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Relatrio de estagio

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UNIVERSIDADE NILTON LINS CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO II 
 
 
EDILSON VIANA DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
Abril, 2020
 
EDILSON VIANA DO NASCIMENTO - 18004670 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO II 
 
 
 
Relatório apresentado como requisito para obtenção de nota institucional na disciplina Estágio Básico II – Observacional, na Universidade Nilton Lins. 
 
Orientador: Prof. Esp. Dacir Martins de Castro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
Abril, 2020
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
 
Nome: Edilson Viana do Nascimento Matrícula: 18004670 
Curso: Psicologia 
Período: 5º 
Local: Rua Carabuçu, 67 - Novo Aleixo, Manaus - AM, CEP 69098-080. 
Supervisora local: Joicy Ventilari Medeiros – CRP: 20/08354 
Supervisora acadêmica: Darcy Martins Castro – CRP: 20/03680
SUMÁRIO
 
INTRODUÇÃO	5
1.	HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO	6
2.	EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AO LOCAL DE ESTÁGIO	9
3.	DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES EM SALA DE AULA	9
4.	DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES NA ESCOLA INSTITUTO HILDA FERREIRA	11
5.	REVISÃO DE LITERATURA	21
5.1	PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL: HISTÓRIA, COMPROMISSOS E PERSPECTIVAS	21
5.2	COMPETÊNCIAS DO PSICOLOGO ESCOLAR	23
5.3 	A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA NO CONTEXTO ESCOLAR	24
CONCLUSÃO	25
REFERÊNCIAS	26
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO5
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a covid-19 no Brasil Até abril de 2020, matou mais do que H1N1, dengue e sarampo. O provável aumento de índices de invasão escolar tem sido apontado por muitos especialistas como uma das principais consequências desse período prolongado de paralisação das atividades principais. Embora as redes de ensino venham buscando, por meio da oferta de atividade de ensino remoto, reduziu os prejuízos na aprendizagem de seus estudantes, o desafio de mantê-los engajados nos estudos é grande.
 Diante desse cenário, vejo com os olhos da psicologia escolar principalmente a importância de desenvolverem ações específicas com foco nos alunos professores pais por que não, todo o corpo docente e não só os alunos de maior risco de invasão. Afinal de conta todos fomos afetados, todos não esperando por essa avalanche. 
O presente relatório foi organizado com a finalidade de apresentar e analisar os dados colhidos e as necessidades especificidades da escola I.H.F. com objetivo de realizar o estágio curricular obrigatório em psicologia escolar; tendo como base prática e teórica conhecimentos específicos acerca de Psicologia institucional, psicologia escolar, dinâmica de grupo dentre outros necessários para realização do presente relatório na escola I.H.F. 
O estágio proporcionou uma maior reflexão do papel do psicólogo escolar, que tem como função principal a promoção da Saúde biopsicossocial dos que fazem a escola, é para isto este profissional poderá trabalhar com os inúmeros grupos existentes na escola – grupos de alunos, de professores, equipe técnica, dentre outros. Em termos de perspectivas de atuação são as mais variadas também, já que se trata de um ambiente dinâmico, dando ao profissional a oportunidade de utilizar sua criatividade, fazendo jus ao casamento da Psicologia e da Educação. 
 
 
HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO 
 
O Instituto Hilda Ferreira nasceu do desejo de um casal em atuar na sociedade na área educacional, na época a fundadora a Sra. Cristina Meireles da Costa, recém formada em Letras em concordância com o seu marido o senhor Maurilio Sergio Ferreira da Costa também fundador, decidiram comprar uma casa no conjunto residencial Cidade Nova, bairro de origem popular, onde incialmente iriam morar mas que posteriormente se transformou no que é hoje conhecido o colégio Hilda Ferreira e foi assim que no dia 17 de fevereiro de 1992, em uma cerimônia religiosa foi inaugurado o Centro Educacional SERELEPE com 3 salas destinadas a Educação Infantil em um espaço de 10 por 25 metros quadrados. SERELEPE, mais conhecido como esquilo e que também significa criança esperta, viva. Em 1993, posteriormente, passou a chamar-se Instituto Hilda Ferreira a fim de homenagear ainda em vida a D. Hilda Ferreira, que é a mãe do Sr. Maurílio Sérgio Ferreira da Costa, sócio proprietário. 
Conforme foi aumentando a demanda por vaga, a rede física do Instituto Hilda Ferreira foi se alterando e a escola foi ampliando a sua estrutura interna e modificando a sua fachada externa, passando por contínuas reformas, ampliações e melhorias ao longo dos 26 anos de existência da escola. 
Além do lema muito divulgado entre a comunidade escolar: “Muito mais que uma escola, uma grande família”, o símbolo do Instituto Hilda Ferreira vem representando o brasão da Família Costa e fala muito daquilo em que acreditamos que é na sabedoria de Deus, no ensino de qualidade e em famílias fortes e equilibradas. 
Enfim, o Instituto Hilda Ferreira é um estabelecimento dedicado à Educação Básica baseada em princípios cristãos que visa proporcionar ao educando, através da vivência comunitária, no ambiente de ensino e aprendizagem, formação integral à luz da Fé Cristã e dos valores do Evangelho e agradecemos a Deus, aos pais, quadro docente e discente, amigos e colaboradores que de uma maneira direta e/ou indireta ao longo desses vários anos ajudaram a construir esta obra educacional e social que continua contribuindo de forma significativa com a sociedade manauara cujos alunos formados inseridos na sociedade com certeza estão contribuindo na transformação da realidade social em prol de um futuro melhor para todos. 
Objetivos Geral: 
Possibilitar ao acadêmico o desenvolvimento da visão crítico-reflexiva do contexto em que está inserido, a partir do intercâmbio entre sujeito e sociedade. 
Específicos: 
· Oferecer aos alunos de Psicologia a oportunidade de desenvolver as atividades de aprendizagem prática em ambiente físico e instrumental adequado ao uso de métodos e técnicas psicológicas; 
· Possibilitar o acesso da comunidade a serviços técnicos especializados na área de Psicologia; 
· Favorecer a criação de um campo de pesquisas técnicas especializadas na área de Psicologia Aplicada. 
 
Funcionamento 
Todo grupo é regido por normas elaboradas e exercitadas em benefício do próprio grupo. A escola é um grupo e nela cada aluno deve possuir pleno conhecimento de seus direitos e deveres para que todos possam estabelecer uma convivência saudável, inspirada na cooperação e ajuda mútua. A efetivação das normas de funcionamento da escola busca, essencialmente, desenvolver no educando, em colaboração com a família, todos os valores inerentes à formação da personalidade, capacitando-o para a compreensão do mundo moderno no consciente exercício da cidadania. 
 
Instalações 
O Instituto Hilda Ferreira possui 22 salas de aulas, Biblioteca, Laboratório de Informática, Laboratório de Ciências, Sala de Balé, Enfermaria, Salas para Orientação e Supervisão, Secretaria, Recepção e 3 quadras cobertas, estacionamento para 60 carros, ocupando um espaço com mais de 5.000m2. 
 
Atividades Desenvolvidas nas dependências da instituição 
Atendimento Psicológico Escolar – A Psicóloga do Hilda Ferreira, Joicy Ventilari, atua conjuntamente com a Supervisão Pedagógica na ajuda e encaminhamento, quando necessário, de alunos cujo processo de ensino/aprendizagem não esteja satisfatório, quer seja por dificuldade de aprendizagem (aspecto cognitivo) quer seja por problemas comportamentais (aspectos emocionais). A psicóloga também realizará o acompanhamento dos alunos com laudos, atuará ainda na implementação do Programa Soco emocional. 
Aulas de Educação Física/Judô/Balé – o objetivo é proporcionar aos alunos um ensino desportivo diferenciado onde os estudantes podem se identificar e se envolver. 
Atividades docentes extras – o colégio eventualmente se utiliza de recursos de aprendizagem que implicam visitas a lugares históricos, museus e instituições filantrópicas, às vezes mediante a contratação de serviços externos especializados, massempre com a presença de representantes do Colégio. 
Serviço de Capelania Escolar – serviço de apoio espiritual centrado nos princípios da Bíblia, comprometida com a formação integral do ser humano, no resgate dos valores construtivos, transmitindo palavras de orientação e encorajamento às pessoas em momentos especiais ou de crise. 
Culto escolar – Às sextas-feiras das 08h às 09h, na sala do Diretor, a Capelania realiza o nosso culto de agradecimento a Deus. Os pais e funcionários são convidados a participar desse agradecimento. 
Programa bilíngue – O Programa Bilíngue no Hilda Ferreira é um programa completo em inglês que auxilia o aluno no caminho para a transformação bilíngue, com certificação internacional, com turmas iniciais do Infantil III ao 1º ano do Ens. Fund. I. No decorrer do ano, os pais são ensinados a utilizar a Plataforma Richmond e a realizar os exercícios on-line. 
 
EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AO LOCAL DE ESTÁGIO 
Na primeira visita ao Instituto Hilda Ferreira fui bem recebido pelo corpo colaborador da instituição onde conheci toda a infraestrutura da escola, bem como a turma onde será desenvolvido o estágio, que é a turma do 3º Ano do Ensino Médio. Foi observado que o local de estágio é amplo, bem organizado, com salas de aulas bem equipadas com uso de tecnologia. Os colaboradores têm um bom relacionamento profissional. O corpo docente é bem preparado. 
Espero neste período de estágio aprimorar as habilidades profissionais aprendidas e aplicar na prática as teorias e conhecimentos adquiridos. É uma oportunidade ímpar para articular teoria e prática, ganhar experiências e trocar conhecimentos com os estudantes e com outras pessoas da instituição, que é de extrema importância para o acadêmico. Espero obter êxito nos primeiros passos enquanto estagiário tendo o contato com a prática para que assim possa estar colaborando futuramente como psicólogo em prol da sociedade. 
 
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES EM SALA DE AULA
	Data 
	Atividades 
	ATIVIDADE DE SALA 
22/02/2020 
	Neste dia a professor apresentou a metodologia da disciplina estágio básico 2, sendo todo o trajeto que será realizado até o final do 5º período, tirando algumas dúvidas de alguns colegas. O mesmo falou também sobre os critérios de avalição e enfatizou que a disciplina é de 80 hs, 60hrs no local onde vai fazer o estágio e 20 hs será em sala de aula. 
	ATIVIDADE NA SALA 
27/02/2020 
	Foi dada a continuidade sobre alguns acadêmicos que já estavam estagiando e quais atividades já tinham realizado. O professor explicou novamente sobre o plano de aula devido alguns colegas não terem vindo na aula passada. 
	ATIVIDADE NA SALA 
05/03/2020 
	Em sala de aula o professor perguntou para os que não estavam se já tinham começado. Um dos alunos respondeu que já estava, os demais ainda estavam correndo atrás. O professor fez uma contagem de quantos deles estavam estagiando, discutimos sobre o relatório e tiramos dúvidas. 
	ATIVIDADE NA SALA 
12/03/2020 
	O professor pediu para a turma fazer um círculo e começou perguntando quem ainda não estava estagiando e quem já estava, perguntou local dia é qual já tinha sido suas experiências. A aluna T.S. descreveu seu local de estágio sendo a UPA (Unidade pelo Autista), as terças pelo período da tarde, atuando com aula de musicalização para interagir com as crianças e também fez entrevistas. A aluna F. faz seu estágio no SEPA (Serviço de Psicologia Aplicada), na quarta-feira à tarde. Ela faz observação mais não relatou nada. M.C estagia no IDA NELSON, durante às terças e quintas feiras, mas não relatou atividades, pois só ainda havia feito o primeiro contato. Outra aluna, R.F. também vai estagiar no Instituto Hilda Ferreira, mas sem relato, pois alguns colegas tinham começado pouco tempo, e só tinha feito os trâmites de documentos. A aluna 
S.A. também faz estágio no IDA NELSON, acompanha os alunos do 3º ano do Ensino Médio. Na turma em que trabalha tem 5 alunos de inclusão, 2 autista, 1 bipolar, 1 imperativo, e 1 de transtorno de ansiedade. Disse ter tido necessidade de consultar o DSM-V, precisando se aprofundar mais para trabalhar com estas necessidades específicas. E.S. também estagia no IDA NELSON, às quartas-feiras. Começou trabalhando no infantil, depois 3º ano, indo para 2º ano e 1º do fundamental. Faz acompanhamento em sala com a professora no processo de inclusão com graus de autismo. A acadêmica E.V. também estagia no IDA NELSON, às quartas-feiras, com crianças no Jardins de Infância que possuem determinados graus de autismo. 
	
	Stepherson também estagia no IDA NELSON, às segundas e terças-feiras. Passou pelo 5º ano só tinha um aluno de inclusão. Terminou nessa turma e foi para o 4º ano, onde havia dois alunos de inclusão. 
Dia 16 de março tivemos uma paralisação mundial devido à pandemia do novo corona vírus, e nessa mesma data, eu começaria meu estágio no INSTITUTO HILDA FERREIRA, às sextas-feiras pela manhã, em uma turma do 3º ano Ensino Médio, sendo que há possibilidade de trabalhar mais um dia da semana. Conheci a Diretora que me apresentou a psicóloga que iria me supervisionar, conheci toda a escola e sua estrutura sua metodologia de trabalho, e por assim dizer uma bela escola com um corpo de docente excelente é organização muito bem organizada. Por precauções a pedido da OMS (Organização Mundial de Saúde) tivemos a suspenção em todas as atividades tendo que continuar nossas aulas online. A Faculdade Nilton Lins da qual faço parte fez o que pôde para não sermos prejudicados, haja vista não podermos estar aglomerados. 
 
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES NO INSTITUTO HILDA FERREIRA
27 de julho de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
No primeiro dia de estágio no Instituto Hilda Ferreira no qual houve o retorno das aulas presenciais, observei que os alunos da série 9º ano, 1º,2º e 3º ano do ensino médio durante as aulas os professores faziam gravações para aqueles alunos que estavam em suas casas. Por estarem no grupo de risco chama-se também de aula remota, portanto a escola disponibilizou materiais e conteúdo que foram acompanhados por vídeo conferência em tempo real nesse período não foram feitas nenhuma ocorrência de alunos.
Às 7:00 horas da manhã os alunos entravam na escola seguindo todas as orientações que os protocolos pediam da nossa orientadora pedagógica pelo corpo diretor e membros da comissão de estratégia da escola e do Instituto Hilda Ferreira.
Em virtude dos protocolos que a escola seguia tivemos que fazer as nossas observações nos corredores onde se encontrava as salas de aula, buscando sempre aprimorar a realidade que os alunos viviam naquele momento também notamos que as suas movimentações nas idas e vindas ao banheiro e entre os 45 minutos entre uma aula e outra, eles tiveram um tempo também para fazer o seu lanche na cantina da escola. Neste momento portanto não aconteceu nenhuma ocorrência seguindo tudo dentro da sua normalidade.
28 de julho de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
 
Este segundo dia terça – feira fui orientado pela minha supervisora os procedimentos necessários que deveriam ser seguidos. Neste dia vieram as aulas os alunos do 6°, 7° e 8° ano do ensino fundamental, sendo que de segunda a sexta-feira as séries das turmas 9° ano 1° 2° e 3° ano, ficaram permanente não usando o método escalonado; pois as turmas das séries 6° 7° e 8° do ensino fundamental 2, estão no método escalonada. Como também as turmas do 5° 4° 3° 2° 1° ano pedi a escala das turmas que estavam nos métodos escalonados para melhor trabalhar em minhas observações. Sempre que iniciamos nossa rotina era sempre na entrada da escola, isso para que os alunos viessem se habituar com os novos procedimentos de pregações contra o covid-19.
O estágio deu-me possibilidades de analisar na prática, o aprendizado teórico que já tenho de alguns períodos até aqui. Após todos entrarem em sala de aula nesse primeiro momento, a escola estava usando somente as salas do segundo andar, nesse mesmo andar observava-se fora das salas. Às 9:30 um aluno do2º ano se queixa de muita dor de cabeça e logo é atendido pela enfermeira, é liberado para ir para casa. Segunda enfermeira o aluno disse já ter acordado com dor de cabeça. Logo em seguida outro aluno se queixa de dor nos olhos novamente a enfermeira foi solicitada.
Vale aqui ressaltar a confiança que a supervisora me delegou deixando bem à vontade, logo constatei a importância de estar preparado, esse feedback nos permitiu testar na prática nossos conhecimentos, refletindo sobre como e em que devemos melhorar nossa atuação como futuro profissional. As observações foram de importância ímpar, pois me proporcionou chances de refletir sobre a realidade e necessidade do psicólogo no sistema educacional. Ainda no segundo dia de aula nossa supervisora pediu para que realizasse escuta de quatro alunos do 1° ano do ensino médio, saber como foi nesses períodos de distanciamento das aulas presenciais.
 O aluno relatou no começo estava indo muito bem, acontece que foram surgindo os problemas familiares e isso o atrapalhou bastante, a entrar nas aulas on-line, depois de ter escutado, perguntei o que ele tinha feito, ou se pensava fazer algo para solucionar o problema em sua família. O aluno respondeu está do lado da mãe e que ainda não tinha feito nada, mas estava disposto deixar ser ajudado, percebeu-se no aluno não saber o que fazer, precisando de mais escuta e de uma intervenção, finalizamos eu me colocando ali para ajudar pois esse era o maior objetivo está na escola, percebe-se um alívio no aluno um olhar muito melhor do quando começou nossa conversar. Antes da nossa saída eu e meu colega de estágio sempre nos reunia com a nossa supervisora para um feedback, discutíamos sobre todos ocorridos, e sempre saímos com uma orientação.
Assim, para orientar o leitor sobre a interpretação da nossa experiência no estágio supervisionado, trouxemos, primeiramente, o desafio do olhar acolhedor, momento de vivermos você ser/estar no contexto escolar.
29 de julho de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
Neste terceiro dia de estágio quarta-feira, fomos convidados pela professora de educação física a assistir sua aula teórica, pois é até o momento não poderia ter aulas práticas. Ela nos apresentou e logo falou do seu novo método de aula, uma aluna ao ver o nome psicologia no jaleco, deu um brado de alegria disse sonhar ser psicóloga. A professora logo convidou um aluno ir a frente para um breve alongamento todos participam, inclusive nós, depois de explicar seu plano de aula tratou de um assunto que cobraria na prova “modalidade das olimpíadas”. A turma, como foi possível observar, é heterogênea, conforme é de se esperar no ambiente escolar. 
Diante dos diálogos foram, ainda, levantadas questões relacionadas ao futuro profissional dos alunos. Embora as respostas têm sido largamente variadas, o que mais me chamou atenção foi uma aluna que não queria ter nenhuma profissão, a professora ficou admirada com a resposta. Segundo a professora essa aluna não gosta de interagir com seus colegas em nada, sempre calada e no seu cantinho. Com respeito à escola e seu método educacional, o que se notou é que ainda existe um conhecimento bastante superficial da psicologia escolar, e isso vale para todas as escolas, que precisa saber do valor de um psicólogo escolar. De acordo com Cassins (2007), a psicologia escolar tem como referência o conhecimento científico sobre o desenvolvimento emocional, cognitivo e social, utilizando-os para compreender os processos e estilos de aprendizagem. Sua participação na equipe multidisciplinar é fundamental para respalda - lá com conhecimento e experiências científicas atualizadas na tomada de decisões de base, como a distribuição apropriada de conteúdo programático (de acordo com as fases de desenvolvimento humano), seleção de estratégias de manejo de turma.
 O professor auxilia no trabalho com a heterogeneidade presente na sala de aula, desenvolvimento de habilidades sócias é outras questões relevantes no dia a dia da sala de aula, nas quais os fatores psicológicos tenham papel preponderante.
É possível afirmar que de fato se constitui uma corrente crítica da psicologia escolar, considerando – a como área de estudos da Psicologia, de atuação e de formação do psicólogo que busca compreender o fenômeno educacional como produto das relações que se estabelecem no interior da escola. Escola essa atravessada pelas políticas educacionais, pela história local e sua constituição enquanto instituição e enquanto referência educacional e de aquisição de conhecimento pelos sujeitos que a constituem é nelas se constituem.
30 de julho de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
Neste dia conheci na ocasião de uma conversa, em uma das salas de supervisão, um caso de uma mãe, funcionária da escola com uma triste infelicidade, de assédio com um dos filhos logo isso foi de grande relevância dá a essa mãe um devido acolhimento, pois esse seria o procedimento correto. Inclusive, a mãe foi desabafando sobre suas angústias em relação ao filho, o fato ocorrido já fazia alguns anos, mas que ainda ocorria. E que nunca tinha procurado um profissional competente para o ajudar, não se sabe porquê, não quis interromper pois percebi que ela queria falar, desabafar compartilhar e depois de tudo isso pediu ajuda.
Bom, a mãe disse ter quatro filhos com pais diferentes, e ser separado de todos, um dos filhos quando tinha quatro anos a mãe percebeu algo estranho com seu filho que constatou está passando por algum tipo de assédio pelo próprio tio de 8 anos seu ex-cunhado irmão do pai da vítima. O tempo se passou hoje segundo a mãe o filho está com 8 anos e o que o abusava com 11 anos, devido à separação e ser muita das vezes necessário, quando o filho ia para casa do pai isso possibilitava o acesso do seu ex-cunhado ao seu filho, pois isso ainda se repete até hoje.
E a interessante segunda mãe que o pai não estava nem aí, a mãe com muito insistir o filho contou como acontecia, que logo contou para o pai da vítima. O pai dizia que isso era coisa de criança e ainda batia no filho, a mãe disse que o filho não podia nem mais contar com o pai, pois toda vez que ele contava o pai batia nele. A escuta foi interrompida devido chegaram algum funcionário no local, combinemos da continuidade agora com o psicólogo.
Cumpre salientar que não se teve uma elaboração do assunto mais profundos, em razão do tempo escasso e da chegada das suas colegas para uma compreensão mais nítida da psicodinâmica da mãe, porém, as queixas aparentes devem ser levadas em consideração visando mitigar a dor presente nessa mãe, pois estávamos na sala da supervisão e como foi dito essa escuta surgiu de uma ocasião. Salienta-se que, apesar de uma intervenção superficial, essa primeira ação serve para o entendimento do terapeuta um planejamento de futuras abordagens (Cerioni; Herzberg, 2016). Logo após o término do diálogo com a mãe, e na mesma sala, houve um ocorrido de um aluno no 2° ano do ensino médio o professor pediu para o aluno se retirar da sala de aula pois o qual estava com brincadeira na aula, a supervisão tratou do ocorrido e logo tudo foi resolvido organizei os dados colhidos e antes de sair do local do estágio procurei minha supervisora para um feedback.
31 de julho de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
Por fim, chegou sexta-feira diante das reviravoltas que estão se colocando e da necessidade de isolamento social, nessa perspectiva, verifica – se a importância do papel da psicologia escolar, como dos pais que são agentes de organização, estímulo e orientação dos filhos.
Vivemos um momento difícil, diante desta condição humana, fomos atingidos na nossa importância que denuncia o quanto somos frágeis. O momento pode ser oportuno para refletirmos sobre o ato de educar e seus desdobramentos em tempos de isolamento social.
Uma tarefa que não é fácil, no entanto, parece que o momento atual faz um convite para que os pais reaprendam com seus filhos, aproximando – se deles e fortalecendo esse vínculo que é primordialpara o desenvolvimento emocional e a construção de conhecimento. 
A partir das observações feitas até aqui do retorno às aulas presenciais de segunda a sexta-feira que presenciei sem nenhuma falta no estágio. A partir deste olhar, é possível que Pais e Filhos encontrem uma maneira única e especial de aprender uns com os outros e também com a escola. Por fim, trata-se de um novo momento que não veio com uma cartilha, assim precisa ser criado e construído a partir do trabalho conjunto entre os alunos, os pais e a escola. A verdadeira escola aprendente não ensina apenas para os alunos, mas também para seus funcionários, pais, professores, e é nessa condição que consegui em tempos de pandemia, todos estamos em condições de aprendiz.
03 de agosto de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
Neste dia vieram as turmas das séries 1° e 2° ano “A" ao chegarem, nesse momento foram todos conduzidos aos procedimentos do uso das máscaras, uso do álcool em gel, uso do medidor de temperatura em todos, portanto foi acordado com esses costumes que iremos realizar antes de entrar nas suas salas. Importante ressaltar que no momento em que estávamos realizando os procedimentos iniciais com os alunos, a supervisora do ensino médio passou chorando, não estava se sentindo bem tendo que deixar a escola e direto para o pronto socorro, não retornando mais. Após irem todos para suas salas, subir para o segundo piso, fiquei com algumas colegas funcionários da escola ajudando nos monitoramentos, afinal a supervisora tinha ido para o pronto socorro, neste dia tivemos a presença de um estagiário da tarde, minha supervisora pediu para que o colega ficasse ligando para alguns pais.
 Neste mesmo dia antes da minha saída estando eu na sala da supervisão, uma aluna do 9° ano me procurou e disse que estava precisando desabafar, logo eu acolhi e me direcionei a quadra do colégio para lhe ouvir. Começou dizendo em voz muito baixa há cerca de um tio que o amava muito que na noite de domingo para segunda às 2 horas da madrugada acontece um acidente 
de trânsito, onde disse que o tal não foi o culpado só que acabou tendo quatro vítimas isso estava lhe trazendo angústia pois tinham tido como pai, pois disse que o tio estava todo machucado tinham batido muito nele, disse também aluna que o tio tinha ido para cadeia, mas também disse que ele estava de tornozeleira, após ela ter falado tudo o que queria fiz algumas pergunta a ela e tudo que ela tinha dito já não era como ela tinha dito depois das perguntas houve muitas contradições em seus relatos e mesmo assim não interrompi, seu momento de fala, fiz algumas perguntas só para confirmar o que eu já tinha percebido quando narrava o ocorrido. Assim encerrou nossa conversa importante ressaltar que não pontuei ou tirei nenhuma conclusão, pois foi só um contato que eu tive com essa aluna, me refiro aqui a qualquer comportamento, levei toda escuta minha supervisora.
04 de agosto de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
Neste dia houve um diálogo com o capelão da escola que foi de grande aprendizagem e trocar de conhecimento. Ambas, psicologia e teologia, se ocupam com a pessoa humana, mais precisamente com a sua “alma" (em grego “psyché", em latim “anima”). Com métodos distintos a terminologia própria e instrumental específica pretendem a cura do ser humano, o resgate de alguma forma de enfermidade. O que se pretende, é o bem da alma. As reflexões que tive é o privilégio desse momento, de conhecer a importância da teologia na escola, era assunto que não se esgotavam, além de perguntas cítricas de parte a parte que prometem aprofundar nossos saberes. Espero que o intercâmbio continue em outras oportunidades. 
O capelão disse ter uma grande admiração pela psicologia e ainda pretendia fazer sua especialização em psicologia. A supervisora do ensino médio nos procurou, eu e um colega de estágio para que se quiséssemos fazer um trabalho com três turmas que estava disponível para nós e que podia ficar à vontade, atividade era para o dia seguinte, isso acontecia sempre quando alguns professores faltavam. Eu particularmente pensei trabalhar - mós uma dinâmica em grupo, mas ainda precisávamos conversar com um colega de estágio. A escola estava com uma semana aproximadamente que tinha voltado às aulas presenciais, e por que pensei nessa dinâmica? via um momento oportuno para resgatar um momento da fala que todo ser humano precisa ter o seu momento para falar, colocar suas ideias, expressar suas opiniões e sentimentos principalmente nesse período de isolamento social, pensei de da prioridade para o ouvir em pequenos grupos. Dentro da escola, geralmente, esse espaço ou é limitado, ou quase não existe.
05 de agosto de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
Neste dia aplicamos uma dinâmica em grupos, com as turmas das séries 6° 7° 8° anos, conforme acordado no dia anterior pela supervisora. Falamos um pouco da psicologia na escola, fizemos algumas perguntas sobre se conheciam para que servia a psicologia. Antes de falar como nos saímos, falarei um pouco do contexto do aluno na escola. 
Todo aluno, ao entrar na escola, sabemos que ele traz consigo uma bagagem de valores, aptidões, angústias, identificações e, principalmente, um mundo interior, configurado a partir de uma combinação de fatores que procedem de duas fontes fundamentais: a biologia - heredo – constitucional, e a ambiental, na qual desponha como fator principal a influência dos pais, além de irmãos, amigos, colegas, professores e a cultura em geral. Fica mais claro reconhecer a nítida tendência que o aluno tem do “projetar” parte do seu mundo interno nos professores e colegas deste modo “identificando” a estes, com as mesmas características dos personagens que habitam o interior do seu psiquismo. Daí podem resultar atitudes aparente compreensíveis que são apresentadas por parte de certos alunos, ou de um grupo deles. Nosso objetivo enfatizar a importância que a dinâmica de grupos representa nos processos de ensino-aprendizagem, em qualquer instituição de ensino, principalmente na escola. 
Existem diversos momentos propício para realizar uma dinâmica de grupo, e penso eu, que nesse momento que estamos vivenciando a pandemia covid-19, É com certeza obrigatório aplicar esse método. Relatarei um pouco dos resultados do trabalho nas turmas, em uma turma de 10 alunos um só desci está feliz, todos os outros com seus emocionais comprometidos dentro de um setor da educação, como pode isso? Aluno com problema familiar, com medo de ser reprovado, alunos tristes pois não podiam contar com os pais para conversar, alunos rejeitados por outros colegas, alunos achando ser muito cobrado/pressão, e alunos dizendo não está entendendo muita a aula. Quantos e quantos mais, não estão com seu mundo subjetivos comprometido e silenciado, que já não buscam ajuda, nosso maior objetivo e desafio foi proporcionar ao aluno um momento de escuta, deixando para todos um feedback da psicologia escolar na educação que por sua vez tem o intuito de promover intervenções preventivas e contextualizadas, buscando o bem-estar biopsicossocial da comunidade escolar. Ter uma escuta especializada nesse espaço torna-se primordial para o desenvolvimento das inter-relações, e esse foi o nosso maior objetivo, daremos alguns exemplos como trabalhamos e como isso funciona.
06 de agosto de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
Neste penúltimo dia só compareci para comunicar minha supervisora que não estava me sentindo bem, e que um tio meu havia falecido pela manhã, logo ela se mostrou comovida com o falecimento do meu tio me dizendo que eu podia cuidar da minha saúde também, pois estava me sentindo muito mal. Meus colegas aproveitaram é compartilharam que estavam querendo fazer um café da manhã em despedida do local de estágio, pois no dia seguinte estaríamos encerrando, é assim foi acordado cada um trazer algo. Em seguida fui para minha casa. 
07 de agosto de 2020 Organização de dados – das 06:50hs às 12:00hs. 
EnfimChegamos no último dia de estágio, meu e de um colega, iniciamos com um café da manhã em gratidão pela nossa supervisora, diretora e seu esposo que também faz parte da diretoria da escola. Tiramos algumas fotos agradecemos pela estadia, elogiamos e fomos muito elogiados por eles, ficaram muito agradecido e até deixou a porta na escola aberta para se quisesse voltar.
Acreditamos que fizemos um ótimo trabalho alguns pais até procurou a diretoria da escola para confirmar, pois alguns alunos comentou em casa sobre nós, e alguns pais vieram agradecer a escola.
 Quero em particular agradecer a psicóloga Joyce que me ensinou bastante, e dizer que sempre vou levar seu grande exemplo. E o legal foi quando a diretora na sua humildade perguntou o que nós tínhamos achado, das observações e o que o colégio poderia melhorar, eu e um colega, demos algumas sugestões dentro da própria psicologia escolar. Em seguida a supervisora do ensino médio, fez um convite, convidou – nos para visitar as turmas do sexto ano, na qual já tínhamos feito um trabalho com essa turma, fomos com maior prazer, o motivo da visita foi porque o professor de matemática não tinha vindo ministrar sua aula, pois tinha ido ao médico. Quando entramos na sala as crianças bradaram de alegria, reforçamos o que tínhamos já conversado com elas e em seguida meu colega passou uma dinâmica, que tem como objetivo tratar sobre a personalidade de cada um.
Encerramos as 60 horas de Estágio e após tudo o que foi exposto até aqui, cabe - me agora deixar minhas últimas impressões acerca do estágio em psicologia escolar. Primeiramente, relatar a enorme bagagem de conhecimento que nos foi ofertado tanto na parte teórica, na supervisão e orientação específicas como também a incrível inesquecível vivência dentro de uma instituição de ensino. Foi um momento de trocas tanto nos deixamos algo novo na escola, como dela recebemos inúmeras experiências.
REVISÃO DE LITERATURA 
 
PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL: HISTÓRIA, COMPROMISSOS E PERSPECTIVAS 
 
Pela Psicologia, o campo da educação vem sendo olhado e escutado, respeitando-se a história que lhe é própria, bem como suas principais características: A responsabilidade de ensino das matérias de conhecimento
(Línguas, matemáticas, ciências, entre outras), a tarefa da transmissão, o cultivo das experiências humanas, valores, princípios, e consequentemente, também responsável pelo processo e desenvolvimento de nossa sociedade (CASSINS, 2007). 
O psicólogo escolar desenvolve, apoia e promove a utilização de instrumento adequado para o melhor aproveitamento acadêmico do aluno a fim de que este se torne um cidadão que contribuía produtivamente para a sociedade. Ele entende a educação como pratica social humanizada a, intencional, cuja finalidade é transmitir a cultura construída historicamente pela humanidade. O homem não nasce humanizado, mas torna-se humano por seu pertencimento ao mundo histórico-social e pela incorporação desse mundo em si mesmo processo este para o qual concorre a educação. 
De acordo com Cassins (2007), a psicologia escolar tem como referência o conhecimento científico sobre o desenvolvimento emocional, cognitivo e social, utilizando-os para compreender os processos e estilos de aprendizagem. Sua participação na equipe multidisciplinar é fundamental para respaldá-la com conhecimento e experiências científicas atualizadas na tomada de decisões de base, como a distribuição apropriada de conteúdos programáticos (de acordo com as fases de desenvolvimento humano), seleção de estratégias de manejo de turma. O professor auxilia no trabalho com a heterogeneidade presente na sala de aula, desenvolvimento de habilidades sociais e outras questões relevantes no dia a dia da sala de aula, nas quais os fatores psicológicos tenham papel preponderante. 
Destacamos que a formação e o exercício profissional de psicologia escolar e também a interface entre a Psicologia e a educação vem sendo objeto de trabalho em diferentes grupos de pesquisas, inclusive na Associação Nacional de Pesquisas e Pós-graduação em Psicologia (ANPEPP), se consolidando como grupo de trabalho em Psicologia Escolar e Educacional, priorizando os estudos nas questões teóricas práticas ligadas a formação inicial, formação continuada, a identidade e ao exercício profissional do psicólogo escolar (CASSINS 2007). 
O conselho federal de Psicologia, acompanhando a orientação da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRS-PEE), configura o Psicólogo Escolar e Educacional, conforme abaixo: 
 
Atua no âmbito da educação formal realizando pesquisas, diagnosticas e intervenção preventiva ou corretiva em grupo é individualmente. Envolve, em sua análise e intervenção, todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino-aprendizagem. Nessa tarefa considera as características do corpo docente do currículo, das normas da instituição, do material didático, corpo discente e demais elementos dos sistemas. Em conjunto com a equipe, colabora com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticos educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais (CFP, p. 18). 
 
Com respeito a Psicologia Escolar e Educacional, o que notamos é que embora os profissionais de psicologia tenham mais clareza do que outros colaboradores, no que se refere a contraindicação da utilização do modelo clínico dentro da escola, junto aos educadores ainda existe um conhecimento bastante superficial sobre as possibilidades de intervenção e do papel deste profissional, como apresentado por educadores entrevistados em nosso estudo. 
Segundo Viana (2006), psicologia educacional é aquela onde o psicólogo está na escola para atender as demandas do aluno ou da comunidade escolar, não para realizar atendimento clínico, mas articular aquelas demandas trazidas dentro do contexto escolar. Se o homem é o produto de sua história, considerando história sua realidade concreta, realísticas e verdadeiras, ele é também fruto de suas experiências, suas construções, seus anseios, sonhos, desejos e ilusões. Considerasse ainda que a aprendizagem se constitua um valor na educação tanto escolar como familiar, está se torna um qualificante da criança; e que como tal contribui na estruturação de seu funcionamento. Refletir sobre qual a ação do profissional de psicologia nas escolas, capaz de contribuir para que a crianças e adolescentes se desenvolvam com autonomia e com uma visão crítica da realidade, é uma preocupação que se apresenta. Freire elucida este aspecto com propriedade: 
 
Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Esta é diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado. A diferença entre o inacabado que não se sabe como tal e o inacabado que histórica e socialmente alcançou a possibilidade de saber-se inacabado (FREIRE 1996). 
 
Sendo a Psicologia uma profissão da área das ciências humanas, com aplicação em diversos campos, entre eles no campo da educação, e que nas últimas décadas vem construindo a suas referências de atuação com um maior comprometimento com os problemas sociais brasileiros, partimos do princípio que a atuação em Psicologia Educacional, seja ela em escolas, em comunidade, em educação especial, em psicopedagogia, em empresas ou em outras organizações, se situa como litando o desenvolvimento saudável das crianças, adolescentes, jovens e adultos, considerando os vários aspectos que integram a vida humana: a intelectualidade, a motricidade, a afetividade, a sociabilidade, etc. 
COMPETÊNCIAS DO PSICOLOGO ESCOLAR 
 
A atuação do psicólogo escolar já é prevista desde a regulamentação da profissão, em 1962. Contudo só foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal (CFP) de Psicologia, em 2007 (SANTOS et al. 2017). Nessa trajetória, muito mudou do que se esperava da atuação do psicólogo escolar e na forma como essaatuação se configurava no contexto educacional (ANDRADA 2005; MARTINS 2007). Em um primeiro momento, a atuação do psicólogo escolar, como profissional responsável pela avaliação de alunos, identificados daqueles que estavam aptos a aprendizagem e ao ajustamento daqueles que destoavam das normas, foi instituída pelos próprios psicólogos escolares e educadores (GUZZO et al. 2010). 
A indefinição na atuação do psicólogo escolar se deve a múltiplos fatores, dos quais podemos destacar: as expectativas da comunidade escolar sobre o papel do psicólogo (MARTINS 2007), a formação recebida por estes profissionais em cursos de graduação (CRUCES 2006) e a ausências de competências profissionais descritas de forma clara, a partir de comportamento observáveis (SANTOS et al. 2009). Um conceito que pode ser considerado muito válido para a constituição do perfil profissional do psicólogo escolar é o de competência, que tem sido trabalhado no âmbito da gestão de organizações como a combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes expressas pelo desempenho profissional (BRANDÃO et al., 2008). A descrição de competência dessa forma contribui para descrições claras, que diminuem a possibilidade de interpretações equivocadas ou díspares sobre a atuação profissional. Assim uma estratégia relevante para a definição da atuação do psicólogo escolar, trazendo implicações para a formação de futuros profissional e a avaliação de desempenho em instituições educacionais. 
 
A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA NO 
CONTEXTO ESCOLAR 
 
A Psicologia Escolar é um campo de atuação do psicólogo (e eventualmente de produção científicas) caracterizado pela utilização da psicologia no contexto escolar, com o objetivo de contribuir para otimizar o processo de educativo, entendido este como complexo processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento da subjetividade. Portanto, a Psicologia Escolar é um campo de Atuação profissional que insere a Psicologia na escola e tem como principal objetivo o processo educacional (MARTINEZ 2003). 
Mais do que impedir ou prevenir problemas mentais ou comportamentais, o psicólogo deve se preocupar em criar espaços a fim de promover a saúde e o bem-estar de todos os que compõem uma instituição escolar, e a partir de suas estratégias de intervenção, proporcione a diminuição de problemas que interfiram nesse contexto (ULIP; BARBOSA 2012). Sendo assim, a prática do psicólogo no contexto educacional deve estar ligada a um processo de reflexão crítica da realidade, do dia a dia da escola e de seus integrantes, conhecendo o aluno por meio do diálogo com todos os diversos membros que a Formam (DIAS et al. 2004). 
CONCLUSÃO
O estágio me proporcionou não só experiência, mas também conhecimento, pois possibilitou a explorar um pouco mais sobre teorias do desenvolvimento da psicologia escolar, e também mediante aos dados colhidos durante as observações, sustentar teoricamente cada comportamento pelos os alunos.
 A autonomia cedida pela nossa supervisora impactou na riqueza da experiência e na qualidade do trabalho exercido, pois houve espaço para propor novas ideias e intervenções, as quais resultaram em um feedback unanimemente positivo. Desta forma, foi possível perceber a importância do olhar e da escuta que o psicólogo escolar proporciona à um ambiente que, geralmente, encontra-se permeado de vícios de pensamentos e de comportamento diversos. 
A partir dessa afirmação conclui-se, que vivenciar esse estágio permitiu um aprimoramento de tudo que foi aprendido até aqui, assim como a ampliação dos conhecimentos já obtidos.
REFERÊNCIAS 
 
ANDRADA, E. G. Novos paradigmas na prática do psicólogo escolar. Psicologia: 
Reflexão e Crítica, v. 18, n. 2, p. 196-199, 2005. 
BERGERET, J. A personalidade Normal e Patológica. Porto Alegre: Artmed, 1998. BERGERET, J. Psicopatologia: teoria e clínica. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
BRANDÃO, H. P. et al. Gestão de Desempenho por Competências: integrando a gestão por competências, o balanced score card e a avaliação 360 graus. Revista de Administração Pública, v. 42, n. 5, p. 875-898, 2008. 
CASSINS, A. M. et al. Manual de Psicologia escolar – educacional. Curitiba: Gráfica e Editora Unificada, 2007. 
CHENIAUX J. R. Manual de Psicopatologia. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 
CRUCES, A. V. V. Egressos de cursos de psicologia: Preferências, especializações, oportunidades de trabalho e atuação na área educacional. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. 2006. 
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
DIAS, A. C. G.; PATIAS, N. D.; ABAID, J. L. W. Psicologia Escolar e possibilidades na atuação do psicólogo: Algumas reflexões. Psicologia Escolar e Educacional, v. 18, n. 1, p. 105-111, 2014. 
FENICHEL, Otto. Teoria Psicanalítica das Neuroses. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. 
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. 
GUZZO, R. S. L. et al. Psicologia e Educação no Brasil: Uma Visão da História e 
Possibilidades nessa Relação. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 26 (Especial), p. 
131-141, 2010. 
MARTINEZ, A. M. O psicólogo na construção da proposta pedagógica da escola: áreas de atuação e desafios para sua formação: In: ALMEIDA, S. F. C (org) 
Psicologia Escolar: Ética e Competências na formação Profissional. Campinas: 
Alinea, 2003, p. 105-124. 
MARTINS, J. B. A atuação do psicólogo escolar: Multirreferencialidade, implicação e escuta clínica. Psicologia em Estudo, v.8, n. 2, p. 39-45, 2007. 
SANTOS, D. C. O. et al. Mapeamento de competências do psicólogo escolar. 
Psicologia Escolar e Educacional, v. 21, n. 2, p. 225-234, 2017. 
SANTOS, G. C. V. et al. “Habilidades” e “Competências” a Desenvolver na Capacitação de Psicólogos: Uma Contribuição da Análise do Comportamento para o Exame das Diretrizes Curriculares. Interação em Psicologia, v. 13, n. 1, p. 131-145, 2009. 
ULIP, L.; BARBOSA, R. B. A formação profissional e a ressignificação do papel do Psicólogo no cenário escolar: uma proposta de atuação de estagiários a psicólogos escolares. Psicol. Ciênc. Prof., v. 32, n. 1, p. 250-263, 2012. 
VIANA, M. N. Psicologia, educação e cidadania: Um estudo sobre o papel do psicólogo nas Raízes de Cidadania em Fortaleza. Dissertação de Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociedade na UECE, Fortaleza. 2006.

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