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Unidade II - Formação, Suspensão e Extinção do Processo

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
FACULDADE CESMAC DO SERTÃO
Prof. M.Sc. Ailton Júnior
ailtonsjunior@gmail.com
@Mr_AiltonJr
@ailton_junior_adv
1. Procedimento Comum
O art. 318, caput, do CPC estabelece que se aplica "a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei". Trata-se aqui de procedimento-modelo, pensado para as situações ordinárias da vida, que independem de atos ou ritos diferenciados para o exame e a satisfação do direito material trazido para o Poder Judiciário. Esse procedimento é caracterizado pela amplitude das garantias outorgadas às partes, das discussões permitidas no seu contexto, das provas que nele se podem produzir e dos meios disponibilizados para a impugnação das decisões proferidas no seu desenrolar. 
*
1. Procedimento Comum
No Código de Processo Civil, o procedimento comum é objeto do Título I (Do Procedimento Comum) do Livro I (Do Processo de Conhecimento e do Cumprimento de Sentença) da Parte Especial. 
Ele compreende desde a petição inicial (arts. 319 e ss do CPC) até a liquidação de sentença (arts. 509 e ss do CPC). 
Assim, existem cinco grandes fases no atualíssimo sistema processual civil brasileiro: (a) postulatória, (b) ordinatória, (c) instrutória, (d) decisória e (e) liquidatária
*
1. Procedimento Comum
É utilizado o procedimento comum por exclusão: se não for hipótese de algum procedimento especial (previsto no cpc ou lei extravagante)é procedimento comum. Portanto, é o procedimento residual.
De forma pratica, será procedimento comum nos casos:
* Em que o autor não possui um titulo executivo extrajudicial
* Não seja a hipótese de tutela de urgência
*
1. Procedimento Comum
É o procedimento regulado com mais detalhes pelo CPC, o mais completo, com maior numero de atos (inicial, contestação, replica,...) fases mais facilmente distinguíveis (postulatória, saneadora, instrutória, decisória, e cumprimento da sentença).
*
1. Procedimento Comum
Petição Inicial (art. 319)
A petição inicial age como um espécie de "receita culinária", um "passo a passo" a ser seguido. 
Caso a petição não trouxer alguns dos requisitos , o juiz determinara a emenda da inicial. 
Contudo, se o autor não proceder com a emenda, haverá o indeferimento da inicial, com a extinção do processo sem a resolução do mérito.(art. 485, I).
*
1. Procedimento Comum
Petição Inicial (art. 319)
E, se o vício da inicial for grave ,e sequer permitir a emenda, poderá desde logo o magistrado extinguir o processo (art 330).
Nessa situação fala-se em INDEFERIMENTO LIMINAR DA INICIAL. Hipótese em que o procedimento é extinto SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO .
*
1. Procedimento Comum
Causa de pedir
A causa de pedir é constituída dos fatos que deram origem a lide, juntamente com os fundamentos jurídicos que demostram a violação do direito, justificando a pretensão do autor perante o juiz.
Nesse tema é aplicado a Teoria da Substanciação, que divide a causa de pedir em duas, que são:
*
1. Procedimento Comum
Causa de pedir
* Causa de Pedir Remota ou Fática: Essa será a descrição do fato que deu origem a lide.
* Causa de Pedir Próxima ou Jurídica: É o próprio direito. Após a descrição fática e feita aplicação do direito, a retirada da norma do abstrato para o concreto, substanciando o pedido do autor.
*
1. Procedimento Comum
Causa de pedir
Nesse caso, teoricamente, é necessário somente a descrição das consequências jurídicas que a causa de pedir remota provocou, não sendo necessário os dispositivos legais que fundamentam o direito, tendo vista o princípio do iura novit cúria (O Juiz conhece o direito).
*
1. Procedimento Comum
Pedido
O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada ao Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
Doutrinariamente o pedido é divido em dois:
* Pedido Imediato: É o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional.
* Pedido Mediato: É o objeto da ação propriamente dito, o desejo do autor contra o réu, o desejo de submissão do réu a pretensão jurídico levada ao judiciário, ou seja, o desejo sobre o bem jurídico pretendido.
*
1. Procedimento Comum
Pedido
O pedido é o objeto da ação, consiste na pretensão do autor, que é levada ao Estado-Juiz e esse presta uma tutela jurisdicional sobre essa pretensão.
Doutrinariamente o pedido é divido em dois:
* Pedido Imediato: É o desejo do autor de ter uma tutela jurisdicional. Pretensão dirigida para o próprio Estado-Juiz, retirando-o da inércia e forçando uma providência jurisdicional.
* Pedido Mediato: É o objeto da ação propriamente dito, o desejo do autor contra o réu, o desejo de submissão do réu a pretensão jurídico levada ao judiciário, ou seja, o desejo sobre o bem jurídico pretendido.
*
1. Procedimento Comum
Pedido
Para que aja a alteração no pedido, após o ajuizamento da inicial deve ser observado o art. 329:
* Até a citação – sem qualquer restrição. Basta petição do autor.
* Após a citação - Desde que o réu concorde, no prazo mínimo de 15 dias
*
1. Procedimento Comum
Audiência de conciliação ou mediação (Art. 334, CPC)
Se houver acordo durante a audiência será reduzido a termo e homologado por sentença. Não realizado o acordo terá inicio o prazo para contestação.
*
1. Procedimento Comum
Audiência de conciliação ou mediação (Art. 334, CPC)
Caso haja acordo, o juiz homologará o mesmo por sentença e o processo será extinto, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, III, b, do CPC.
Nos casos em que não houver acordo, o prazo para a resposta do réu se iniciará (art. 335).
Atenção: A falta injustificada à audiência de conciliação poderá ser considerada ato atentatório a dignidade da justiça, punível com multa processual.
*
1. Procedimento Comum
Contestação
A contestação consiste no veículo para a reação defensiva do réu diante da demanda do autor. 
Trata-se do mais importante desdobramento da garantia constitucional do contraditório (art. 5.º, LV, da CF), pautada pelo binômio informação-reação. 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
A reação diante da demanda do autor também se apresenta como um ônus para o réu, que, uma vez inerte, fica exposto aos efeitos da revelia, com destaque para a presunção de veracidade das "alegações de fato formuladas pelo autor" (art. 344 do CPC). 
O prazo para contestar é, em regra, de 15 dias (art. 335, caput, do CPC). Trata-se de prazo preclusivo, que, uma vez não observado, faz com que o réu não mais possa contestar eficazmente (preclusão temporal). 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
Esse prazo orienta-se pelas regras que disciplinam os prazos em geral, por exemplo, no tocante ao tempo (arts. 212 a 216 do CPC), à dobra (arts. 180, 183, 186 e 229 do CPC), à contagem (arts. 219 e 224 do CPC), à suspensão (arts. 220 e 221 do CPC) e à justa causa (art. 223 do CPC). 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
No tocante ao conteúdo da contestação, o art. 336 do CPC dispõe: "incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir". 
O extenso rol do subsequente art. 337 do CPC ajuda a compreender e dimensionar a contestação, que se presta tanto para a oferta das defesas processuais quanto de mérito. 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
Em diversas passagens, o Código de Processo Civil programa para a contestação outras medidas que o réu deve tomar diante da demanda do autor, dentro da ideia de concentração da reação à petição inicial numa mesma peça. 
Por exemplo, no art. 126, prevê que o réu que tenciona se valer da denunciação da lide, isto é, da ação de garantia em face de quem deve suportar as consequências da sua possível sucumbência no processo, deve fazê-lo na contestação. 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
Em razão da concentração da defesa num único ato processuale da futura eficácia preclusiva da coisa julgada (art. 508 do CPC), merece destaque em matéria de contestação o princípio da eventualidade. 
De acordo com esse princípio, o réu fica autorizado a se defender inclusive com base em argumentos incompatíveis entre si, já que boa parte das matérias defensivas não poderá ser eficazmente veiculada em outra oportunidade, quer no processo em curso, quer em outro feito que venha a ser futuramente instaurado. 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
Coerentemente com a ideia de concentração da defesa, o art. 342 do CPC prevê que, "depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição".
O art. 337 do CPC traz um extenso rol de matérias processuais que o réu deve alocar na parte preliminar da sua contestação. 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
Nas palavras de Cândido Dinamarco, "preliminar é defesa indireta, de natureza processual, destinada a impedir ou retardar o julgamento do mérito, não a influir em seu teor".
No mérito, cabe ao réu negar os fatos invocados pelo autor ou as consequências jurídicas deles extraídas, bem como opor fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do seu adversário. 
Nessa empreitada, deve o réu cuidar para que nenhum fato escape da sua contestação, considerando o ônus da impugnação específica, expresso no art. 341, caput, do CPC: "incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas". 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
Entretanto, a ânsia defensiva não pode descambar para a litigância de má-fé; a defesa no processo encontra limites na boa-fé (art. 5.º do CPC).
Merece atenção na contestação o comando para que o réu especifique "as provas que pretende produzir" (art. 336 do CPC). O réu tem mais condições do que o autor para anunciar na sua fala inicial as provas que tenciona produzir no processo, pois, conhecendo a sua resposta, consegue identificar melhor o litígio e os pontos controvertidos que exigirão atividade probatória. 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
Todavia, quando há na contestação alegação de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor ou invocação de matéria arrolada nos incisos do art. 337 do CPC, o contraditório se estende (arts. 350 e 351 do CPC) e o réu não tem como avaliar de plano tudo que depende de prova. 
Nas situações em que o réu reconvém, também é comum que ele não consiga no momento da sua resposta, antes da contestação à reconvenção, dimensionar todas as provas que deseja produzir. 
Por isso, existem brechas para que o réu anuncie ulteriormente interesse em novas provas. 
*
1. Procedimento Comum
Contestação
Por fim, além do anúncio das provas que pretende produzir, o réu deve cuidar já na contestação da produção da prova documental, para evitar ulteriores percalços. 
Tal qual estabelecem para o autor em relação à petição inicial, os arts. 434 e 435 do CPC orientam o réu para que traga com a contestação toda a documentação já conhecida e disponível.
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
A reconvenção é o mecanismo instituído para a formulação de pretensão pelo réu dentro de processo já instaurado por iniciativa do autor, a fim de obter tutela jurisdicional diversa daquela inerente ao julgamento da demanda inicial. 
Por meio da reconvenção, o réu amplia o objeto do processo, trazendo para este novo bem da vida, que ele não receberia ou não necessariamente receberia com o simples deslinde da demanda ajuizada pelo autor. 
Tal deslinde, como é cediço, é sempre apto a trazer alguma coisa de útil ao réu, ainda que este não se defenda nem formule pedido algum no processo. 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Fala-se, no mínimo, do reconhecimento da falta de requisitos para o exame do pedido formulado pelo demandante (sentença terminativa) ou de uma declaração negativa do direito que o autor diz ter na sua petição inicial (sentença de improcedência). 
É precisamente para obter algo mais do que isso no processo pendente que se presta a reconvenção. 
De acordo com o art. 343, caput, do CPC, "na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa". 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Como se percebe, tanto a reação defensiva quanto a reação ativa do réu são programadas para uma mesma peça. 
Todavia, não deve ser causa de indeferimento da reconvenção a sua oferta em peça apartada, desde que no prazo para contestar. A possibilidade de reconvir independentemente de contestar reforça isso (art. 343, § 6.º, do CPC). 
O mero desdobramento da resposta em duas peças, uma para a contestação e outra para a reconvenção, seria, na pior das hipóteses, inofensiva irregularidade formal, sem qualquer consequência negativa para o réu. 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
É requisito substancial para a viabilidade da reconvenção sua conexão com a demanda inicial ou com a defesa diante desta (art. 343, caput, do CPC). Nas conhecidas palavras de Barbosa Moreira, ainda na vigência do Código de Processo Civil de 1973, "deve ter-se por suficiente para satisfazer o requisito do art. 315 o vínculo, ainda que mais tênue, existente entre as duas causas". 
Assim, a ideia de conexão desponta aqui com conotação mais semântica do que técnica, no sentido de representar simples ligação, nexo, relação, que pode se manifestar de modo bastante sutil. 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Basta que a demanda inicial ou a defesa diante desta e a reconvenção remetam a um contexto fático-jurídico residualmente comum para a admissão da demanda do réu no processo. 
Todavia, não se trata de algo desprezível. Cumulação de pedidos sem conexão alguma só é autorizada para o autor (art. 327, caput, do CPC). Na condição de demanda, a oferta da reconvenção faz surgir no processo uma cumulação de pedidos, ainda que formulados por pessoas diferentes (parte pelo autor e parte pelo réu). 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Dois outros requisitos processuais para a admissão da reconvenção relacionam-se com a litispendência e a tempestividade. 
A litispendência atrela-se à exigência de que exista no momento da resposta do demandado um processo pendente, validamente instaurado e até então não encerrado nem programado para se encerrar, ao qual possa se integrar a demanda reconvencional. 
Isso significa que, por ocasião da oferta da reconvenção, a demanda do autor deve ainda estar viva, sem que exista uma sentença a seu respeito. 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Restou-se aperfeiçoada integral desistência da demanda por parte do autor ou se os litigantes celebraram transação que compreende todo o objeto do processo ou se a demanda inicial já foi integralmente julgada, com ou sem apreciação do mérito, não há mais espaço para a reconvenção.
Por sua vez, o requisito da tempestividade em matéria de reconvenção vincula-se à obediência do prazo assinado pelo legislador para a reação do réu diante da demanda do autor, que é, em regra, de 15 dias (art. 335 do CPC). 
Considerando a orientação legal para a inserção da reconvenção na mesma peça da contestação (art. 343, caput, do CPC), o prazo para contestar baliza o prazo para reconvir. 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Como já dito, esse prazo é preclusivo; sua inobservância faz com que o réu não mais possa reconvir eficazmente (preclusão temporal). 
Após o esgotamento do prazo quinzenal para responder à demanda do autor, tudo o que resta ao réu que também quer demandar é dar vida a um novo processo. 
Além dos requisitos substanciais e processuais específicos para a admissão da reconvenção, como demanda que é, ela deve atender a todos os requisitos usualmente colocados para a admissibilidade do julgamentodo mérito. Por exemplo, a peça que veicula a demanda reconvencional deve atender às exigências dos arts. 319 e 320 do CPC. 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Sempre que o juiz identificar alguma falha no atendimento dessas exigências ou "defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito" da reconvenção, deve determinar que o reconvinte "a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado" (art. 321, caput, do CPC). 
A exemplo do que foi dito para a petição inicial, o momento ideal para a emenda ou complementação da reconvenção é anterior à intimação para a resposta diante dela, pois, até esse instante, há amplo espaço para aditamentos ou alterações (art. 329, I e parágrafo único, do CPC). 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
É perfeitamente admissível que a reconvenção traga novas pessoas para o processo, quer ao lado do reconvinte (art. 343, § 4.º, do CPC), quer ao lado do autor-reconvindo (art. 343, § 3.º). 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Com a oferta da contestação pelo réu, tende a se encerrar a fase postulatória do procedimento comum. 
Todavia, como visto, isso não acontece quando o réu reconvém. 
Nesse caso, a fase postulatória ganha uma etapa adicional, com a intimação do reconvindo "para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias" (art. 343, § 1.º, do CPC). 
Nessa resposta, inclusive, há lugar para reconvenção da reconvenção, que faz nascer mais uma etapa adicional na fase postulatória. 
*
1. Procedimento Comum
Reconvenção
Assim, essa fase termina apenas quando se encerram definitivamente as demandas e respostas de parte a parte. 
O fim da fase postulatória não esvazia por completo o espaço para novas postulações no processo. Como afirmado já de saída, as fases do procedimento comum não comportam um olhar estanque. 
Assim, na subsequente fase ordinatória, o legislador ainda permite aditamentos ou alterações na demanda, até a prolação da "decisão de saneamento e de organização do processo" (art. 357, caput, do CPC), desde que haja consentimento do réu (art. 329, II, do CPC). Após essa decisão, as portas para novos pedidos são fechadas pelo legislador. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
Após o prazo para a resposta do réu, o órgão jurisdicional deverá tomar providências preliminares, que variaram dependendo dos argumentos ofertados pelo réu, ou da inércia deste. 
Neste momento, são sanados os vícios passíveis de reparação, bem como se procederá ao julgamento da demanda, dispensando a produção de outras provas, nas hipóteses cabíveis.
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
Neste contexto, Didier apresenta um rol de providências preliminares possíveis: 
a) Apresentada defesa indireta, o juiz deve intimar o autor para apresentar sua réplica no prazo de quinze dias, segundo o art. 347, CPC. 
b) Se apresentada defesa direta pelo réu com inclusão de documentos, o magistrado intimará o autor a manifestar-se sobre eles no prazo de também quinze dias. 
c) No caso de defeitos processuais que possam ser corrigidos, o juiz deverá providenciar a sua correção, seguindo o prazo de trinta dias citado no art. 349, CPC. 
d) Em caso de revelia, o magistrado deverá verificar a regularidade da citação. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
Neste contexto, Didier apresenta um rol de providências preliminares possíveis: 
e) Caso o réu seja declarado revel, mas sem a incidência dos efeitos da revelia, o magistrado deverá intimar o autor para especificar as provas que pretende produzir em audiência. 
f) Se o réu preso for revel, bem como nos casos de réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado, o magistrado designará o curador especial. 
g) Em caso de reconvenção, o magistrado intimará o autor a contestá-la. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
Atenção!
Não são essas as únicas providências preliminares a serem tomadas pelo juiz em caso de necessidade de saneamento dos vícios processuais, sendo as listadas acima apresentadas a título de exemplo.
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
1. Revelia e réplica. 
Sendo revel o réu, caso não ocorram os efeitos da revelia, na forma do artigo 341 do CPC, já estudado anteriormente, o juiz determinará que o autor especifique as provas que deseja produzir, caso ainda não o tenha feito. 
Ainda que a revelia produza seus efeitos, ao réu revel poderá produzir provas, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticas os atos processuais indispensáveis à sua produção.
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
1. Revelia e réplica. 
Por outro lado, se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de quinze dias, possibilitando- -se a produção de provas para rebater tais fatos. 
Trata-se da chamada réplica, a qual poderá ser dispensada nas hipóteses em que o réu se limitar a negar os fatos alegados pelo autor, sem trazer nenhum fato novo que possa ser objeto de instrução probatória, nem acostar nenhuma prova nova aos autos. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
1. Revelia e réplica. 
Da mesma forma, o juiz ouvirá o autor no prazo de quinze dias caso o réu alegue qualquer das matérias enumeradas no artigo 334 do CPC. 
Tratam-se de questões preliminares, que deverão ser apreciadas antes do mérito e, caso acolhidas, poderão levar à extinção do processo sem exame do mérito
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
2. Regularização de vícios 
Há vícios processuais sanáveis e meras irregularidades, que são passíveis de regularização. 
Assim, verificando a existência desses, o juiz determinará a sua correção, a qual deverá ser feita no prazo que o juiz fixar. 
Tal prazo não poderá ultrapassar trinta dias, possibilitando-se, assim, o regular prosseguimento do feito. 
Após o cumprimento dessas formalidades, ou não sendo o caso de fazê-las, ultrapassa-se a fase de providências preliminares e inicia-se a fase de possível julgamento conforme o estado do processo. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
2. Regularização de vícios 
Esta fase de ordenamento do processo visa regularizar o processo para que se torne apto a receber uma decisão conforme o estado do processo ou habilite-o a prosseguir com os demais trâmites regulares do processo, como a fase probante, por exemplo.
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
3. O julgamento conforme o estado do processo 
Uma vez realizadas as providências preliminares, o juiz poderá julgar o processo no estado em que se encontre ou determinar a realização de providências que viabilizem o seguimento do processo. 
3.1. Extinção do processo. A primeira hipótese de julgamento conforme o estado do processo é a extinção do feito (art. 354 do CPC). Assim, o magistrado deverá observar quanto à possibilidade de desde já prolatar uma sentença extintiva do processo, podendo resolver ou não o mérito, nas hipóteses previstas nos artigos 485 e 487, II e III e do CPC.
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
3.2. Julgamento antecipado do mérito. 
O juiz poderá, ainda, julgar antecipadamente o mérito da causa, ou seja, antes mesmo da fase instrutória, quando verificar, após as providências preliminares, que não há necessidade de produção de outras provas, ou quando o réu for revel e se verificar a ocorrência dos efeitos da revelia, além de não haver requerimento de prova em tempo hábil pelo réu revel. 
O julgamento antecipado do mérito é decisão fundada em cognição exauriente, proferida nas hipóteses em que o magistrado entende ser possível julgar o mérito da causa apenas com base na prova documental produzida pelas partes, dispensando, assim, a fase instrutória. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento3.2. Julgamento antecipado do mérito. 
Nesse caso, é preciso que o magistrado comunique às partes sobre a sua intenção de julgar antecipadamente o mérito da causa, atendendo aos princípios da ampla defesa e do contraditório e evitando que as partes sejam pegas de surpresa por uma decisão de extinção.
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
3.3. Julgamento antecipado parcial do mérito. 
Além das hipóteses em que não há necessidade de se passar à fase instrutória, possibilitando o julgamento integral do mérito, admite-se que o julgador decida apenas parcialmente a demanda. 
O julgamento parcial do mérito encontra-se previsto no artigo 353 do CPC e poderá ocorrer quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso, ou estiver em condições de imediato julgamento, aplicando-se nesse último caso, as hipóteses previstas no item precedente. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Se não for o caso de extinção do processo, com ou sem julgamento do mérito, o magistrado deverá proferir decisão escrita em que examinará as questões processuais, delimitará a atividade probatória, entre outros, dando continuidade à atividade processual. 
Aqui, vale apontar que o despacho saneador é, em verdade, decisão interlocutória e não saneia o processo. Apenas o declara saneado. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Diz-se decisão interlocutória porque o despacho saneador não tem o condão de dar fim ao processo, podendo apenas resolver, com força preclusiva, questões incidentes, relativas a pressupostos processuais, condições da ação, fixar pontos controvertidos sobre os quais recairá a atividade probatória, validade de atos processuais sem que ponha fim ao processo, entre outros. 
Todo o exposto se dá pela exigência de que o magistrado, antes de analisar o mérito, manifeste-se quanto à validade do processo. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Na vigência do CPC de 73, havia a possibilidade de audiência preliminar, cuja realização visava a conciliação, o saneamento, a fixação de pontos controvertidos e a instauração da fase probatória.
No entanto, essa nem sempre ocorria, diante da possibilidade de as partes expressarem desinteresse na tentativa de conciliação. 
Nesse caso, em tese o juiz deveria proferir despacho de saneamento, fixando os pontos controvertidos da causa, saneando o processo e analisando as preliminares processuais, que, se regulares, levariam ao saneamento. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Não obstante, o despacho saneador, a despeito da sua relevância, não costumava ser utilizado de forma adequada pelo magistrado, o que muitas vezes fazia com que o processo fosse extinto sem resolução do mérito pela verificação de um vício processual após toda a sua tramitação, na contramão da economia processual e efetividade. 
O novo CPC, visando corrigir esse problema, substitui a audiência preliminar pela audiência de conciliação e mediação, almejando um estímulo à autocomposição e resolução pacífica de controvérsias. 
*
1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Da mesma forma, confere mais destaque à fase de saneamento e organização do processo, prevista no artigo 357 do CPC. 
Assim, em decisão de saneamento, o juiz deverá: 
a) resolver as questões processuais pendentes, se houver; 
b) delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; 
c) definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 370; 
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1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Assim, em decisão de saneamento, o juiz deverá: 
d) delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito; 
e) designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento. 
A decisão saneadora adquire estabilidade caso, ressalvado o direito das partes de pedirem esclarecimentos no prazo comum de cinco dias após a sua prolação. 
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1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Da mesma forma, o novo CPC traz a possibilidade de maior participação das partes no momento do saneamento do processo. 
Assim, na forma dos § 2º do art. 357, as partes poderão apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV do referido artigo, a qual, caso homologada, vinculará as partes e o juiz. 
Da mesma forma, se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes. 
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1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Nesta oportunidade, o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.
Outra novidade introduzida pelo novo diploma processual é a previsão expressa de fixação de calendário para a realização de prova pericial, caso possível, na forma do art. 357, § 8º. 
O art. 191 também permite a criação de calendário pelas partes e pelo juiz, com o intuito de estabelecer as datas para a prática de atos processuais de todo o procedimento. 
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1. Procedimento Comum
Providências Preliminares e Saneamento
4. Saneamento e Organização do Processo 
Importante observar que o saneamento não deve ser apenas realizado na fase destinada à sua realização. 
Cabe ao magistrado garantir o regular trâmite do feito, corrigindo eventuais vícios que surgirem durante toda a marcha processual.
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1. Procedimento Comum
Procedimento comum e sumário
O novo Código de Processo Civil no art. 318 aboliu a divisão de ritos, não existindo mais a distinção entre sumário e ordinário.
Resta apenas o procedimento comum, este previsto no art. 318 e seguintes, bem como os procedimentos especiais previstos no art. 539 ao 718 (jurisdição contenciosa), no art. 719 a 770 (jurisdição voluntária) e, ainda, em legislação esparsa.
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1. Procedimento Comum
Procedimento comum e sumário
Lembre-se que o procedimento comum é o mais aplicado por ser considerado o procedimento padrão e pode ser aplicado de forma subsidiária aos procedimentos especiais e também ao processo de execução (vide art. 318, parágrafo único do CPC/2015).
Identificar o rito de sua peça é muito simples. Veja se a ação está prevista nos procedimentos especiais do CPC ou em lei específica. Caso a situação não seja solucionável por um dos procedimentos do rito especial, o rito será o comum. Portanto, a descoberta do rito se dá por exclusão, partindo do específico para o geral.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
A finalização do processo é a intenção de todo litigante. Afinal, toda parte deseja ter seus interesses atendidos. Ocorre que, nem sempre, o processo seguirá o rumo previsto ou mesmo seguirá as etapas de igual modo. Imprevistos podem acontecer no caminho até a extinção do processo. Provas podem não ser encontradas, fatos da vida podem impedir o seu prosseguimento. E em algumas hipóteses, poderá ser determinada a suspensão do processo.
Tanto a extinção quanto a suspensão do processo paralisam os atos processuais. Todavia, possuem diferentes consequências para o procedimento. Entenda então os conceitos de suspensão e extinção do processo, assim como as suas hipóteses e efeitos.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão versus extinção do processo
Suspensão e extinção do processo relacionam-se, ambas, com os efeitos processuais. No entanto, diferem-se quanto à provisoriedade da cessão do prosseguimento do processo. 
Enquanto a extinção do processo é a etapa processual final (excetuadasas hipóteses recursais), a suspensão do processo é uma etapa provisória. A primeira encerra a lide. 
Já a segunda, interrompe os atos processuais por determinado prazo. E, ao final do período, o processo retorna do ponto em que havia sido paralisado.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão versus extinção do processo
A extinção do processo, de certa forma, é o seu principal objetivo, independentemente da satisfação dos interesses. Afinal, quando se inicia um processo, não se pretende que ele seja eterno. Pelo contrário, as partes, em regra, desejam a solução da lide em um tempo razoável. Esse encaminhamento, no entanto, pode ser obstado, por exemplo, pela suspensão do processo.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão do processo
Na suspensão do processo, veda-se a prática de atos processuais. Todavia, é garantido ao juízo promover atos urgentes, uma vez que haja risco de dano irreparável. Assim, é a redação do artigo 314 do CPC/2015, que retoma o artigo 266 do CPC/1973.
Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão do processo
As hipóteses de suspensão do processo, por via de regra estão contidas no artigo 313, Novo CPC. Logo de início, percebe-se uma alteração em comparação ao artigo 265 do CPC/73. Isso porque o artigo do antigo Código apresentava apenas seis incisos.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão do processo
Suspensão do processo no CPC/1973 versus CPC/2015
Ambos os códigos previam as seguintes hipóteses de suspensão do processo:
	da morte ou perda da capacidade processual de uma das partes, de seu representante legal;
	convenção das partes;
	arguição de suspeição ou impedimento do juiz;
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão do processo
	quando a sentença de mérito:
	depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;
	tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
	por motivo de força maior.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão do processo
As três novas hipóteses de suspensão introduzidas pelo CPC/2015 são:
	discussão em juízo de questão originada por acidente e fato da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
	em função de parto ou concessão de adoção, quando a mulher advogada responsável pelo processo for a única patrona da causa;
	quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão do processo
As três novas hipóteses de suspensão introduzidas pelo CPC/2015 são:
	discussão em juízo de questão originada por acidente e fato da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
	em função de parto ou concessão de adoção, quando a mulher advogada responsável pelo processo for a única patrona da causa;
	quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Suspensão do processo
As regras de suspensão do processo também se aplicam ao processo de execução. Contudo, há regras mais específicas estipuladas no art. 921, Novo CPC.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
A extinção do processo, como observado, é o momento de encerramento deste. Isto significa, portanto, que é concluída a lide, ressalvadas as hipóteses recursais. 
Todavia, apesar dessa interpretação, nem sempre a extinção do processo ocorrerá ao fim do procedimento ordinário comum. 
É, por exemplo, o caso de indeferimento da petição inicial previsto no art. 485, I, do Novo CPC. 
Do mesmo modo, o Novo CPC prevê possibilidades antecipadas de extinção do processo, com ou sem resolução do mérito.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Desse modo, é preciso compreender também as diferentes decisões que podem culminar na extinção processual, em especial:
	decisões parciais;
	decisões sem resolução de mérito; e
	decisões com resolução de mérito.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Decisões parciais
Em primeiro lugar, é preciso diferenciar as decisões totais das decisões parciais. Enquanto a primeira trata da integralidade do processo, podendo levar à sua extinção, a segunda abrange apenas parte dele. 
Por essa razão, como Didier destaca, não se pode restringir as hipóteses dos artigos 485 a 487 à extinção do processo. De fato, os dispositivos poderão culminar em efeitos diversos.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Decisões sem resolução de mérito
Parte da doutrina convencionou chamar essa espécie de decisão de decisão terminativa. Contudo, Daniel Amorim Assumpção Neves aponta um possível equívoco com essa nomenclatura. Isso porque toda sentença “termina” o processo. Afinal, é esta a definição da extinção. Assim, como o autor aborda, o ideal seria a diferenciação entre sentença que examina ou não examina o mérito.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Decisões sem resolução de mérito
Examinar o mérito significa analisar os principais conflitos da demanda. Ou seja, decidir sobre a questão em debate. Todavia, o Direito também prevê regras formais a serem perseguidas. E a inadequação a elas pode culminar na extinção do processo. 
Dessarte, quando o processo for resolvido por questões formais, sem discussão das questões de fato e de direito, diz-se haver uma decisão sem resolução de mérito.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Decisões sem resolução de mérito
Examinar o mérito significa analisar os principais conflitos da demanda. Ou seja, decidir sobre a questão em debate. Todavia, o Direito também prevê regras formais a serem perseguidas. E a inadequação a elas pode culminar na extinção do processo. 
Dessarte, quando o processo for resolvido por questões formais, sem discussão das questões de fato e de direito, diz-se haver uma decisão sem resolução de mérito.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Hipóteses de não resolução de mérito
O artigo 485 do Novo CPC prevê as hipóteses em que o juízo decidirá sem resolução de mérito. São elas, portanto, divididas conforme classificação realizada por Neves:
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Hipóteses de não resolução de mérito
	inadmissibilidade do processo:
	indeferimento da petição inicial;
	ausência de pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo;
	perempção, litispendência ou coisa julgada;
	ausência de legitimidade ou interesse processual;
	convenção ou arbitragem;
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Hipóteses de não resolução de mérito
	abandono:
	inércia processual, por negligência das partes, durante mais de 1 ano;
	abandono do autor por mais de 30 dias;
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Hipóteses de não resolução de mérito
	desistência da ação:
	desistência do autor até a sentença e com o consentimento da parte contrária caso tenha havido contestação;
	morte do autor:
	morte do autor quando a ação for intransmissível.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Hipóteses de não resolução de mérito
Quando possível, contudo, o juiz deverá intimar a parteque deu causa à extinção sem resolução de mérito, para corrigir o vício, conforme o artigo 317 e o § 1º do artigo 485 do Novo CPC.
É importante ressaltar, ainda, que a decisão que determina a extinção sem resolução de mérito é, também, passível de recurso de apelação. O parágrafo 7º do artigo 485, NCPC, prevê, assim, que, interposta a apelação em qualquer das hipóteses do dispositivo, o juízo terá 5 dias para retratar-se.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Hipóteses de não resolução de mérito
Por fim, a parte interessada poderá propor nova ação, consoante o artigo 486 do Novo CPC, uma vez que a decisão sem resolução de mérito não faz coisa julgada material. Deverá, entretanto:
	sanar o vício que ensejou a inadmissibilidade;
	comprovar o recolhimento das custas processuais; e
	comprovar o recolhimento dos honorários advocatícios.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Decisões com resolução de mérito
Diferentemente da decisão sem resolução de mérito, portanto, a decisão com resolução de mérito analisa tanto questões processuais formais quanto questões materiais. Segundo o artigo 487, Novo CPC, são as hipóteses de extinção do processo com resolução de mérito:
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Decisões com resolução de mérito
	acolhimento ou rejeição dos pedidos da ação ou reconvenção;
	decadência ou prescrição, declaradas de ofício ou a requerimento das partes;
	reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
	transação; e
	renúncia à pretensão da ação ou da reconvenção.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Decisões com resolução de mérito
O artigo 488, por fim, prevê uma última possibilidade de resolução do mérito. Ele dispõe:
Art. 488.  Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Decisões com resolução de mérito
O artigo 488, por fim, prevê uma última possibilidade de resolução do mérito. Ele dispõe:
Art. 488.  Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.
Em alguns casos, o juiz poderá julgar antecipadamente a lide, observados os requisitos legais.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Litispendência
Uma das grandes discussões acerca da extinção do processo é a litispendência. E, afinal, este é um importante tema para a segurança jurídica. 
Com bases constitucionais, a vedação à litispendência é uma forma de evitar que um mesmo indivíduo seja demandado mais de uma vez pela mesma causa. Assim, conforme os §§ 1º a 3º do artigo 337, Novo CPC:
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Litispendência
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Litispendência
Como vislumbrado em análise do artigo 485, NCPC, o reconhecimento de litispendência pode ensejar a extinção do processo sem resolução de mérito. 
As razões são óbvias, uma vez que o mérito já está sob análise em processo diverso. Não haveria, portanto, razão de reanalisá-lo, senão em esfera recursal, sob o risco de repetição da demanda.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Litispendência
Há, contudo, a possibilidade de propositura de nova ação, mesmo nas hipóteses de extinção do processo sem resolução de mérito por reconhecimento de litispendência. 
De acordo com o parágrafo 1º do artigo 486, Novo CPC, a propositura da novação dependerá da correção do vício que levou à sentença sem resolução de mérito. Ou seja, o autor deverá propor nova ação que se atente às previsões acerca da litispendência. Poderá, por exemplo, modificar o pedido.
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1. Procedimento Comum
Suspensão e Extinção do Processo
Extinção do Processo
Litispendência
A sentença de extinção do processo, portanto, nem sempre levará a uma extinção definitiva. Por vezes, será possível propor nova ação, não obstante as previsões recursais. 
É preciso estar atento tanto às possibilidades quanto aos vícios que culminaram na extinção do processo. E, assim, buscar atender melhor os interesses daqueles que demandam em juízo.
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