspectos 
mais importantes do fomento econômico no contexto atual, e que devem ser promovidos e 
enfatizados em todos os empreendimentos apoiados pelo Banco.
Assim, o BNDES reforça o compromisso histórico com o desenvolvimento de toda a 
sociedade brasileira, em alinhamento com os desafios mais urgentes da dinâmica social e 
econômica contemporânea.
Fonte: A Empresa ([s.d.]). 
 lembrete
Os bancos governamentais do País têm importância significativa no 
controle da política monetária nacional, pois cuidam do desenvolvimento 
regional, do saneamento básico e da política rural. 
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Conselho de administração
Diretoria
AT
Comitê de auditoria
Auditoria
GP
Gabinete da Presidência
AIE
Área de Infraestrutura
ATI
Área de Tecnologia da Informação
AI
Área Industrial
AP
Área de Planejamento
AEX
Área de Comércio Exterior
AJ
Área Jurídica
AOI
Área de Operações Indiretas
AA
Área de Administração
AIS
Área de Infraestrutura Social
AF
Área Financeira
AIB
Área de Insumos Básicos
AC
Área de Crédito
AMC
Área de Mercado De Capitais
APE
Área de Pesquisa e 
Acompanhamento Econômico
AGIR
Secretaria de Gestão 
do Projeto AGIr
AGR
Área de Gestão de riscos
AEP
Área de Estruturação de Projetos
ACE
Área de Capital Empreendedor
ARH
Área de recursos Humanos
AINT
Área Internacional 
AMA
Área de Meio Ambiente
AGRIS
Área Agropecuária e 
de Inclusão Social
Figura 1 
Por ser uma empresa pública, o BNDES tem as suas operações financeiras, seus balanços e suas 
políticas de gestão fiscalizadas por colegiados, compostos por representantes do governo, de entidades 
externas e da sociedade civil. Estes colegiados são o Conselho de Administração, o Comitê de 
Auditoria e o Conselho Fiscal. 
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4.1.1 A Organização do BNDES
O BNDES é organizado em três áreas de clientes e três áreas de produtos.
As áreas de clientes são:
• modernização do setor produtivo;
• infraestrutura e desenvolvimento social; 
• urbano;
As áreas de produtos são:
• privatização;
• micro/pequena e média empresa;
• exportação.
O BNDES opera diretamente ou indiretamente por meio da rede de agentes financeiros públicos e 
privados credenciados, que compreendem os Bancos de Desenvolvimento, o Banco de Investimento, os 
Bancos Comerciais, as Financeiras e os Bancos Múltiplos.
4.1.2 Políticas Operacionais
Conforme Fortuna (2002), o objetivo principal é a melhoria de vida da população brasileira com 
o apoio a investimentos que visem ao fortalecimento da competitividade da economia brasileira; à 
geração de emprego e melhoria da qualidade dos pontos de trabalho; à atenuação das desigualdades 
regionais; e à preservação do meio ambiente.
Os recursos utilizados para o alcance das políticas operacionaisprovêm de:
• Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT;
• PIS‑Pasep;
• BNDES – recursos próprios
• recursos externos por empréstimos de instituições multilaterais de crédito ou captação de bônus
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 Saiba mais
Leia:
DICICINO, r. Organizações internacionais: conheça as principais instituições 
multilaterais. Uol Educação, 25 ago. 2009. Disponível em: <http://educacao.
uol.com.br/disciplinas/geografia/organizacoes‑internacionais‑conheca‑as‑
principais‑instituicoes‑multilaterais.htm>. Acesso em: 16 jul. 2015.
Algumas organizações multilaterais:
• Organização das Nações Unidas – ONU; 
• Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco;
• Organização Mundial da Saúde – OMS;
• Organização do Tratado do Atlântico Norte – Otan;
• Banco Internacional para reconstrução e Desenvolvimento – Bird;
• Organização Mundial do Comércio – OMC;
• Organização Internacional do Trabalho – OIT. 
Os bônus são títulos emitidos por empresas privadas ou públicas de grande penetração internacional; 
também podem ser emitidos por governos para renegociação da dívida pública. Modalidade de recursos 
que envolve grandes volumes financeiros.
Os tipos de operações para onde são direcionados estes recursos envolvem:
• financiamento de longo prazo;
• crédito produtivo popular;
• operações com valores mobiliários;
• prestação de garantias financeiras;
• leasing de equipamentos;
• financiamento à exportação de bens e serviços.
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Os tipos de empreendimentos apoiados incluem:
• implantação, expansão e modernização de atividades produtivas e da infraestrutura;
• comercialização de produtos e serviços no Brasil e no exterior;
• capacitação tecnológica;
• treinamento de pessoal, formação e qualificação profissional;
• reestruturação industrial e empresarial;
São direcionados com prioridade para os seguintes itens:
• ativos fixos de qualquer natureza, exceto terrenos, benfeitorias já existentes e equipamentos usados;
• capital de giro: associado ao investimento fixo; para exportação de produtos e serviços e para 
operações de crédito produtivo popular;
• despesas pré‑operacionais.
Leia o texto a seguir.
Cesta de Moedas BNDES
O BNDES estabelece para seus clientes o custo dos empréstimos que tenham base 
nos recursos captados em moeda estrangeira, sem vinculação com repasse em condições 
específicas. Este custo, definido a partir do custo médio das captações do Banco no mercado 
internacional, compõe‑se da seguinte forma:
Unidade Monetária BNDES (UMBNDES)
A variação da UMBNDES reflete a média ponderada das variações cambiais das moedas 
existentes na Cesta de Moedas do BNDES. Sempre que o BNDES efetua novas captações 
externas e/ou amortiza operações existentes, sua composição é alterada. No sistema de 
cotação de moedas, a UMBNDES, expressa em valor, tem o código 590.
Encargos da Cesta de Moedas (ECM)
Os Encargos da Cesta de Moedas (ECM) referem‑se às condições financeiras para 
a concessão de financiamento com equivalência em dólares americanos mediante a 
utilização de recursos captados pelo BNDES em moeda estrangeira. Em moedas contratuais, 
os Encargos da Cesta de Moedas (ECM), expressos em percentual ao ano, têm o código 006.
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ECM = Taxa de Juros Variável + Imposto de renda
Taxa de Juros Variável: a média ponderada de todas as taxas e despesas não tributárias, 
incorridas pelo BNDES na captação dos recursos, sendo apurada trimestralmente. No sistema 
de cotação de moedas, a Taxa de Juros Variável da Cesta de Moedas, expressa em percentual 
ao ano, tem o código 001.
Imposto de renda: equivalente ao imposto de renda médio ponderado incidente 
sobre os juros remetidos pelo BNDES aos seus credores externos, sendo, também, apurado 
trimestralmente. No sistema de cotação de moedas, o Imposto de renda da Cesta de Moedas, 
expresso em percentual ao ano, tem o código 002.
Nos financiamentos em que o Custo Financeiro é composto por Cesta de Moedas, 
podem também ser utilizadas, como uma alternativa à Cesta, a Taxa Fixa acrescida da 
variação do dólar norte‑americano ou Libor + Sobretaxa fixa acrescida da variação do dólar 
norte‑americano.
Fonte: Cesta... ([s.d.]).
4.2 BnDeS Finem – linhas de Financiamento
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, através do Finem, financia 
empreendimentos acima de 20 milhões de reais e atende aos diversos segmentos de infraestrutura, como 
energia, logística, petróleo e gás natural, telecomunicações, indústria, comércio, serviços agropecuários, 
desenvolvimento social e urbano, internacionalização, meio ambiente e bens de capital.
Os projetos de infraestrutura na área de energia contemplam os segmentos de geração de vapor e 
energia elétrica renovável e de transmissão e distribuição de energia. 
Nos projetos de logística, a atenção especial é em relação aos modais rodoviários, ferroviários, 
aeroportuários, hidroviários e portuários. Todos os tipos de modais são importantes, principalmente os 
ferroviários e os hidroviários, com menores custos. 
O BNDES, através do Finem, atende aos seguintes segmentos na área do petróleo: distribuição de 
derivados de petróleo e gás natural, derivados de petróleo e biocombustíveis e transporte de petróleo, 
gás natural. 
Outras áreas importantes de infraestrutura também atendidas pelo Finem são: telecomunicações, 
linha de apoio à indústria, linha de apoio à agropecuária, linha de apoio ao comércio e serviços, apoio ao 
reflorestamento, à conservação e à recuperação florestal de áreas degradadas ou convertidas e ao uso 
sustentável de áreas nativas na forma de manejo florestal.
Importante destacar os programas de financiamento para os Estados brasileiros e o Distrito Federal, 
que contribuem para o desenvolvimento regional e socioambiental, a redução de desigualdades regionais 
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e sociais e em bases sustentáveis, a promoção de trabalho e renda, a melhoria da qualidade dos serviços 
públicos e o desenvolvimento institucional e a modernização da gestão dos Estados. 
Na área de internacionalização, o BNDES Finem atende empresas com participação de capital nacional 
no mercado internacional com apoio à aquisição de ativos e à realização de projetos ou investimentos 
no exterior, desde que contribuam para o desenvolvimento econômico e social do País.
O BNDES Finem também está presente nos investimentos ligados à inovação em produtos, processos 
e marketing.
Assim, o BNDES, com as suas linhas de financiamento, atende a uma infinidade de segmentos, 
procurando ampliar as competências e o conhecimento técnico do país.
4.3 Sistema BnDeS Finame, Bandespar e BnDeS Plc
O BNDES Finame, de forma indireta e por meio de insituições credenciadas, financia a aquisição de 
máquinas e equipamentos, bens de informática e automação novos de fabricação nacional.
São atendidas as empresas nacionais, estrangeiras e fundações com sede e administração no 
Brasil; empresas de pequeno porte, como empresários individuais, transportadores autônomos de 
carga residentes e domiciliados no País, para aquisição de caminhões e afins, e equipamentos especiais 
adaptáveis a chassis, como plataformas, guindastes e tanques, nacionais e novos; associações,sindicatos, 
cooperativas, condomínios e assemelhados; e clubes.
O objetivo principal da Finame é o financiamento de máquinas e equipamentos, mas também financia 
capital de giro destinado à produção de máquinas e equipamentos e bens de informática e automação. 
Em linhas gerais, ao cálculo do custo financeiro ou à taxa de juros são aplicados: a) Taxa de Juros 
de Longo Prazo – TJLP; b) Taxa Média Selic Acumulada e apurada pelo Banco Central do Brasil em base 
diária da Selic; c) Variação da UMBNDES, que é uma unidade monetária própria adotada pelo BNDES; e 
d) Variação do Dólar Americano, acrescida da Cesta de Moedas – US$/Cesta.
Os prazos variam de 12 a 120 meses, conforme a natureza de financiamento e o porte da empresa. 
O BNDES possui critério próprio de classificação em micro, pequena e grande empresa, em função do 
faturamento ou da receita bruta anual. 
4.3.1 BNDESPAR
O BNDES Participações S/A foi constituído como uma empresa subsidiária integral do BNDES, o que 
significa que o BNDES tem preponderância nas deliberações sociais. Foi criado com o objetivo principal 
de capitalizar as empresas privadas do país com: subscrição e integralização de valores mobiliários e, em 
se tratando de ações, preferencialmente em proporções minoritárias; garantia de subscrição de ações ou 
de debêntures conversíveis em ações ou de bônus de subscrição; aquisição e venda de valores mobiliários 
no mercado secundário; e outras formas de colaboração compatíveis com o objeto social da BNDESPAr.
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Os objetivos principais da BNDESPAr são: apoiar empresas que reúnam condições de eficiência 
econômica, tecnológica e de gestão e, ainda, que apresentem perspectivas adequadas de retorno para 
o investimento, em condições e prazos compatíveis com o risco e a natureza de sua atividade; apoiar 
o desenvolvimento de novos empreendimentos, em cujas atividades se incorporem novas tecnologias; 
contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, por intermédio do acréscimo de oferta de 
valores mobiliários e da democratização da propriedade do capital de empresas; e administrar carteira 
de valores mobiliários, próprios e de terceiros.
4.3.2 BNDES PLC
A BNDES PLC também se caracteriza como empresa subsidiária integral do BNDES, constituída no 
reino Unido, em novembro de 2009. Com o processo crescente da globalização mundial o Governo 
Brasileiro, através do BNDES, procurou a sua expansão na comunidade financeira internacional, buscando 
auxiliar as empresas brasileiras que constantemente estão no seu processo de internacionalização ou 
que buscam oportunidades no mercado internacional.
O BNDES PLC tem também importância em intermediar os interesses dos investidores estrangeiros 
com as oportunidades de investimentos oferecidos pelo Brasil.
4.4 caixa econômica Federal
A Caixa Econômica Federal é organizada como uma empresa pública, o que significa que da 
constituição do seu capital social participa somente o Governo Federal. 
A Caixa Econômica Federal atua também como um banco comercial, fazendo operações bancárias 
que são realizadas pelos bancos privados. 
Foi criada principalmente para atuar como a responsável pela política de saneamento básico do País, 
área de infraestrutura importante para todo o contingente populacional. 
Além desse objetivo principal, é uma instituição financeira voltada a operacionalizar as necessidades do 
trabalhador de baixa renda, financiando programas de habitação popular e cujos recursos são originados 
pela administração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS e da Caderneta de Poupança, 
Loterias, o Fundo de Compensação de Variações Salariais – FCVS, o Programa de Integração Social – PIS, o 
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social – FAS e o Fundo de Desenvolvimento Social – FDS. 
4.5 Banco do Brasil 
O Banco do Brasil é organizado como uma empresa de economia mista, o que significa que o seu 
capital social é formado por particulares e pelo Governo Federal.
 O Governo Federal é detentor da maior parte do capital com direito a voto, o que lhe dá preponderância 
nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos seus administradores.
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O Banco do Brasil atua também como um banco comercial, realizando operações bancárias idênticas 
às dos bancos privados. Foi criado principalmente para atuar como a responsável pela política oficial de 
crédito rural. Atua também como um parceiro do Governo Federal, executando a prestação de serviços 
bancários, por exemplo:
• administração da Câmara de Compensação de cheques e outros papéis;
• pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União;
• aquisição e financiamento dos estoques de produção exportável;
• agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do País;
• operação de fundos de investimentos setorial, como pesca e reflorestamento;
• captação de depósitos de poupança direcionados ao crédito rural e à operação do Fundo 
Constitucional de Financiamento do Centro Oeste – FCO;
• execução da política de preços mínimos dos produtos agropastoris;
• execução do serviço da dívida pública consolidada;
• realização, por conta própria, de operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por conta 
do Banco Central, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN;
• recebimento, a crédito do Tesouro Nacional, das importâncias provenientes da arrecadação de 
tributos ou rendas federais; e
• execução dos serviços bancários de interesse do Governo Federal, inclusive suas autarquias, 
recebimento em depósito, com exclusividade, das disponibilidades de quaisquer entidades federais, 
compreendendo as repartições de todos os ministérios civis e militares, instituições de previdência 
e outras autarquias, comissões, departamentos, entidades em regime especial de administração e 
quaisquer pessoas físicas ou jurídicas responsáveis por adiantamentos.
O Banco do Brasil também atua no exterior, com muitos pontos de atendimento, divididos em 
agências, subagências, unidades de negócios e escritórios e subsidiárias. Tem ampla experiência em 
comércio internacional, produtos e serviços a clientes no exterior, embaixadas e consulados.
4.6 Banco da amazônia
Criado como banco regional para apoio ao desenvolvimento das diversas áreas da Amazônia. 
Destaca‑se no Banco da Amazônia a criação do Fundo de Investimentos da Amazônia – Finam, que 
tem a missão principal de assegurar os recursos necessários à implantação de projetos considerados pelo 
Ministério da Integração Nacional como de interesse para o desenvolvimento da Amazônia Legal, que 
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compreende os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, rondônia, roraima, Tocantins e 
parte do Maranhão.
O Finam foi criado pelo Decreto‑lei nº 1376/74 e alterado posteriormente pela Lei nº 8.167/91, entre 
diversos diplomas legais que complementam sua atuação.
Como fonte de recursos, o Finam possui parcelas dedutíveis do imposto de renda devido pelas pessoas 
jurídicas tributadas pelo lucro real, que fazem opção a favor do fundo de investimentos.
Outras fontes de recursos existentes são:
• os dividendos resultantes das ações existentes na Carteira do Fundo;
• os valores decorrentes das amortizações das debêntures;
• os resultantes das vendas de ações existentes na Carteira do Fundo;
• as subscrições realizadas pela União; 
• as subscrições voluntárias efetuadaspelas pessoas físicas e jurídicas de direito público e privado.
4.6.1 Estratégias do Banco da Amazônia
Além da promoção do desenvolvimento sustentável da Amazônia, o banco possui também a 
preocupação de ser visto como um parceiro do desenvolvimento, que oferece produtos e serviços de 
qualidade, atendendo a processos eficientes e à participação de colaboradores capazes, motivados 
e comprometidos com o desenvolvimento regional.
Destaca ainda como valores: ética e transparência; compromisso com o desenvolvimento sustentável; 
proatividade; respeito à diversidade; ser agente de mudança; gestão compartilhada; desenvolvimento 
de competência e meritocracia; relacionamento e comunicação; e decisões colegiadas.
4.6.2 Código de Ética
O Banco da Amazônia S/A caracteriza‑se como uma empresa pública. Os padrões necessários de conduta 
profissional são exigidos de todos os administradores e empregados, estabelecendo em seu Código de Ética os 
deveres e as proibições, que os conduzam à observação dos princípios de legalidade, probidade, impessoalidade 
e transparência, bem como do respeito humano. Em resumo, os indivíduos possuem os seus próprios padrões 
éticos que devem ser compatibilizados com o Código de Ética adotado pelo Banco da Amazônia.
4.6.3 Plano de Aplicação de Recursos
Todas as ações ou estratégias do Banco da Amazônia S/A são estabelecidas com as políticas e os 
programas determinados pelo Governo Federal para a região amazônica.
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A preocupação principal na atuação do Banco da Amazônia S/A está sempre na promoção do 
desenvolvimento regional em bases sustentáveis, visando à inclusão social, à redução da pobreza, à 
melhoria da condição de vida da população local e à diminuição dos desequilíbrios regionais.
Os principais planos de aplicação dos recursos elaborados pelo Banco da Amazônia S/A são: 
• Plano de Aplicação de recursos FNO;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado do Acre;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado do Amapá;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado do Amazonas;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado do Maranhão;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado do Mato Grosso;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado do Pará;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado de roraima;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado de Tocantins;
• Plano de Aplicação de recursos do Estado do Amapá;
• Plano de Incentivo ao Turismo da Amazônia.
4.6.4 A região na perspectiva do desenvolvimento sustentável
O Banco da Amazônia encontra‑se plenamente sincronizado com os conceitos atuais de 
desenvolvimento sustentável, o que significa uma coexistência pacífica e adequada com a preservação 
do meio ambiente e a observação de todas as premissas estabelecidas pela ecologia e os indicadores de 
desenvolvimento social. 
A variedade natural da região amazônica ou da floresta amazônica, composta de várias formas de 
vida de plantas, aves, mamíferos, insetos e micro‑organismos, além de grandes recursos hidroelétricos, 
possui necessidades que são peculiares à região e cujas necessidades que mais se destacam são: a 
implantação de uma infraestrutura econômica capaz de facilitar o armazenamento, o escoamento 
e a comercialização da produção; a promoção do ordenamento territorial mediante a regularização 
fundiária, a proteção dos ecossistemas, os direitos das populações tradicionais e a melhor destinação 
das terras para a exploração produtiva; a melhoria dos serviços de assistência técnica e extensão rural 
prestados aos produtores locais; e a capacitação tecnológica dos setores produtivos tradicionais da 
região, de forma que propicie adequada inserção comercial, introdução de novos empreendimentos 
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baseados em conhecimento técnico‑científico avançado (em especial com relação ao uso sustentável 
da floresta) e outras ações que permitam a agregação de valor aos produtos regionais. 
4.6.5 O papel do Banco da Amazônia como agente das iniciativas do Governo Federal 
para a região 
O banco foi criado inicialmente em 1942 com o nome de Banco de Crédito da Borracha, com o 
objetivo próprio de desenvolver a cultura da borracha natural para atendimento às forças aliadas durante 
a Segunda Guerra Mundial. Em 1950, é transformado em Banco de Crédito da Amazônia, participando 
do desenvolvimento regional, financiando todos os segmentos. A partir de 1966 assume a denominação 
de Banco da Amazônia S/A. 
A atuação sempre voltada para o desenvolvimento regional procurou apoiar as atividades de 
menor porte, sobretudo, aquelas desenvolvidas pelo segmento da agricultura de base familiar, além 
de valorizar o associativismo e o cooperativismo de produção, as populações tradicionais da região 
(ribeirinhos, extrativistas, quilombolas, pescadores artesanais, indígenas, entre outros povos), bem como 
os agricultores sem‑terra, nos programas oficiais de assentamento, colonização e reforma agrária. 
O Banco da Amazônia S/A está sempre comprometido com a sustentabilidade, o que implica 
controle socioambiental, procurando sempre aperfeiçoar os seus serviços por meio de programas 
de apoio múltiplos em todas as áreas, como: ciência e tecnologia, projetos culturais, esportivos e 
sociais, dentre outros. Os principais programas de apoio e de acordo com as iniciativas do Governo 
Federal são:
• programas de apoio à reforma agrária;
• apoio à produção de pequenos agricultores ou agricultura familiar;
• incentivo às micro e pequenas empresas;
• apoio a empreendedores individuais, que atuam nas áreas urbanas;
• apoio e estímulo ao desenvolvimento turístico da região;
• programas de incentivo à cultura;
• apoio ao Programa de Aceleração Econômica – PAC, de projetos que contemplam setores 
estratégicos da economia regional, como transporte, saneamento básico e geração de energia; 
4.6.6 As oportunidades de investimento nos Estados 
A área de abrangência da Amazônia Legal corresponde à totalidade dos estados do Acre, Amapá, 
Amazonas, Mato Grosso, Pará, rondônia, roraima e Tocantins e parte do Maranhão (a oeste do meridiano 
de 44º), perfazendo uma superfície de 5.088.668,5 km², compreendendo cerca de 60% do território nacional. 
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4.6.6.1 Os Estados da Amazônia Legal 
• Acre 
Possui uma superfície de 152.581,4 km2 e está localizado na Amazônia Oriental, é composto por 22 
municípios e a capital é rio Branco. Suas fronteiras territoriais são com o Peru, a Bolívia e os Estados 
de rondônia e do Amazonas. A economia acreana tem como base produtiva a atividade extrativista de 
bens de origem florestal (produtos madeireiros, borracha natural e castanha‑do‑brasil); o agronegócio, 
com ênfase na pecuária; a agricultura de base familiar (arroz, feijão, milho, mandioca e fruticultura); 
o comércio; e a pequena atividade industrial. O Estado do Acre apresenta excelentes oportunidades 
para a realização de investimentos, oferecendo como atratividade, entre outras condições, a sua 
localização geográfica fronteiriça com outros países da América do Sul, a possibilidade de acesso 
para o mercado do Pacífico através da rodovia Transoceânica, a potencialidade de recursos naturais 
e o desenvolvimento de polos turísticos e agroindustriais. 
• Amapá
Tem uma superfície de 142.814,6 km2 e está localizado na Amazônia Oriental; é composto por 
16 municípios, e a capital é Macapá. O Estado faz fronteiras territoriais com dois países da 
América do Sul (GuianaFrancesa e Suriname), o Oceano Atlântico e o Estado do Pará. A economia 
amapaense baseia‑se, predominantemente, nas atividades de comércio e prestação de serviços, 
com forte concentração nas áreas urbanas, principalmente, na capital Macapá. Por estar localizado 
estrategicamente numa região de fronteira internacional, o Estado apresenta uma situação 
favorável para a realização de parcerias comerciais com os países limítrofes, a exemplo do que já 
ocorre em relação à Guiana Francesa. 
• Amazonas 
Dispõe de uma superfície de 1.570.745,7 km2 e está localizado na Amazônia Ocidental, sendo 
composto por 62 municípios, e a capital é Manaus. Suas fronteiras territoriais são com a Venezuela, 
a Colômbia, o Peru e os Estados de roraima, Acre, rondônia, Mato Grosso e Pará.
A economia do Estado tem no setor industrial um dos seus principais pilares. As atividades se 
concentram no Polo Industrial de Manaus (PIM), que se constitui em parte estratégica da Zona Franca 
de Manaus, sediando inúmeras empresas nacionais e internacionais, sendo o segundo maior centro 
de indústrias do Brasil e modelo de desenvolvimento regional. A pauta de exportação amazonense 
é representada por diversos produtos, a exemplo de motocicletas, telefones, navalhas e lâminas 
de barbear. O Estado caracteriza‑se também pela potencialidade dos seus recursos naturais, pela 
riqueza de sua biodiversidade e pelo desenvolvimento de importantes polos turísticos, sobretudo, 
o segmento do ecoturismo. As oportunidades de investimento no Estado do Amazonas apontam, 
entre outras condições, para a sua localização geográfica fronteiriça com outros países da América 
do Sul (Venezuela, Colômbia e Peru) e a crescente busca por investidores comprometidos com o 
meio ambiente, direcionando esforços para diversificar a economia a partir do desenvolvimento de 
atividades voltadas ao aproveitamento de recursos naturais nas áreas de agroindústria, bioindústria, 
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fruticultura, turismo, energia, dentre outras potencialidades abundantes na região, objetivando a 
melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável. 
• Maranhão 
Apresenta uma superfície de 331.983,3 km² e está localizado na região Nordeste (parte de seu território 
situa‑se na chamada Amazônia Legal), composto por 217 municípios, e a capital é São Luís. Suas 
fronteiras territoriais são com o Oceano Atlântico e os Estados do Pará, Piauí e Tocantins. Por estar 
localizado em área de transição de ecossistemas, o Estado apresenta uma variedade de climas, solos e 
vegetação, conferindo‑lhe opções de aproveitamento de seus recursos naturais. No setor agropecuário 
maranhense, destaca‑se a cadeia produtiva de grãos (principalmente soja e arroz); na indústria, os 
segmentos mais representativos são o minerometalúrgico e a construção civil, enquanto no setor 
terciário o principal destaque é a atividade turística. No porto de Itaqui circulam os principais produtos 
exportados e importados pelo Maranhão. Na pauta de exportação, destacam‑se o ferro gusa, o minério 
de ferro, o manganês, o alumínio e a soja, enquanto no âmbito das importações os principais produtos 
são os derivados de petróleo, os fertilizantes, o trigo e o carvão mineral. 
• Mato Grosso
Tem uma superfície de 903.357,9 km² e está localizado na região Centro‑Oeste e integrado à chamada 
Amazônia Legal; composto por 141 municípios, e a capital é Cuiabá. Suas fronteiras territoriais são 
com a Bolívia e os Estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Goiás e rondônia. 
Dispõe de recursos hídricos, clima e solo favoráveis ao desenvolvimento das atividades 
produtivas, e nos últimos anos vem apresentando um intenso padrão de crescimento, alavancado, 
principalmente, pelo agronegócio. Os segmentos que mais se destacam na economia mato‑
grossense são a indústria de máquinas e equipamentos (agrícola, agroquímica, fertilizantes, 
moveleira e artefatos de couro), a agroindústria de transformação e agropecuária (suinocultura, 
avicultura, bovinocultura, grãos, algodão, sorgo, girassol e cana de açúcar). As vantagens quanto 
à logística agregam condições favoráveis de competitividade ao Estado, pois além de contar com 
infraestrutura de transporte (rodovias, hidrovias e ferrovias) e de energia elétrica, está posicionado 
geograficamente no centro do celeiro agrícola do País.
• Pará
Possui uma superfície de 1.247.689,5 km², está localizado na Amazônia Oriental, é composto por 144 
municípios, e a capital é Belém. Suas fronteiras territoriais são com o Suriname, a Guiana Inglesa, o 
Oceano Atlântico e os Estados do Amapá, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Amazonas e roraima. 
A base produtiva da economia paraense se apresenta bastante diversificada, com a pauta 
de exportação estadual sendo composta, predominantemente, por produtos básicos e 
semimanufaturados, destacando‑se os produtos de origem mineral (ferro, alumínio e cobre), 
animal (bovinos) e florestal (produção madeireira). As atividades econômicas mais relevantes do 
Estado são: a extração mineral; a produção madeireira; o agronegócio, com ênfase na pecuária; a 
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produção de grãos; a fruticultura; a pesca; o turismo; e as culturas industriais (dendê e mandioca). 
As oportunidades para a realização de investimentos no Estado apontam, entre outras condições, 
para a sua localização geográfica privilegiada, a potencialidade hídrica e de recursos naturais, o 
desenvolvimento de polos turísticos e agroindustriais e a disponibilidade de energia elétrica. 
• rondônia
Possui uma superfície de 237.576,2 km², está localizado na Amazônia Ocidental, é composto por 
52 municípios, e a capital é Porto Velho. Suas fronteiras territoriais são com a Bolívia e os Estados 
do Acre, Amazonas e Mato Grosso. A economia de rondônia é bastante diversificada, fato que 
tem contribuído para o desenvolvimento de sua vocação exportadora. A pauta de exportação 
rondoniense é composta, sobretudo, por produtos básicos e semimanufaturados, destacando‑se os 
produtos de origem animal (pecuária), florestal (produtos madeireiros) e agrícola (grãos). O Estado 
apresenta excelentes oportunidades para a realização de investimentos, oferecendo, dentre outras 
condições, localização geográfica fronteiriça com a Bolívia, acesso via rodovias aos mercados do 
Centro‑Oeste e do Sudeste, potencialidade hídrica e de recursos naturais, desenvolvimento de 
polos agroindustriais e disponibilidade de energia elétrica. 
• roraima
Tem uma superfície de 224.299,0 km², está localizado no extremo norte da Amazônia Ocidental, 
é composto por 15 municípios, e a capital é Boa Vista. Suas fronteiras territoriais são com a 
Venezuela, a Guiana Inglesa e os Estados do Amazonas e Pará. A base da economia do Estado é 
o setor de serviços, notadamente as atividades relacionadas à administração pública. No setor 
industrial, destaca‑se o crescimento do extrativismo mineral e da construção civil, enquanto no 
setor primário os produtos agrícolas mais cultivados são soja, trigo, café, milho, cana‑de‑açúcar, 
laranja, feijão, banana e mandioca. Na pauta de exportação roraimense, o principal produto é a 
madeira, tendo a Venezuela como o mercado mais expressivo. 
Como vantagens competitivas do Estado de roraima estão a sua localização geográfica (o Estado 
faz fronteira internacional com a Venezuela e a Guiana Inglesa), a diversidade de seus solos, 
relevos, clima e vegetação e o fato de possuir períodos de safra no momento da entressafra da 
maioria dos Estados brasileiros. 
• Tocantins 
Apresenta uma superfície de 277.620,9 km², está localizado no sudeste da Amazônia, écomposto 
por 139 municípios, e a capital é Palmas. Suas fronteiras territoriais são com os Estados do Pará, 
Maranhão, Piauí, Bahia, Mato Grosso e Goiás. A base produtiva do Estado do Tocantins está assentada 
na atividade rural, tendo suas prioridades econômicas voltadas para iniciativas empreendedoras 
que visem à utilização racional das matérias‑primas locais que venham a contribuir para o 
aumento do valor agregado, aproveitando os recursos naturais da região com sustentabilidade. 
A posição geográfica privilegiada do Estado (centro geodésico do Brasil), associada à excelente 
disponibilidade de terras e de energia elétrica, permite que assuma destaque, principalmente, 
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no âmbito do agronegócio, onde despontam diversas cadeias produtivas, tais como pecuária 
de corte, pecuária de leite, grãos, abacaxi, apicultura e piscicultura. Com oportunidades reais 
de desenvolvimento surgem as cadeias de minerais não metálicos (cerâmica), do turismo e dos 
setores sucroalcooleiro e de reflorestamento. O cenário de oportunidades de investimento nos 
Estados da Amazônia para os próximos anos sinaliza para a execução de projetos que contemplam 
diversas áreas estratégicas da economia e da sociedade local, os quais estão definidos nos planos 
de governo com maior tendência para serem implementados através da administração pública 
estadual. As principais áreas estratégias a serem contempladas são saúde, educação, segurança 
pública, infraestrutura, assistência social, desenvolvimento urbano e social, meio ambiente, 
saneamento básico, energia, habitação, gestão pública, produção, agricultura, pecuária, indústria, 
comércio e serviços, ciência e tecnologia, inovação, turismo, cultura e esporte e lazer. 
4.6.6.2 A Programação Financeira para 2015 
Para cumprir sua missão institucional de promover o desenvolvimento integrado e sustentável 
da região amazônica e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades intrarregionais e inter‑regionais, 
propiciando a melhoria da qualidade de vida das populações locais, o Banco da Amazônia utiliza as 
seguintes fontes de financiamento para aplicação nos Estados: Fundo Constitucional de Financiamento 
do Norte (FNO), criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei nº 7.827/89, 
com recursos oriundos de 0,6% do produto da arrecadação do imposto sobre a renda e proventos 
de qualquer natureza e do imposto sobre produtos industrializados para serem aplicados no 
financiamento das atividades econômicas desenvolvidas em bases sustentáveis na região Norte; Fundo 
de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), destinado ao financiamento de projetos de infraestrutura 
de energia, telecomunicações, portos e rodovias; Fundo de Desenvolvimento do Centro‑Oeste (FDCO), 
destinado ao financiamento de projetos em infraestrutura, serviços públicos e em empreendimentos 
produtivos de grande capacidade germinativa de novos negócios e atividades produtivas; Fundo de 
Amparo ao Trabalhador (FAT), que atende exclusivamente micro e pequenos empreendedores urbanos, 
profissionais liberais e mini e pequenos produtores rurais, com ênfase na agricultura de base familiar; 
Fundo da Marinha Mercante (FMM), que atende as empresas brasileiras de navegação (pessoas jurídicas, 
constituídas segundo as leis brasileiras, com sede no país, que tenham por objeto o transporte aquaviário, 
próprio ou fretado, autorizadas a operar); recursos do Orçamento Geral da União (OGU), que atendem, 
por meio do Pronaf, agricultores familiares da região Amazônica, suas cooperativas e associações e 
pessoas jurídicas formadas exclusivamente de agricultores familiares; recursos do Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinados às empresas e aos produtores rurais de mini/
micro, pequeno, médio e grande portes que atuam nos segmentos de agropecuária, agroindústria, 
indústria, turismo, infraestrutura, exportação, comércio e serviços; recursos próprios, formados por 
recursos da Caderneta de Poupança rural, recursos Próprios Livres (rPL) e recursos Obrigatórios (rOB), 
para atendimento exclusivo das atividades econômicas dos estados do Maranhão e Mato Grosso; e 
recursos da Carteira de Crédito Comercial, que atendem os segmentos de pessoa jurídica e pessoa física 
no crédito de curto prazo. 
Para o exercício de 2015, serão disponibilizados para aplicação nos Estados da Amazônia Legal recursos 
financeiros no valor de 8.990 milhões de reais, originários das fontes de fomento (FNO, FDA/FDCO, FAT, 
FMM, OGU, BNDES e recursos próprios) e da carteira de crédito comercial do Banco da Amazônia. 
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Tabela 3 – Programação financeira para alocação 
na Amazônia em 2015 (em milhões de reais)
Fonte R$ (milhões) % 
recursos de Fomento 7.140,0 79,4 
FNO 5.720,0 63,6 
FDA / FDCO* 500,0 5,6 
FAT 10,0 0,1 
FMM 350,0 3,9 
OGU 10,0 0,1 
BNDES ** 350,0 3,9
 recursos Próprios ** 200,0 2,2
 recursos da Carteira de Crédito Comercial 1.850,0 20,6
 Total 8.990,0 100,0
Notas: (*) FDCO – Para atendimento exclusivo das atividades econômicas do Estado de 
Mato Grosso; e (**) Para atendimento exclusivo das atividades econômicas dos Estados 
do Maranhão e de Mato Grosso.
Conforme se observa, o FNO representa 63,6% do montante da dotação total dos recursos financeiros 
para aplicação em 2015, fato que demonstra a importância dessa fonte como instrumento propulsor do 
desenvolvimento regional sustentável. A tabela a seguir apresenta a distribuição dos recursos financeiros 
nos Estados da Amazônia e fora deles, tomando‑se como parâmetro a disponibilidade prevista para 
contratação em 2015 e as expectativas de investimento de cada Estado, em conformidade com seus 
planos plurianuais.
Tabela 4 – Distribuição dos recursos financeiros por Estado (em milhões de reais)
Estado FNO
BNDES e 
recursos 
próprios
Demais fontes 
de fomento
Crédito 
comercial Total
Acre 400,4 45,0 445,4
Amapá 286,0 15,0 301,0
Amazonas 1.086,8 150,0 1.236,8
Maranhão ‑ 220,0 90,0 310,0
Mato Grosso ‑ 330,0 105,0 435,0
Pará 1.716,0 556,2 2.272,2
rondônia 972,4 94,0 1.066,4
roraima 286,0 12,0 298,0
Tocantins 972,4 71,3 1.043,7
Fora da 
Amazônia ‑ 870,0 711,5 711,5
Total 5.720,0 550,0 870,0 18.850,0 6.990,0
Nota: as fontes de recursos do FDA, FAT, FMM e OGU serão utilizadas por demanda espontânea dos Estados.
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A tabela a seguir mostra a distribuição dos recursos do FNO por municípios tipificados pela Política 
Nacional de Desenvolvimento regional (PNDr) como de alta renda, baixa renda, dinâmicos de menor 
renda e estagnados de média renda. É possível observar que 71,1% dos recursos do Fundo previstos para 
serem aplicados no exercício de 2015 deverão atender aos municípios com comprovada carência de uma 
melhor infraestrutura econômica e social, enquanto 28,9% deverão contemplar municípios de alta renda.
Tabela 5 – Previsão de aplicação do FNO por 
município conforme tipologia da PNDR (em milhões de reais)
Tipologia PNDR AC AM AP PA RO RR TO Total %
Alta renda 124,1 597,7 120,1 257,4 243,1 68,6 243,2 1.654,2 28,9
Baixa renda ‑ 380,5 25,8 257,4 ‑ 60,1 97,2 821,0 14,4
Dinâmica 132,1 54,3 120,1 514,8 389,0 143,0 87,5 1440,8 25,2
Estagnada 144,2 54,3 20,0 686,4 340,3 14,3 544,5 1.804,0 31,5
Total 400,4 1.086,8 286,0 1.716,0 972,4 286,0 972,4 5.720,0 100,0
Do total dos recursos do FNO disponíveis para aplicação em 2015 nos Estadosdo Acre, Amazonas, 
Pará e Tocantins, serão destinados 612,6 milhões de reais para as mesorregiões diferenciadas da região 
Norte definidas pela PNDr, conforme demonstrado a seguir.
Tabela 6 – Previsão de aplicação do FNO por mesorregião 
diferenciada da Região Norte definida pela PNDR
Mesorregião Diferenciada Estado nº de Municípios R$ (milhões)
 Alto Solimões Amazonas 9 2,9 
Vale do rio Acre Amazonas 2 4,6 
Acre 11 268,8 
Total Vale do rio Acre 273,4 
Bico do Papagaio Pará 25 200,2 
Tocantins 25 74,3 
Total Bico do Papagaio 274,5 
Chapada das Mangabeiras Tocantins 8 1,7
 Xingu Pará 10 60,1 
Total 612,6
Serão disponibilizados ainda 1.494 milhões de reais do FNO para os empreendimentos localizados 
nos municípios pertencentes ao Programa Faixa de Fronteira da região Norte.
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Unidade II
Tabela 7 – Previsão de aplicação do FNO nos municípios pertencentes ao Programa Faixa 
de Fronteira da Região Norte
Estado R$ (milhões)
Acre 400,4 
Amapá 211,6 
Amazonas 26,9 
Pará 25,7 
rondônia 543,4 
roraima 286,0 
Total 1.494,0
Com os financiamentos concedidos pelo Banco da Amazônia em 2015, prospecta‑se o alcance de 
significativos resultados socioeconômicos em benefício da população regional e de contribuição para 
o desenvolvimento sustentável dos Estados e da região em sua totalidade. Dentre esses resultados, 
destacam‑se:
• a ampliação da base produtiva, da arrecadação fiscal e da infraestrutura econômica e social dos 
Estados;
• a agregação de valor à produção estadual e à elevação do Produto Interno Bruto dos Estados; 
• o aumento da oportunidade de emprego, da ocupação de mão de obra e da massa salarial; 
• a promoção da inclusão social de populações de baixa renda; 
• a redução do êxodo rural pelo estímulo à permanência do homem no campo; 
• a criação de oportunidade para a introdução de novas tecnologias capazes de superar as 
deficiências no setor produtivo; 
• a contribuição para a geração e o aumento de excedentes exportáveis; 
• o estímulo à internalização de renda a partir do fortalecimento dos arranjos produtivos locais e 
das cadeias produtivas;
• a minimização das desigualdades internas através de incentivo à formação de novos polos 
econômicos no interior;
• a melhoria do abastecimento interno de produtos básicos; 
• a promoção da autossustentabilidade dos empreendimentos econômicos estaduais e o estímulo 
ao aproveitamento econômico dos recursos naturais;
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• a satisfação do cliente na habilitação, concessão e gestão do crédito;
• o crescimento dos negócios sustentáveis e a conscientização da importância dos empreendimentos 
para o desenvolvimento local e regional;
• a elevação da renda real dos empreendedores/produtores e a melhoria de sua qualidade de vida e 
da de seus familiares e empregados;
• a criação de oportunidades de trabalho para os membros das famílias dos mini e pequenos 
produtores;
• a expansão da oferta de produtos diversificados para o consumo local e a melhoria do padrão 
alimentar da população;
• a maximização da renda dos consumidores, como reflexo da redução dos preços relativos dos 
produtos agrícolas e industriais; 
• a conservação e/ou a preservação do patrimônio natural através da indução e do estímulo ao 
uso de melhores práticas produtivas que promovam o desenvolvimento da região em bases mais 
sustentáveis; 
• a reabilitação de áreas alteradas, ou em vias de degradação, mediante adoção de tecnologias 
apropriadas;
• a contenção do avanço do desmatamento desordenado; 
• a execução, pelo Banco da Amazônia, de políticas, planos e programas do Governo Federal para o 
desenvolvimento da região;
• a consolidação e o fortalecimento de parcerias com objetivos convergentes e comprometidos com 
o desenvolvimento regional sustentável; e 
• o fortalecimento institucional do Banco da Amazônia e seu reconhecimento como agente 
financeiro fomentador do desenvolvimento regional sustentável. 
Para o ano de 2015, as prioridades econômicas para financiamento pelo Banco da Amazônia nos 
estados da região Amazônica estão voltadas para: 
• o fortalecimento e o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais prioritários para os Estados;
• o apoio aos projetos sustentáveis prioritários dos Estados; e 
• o incentivo aos negócios sustentáveis identificados nas áreas de atuação das agências do Banco 
da Amazônia localizadas nos Estados.
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Unidade II
 lembrete
Os bancos governamentais se caracterizam como empresas 
estatais, denominadas empresas de economia mista, isto é, que 
possuem participação, no seu capital social, de particulares e governo, 
por exemplo, Banco do Brasil e empresas públicas que têm somente a 
participação do governo.
4.7 Banco do nordeste do Brasil – BnB
É considerado o maior banco de desenvolvimento regional na América Latina, por sua abrangência e 
atuação na promoção do desenvolvimento sustentável em todos os Estados da região Nordeste. 
Na sua missão está estabelecido: ser o banco preferido da região, por ser, além de um banco 
público, competitivo e de reconhecimento pela excelência no atendimento e no desenvolvimento 
sustentável.
O BNB se destaca como uma empresa de economia mista, cuja participação no capital social do 
Governo Federal é cerca de mais de 90% das ações ordinárias. 
Os Estados da região Nordeste atendidos pela política de desenvolvimento regional são: Maranhão, 
Piauí, Ceará, rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, o norte de Minas 
Gerais (incluindo os Vales do Mucuri e do Jequitinhonha) e o norte do Espírito Santo.
Por ser obrigatoriamente um banco executor das políticas públicas estabelecidas pelo Governo 
Federal, administra diversos programas e fundos sociais: o Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (Pronaf) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal 
fonte de recursos operacionalizada pela empresa. Além dos recursos federais, o Banco tem acesso a 
outras fontes de financiamento nos mercados interno e externo, por meio de parcerias e alianças com 
instituições nacionais e internacionais, incluindo instituições multilaterais, como o Banco Mundial e o 
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 
O Banco do Nordeste se destaca como o maior programa de microcrédito da América do Sul e o 
segundo da América Latina, através do Programa CrédiAmigo. Atua também como um financiador das 
atividades turísticas da região Nordeste com o Programa Prodetur.
4.7.1 Perfil do Banco do Nordeste – Comissão de Ética e Código de Conduta Ética 
Como toda organização moderna e principalmente aquelas de natureza pública, o banco deve 
possuir parâmetros relativos ao comportamento e ao relacionamento com os diversos usuários. Esse 
comportamento, subordinado à Comissão de Ética Pública e instituído pelo Poder Executivo, estabeleceu 
a prática da criação de Comissões Éticas setoriais. 
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A Comissão de Ética do Banco do Nordeste, ainda que possa atuar no âmbito interno de maneira 
independente, deve observar os limites estabelecidos pelos dispositivos legais que instituem o Código 
de Ética indistintamente para todos os servidores públicos.
As principais atribuições da Comissãode Ética, de acordo com seu Código de Conduta, são:
• atuar como instância consultiva de dirigentes, de empregados e demais colaboradores do Banco 
do Nordeste;
• aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, 
submetendo à CEP propostas para seu aperfeiçoamento, e dirimir dúvidas a respeito de sua 
interpretação, deliberando sobre casos omissos;
• apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes;
• recomendar, acompanhar e avaliar o desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, a 
capacitação e o treinamento sobre as normas de ética e disciplina;
• representar o Banco do Nordeste na rede de ética do Poder Executivo Federal;
• supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta Administração Federal e comunicar à 
CEP situações que possam configurar descumprimento de suas normas;
• agir preventivamente contra atos que possam infringir o Código de Conduta Ética do Banco;
• decidir quanto ao juízo de admissibilidade de denúncia de natureza ética; e instaurar processo de 
infração ética, julgar e decidir quanto à aplicação da pena de “censura ética”, na forma do Decreto 
nº 6.029/2007 (BrASIL, 2007).
4.7.2 Planejamento estratégico 
O planejamento estratégico formalmente pressupõe que alguns valores devam ser previamente 
definidos. São eles a missão da organização, a visão do futuro e os valores que devem ser 
cuidadosamente cultivados.
O Banco do Nordeste estabeleceu como:
• missão: atuar na promoção do desenvolvimento regional sustentável, como Banco Público 
competitivo e rentável;
• visão: ser o banco preferido na região Nordeste, reconhecido pela excelência no atendimento e 
pela efetividade na promoção do desenvolvimento sustentável;
• valores: justiça, honestidade, democracia, cooperação, disciplina, governança, sustentabilidade, 
compromisso, confiança, civilidade, transparência, igualdade e respeito.
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No planejamento estratégico também são definidas outras atitudes de posicionamento: 
desenvolvimento sustentável, resultados competitivos, excelência no atendimento, eficiência 
operacional e valorização das competências humanas.
4.7.3 Acesso à informação 
Não somente pela vocação dos que administram o Banco do Nordeste S/A, que possuem 
a consciência de que a transparência pública é um importante elemento de democracia e 
desenvolvimento da cidadania, mas também por exigência das leis que regulam as publicações de 
natureza contábil e financeira, o banco tem o dever de disponibilizar periodicamente as informações 
de caráter econômico‑financeiro da instituição.
4.7.4 Responsabilidade socioambiental 
Na atualidade há uma preocupação de que todas as organizações necessariamente não se 
ocupem ou se preocupem somente em atingir objetivos específicos ou próprios. A organização que 
atua corretamente é aquela que, além de observar os princípios éticos, leva em consideração valores 
importantes da comunidade onde está inserida, observando aspectos importantes, tais como: segurança 
para os seus empregados e seus vizinhos, uso de tecnologia adequada que possa minimizar os impactos 
ambientais, enfim, variedade de valores que devem ser observados. 
O Banco do Nordeste S/A, consciente desses conceitos, também definiu que deve atuar sempre em 
parceria com as comunidades visando à construção do bem‑estar comum. 
Linhas de Crédito Verde 
O banco oferece diversas modalidades de crédito que valorizam o meio ambiente:
• FNE Verde
Financia empreendimentos e atividades econômicas que propiciem ou estimulem a preservação, a 
conservação, o controle e a recuperação do meio ambiente.
Atende a produtores rurais, empresas rurais, industriais, agroindustriais, comerciais e de 
prestação de serviços e a cooperativas e associações que realizam projetos fortemente voltados 
à sustentabilidade ambiental. 
• Pronaf 
Oferece linhas de crédito exclusivas para o projeto ambiental. São elas:
‑ Pronaf Eco
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Linha de crédito voltada para o investimento em projetos de energia renovável e ao 
financiamento de tecnologias ambientais sustentáveis. É a sustentabilidade gerando lucros para o 
agricultor familiar.
‑ Pronaf Agroecologia
‑ Pronaf Semiárido
‑ Pronaf Floresta
reflorestamento com espécies nativas, manejo sustentável, exploração extrativista ecologicamente 
correta e recuperação de áreas degradadas. Com o Pronaf Floresta, o agricultor familiar lucra ao investir 
em recursos florestais de maneira sustentável. 
4.7.5 Responsabilidade socioambiental – Governança, transparência e ética 
Governança corporativa
A governança corporativa tem como objetivo a adoção das boas práticas administrativas. No Banco 
do Nordeste S/A, a preocupação principal é identificar os riscos ou potenciais riscos nos seus processos 
administrativos, sempre no interesse da transparência, demonstrando continuadamente a forma pela 
qual são conduzidos os interesses do banco e de seus clientes. 
Ouvidoria
Atua como um canal de comunicação oferecido aos clientes, que possibilita registrar reclamações, 
denúncias, sugestões e elogios a toda a estrutura administrativa do banco.
Gerenciamento de riscos
O gerenciamento de riscos operacional, de mercado e de crédito inerente a todas as instituições 
financeiras conta com uma Diretoria de Controle e risco, conforme dispõem as resoluções nº 3.464 
e nº 3.721 do Conselho Monetário Nacional.
4.7.6 Responsabilidade socioambiental – Investimentos sociais e culturais 
O Banco do Nordeste S/A mantém por sua iniciativa um conjunto de investimentos sociais e 
culturais:
• Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente – FIA, cujo objetivo principal é dar condições 
financeiras ao desenvolvimento dos direitos da criança, bem como de programas e ações 
públicas de promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente;
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• Lei de Incentivo ao Esporte: o banco faz aportes financeiros com base na Lei de Incentivo ao 
Esporte – Lei nº 11.438/06 (BrASIL, 2006b).
• Lei do Idoso: apoio aos projetos sociais de idosos.
4.7.7 Responsabilidade socioambiental – Desenvolvimento regional sustentável e 
inovações 
Programas de financiamentos, cujos recursos são originados do Fundo Constitucional de 
Financiamento do Norte – FNO, que procura amparar inciativas inovadoras e empreendedoras em 
projetos de Ciência, Tecnologia e Inovação, em todos os segmentos.
Os principais itens de financiamento da inovação são:
• transferência e absorção de tecnologias;
• desenvolvimento de software;
• prestação de Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC);
• Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I);
• avaliação e certificação;
• treinamento, consultoria e outros serviços especializados;
• propriedade intelectual;
• marketing;
• infraestrutura e apoio.
4.7.8 Responsabilidade socioambiental – Gestão ambiental 
O Banco do Nordeste tem uma preocupação permanente com a gestão ambiental, entendendo que 
é necessário conciliar lucratividade com conservação dos recursos naturais. Para tal, uma Diretoria de 
Desenvolvimento Sustentável e de Microfinanças atua como supervisora do desempenho econômico, 
ambiental e social.
Dessa forma, o Banco do Nordeste S/A tem trabalhado para manter em evidência os compromissos 
com essas questões ambientais, estimulando a adoção de práticas ambientais e objetivando:
• informar, sensibilizar e engajar continuamenteseus públicos nas políticas e práticas de 
sustentabilidade do banco;
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• desenvolver uma cultura de consumo consciente dos recursos naturais nos processos internos;
• financiar ações e projetos que visem à sustentabilidade. 
Ainda, o Banco do Nordeste adota as seguintes linhas de ação prioritárias: 
• uso sustentável de recursos: conjunto de ferramentas, procedimentos e ações que visam ao 
combate do desperdício e à otimização do uso de energia elétrica, água, papel e descartáveis pelas 
unidades do Banco; 
• coleta seletiva solidária: em atendimento ao Decreto nº 5.940/2006 (BrASIL, 2006a), o Banco 
do Nordeste realiza, desde 2007, o Programa Coleta Seletiva Solidária, que tem como objetivo 
promover o descarte seletivo de resíduos recicláveis produzidos nas dependências do Banco e sua 
destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis; 
• gestão de resíduos: além dos resíduos recicláveis, o Banco também procura descartar e destinar 
corretamente outros tipos de resíduos gerados em suas dependências, tais como resíduos de 
equipamentos eletroeletrônicos, lâmpadas fluorescentes, óleo mineral, resíduos de podas, resíduos 
de construção civil, dentre outros.
4.7.9 Responsabilidade socioambiental – Valorização da diversidade
O Banco do Nordeste também destaca como oportuno o equilíbrio saudável entre o seu público 
interno e o externo. Incentiva o aprimoramento na gestão de pessoas, principalmente do seu 
público interno ou de seus colaboradores, buscando:
• melhor qualidade de vida;
• oportunidade de crescimento profissional;
• reconhecimento de potencialidade individual, criatividade e inovação;
• educação permanente;
• remuneração digna e justa;
• ambiente de trabalho alicerçado em democracia, participação, transparência, respeito, harmonia, 
cordialidade, liberdade de expressão, reconhecimento e solução negociada dos conflitos em todos 
os níveis;
• ambiente físico adequado e seguro.
Em decorrência do Programa de Pró‑equidade, o Banco da Amazônia, por meio de fóruns, colegiados e 
demais canais, busca a democratização da participação de todos nos assuntos de interesse dos empregados.
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4.7.10 Responsabilidade socioambiental – Fornecedores (BRASIL, [s.d.]a)
Aquisição de bens e serviços com o estrito cumprimento da legislação e de normativos vigentes.
O Banco do Nordeste pauta a aquisição de bens e serviços pelo estrito cumprimento da legislação e 
de normativos vigentes, com imparcialidade e transparência no trato com seu público fornecedor. 
Operações identificadas como de risco significativo de ocorrências de trabalho infantil e medidas 
tomadas com vistas a contribuir para a abolição do trabalho infantil.
Em certames licitatórios, o Banco exige a apresentação de declaração do licitante, assinada por seu 
representante legal, de que não possui, em seu quadro de pessoal, empregado(s) menor(es) de 18 anos 
em trabalho noturno, perigoso ou insalubre, ou menor(es) de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a 
partir de 14 anos.
4.7.11 Responsabilidade socioambiental – Reconhecimentos e destaques (BRASIL, [s.d.]b)
O Banco aderiu ao Cadastro Empresa Pró‑ética, uma iniciativa da Controladoria‑Geral da União e do 
Instituto Ethos que avalia a existência de mecanismos institucionais de empresas para reduzir os riscos 
de ocorrência de fraude e corrupção. O Cadastro Pró‑ética engloba um seleto grupo de organizações 
que valorizam princípios e práticas para promoção da ética e da integridade corporativas, tais como as 
relacionadas à ampla transparência e à prevenção de fraude e corrupção.
O Banco do Nordeste foi agraciado, em outubro de 2013, com a premiação que reconhece as 150 
empresas com as melhores práticas em Gestão de Pessoas no Brasil. A certificação, promovida pela 
Editora Gestão & rH, reconhece o trabalho desenvolvido pelos profissionais de recursos humanos em 
todo o País. A votação foi realizada pelos próprios profissionais da área e participaram aqueles que se 
enquadram nas 1.000 Melhores e Maiores do Brasil (critério Exame) e nas 150 Melhores Empresas para 
Trabalhar (Great Place to Work). 
Em 2013, o Banco formalizou parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social – MDS com o 
objetivo de realizar ações no plano Brasil sem Miséria, com vistas a superar a extrema pobreza, por meio 
de estratégias conjuntas de fomento ao microcrédito e à melhoria da capacidade técnica, gerencial e 
financeira dos empreendedores de baixa renda.
4.7.12 Agricultura familiar 
Considerando a relevância da agricultura familiar, os recursos advêm do Programa Nacional de 
Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf.
As principais diretrizes da política do Banco do Nordeste de apoio à agricultura familiar são:
• priorização do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE e de recursos do Tesouro 
Nacional como fontes financiadoras;
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• adoção da metodologia de microcrédito produtivo orientado para o Pronaf, através do programa 
Agroamigo;
• incentivo à atividade não agrícola no meio rural;
• estímulo às atividades de maior valor agregado;
• apoio à estruturação de cadeias produtivas;
• fortalecimento das parcerias para viabilizar assistência técnica e capacitação;
• incentivo à utilização de tecnologia de convivência com a seca.
O Banco do Nordeste é o agente financeiro que mais aplica recursos no Pronaf no Nordeste do Brasil 
e no Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, atendendo agricultores familiares que desenvolvem 
atividades agropecuárias e não agropecuárias, utilizando‑se, basicamente, de mão de obra familiar.
O programa é composto pelos seguintes grupos: “A” e “ A/C”, de acordo com a condição de assentado, 
e “B” e Pronaf renda Variável, de acordo com a renda bruta anual obtida pelo produtor, que pode variar 
de até r$ 20.000,00 para o Grupo B e acima de r$ 20.000,00 até r$ 360.000,00 para o Pronaf renda 
Variável. 
O Pronaf também disponibiliza linhas de crédito especiais para públicos e atividades específicas: Pronaf 
Mulher, Jovem, Agroindústria, Floresta, Mais Alimentos, Agroecologia, Agrinf (Custeio do Beneficiamento 
e Industrialização de Agroindústria Familiar) e ECO, ou Linha de crédito voltada para o investimento 
em projetos de energia renovável e ao financiamento de tecnologias ambientais sustentáveis, além de 
investimentos em projetos de convivência com o semiárido - Pronaf Semiárido. 
4.7.13 Crédito fundiário 
O Banco do Nordeste S/A, através do Programa de Crédito Fundiário e Combate à Pobreza, 
proporciona às Associações e Cooperativas de trabalhadores rurais sem‑terra ou de pequenos produtores 
rurais o financiamento à aquisição de imóveis rurais com benfeitorias já existentes, incluindo os custos 
de impostos, taxas e despesas cartoriais e do registro do imóvel e despesas topográficas referentes à 
demarcação da terra. 
Os recursos financeiros provêm do Fundo de Terras e da reforma Agrária, cujos encargos ou juros 
variam em função do montante financiado por família. As taxas de juros variam de 2% a 5% ao ano. 
O financiamento ainda conta com um bônus de adimplência de 30% a 40% sobre o valor de cada 
prestação (principal e juros), de acordo com a região de localização do imóvel financiado, exclusivamente 
quando for pago até a data do respectivo vencimento, e um bônus adicional: sobre o valor de cada 
prestação (principal e/ou juros),referente ao valor financiado para a aquisição do imóvel, exclusivamente 
quando a prestação for paga até a data do respectivo vencimento e a aquisição se efetivar por valor 
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inferior a, no mínimo, 10% do valor de referência estabelecido para cada caso, comunicado ao Banco 
pela Unidade Técnica Estadual (UTE), será concedido bônus adicional de adimplência de 10%.
Quanto ao prazo do financiamento, ele varia entre 17 e 20 anos, com carência de 36 meses.
Outros programas de financiamento semelhantes são oferecidos pelo Banco do Nordeste S/A, como 
o Subprojeto de Investimentos Comunitários – SIC; o Programa de Crédito Fundiário e Combate à 
Pobreza rural; e o Programa de Agricultura Familiar – CAF.
4.7.14 Nordeste Territorial – Apresentação
O fortalecimento da economia, do emprego e da renda tem sido uma das preocupações do Banco 
do Nordeste. Por meio de sua política de desenvolvimento territorial, promove um conjunto de ações 
articuladas combinando crédito, capacitação, assistência técnica e inovação tecnológica, que fazem 
parte da Política de Desenvolvimento Territorial. 
Essa Política garante a estruturação dos arranjos produtivos locais e a inserção dos empreendedores 
nas principais cadeias produtivas das regiões Nordeste e Norte, destacando‑se os Estados de Minas 
Gerais e Espírito Santo.
Contando com o apoio de uma estrutura de 175 Agências regionais e 195 Agentes de 
Desenvolvimento, a Estratégia Nordeste Territorial contribui para a operacionalização dos Pronaf 
A, Jovem e Semiárido; do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora rural (PNDTr); 
do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA – Conab); do Programa Nacional de Alimentação 
Escolar – Merenda Escolar (PNAE); da estratégia de Inovação e Difusão Tecnológica; e do Programa 
Territórios da Cidadania, de apoio às micro e pequenas empresas, bem como para a realização das 
demais ações do Banco do Nordeste que envolvam articulação institucional e mobilização social 
dos Municípios, dos Territórios e dos Estados.
É por meio dessas ações que o Banco do Nordeste, considerando as determinações das políticas 
governamentais (incluindo os programas de seleção e fortalecimento dos APLs, do Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio – MDIC), visa contribuir para a cooperação entre os elos das 
cadeias produtivas regionais, gerando crescimento econômico com distribuição de renda, inclusão social 
e erradicação da pobreza.
4.7.14.1 Finalidade do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE)
Direciona recursos para financiamentos que promovam o desenvolvimento do Nordeste.
Os recursos são originados do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste – FDNE, regulamentado 
atualmente pelo Decreto nº 6.952 (BrASIL, 2009), com a finalidade de assegurar recursos para a 
realização de investimentos na área de atuação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), 
gestora do fundo.
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4.7.14.2 Diretrizes e prioridades do FDNE
As prioridades para aplicação de recursos do FDNE são estabelecidas anualmente pelo Conselho 
Deliberativo da Adene de acordo com o Plano regional de Desenvolvimento, observadas as diretrizes 
e orientações gerais estabelecidas pelo Ministério da Integração Nacional (MI) nos financiamentos aos 
empreendimentos de grande relevância para a economia regional.
Algumas diretrizes devem ser observadas quanto aos projetos de investimentos:
• projetos de investimentos em infraestrutura, nas áreas que são reconhecidas como prioritárias 
pela Política Nacional de Desenvolvimento regional;
• geração de emprego e renda sustentável;
• ampliação e fortalecimento da infraestrutura regional;
• expansão, modernização e diversificação da base econômica do Nordeste;
• aumento das vantagens competitivas do Nordeste;
• fortalecimento e integração da base produtiva regional;
• integração econômica entre as diversas regiões; 
• fortalecimento e melhoria das cadeias produtivas. 
4.7.14.3 Algumas vedações quanto à aplicação do FDNE
É vedada a concessão de crédito com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para: 
aplicações em projetos de geração, transmissão e distribuição de energia, exceto nos casos de geração 
de energia para consumo próprio do empreendimento; aquisição de bens que apresentem índices de 
nacionalização, em valor inferior a 60%, exceto nos casos em que não haja produção nacional do bem; 
quando o bem cumprir o Processo Produtivo Básico (PPB); ou quando a Nomenclatura Comum do 
Mercosul (NCM) do bem importado tiver alíquota 0% do Imposto de Importação.
4.7.14.4 Prioridades
Prioridade espacial
Conceder‑se‑á tratamento diferenciado e favorecido aos projetos que se localizarem nos espaços 
reconhecidos como prioritários pela PNDr: mesorregiões diferenciadas; regiões Integradas de 
Desenvolvimento - rIDEs, semiárido e as microrregiões classificadas como de baixa renda, dinâmicas 
ou estagnadas.
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Prioridade setorial
• cadeia produtiva de veículos automotores e veículos pesados, da indústria naval e de tratores e 
máquinas agrícolas;
• agroindústria;
• indústria química (exclusive de explosivos), petroquímicos, bioenergia, extração e refino de 
petróleo e transformação de seus derivados;
• metalurgia, siderurgia e mecânica - fabricação de máquinas, equipamentos e ferramentas, 
aparelhos, materiais e sistemas eletroeletrônicos vinculados a precisão, automação e controle 
de processos produtivos (exclusive armas, munições e equipamentos bélicos), outras máquinas e 
equipamentos específicos;
• extração de minerais metálicos e não metálicos;
• beneficiamento e transformação de minerais não metálicos;
• agricultura irrigada;
• agricultura não irrigada, desde que em áreas com comprovada aptidão edafoclimática, 
considerando‑se, inclusive, os espaços de zoneamento ecológico‑econômico;
• setor agropecuário - considerando as atividades estratégicas de produção de alimentos para 
consumo humano;
• turismo em suas diversas modalidades, considerando os empreendimentos hoteleiros e outros 
projetos, integrados ou não a complexos turísticos, localizados em áreas vocacionadas;
• infraestrutura turística voltada para a realização da Copa do Mundo de 2014;
• fabricação de máquinas, equipamentos e ferramentas, aparelhos, materiais e sistemas 
eletroeletrônicos vinculados a precisão, automação e controle de processos produtivos (exclusive 
armas, munições e equipamentos bélicos), outras máquinas e equipamentos específicos;
• papel, papelão e celulose, desde que integrados a projetos de reflorestamento, inclusive pastas de 
papel e papelão, admitidos projetos não integrados a reflorestamento, quando os produtos forem 
resultantes de reciclagem;
• indústria de calçados e artefatos, mobiliários, têxtil, confecções, inclusive artigos de vestuário.
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Captação e GerenCiamento de reCursos
Prioridade em setores com ênfase na inovação tecnológica
Projetos integrados e/ou vinculados às opções estratégicas de desenvolvimento produtivo e de 
tecnologia da informação e da comunicação, como: eletroeletrônicos, semicondutores, fármacos, 
robótica, nanotecnologia, biotecnologia, química verde, bioenergia.
4.7.14.5 Condições de financiamento do FDNE
Destinam‑se às empresas dos setores de

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