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Sistema respiratório

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Sistema respiratório – trato superior
Histofisiologia: O sistema respiratório e divido em sistema condutor(onde não há trocas gasosas, sendo importante para a defesa do corpo e se estendendo da cavidade nasal ate os brônquios), porcao transicional (bronquíolos) e o sistema de trocas gasosas (compostos pelos alvéolos, a porcao mais delicada e de maior responsabilidade pela oxigenação das células e detoxificacao). Apresenta pneumocito que são responsáveis pela renovação da parede. Possui também uma microbiota normal restrita a região proximal, sendo que variam entre as espécies animais parte dela podem ser patogênicas como a Manheimia haemolytica em bovinos e Bordetella pertussis em cães.
Recentemente ainda se descobriu que os pulmões produzem mais de 10 milhoes de plaquetas por hora e ainda a presenca de um pool de celular hematopoiéticas capazes de restaurar a produção de sangue quando as células progenitoras da medula óssea estão exauridas.
Mecanismos de defesa:
Limpeza: espirro, tosse(função de eliminar particulas indesejadas e muco quando em excesso), absorção de substancias (metabolismo de substancias toxicas, células clara que possuem um arsenal enzimático), transporte mucociliar e fagocitose.
Retenção de particulas: deposição – limpeza (diferença entre deposição e taxa de limpeza do trato respiratório), sendo que muita deposição ou pouca limpeza retem particulas.
Configuração anatômica: favorece a defesa devido a presenca das conchas nasais (ossos turbinados, espiralados que permite ao ar ganhar forca centrifuga que faz as particular serem jogadas na periferia/parede das conchas que contem muco e capturara essas particulas) e das bifurcações (sendo a primeira denominada carina onde as particulas batem e impedem que sigam pelo trato respiratório assim o muco consegue capturar essas particulas).
Defesa mucociliar (sistema condutor): muco=agua+glicoproteínas+lipídeos+sais. Possui uma camada interna que e mais fluida (sol) e uma mais interna (gel) sendo que elas facilitam o batimento dos cílios eo contato com as particulas. Cílios são 250 por célula, fazem 1000 batimentos por minuto, impulsionando o muco a 20mm por minuto. A propulsão e feita em direção a orofaringe e o muco e deglutido. Juntamente com o epitélio, há tecido linfoide associado aos brônquios (BALT), são agregados peribronquicos de mononucleares, linfócitos e macrófagos.
Fagócitos (sistema de trocas): macrófagos alveolares, intravasculares (semelhantes a células de Kupffer), linfócitos no BALT, imunoglobulinas, enzimas antioxidantes e vitamina E (componente da membrana celular).
Redução dos mecanismos de defesa:
Estresse que reduz a produção e acao das células inflamatórias e resposta imunológica; infecções virais que podem realizar destruição mucociliar, diminuindo a acao dos macrófagos e sobre outros epitélios, como no caso do vírus da influenza suína, cinomose e do BRSV; casos de edema pulmonar;anestesia(que reduz a atividade ciliar).
Gases tóxicos, como o sulfeto de hidrogênio e a amônia que podem provir da urina por serem resultantes de fermentação bacteriana e são inalados por animais criados em situações inadequadas de higiene. Os animais ficam susceptíveis a infecções respiratórias e estes são capazes de agredir o epitélio e macrófagos. Alguns outros mecanismos incluem uremia ( lesão endotelial aumenta permeabilidade de vasos, pneumonia causadas por uremia tem origem hematogena, células endoteliais permitem escape de proteínas e fluidos para a luz dos alvéolos), endotoxemia, desidratação( porcao do muco, a mais fluida, então batimentos ciliares ficam menos efetivos), inanição (reduz resposta imune), hipóxia, acidose, edema pulmonar, anestesia( anestésicos reduzem batimentos ciliares) e estresse. Imunodeficiência.
Padrões de agressão e resposta do hospedeiro
Epitélio ciliado: reveste todo o trato de condução, menos a parte final dos bronquíolos. Quando e lesado/agredido realiza descamação e ulceração, dependendo da extensão ele pode ser regenerado; mas em agressões frequentes e crônicas ocorre Metaplasia, diminuindo essas células e não fazendo transporte mucociliar ( mais resistente o epitélio – mas não tem a mesma função de defesa necessária do epitélio respiratório). Também e capaz de formar uma membrana diftérica ( fibrina e detritos celulares).
Olfativo: tem menor capacidade regenerativa, e menos volumoso e mais sensitivo. São células modificadas do sistema nervoso.
Escamoso: são mais resistentes, revestem a parte mais externa como narinas que sofrem com agressões físicas e químicas. Descama facilmente e e renovada de maneira bastante rapida, tem proteção eficiente contra instalações de bactérias.
Stem cells: são células-tronco epiteliais distribuídas difusamente que são capazes de originar os 3 tipos de células, células de glândulas submucosas, células clara ( metabolização de gases e substancias exógenas, funcionam como hepatócitos e geram radicais livres) e também ocorre migração de células tronco da medula óssea. 
Anomalias congênitas
São raras e se manifestam por conjuntos de defeitos nas cavidades nasais, defeito no fechamento delas.
· Cavidade nasal:
Lábio leporino ou queilosquise: ocorre quando a fenda labial não e capaz de se fechar;
Fenda palatina ou palatosquise (ocorre no palato duro): fenda labial e de gengiva/maxila; normalmente faz comunicação com o trato respiratório, então quando o animal começa a ingerir leite e este passa para a cavidade nasal, sera aspirado gerando uma pneumonia aspirativa. Existe correção cirúrgica e ela deve ser feita rapidamente.
Palatognatoqueilosquise: e mais grave, descrito quando o defeito ocorre na fenda palatina, associado a maxila e ao lábio, inclui a região da gengiva com a fenda. 
Faringe brônquico/síndrome de passagem área dos braquicefalicos: conjunto de alterações em racas braquicefalicas (boxer, pug) caracterizada por dificuldades respiratórias devido maior distancia/porcao membranosa entre os anéis cartilaginosos da traqueia. Gerando dificuldades respiratórias graves sendo que em casos de exercícios físicos intenso e euforia, podem desmaiar pela dificuldade respiratória. 
Colapso da traqueia: cães de pequeno porte e racas mini pinscher, pequinês tem a porcao membranosa da traqueia maior que o normal, o anel cartilaginoso e encurtado. Se o anel cartilaginoso não der sustentação para porcao membranosa, pode ocorrer colapso da traqueia, em situações de excitação em que o animal esta respirando fortemente (latir, correr) a parte membranosa calapsa e bloqueia momentaneamente a respiração. Se manifesta por engasgo. 
· Cavidades e seios nasais
Amiloidose ( distúrbio metabólico): provoca deformidade óssea, principalmente dos ossos da face por acumulo de amiloides ( processo degenerativo de acumulo de glicoproteínas, pode se formar em processo inflamatório crônico). E mais comum em equinos utilizados para produção de soro antiofídico, pois há estimulação do fígado a produzir SAA. A deposição dos amiloides pode ocorrer na pele, no fígado e nos seios nasais, onde a deformidade restringe a passagem de ar.
Alterações circulatórias: congestão que e a dificuldade de retorno venoso, hiperemia que esta relacionado a vasodilatação, em situações inflamatórias da cavidade dos seios nasais e rinorragia/epistaxe: geralmente por causa traumática e mecânica, rinorragia e mais correto se usar quando a origem e na cavidade nasal, e uma hemorragia nasal, e a espistaxe e mais adequado quando afeta ambas as narinas, porem tem uma origem anterior, de seio nasal ou trato respiratório ( traqueia, pulmão)- usado mais quando a hemorragia e unilateral.
Hematomas etmoidais: encontrados nos equinos, encontrados na região etmoidais, não tem um mecanismo exato, normalmente esses hematomas são considerados hemorragias crônicas, ou pequenas hemorragias.
· Rinites e sinusites ( inflamação da cavidade nasal e seios nasais):
Agentes importantes: Bordetella branchiseptica (habitante natural do tronco respiratório na porcao proximal, sendo um agente oportunista), Pasteurella multocida, Haemophilus parasuise citomegalovírus dos suínos que causa desequilíbrio da microbiota.
a. Desequilíbrio da microbiota: normalmente relacionada a infecções virais, bacterianas e por gases tóxicos, podendo estarem associados ou não, e causando a redução da defesa do sistema respiratório, permitindo infecção por bactérias oportunistas. Pode ser classificados em:
Temporal: aguda de 2 a 3 dias; subaguda de 3 meses; crônica quando mais de 3 meses.
Tipo de exsudato: serosa que e transparente e com aparência de agua tendo pouca proteína; catarral que mais espessa, com muco e restos celulares podendo estar relacionado a bactérias piogenicas; purulenta; fibrinosa que aparece em varios tipos de lesões vasculares grandes e granulomatosas relacionadas a algumas bactérias e fungos. Podem ser serofibrinosos ou fibrinopurulentos também.
b. Rinite atrófica de suínos: causada pela colaboração de diversos agentes citomegalovírus dos suínos, e posteriormente as bactérias Bordetella bronchiseptica, Pasteurella multocida, Haemophilus parasuis. Causada por infecção viral com proliferação bacteriana secundaria, causa inflamação da cavidade nasal, do epitélio e atrofia dos cornetos ( seios nasais, não tem mais rotação de ar) devido ao fato do processo inflamatório produzir fatores de crescimento e mediadores químicos (citocinas) que tem dois efeitos sobre o tecido ósseo: 1 e diminuir a atividade osteoblastica (remodela o osso), e a 2 estimula osteoclatos (removem matriz óssea). Para confirmação pode-se realizar cortes transversais do crânio na altura do 2 e 3 pre molares para observar a lesão. Macroscopicamente , há desvio do focinho, podendo causar desvio do septo e tortuosidade do crânio 
c. Rinite infecciosa bovina (IBR): conhecida como ‘’nariz vermelho’’, e causada por associação do herpevirus bovino tipo 1 com Manheimia haemolytica, que geram rinite bastante hiperemica e pneumonia fibrinosa. Em casos mais graves pode haver traqueobronquite, onde o exsudato e a bactéria se espalham em direção ao pulmão.
O herpevirus do tipo 1 esta associado a doenças do sistema reprodutivo, como abroto, sepse, vulvovaginete e balanopostite pustular (ulceras na mucosa por rompimento das pústulas). A infecção secundaria por bactérias (BHV) causa pneumonia nesses animais, e deve ser diferenciada da febre do transporte que causada por outro tipo de Pasteurella. Os seios da face e frontais tem hiperemia intensa e há material amarelo esbranquiçado pegajoso aderido as paredes (fibrina). 
d. Rinotraqueite infecciosa felina: causada pelo herpervirus felino (FHV-1), provoca corrimento oculonasal purulento, conjuntivite e rinite. O processo pode evoluir para pneumonia bacteriana secundaria e pode haver lise de ossos dos cornetos(conchas nasais), sem causar devio de septo e deformidades. Causada pelas bactérias Bordetella bronchiseptica, Streptococcus spp., Pasteurella multocida, Mycoplasma felis.
e. Calicivirose felina: provocada por diferentes cepas de vírus, junto com a rinite infecciosa e considerada uma das doenças do complexo respiratório felino. Causa rinite, conjuntivite, estomatite ulcerativa ( inflamacao da boca) e em casos mais graves evolução para pneumonia intersticial, com exsudato entre os alvéolos dificultando a movimentação dos mesmos.
f. Garrotilho: causada por streptococcus equi, bactéria piogenica que gera rinite e pode se estender as bolsas guturais e, posteriormente, migra para os linfonodos e causa linfadenite supurativa. Essa infecção provoca formação de grandes quantidades de exsudatos purulentol, podendo escorrer pelas narinas. Pode haver aumento pronunciado dos linfonodos submandibulares que fistulam, causam celulite do subcutâneo, ruptura de pele e extravasamento de pus.
Em alguns casos esses processo infeccioso pode causar embolia séptica para outros tecidos. Com consequência pode ocorrer bronquiopneumonias e hemiplegia laringeana e paralisia facial (esses dois processos relacionados a compressão de nervos da face pela expansão da bolsa gutural) e presenca de purpuras e petequias hemorrágicas disseminadas pelo corpo.
g. Mormo: parecido com o garrotilho. Provocada pela bactéria Burkholderia mallei, e uma zoonose, incubação de 1 semana, causa pneumonia, empiema das bolsas guturais, efusão pleural. Podem haver ulceração nasal e na faringe, além de lesões cutâneas nodulares e ulcerativas e também provoca corrimento nasal purulento copioso ( com grande volume). No caso do garrotilho so acomete o respiratório ( pode se disseminar para outras vísceras, porem raramente causa lesões cutâneas). O que frequentemente se observa no mormo são feridas, lesões ulcerativas de pele na cavidade nasal. No garrotilho não ocorre lesão ulcerativa na pele. 
h. Rinite micótica: menos comum que as bacterianas, sendo causada por Aspergillus e Penicillium em cães, Cryptococcus neoformans em felinos ( fungo que vive nas fezes de aves) e rhinosporidium seerbei em equinos, bovinos, cães e felinos. Há formação de granulomas, lesões granulomatosas e proliferativas. Macroscopicamente e mucoso, gelatinoso e acinzentado.
i. Outras rinites: alerigicas são raras e mal documentadas. Febre do feno alergia do polen, presente no feno que acomete principalmente o equinos, precisa eliminar o agente, assim que retirar o contato a doenças desaparece. Parasitarias: oestrus ovis (berme nasal). Proliferação das larvas dentro da cavidade nasal e seios nasais.
j. Neoplasias: são raras, carcinomas, sarcomas, melanoma boca, TVT ( tumor venereo transmissível), Linfossarcoma, adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas.
· Faringe, laringe e traqueia
Hemiplegia laringeana dos equinos ( doença degenerativa): conhecido como ronqueira ou cavalo roncador, e caracterizada por atrofia unilateral dos músculos cricoaritenoides, desnervacao e compressão. Esses músculos articulam a cartilagem da laringe, e quando se tornam atróficos durante o exercício físico ocorrem distúrbios da passagem área. Macroscopicamente: um dos lados do musculo atrófico, o lado atrófico e menos volumoso, mais pálidos.
Edema de laringe (distúrbios circulatórios): causado por choque anafilático (reações alérgicas intensas como a medicamentos e substancias), sendo grave quando e um edema na glote que obstrui a passagem de ar, causando asfixia.
Inflamação: pode levar a casos de obstrução da passagem de ar e dificuldade de deglutir, causando movimentos mais exagerados/ com forca para inspiração para superar a dificuldade pela obstrução e levando a pneumonia aspirativa principalmente durante a alimentação. Na faringe geralmente são traumáticas pela ingestão de ossos, palitos e agulhas ou por compressão de neoplasias ou granulomas de Spirocerca lupi.
Laringe necrótica dos bezerros: conhecida também como difteria dos bezerros, e uma doença que acomete animais confinados, presos em recintos com pouca higiene. Causada por bactérias contaminantes de solo, material em decomposição (fusobacterium necrophorum) formando exsudato fibrinonecrotico e podendo levar a toxemia devido ao numero do material necrótico, inflamação, sepse e ao se aspirado causar obstrução de traqueia e brônquios e em menores particular chegar aos pulmões e causar bronquiopneumonia. Geralmente acomete animais jovens, com sistema imunológico menos competente. 
Traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis): conhecida como tosse dos canis, e uma doença altamente contagiosa, geralmente auto imunizante. E o resultado do sinergismo entre Bordetella bronchiseptica, adenovírus canino-2 e vírus da parainfluenza canina. O inicio da doença e caracterizado por traqueobronquite catarral (muco com células inflamatórias), evoluindo para traqueobronquite mucopurulenta e purulenta. Afeta brônquios e traqueia, podendo atingir os pulmões e provocar broncopneumonia. 
Parasitas de laringe e traqueia: Besnoitia bennettti e um coccídeo, raro, causa papilomas no epitélio. Syngamus e um nematoide, vermelho que se alimenta de sangue, se fixo na mucosa da traqueia.

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