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Trato urinário inferior
O trato urinário inferior e o conduto para transporte dos restos urinários dos rins para o exterior, sendo composto por ureteres, bexiga e uretra que são revestidos por epitélio de transição estratificado, sendo que a porção mais distal ainda e composta por um epitélio estratificado queratinizado, escamoso. Pode-se utilizar também um termo urotelio que indica Metaplasia em resposta a agressões, para que o epitélio se torne mais resistente. A mucosa deve ser clara e brilhante, com tecidos linfoides não visíveis e a produção de urina clara e límpida, com exceção dos equinos que e mais turva, devido a presenca normal de muco e de material cristalino produzido pelos ramos das glândulas mucosas.
Possui algumas pequenas diferenças entre os sexos, uma vez que as femeas a uretra e mais curta e, portanto mais suscetível a infecção com a ascencao de bactérias; enquanto o macho tem uma uretra estreita e e mais suscetível a obstrução devido a existência de curvas e pontos de estreitamento. Existe uma válvula vesicouretral que não e uma válvula verdadeira, mas e funcional e entra em acao quando a vesícula esta cheia, fechando a entrada dos ureteres; e importante para evitar refluxos e infecções ascendentes. Também existe a peristalse ureteral que impulsiona a urina e cujo estimulo nervoso tem origem no marca-passo da pelve renal sendo que uma pielonefrite pode atrapalhar esse funcionamento.
· Anomalias do desenvolvimento 
Urina: meio acido com alta osmolaridade
Agenesia ureteral: e a ausência completa ou parcial do órgão, uni ou bilateral ( incompatível com a vida) e e incomum.
Ureter ectópico: ocorre quando há um mal posicionamento do ureter fazendo com que ele desemboque na bexiga, pode ser intramural ( dentro da parede da vesícula ou vagina) ou extramural ( desemboca fora da parede). Pode também ser associada a malformações vesicais, tendo como consequência a liberação de urina em local não adequado. São 4 possibilidades:
-intramural uretra próxima: ureter não tem orifício de saída, a urina começa a se acumular retrogradamente causando hidroureter e hidronefrose, comprimindo o córtex ate que não haja mais tecido renal. Quando bilateral e incompatível com a vida. 
-extramural uretral: ureter se abre dentro da uretra, assim , a urina não passa pela bexiga e há incontinência urinaria.
-extramural vaginal: incontinência urinaria. 
-intramural vaginal
Uraco persistente: e uma malformação comum em equinos , no qual o uraco, que e um canal transportador de urina entre a vesícula urinaria e o umbigo no feto, persiste após o nascimento e pode se tornar uma via de infecção para a vesícula urinaria. O uraco persistente pode dilatar, ocupar espaço dentro do abdome e romper, ou pode forma um canal direto entre a bexiga e o umbigo e gotejar urina. Essa urina pode se acumula r e formar uma bolsa (onfalocistite) que se expande cada vez mais, podendo romper e causar uroperitonico( urina na cavidade peritoneal), irritando e comprimindo a serosa, se houver infecção pode leva a uma peritonite também. 
Divertículo vesical: ocorre o fechamento do uraco, mas a musculatura da vesícula urinaria não se fecha. Pode haver formação de uma hérnia na bexiga, onde a mucosa e a serosa são empurradas para fora e formam uma ‘’bolsa’’ para fora da bexiga cheia de urina, porque a camada muscular não interrompe essa expansão. Pode ocorrer acumulo de substancias, ruptura, infecções e depósitos de cálculos. 
Cisto uracal: e involução do uraco que fica fechado nas suas duas pontas e forma um tipo de bolsa no meio, mais propenso a infecções. Se romper pode causar lesões no peritônio. 
· Variação de posicionamento
Hemorragia e infartos na bexiga: em casos de compressão vascular ou obstrução que pode levar a rupturas
Retroflexão da bexiga: ocorre quando a bexiga e empurrada para tras, fica virada e pode dobrar a uretra, obstruindo a vesícula urinaria, tendendo a expandir. As causam incluem tenesmo ( dificuldade em defecar que leva a aumento da forma abdominal), aumento da próstata (animal não consegue defecar porque a próstata comprime o colon, há aumento da pressão e pode levar a bexiga dobrar em direção a pelve).
Hidroureter: e a dilatação do ureter pela urina devido a obstruções por cálculos, algum trauma mecânico ou físico, inflamação crônicos ou neoplasias.
Rupturas: pode ocorrer do ureter, da vesícula urinaria, da uretra. Usualmente relacionada a causas iatrogênicas como a realização de sondagem de maneira incorreta causando rompimento. Outras causas incuem inflamação, infarto da bexiga por tumores, existência de divertículo vesical ou traumas externos como atropelamentos e agressões. 
· Disturbios hemodinâmicos: 
Urolitiase: e uma síndrome que ocorre quando há precipitação de metabolitos de excreção na urina, formando urolitos/cálculos renais no trato urinário. Pode ser chamada de nefrolitiase ( quando os urolitos estão dentro dos rins) ou urolitiase ( quando os urolitos estão em qualquer outro local do trato urinário). Esses cálculos podem ser formados por solutos precipitados como cristais e minerais, proteínas e minerais que são adesivas e são ligados grudando cristais, debris celulares e descamação da mucosa, podendo haver a mistura destes três elementos em um calculo. Predisposta em machos.
Tem como causas a alta concentração de urina, alterações de eletrólitos, proteinuria devido a glomerulonefrite ou cistite e retenção urinaria ( acumulo de debris celulares). Tem como consequência obstrução urinaria, lesões traumáticas da vesícula urinaria com dor/dificuldade na micção (disúria, estranguria) com ou sem hematúria(sangue na urina, devido os hematomas presentes na bexiga).
Plugs uretrais: são tampões de material orgânico como proteínas e restos celulares que vao se agregando e obstruem as vias urinarias. Ocorre principalmente em felinos.
São fatores predisponentes pera urolitiase: machos que tem uretra mais longa e estreita; ovinos devido ao apêndice vermiforme que e mais fino e estreito, e em bovinos devido a flexura sigmoide; pH da urina que se estiver muito acido pode predispor a formação de oxalato, e se muito básico a formação de cálculos de estruvita e carbono; ingestão de agua reduzida, desidratação ( mais comum em felinos); infecções, obstruções, corpos estranhos (fio de sutura); anormalidades estruturais, anatômicas como divertículo vesical; dietas ricas em PO4 ( milho e sorgo); castração precoce em felinos; deficiência em vitamina A que predispõe a Metaplasia escamosa cujo material e mais rígido e difícil limpar; racao rica em magnecio (DTUIF); Racas dálmata, dashshund, Cocker, basset, poodle e terrier. 
Os urolitos podem ter varias formas, composições químicas e cores podendo se modificar ao longo do tempo, de acordo com a dieta e o pH urinário. O ideal e realizar a analise do tipo de racao, pH da urina, ingestão de agua para saber como reduzir o calculo ou retira-lo, posteriormente também analisando sua composição. São as formas mais comuns em cães: estruvita, oxalato e acido úrico. Gato: estruvita e oxalato. Bovino: sílica, estruvita e carbonato. Cavalo: bicarbonato. Suíno : incomum.
Doença do trato urinário inferior dos felinos ( DTUIF)
Chamada também de síndrome urológica felina (SUF) ou cistite instersticial felina, relacionada a manifestações clinicas de inflamação da vesícula urinaria e/ou uretra independente da causa. E caracterizadas por disúria ( dificuldade de urinar), hematúria, polaciúria ( micção anormalmente frequente), periuria, lambedura genital, distensão da bexiga, cistite hemorrágica ( acao dos cristais causa lesão mecânica). O principal problema e obstrução do trato urinário/azotemia que alguns casos não cedem a tratamento nem sondagem. A saída em alguns casos e amputação do pênis devido aos plugs uretrais.
A etiologia e múltipla sendo que já foram caracterizados: herpesvirus em células uretrais, mas sem relação estrita com a doença; castração de animais muito jovens ( não desenvolvimento do pênis, uretra fica mais estreita e obstrui mais fácil); racao seca com altos níveis de magnésioe fosfato ( houve conscientização das empresas em relação a importância de controlar esses níveis); pH alcalino(induz a formação de cálculos de estruvita); diminuição da ingestão de agua (inverno); presenca de divertículo vesical e/ou de uraco persistente, gatos abissínios são mais predispostos; idade maior de 10 anos. 
Cistite
E a inflamação da vesícula urinaria, cuja causa mais comum e a infecção bacteriana, sendo os fatores predisponentes a urolitiase; estagnação da urina por obstrução, dificuldade de micção, traumas uroteliais e doenças neurogênicas (diminuição do esvaziamento da vesícula, diminui a lavagem do urotelio); cateterizacao; vaginoscopia; incontinência urinaria (lavagem do trato urinário inferior e incompleta); vaginite; administração de antibióticos; corticoides e antineoplasicos pois alteram a microbiota e causam imunossupressão além de resistência bacteriana; sexo pois nas fêmeas a uretra e mais curta e facilita ascensão de bactérias; diabetes que tem como sintoma típicos a glicosuria que pode ser um meio de cultura ideal para bactérias.
Os mecanismos de defesa da bexiga incluem a produção de IgA e IgG e mucinas de superfície, descamação de células uroteliais, urina acida e de alta osmolaridade, alta concentração de ureia e ácidos orgânicos, micção que passa e limpa a superfície. Quando estes mecanismos são superados, ocorre a cistite. Microscopicamente ela pode apresentar diversas morfologias: 
Folicular: e crônica e resultado de agragados linfoplasmocitarios com pequenas elevações e que em casos agudos levam a edema de mucosa mais plana e espessa;
Polipoide: e crônica e tem formação de projeções de epitélios para luz da vesícula urinaria, massas polipoides;
Enfisematoso: ocorre principalmente em casos de diabetes, há produção de gases a partir do consumo da glicose/fermentação bacteriana e formação de bolhas. Geralmente a urina se torna turva (aumenta proteínas e leucócitos), mal cheirosa e tingida de vermelho em casos de hematúria;
Edema: forma aguda
Cistite aguda hemorragia: uma vez que as bactérias tem acesso a lamina própria, causam lesão vascular e inflamação, o dano vascular predispõe a hemorragia, vazamento de fibrina e se severa pode levar a necrose isquêmica da bexiga. Ocorre principalmente em cães que são tratados com ciclofosfamida (quimioterápico) que provoca diminuição da reposição do epitélio levando a ulceração do epitélio devido a metabolização de compostos tóxicos eliminados pela urina. São usualmente utilizados para carcinomas de mama, mastocistomas e além de cistite hemorrágica podem causar carcinoma de bexiga. Esse quimioterápico não dever ser aplicado no final da tarde ou inicio da noite, pois a urina fica em contato prolongado com o epitélio ( animal dorme durante a noite, metabolitos tóxicos ficam em contato com a vesícula). Pode ocorrer também em bovinos que ingerem samambaia, que contem substancias carcinogênicas capazes de causarem neoplasias em trato digestivo e urinário além de causar hematúria enzootica. A etologia e bacteriana, com E.coli, Proteus spp, Corynebacterium renale, Eubacterium suis, Streptococcus, Staphylococcus e Klebsiella.
Cistite fibronecroticas: cistite crônica, fibrina misturada com restos do epitélio, possível ver ulcerações e hemorragia subsequente
Neoplasia: são incomuns em cães e felinos e mais frequente em bovinos com hematúria enzootica ( ingerem samambaia). Causas são substancias químicas (corantes, benzidina), irritação crônica ( urolitos, corpos estranhos), vírus (papilomavírus) e drogas (ciclosfosfamida). Neoplasias epiteliais (80%): a maioria são carcinomas de células transicionais, papilomas e adenomas. Mesesquimais são mais raras: leiomiomas e leiomiossarcomas. Fibromas, fibrossarcomas, rabdomiossarcoma botriode- na transição da bexiga para ureter região trigono vesical (cacho de uva, cães jovens, são bernardo).

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