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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL FACULDADE DE LETRAS – FALE ESTÁGIO SUPERVISONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA I INGRID DE MORAIS DUDA RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA I Maceió/AL Dezembro de 2013 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL FACULDADE DE LETRAS – FALE ESTÁGIO SUPERVISONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA I INGRID DE MORAIS DUDA RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE LÍNGUA PORTUGUESA I Maceió/AL Dezembro de 2013 Relatório final apresentado à Disciplina de Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa I do Curso de Licenciatura em Letras, ministrada pela Prof.ª Dr.ª Adna de Almeida Lopes da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas, como parte integrante da avaliação. Relatório final apresentado à Disciplina de Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa I do Curso de Licenciatura em Letras, ministrada pela Prof.ª Dr.ª Adna de Almeida Lopes da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas, como parte integrante da segunda avaliação.elatório final apresentado à Disciplina de Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa I do Curso de Licenciatura em Letras, ministrada pela Prof.ª Dr.ª Adna de Almeida Lopes da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Alagoas, como parte integrante da segunda avaliação. 3 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO............................................................................................................4 1. .FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................5 2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA .................................................................6 2.1 Identificação da Escola....................................................................................6 2.2 Instalações da Escola.......................................................................................6 2.3 Organização do trabalho escolar .....................................................................6 2.4 Prática Sócio-Político-Pedagógica ..................................................................6 3. DIÁRIO DE CAMPO.............................................................................................6 3.1 Reconhecimento do espaço escolar.................................................................7 3.2 1ª Oficina de reforço e intervenção na escrita.................................................7 3.3 2ª Oficina de reforço e intervenção na escrita.................................................8 3.4 3ª Oficina de reforço e intervenção na escrita...............................................10 3.5 4ª Oficina de reforço e intervenção na escrita. .............................................11 3.6 5ª Oficina de reforço e intervenção na escrita. Sondagem final....................12 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................13 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................20 ANEXOS.............................................................................................................21 REFERÊNCIAS..................................................................................................32 4 APRESENTAÇÃO O presente relatório é resultado das atividades desenvolvidas na disciplina de Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa I, no segundo semestre do ano de 2013, pela turma de quinto período do curso de Licenciatura em Letras da Universidade Federal de Alagoas, sob orientação da Profª Drª Adna de Almeida Lopes, tendo em vista a necessidade de uma experiência prática. As atividades desenvolvidas no estágio foram realizadas pelos alunos do Curso acima mencionado, divididos em grupos segundo o número de turmas da Escola Profa. Maria Carmelita Cardoso Gama (CAIC/UFAL). Assim, o grupo responsável pelo presente trabalho foi composto pelas estagiárias Ingrid Duda e Sâmara Barros. A turma referente, foram alunos dos 5ºs anos A, E e D – vespertino, que desenvolveu as atividades aplicadas pelo grupo acima citado. O grupo foi composto por 6 (seis) alunos, em média, com faixa etária entre 10 (dez) a 12 (doze) anos de idade. Num grupo de reforço semanal, visto que alguns alunos apresentavam dificuldades de leitura e escrita e estavam fora de faixa. Este trabalho tem como objetivo problematizar sobre as várias práticas de atuação no ensino de língua portuguesa, discutir sobre as diversas metodologias usadas para o processo de produção textual e o papel do professor enquanto orientador deste processo. Esta disciplina visa levar o aluno e futuro professor a uma experiência com ensino através de aulas de reforços semanais. Conhecer princípios teóricos e metodológicos que orientam a prática do professor de língua portuguesa, especificamente os estudos sobre o erro ortográfico; vivenciar experiências que envolvam o ensino de leitura, escrita e gramática; planejar e desenvolver atividades de língua portuguesa com alunos analisar dados de aprendizagem, refletindo sobre a prática pedagógica; identificar a natureza regular e irregular do erro ortográfico, em textos de alunos. Os encontros ocorreram na biblioteca da escola que eram sempre divididos em dois momentos: antes e depois do intervalo. 5 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fim de fazer reflexões sobre como a leitura inicial dos textos dos alunos é fundamental e que a função da correção nesses textos tem como objetivo voltar à atenção do aluno para os problemas que surgem no corpo dos textos. Considerando que a leitura realizada pelo professor, com finalidade de correção, não é a mesma que a leitura realizada por outros leitores. Para tal, a leitura do no livro de Eliana Donaio Ruiz ‘’Como corrigir redações na escola’’ foi de extrema importância para a efetivação das atividades de intervenção realidades na escola. De modo que a autora direciona a atenção de seus leitores, para o fato de que o texto interventivo do professor é um texto sobreposto ao texto do aluno. Ou seja, o texto corretivo acontece imbricado ao texto de origem. De forma que, traços, sinais, abreviaturas, expressões ou comentários, construídos nas margens ou no corpo, até mesmo no pós-texto, resumem, de forma geral, as mais variadas estratégias de correção. Essas estratégias de correção utilizadas pelos professores, dizem muito a respeito dos próprios professores. Pois, através delas pode-se saber qual a finalidade do professor ao solicitar uma produção escrita de seus alunos. Cada tipo de estratégia é válida, e é escolhido pelos professores de acordo com suas próprias convicções. Eliana Ruiz detida à analisar a escrita e reescrita dos alunos em seu livro, observa primeiro a escrita que o aluno fez sozinho e posteriormente a que ele produziu com a intervenção do professor. Desta forma, o professor também deverá analisar a reescrita do aluno e considerar os aspectos que são apresentados nela. Pois, é através da reescrita que o aluno poderá refletir sobre seu processo de escrita e criação, sendo conduzido pelas orientações do professor, essas orientações, os aspectos revistos pelos alunos e os novos aspectos que apareceram do texto também iram contar como resultado significativo desse processo em que o aluno passa. É preciso ressaltar que em seu livro, primeiramente, a autora utiliza-se das definições de correção segundo Serafini (1989), que são de três tipos: indicativa, resolutiva e classificatória. Porém,no decorrer de sua pesquisa, um novo tipo de correção é apresentado: a correção textual-interativa, que se trata de comentários mais longos do que os que são feitos nas margens, razão pela qual são escritos geralmente em seqüência aos textos dos alunos(que a autora denomina de pós-texto), esses comentários se realizam em forma de bilhetes. E foi através dessa ultima estratégia de correção, que o trabalho na sala de aula com os alunos foi desenvolvido e que,em alguns casos mais específicos e restritos os tipos de correção foram mesclados para maior compreensão dos alunos e concretização do nosso trabalho. Escolhemos de um modo interativo nos comunicamos com nossos alunos, afim de conduzi-los numa reflexão fundamentada sobre seu processo de escrita. Conclui-se, contudo, que o texto de Ruiz é de importância fundamental aos professores de língua, pois trata de temas que estão ligados diretamente ao cotidiano desses professores. As informações que aparecem no decorrer do livro são uma mostra do trabalho que vem sendo desenvolvido nesse âmbito. Por fim, a leitura de livros como o de Eliana Donaio Ruiz é indispensável para uma reflexão nas práticas de ensino. 6 2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 2.1 Identificação da Escola O Estágio Supervisionado de Língua Portuguesa I foi realizado na Escola de Ensino Fundamental Profa. Maria Carmelita Cardoso Gama – CAIC – Jorge de Lima, nas turmas do 5º ano (antiga 4ª série). A escola está localizada no Campus A. C. Simões, S/N, BR 104, KM 14, Cidade Universitária, bairro do Tabuleiro do Martins, estado de Alagoas, na Avenida Lourival Melo Mota, atende alunos do Ensino Fundamental I. Os Turnos de funcionamento: matutino (7h30 às 11h30) e vespertino (13h às 17h). 2.2 Instalações da escola Dependências: sala da diretoria; sala de professores; sala de secretaria; 17 salas de aula; laboratório de informática; sala de recursos multifuncionais para atendimento educacional especializado; quadra de esportes coberta, cozinha; biblioteca; sala de leitura; banheiros adequados aos alunos da Educação Infantil e aos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida; dependência; refeitório; despensa; almoxarifado; auditório; pátios coberto e descoberto (com área verde). Recursos tecnológicos – equipamentos: aparelhos de televisa; videocassete; DVD; copiadora; retroprojetor; impressora; aparelho de som; datashow (projetor multimídia); máquina fotográfica e filmadora e, 21 computadores, sendo: 3 para uso administrativo e 18 para uso dos alunos. 2.3 Organização do trabalho escolar Em relação à organização do trabalho escolar a Escola possui 804 alunos regularmente matriculados. No calendário escolar possui no total 205 dias letivos; a jornada escolar é de 60 minutos por hora aula e 20 horas semanais; o horário das aulas é de 7:15 ás 11:30 (matutino) e 13:00 as 17:15 (vespertino); Plantão pedagógico (reunião de pais) acontece 4 vezes no ano (uma reunião por bimestre); são realizadas duas reuniões de pais com a direção (uma reunião antes de iniciar o semestre); o planejamento é realizado com professores, direção e coordenação. Quanto à gestão e clima organizacional da escola, a diretora procura desenvolver uma gestão democrática, participativa e dinâmica, com a participação de todos. A direção se define em duas palavras: Democracia e participação, onde todos têm plena liberdade de expressão. A escola tenta ter o melhor relacionamento possível com a comunidade, em especial com a família de cada aluno. Sempre que necessário faz-se uma assembléia geral e juntos discutem os problemas da escola e dos alunos até chegarem a uma solução. 2.4 Prática Sócio-Político-Pedagógica O Projeto Político Pedagógico da escola está passando por uma reformulação, visto que, entrou em vigor, este ano, o programa Mais Educação. Os outros projetos desenvolvidos na escola são: Segundo Tempo; Projetos de Iniciação à dança (balé) e Projetos e desafios e conquistas, em que este é um projeto que visa à reclassificação de alunos que estão fora da faixa etária escolar. 3. Diário de campo - Descrição e reflexão sobre o trabalho na escola Durante todo o estágio, foram realizados seis momentos na escola, dentre eles o reconhecimento da escola, a fim de se conhecer o espaço em que seria realizado o estágio; cinco aulas de reforço semanais, com um grupo de seis alunos de turmas 7 diferentes. Foi realizada sondagens da escrita dos alunos, para que se fossem analisadas os fatores, sejam eles positivos ou negativos, que permeiam a produção textual dos alunos daquela escola. Todos esses momentos foram realizados tendo como base o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa a partir de atividades lúdicas, a fim de proporcionar aos alunos e aos professores uma forma mais didática e produtiva no ensino da Língua Portuguesa. 3.1 Atividade observada/desenvolvida – Reconhecimento do espaço escolar Data: 03 de outubro de 2013 (quinta-feira) Objetivo: Observar a distribuição dos espaços físicos da escola. No dia 03/10 a turma do 5º período de Letras Licenciatura conheceu o espaço físico e alguns funcionários da escola: coordenadoras, gestores, professores e uma diretora. Visitamos também, a biblioteca, o lugar onde pretendíamos realizar as oficinas e a aplicação dos jogos. A qual possui um grande acervo de livros, de excelente qualidade, livros didáticos novos e um grande número de dicionários. A biblioteca é um ótimo espaço para trabalharmos alguma atividade, como um círculo de leitura. Ao conhecermos algumas salas de aula, percebi que as séries são divididas de acordo com a faixa etária dos alunos, inclusive há duas turmas só com alunos que estão fora de faixa, um ponto muito importante para o aprendizado. Uma das coordenadoras se disponibilizou em nos mostrar a escola, quando chegamos ao local, ela já estava nos esperando. A mesma coordenadora nos mostrou o laboratório de informática e nos explicou que os alunos não fazem o uso. Tinha um grande número de computadores, que, infelizmente não estavam em funcionamento. A coordenadora nos explicou que não era responsabilidade da escola a manutenção das maquinas, mas sim, do MEC. Fiquei impressionada em ver um posto de saúde dentro da escola, mas ninguém nos informou se estava em funcionamento. Na escola há também aula de ballet e de educação física para as alunos. As turmas iniciais ficam no andar de baixo, e os maiores no de cima. O espaço físico da escola é muito amplo, mas a arquiteta é um pouco antiga. O espaço de recreação é limitado, pois há algumas partes do pátio que estão interditadas por conto dos riscos de demolição. Com a ida a escola percebi na prática como funciona na realidade, a escola pública da nossa cidade. 3.2 Atividade observada/desenvolvida - 1ª Oficina de reforço e intervenção na escrita. Sondagem inicial. Data: 17 de outubro de 2013 (quinta-feira) Horário: 13h30m às 16h30m 8 Proposta de atividade: (ANEXO A e B) Os estagiários reuniram-se na biblioteca da escola um pouco antes das 13h30m. A professora Adna nos orientou devidamente e perguntou se estávamos com os materiais solicitados para o desenvolvimento das atividades de reforço que havia enviado pelo e- mail da turma no dia anterior. A professora Adna já havia determinado as duplas que iriam trabalhar durante o período nos reforços semanais. Quando cheguei a biblioteca os alunos já me aguardavam junto com a estagiária Sâmara, que já havia iniciado a leitura do conto “O Diamante” de Luís Fernando Veríssimo (ANEXO B). O primeiro momento do reforço, como orientado, foi passada a audição do conto, no mesmo momento em que foi distribuído as fotocópias para que os alunos pudessem acompanhar a leitura. Em seguida uma das Estagiarias leu novamente o conto. Fizemos algumas perguntas sobre o texto e notamos que nas primeiras horas os alunospermaneceram quietos. Em seguida, foi proposto aos alunos a reescrita individual do texto lido, sem terem acesso à cópia. Pedimos que na folha da produção colocassem a data, o nome completo, a série e o nome do(a) professor (a). Os alunos foram desenvolvendo o texto aos poucos, sem resistência. Percebi que João Marcos e Antônio tem muita dificuldade em desenvolver o texto escrito em todos aspectos estruturais e linguísticos, apesar de João Marcos se expressarem oralmente razoavelmente bem. Anderson e Eduardo demonstraram também alguns problemas na estruturação do texto. O texto do Lucas e do Alexandersson foram os mais bem elaborados. Ao longo dos reforços vimos grandes progressos nos últimos quatro citados. Às 15h15m os alunos saíram para o intervalo de apenas 15 minutos. Retornamos por volta das 15h30m para iniciarmos o segundo momento do reforço: o jogo “acerte o acento”. Cada dupla de estagiários tinha que escolher um jogo educativo para trabalhar de uma maneira lúdica aspectos da Língua Portuguesa com os alunos. Os alunos ficaram animados em jogar conosco. Demos as instruções e, na medida que o tempo ia passando os alunos iam pegando o “rítimo”. Os alunos tinham que escolher uma carta do colega e acertar a maneira correta que a palavra estava escrita, ou melhor, se o acento estava adequado. Quem fosse acertando andava uma casa no tabuleiro. Durante todo o jogo as estagiárias foram explicando sobre a acentuação das palavras que apareciam no jogo, e minutos depois perguntavam novamente se determinada palavra tinha acento ou não e por que. Vimos que João Marcos e Antônio apresentaram também mais dificuldades durante o jogo do que os demais. Encerramos às 16h30min a 1ª atividade na Escola Profª. Maria Carmelita Cardoso Gama. 3.3 Atividade observada/desenvolvida – 2ª Oficina de reforço e intervenção na escrita Data: 24 de outubro de 2013 (quinta-feira) Horário: 13h30m às 16h30m 9 Proposta da atividade: (ANEXO C) Nos encontramos novamente na biblioteca da escola a pedido da professora e orientadora Adna Lopes. Ao chegarmos fomos chamar os alunos nas turmas para que o reforço fosse iniciado. Como Sâmara havia faltado, por motivo de doença, apliquei as atividades sozinha. Iniciei minha apresentação, explicando aos alunos a ausência da outra estagiária e a proposta da atividade que faríamos nesta aula. Perguntei se eles haviam trazido na aula anterior e pedi que eles o pegassem novamente. Fui fazendo perguntas sobre o conto, se eles se lembravam do que se tratava, o porquê do título se chamar “o diamante”, quem era Maria e alguns dos meninos foram discutindo comigo. Pedi que os alunos guardassem as cópias do conto, e sem seguida, distribui as fotocópias da atividade proposta. Expliquei para eles primeiramente a atividade 1 (ANEXO C). Havia um trecho do conto que nos havíamos trabalhado, mas o trecho não estava correto, precisava consertá-lo. Eles deveriam circular as palavras que não estavam escritas corretamente e em seguida colocar a forma certa. Dei um tempo para que eles respondessem individualmente. Logo depois, iniciei a correção coletiva com os alunos, retomamos algumas explicações, em casos de erros e acertos, pedimos para que os alunos justificassem. Nessa atividade eles já estavam mais abertos para alguns questionamentos e dúvidas. Alguns identificaram que havia algumas palavras que estavam escritas incorretamente. Outros não perceberam nenhum erro ortográfico apresentado no texto. Eduardo foi o único que identificou o erro nas palavras “conversa” e “dise”. Notei que Lucas, Alexssanderson e Anderson já havia identificado alguns erros antes das minhas orientações. Antônio e João marcos demonstraram dificuldades em identificar as palavras escritas inadequadamente. Alessanderson disse que “melho” tem um “r” no final. Quando chegou na palavra “emburada” nenhum dos seis havia marcado como incorreta, perguntei como se lê e expliquei a diferença de um “r “só na palavra ou “rr”, exemplificando com os exemplos: carro e caro que são palavras diferentes. Fomos para a atividade 2 (ANEXO C). Expliquei que eles iriam estruturar o texto, que estava todo desorganizado. Colocar parágrafo, letras maiúsculas ou minúsculas quando fosse preciso e acrescentar os sinais de pontuação. Perguntei se na fala do narrador precisa do travessão e se eles sabem o que é isso. Alexssanderson disse imediatamente que não precisava, é usado apenas na fala dos personagens. Pedi que ele me mostrasse no texto o travessão. João Marcos demonstrou novamente muita resistência em iniciar a atividade, precisei insistir bastante. 10 Esperei que eles fizessem e, em seguida fiz a correção coletiva, perguntando como cada uma havia colocado. Como alguns dos alunos não souberam fazer a estruturação do texto citado precisei explicar minuciosamente, cada letra maiúscula, cada ponto final. Essa atividade demorou mais do que imaginava. Lucas, Alexandersson e Anderson sempre terminavam e ficavam esperando João Marcos e Antônio. Como já estava próximo do intervalo, não daria tempo de fazer a leitura nem de passar a audição do conto “o voador” (ANEXO D), porque os alunos ficariam dispersos, distribui as fotocópias do conto e pedi que eles fizessem a leitura em casa e trouxessem na próxima aula. As 15h15m foram para o intervalo e voltaram um pouco mais das 15h30m. Sequencialmente fomos para o terceiro momento do dia, o jogo. Eles ficaram animados e perceberam que era um jogo diferente, estavam ansiosos para saber como funcionava. O jogo da vez foi “o jogo da enciclopédia”, em “enciclopédia” algumas perguntas curiosas que são mistérios do dia a dia. Nesse jogo não é importante saber a resposta correta das perguntas, mas sim utilizar toda a imaginação para inventar uma resposta e convencer os outros jogadores de que a sua é a correta. Mesmo quando eles erravam, eles acabavam conhecendo uma coisa nova e surpreendiam-se em aprender. Como estava sozinha, pedi que a bolsista Joyce me auxiliasse com o jogo. Foi muito interessantes, todos se divertiram, até nós bolsistas aprendemos bastante com o jogo. 3.4 Atividade observada/desenvolvida – 3ª Oficina de reforço e intervenção na escrita. Data: 14 de novembro de 2013 (quinta-feira) Horário: 13h30m às 16h30m Proposta de atividade: (ANEXO E) Como nas outras vezes nos reunimos na biblioteca a pedido da professora e orientadora Adna Lopes, e como nas atividades anteriores fez devidamente suas orientações e perguntou se estávamos com os materiais solicitados para o desenvolvimento da 3ª atividade de reforço. Ficamos esperando os alunos chegar à biblioteca, para que possamos dar início a nossa próxima atividade. No primeiro momento perguntei se eles trouxeram e leram o texto que havia distribuído no último encontro. Apenas João Marcos não havia feito a leitura, justamente o que apresenta grandes problemas de compreensão e escrita. Como Eduardo havia faltado e a proposta da atividade era em dupla, fizemos um trio e uma dupla. Sâmara deu as orientações para as primeiras atividades e eu para as últimas. Entregamos as cópias das atividades e pedimos que os alunos separassem adequadamente com um traço as palavras do fragmento do conto (ANEXO E) e ao termino da atividade eles contassem quantas palavras foram encontradas. Ao todo tinha 54 palavras. Antes da correção coletiva João Marcos disse que encontrou 21, depois 58, 11 Antônio disse que encontrou 37, Anderson 44, Alexssanderson 29 e antes da correção mudou para 54, Lucas foi o que chegou mais próximo, identificou 50 palavras. Percebi que Antônio apresenta muita dificuldade de ler e de falar as palavras corretamente, ele não compreende a leitura que faz. Em seguida, fizemos a correção coletiva oralmente, mas foipreciso que eu e Sâmara orientássemos individualmente João Marcos e Antônio. No segundo momento, fizemos a audição e a leitura do conto “o voador” (ANEXO D), e o ambiente não estava muito favorável para a prática da audição, porque cada grupo ficava um ao lado do outro. Aproveitamos o momento em a outra equipe ia ouvir o conto para acompanharmos no mesmo momento. Distribuímos as fotocópias, pedimos que eles fizessem silencio e acompanhassem a leitura. Assim eles a fizeram. Logo depois, perguntei se eles gostaram da história, por que se chama “o voador”, entre outros aspectos do texto. Na medida em que fomos discutindo alguns foram dando duas impressões. Anderson, Alexssanderson e Lucas participaram bastante da discussão e compreenderam o texto. No terceiro momento pedimos que eles fizessem novamente uma leitura silenciosa do conto e marcassem nas fotocópias uma ou mais palavras que eles não sabiam o significado. Em seguida, distribuímos um dicionário para cada aluno. Utilizamos os dicionários da escola para que pudessem conferir a escrita das palavras e que encontrasse o significado e anotassem na atividade. Perguntamos se eles sabiam procurar, alguns falaram que a professora faz esse tipo de atividade, mas foi necessário auxiliamos alguns alunos na busca, pois como não era de costume utilizar o dicionário, esses sentiram um pouco de dificuldade como procurar as palavras selecionadas pelas estagiárias. As 15h15m foram para o intervalo e voltaram um pouco mais das 15h30m. No quarto momento, passamos atividade individual. Neste momento, pedimos que os alunos guardassem a cópia do texto para que fosse realizado o ditado. Durante o ditado, foram discutidos com os alunos aspectos da pontuação, da estrutura do texto e da escrita das palavras. (ANEXO E). Foi um processo bastante demorado, no momento da correção, precisei soletrar palavra por palavra, para que João Marcos e Antônio as escrevessem. Os demais já haviam terminado e fizeram apenas algumas correções. Não deu tempo de jogar nesse dia. As 16h30 ou alunos foram liberados. 3.5. Atividade observada/desenvolvida – 4ª Oficina de reforço e intervenção na escrita. Data: 21 de novembro de 2013 (quinta-feira) Horário: 13h30m às 16h30m Proposta de atividade: (ANEXO F e G) Assim como nas aulas anteriores, nos encontramos na biblioteca e fomos chamar os alunos nas sala de aula. Nesta aula iriamos trabalhar com os alunos concordância (pelo acréscimo do ‘s’ como marca de plural). 12 No primeiro momento, antes de passarmos a atividade, perguntamos se eles sabem para que serve o “s” no final das palavras. Alguns dos alunos deram exemplos. Falei para eles a frase: eu comi um biscoito, e perguntei como ficaria se eu tivesse comido mais de um. Alexsandersson e Lucas participaram da discussão. Eduardo faltou novamente. Entregamos o texto da atividade (ANEXO F) e explicamos que o texto precisa ser consertado para ter sentido, pois algumas palavras não estão combinando no texto. Pedimos que eles lessem o fragmento silenciosamente e em seguida, faríamos a correção coletiva. João Marcos e Antônio leram o texto em voz um pouca alta, enquanto os demais fizeram uma leitura silenciosa. Após um tempo, perguntamos o que eles conseguiram consertar no texto. Alguns dos alunos discutiram, outros permaneceram em silêncio. Durante a correção, fizemos as intervenções necessárias e logo em seguida, entregamos o fragmento do texto original para que eles vissem a maneira correta, bem escrita. Perguntamos por que acrescentaram ‘s’ na palavra ‘poucos’ E em ‘Todos gosta’? Por que essas palavras precisam combinar quando escrevemos? Exemplificamos o fato de que na nossa fala, muitas vezes é comum não fazermos essa combinação. No caso de ‘Na mesas’, perguntamos quantas mesas de jantar havia na história. No caso de ‘o tios’ perguntamos como pode ser feito a concordância do artigo com o substantivo? No segundo momento passamos o exercício de caligrafia. Distribuímos cópias com um fragmento do conto “o voador” e pedimos que cada aluno copiasse exatamente como o exemplo. As letras maiúsculas, os espaços entre as palavras, a pontuação entre outros aspectos estruturais. Mesmo com a caligrafia (ANEXO G) foi preciso que Antônio, João Marcos e Anderson refizessem a atividade. Como Lucas e Alexsandersson haviam terminado a atividade primeiro, sugerimos que eles escolhessem algum livro, ou gibi para ler, enquanto aguardava a hora do intervalo. Em seguida, Anderson terminou também e foi procurar um gibi para ler. Eu e Sâmara tivemos que orientar parte por parte da reescrita de João Marcos e Antônio. As 15h15m foram para o intervalo e voltaram um pouco mais das 15h30m. Após o intervalo, orientamos o terceiro momento. Os alunos fizeram a reescrita do primeiro texto que eles produziram, sobre a audição e leitura feita dia 17/10/2013 do conto “o diamante”. Apesar de termos feito os bilhetinhos, eles demoraram para entender a nossa proposta, além disso, foi preciso que fizéssemos as intervenções individuais, um por um, principalmente com João Marcos e Antônio. Percebi que as intervenções nos bilhetes não foi suficiente, eles não conseguiam identificar e melhorar os erros. Como na aula anterior eles não haviam jogado, perguntarem bastante pelos os jogos. Dessa vez também não foi possível pela falta de tempo. 3.6. Atividade observada/desenvolvida – 5ª Oficina de reforço e intervenção na escrita. Sondagem final. 13 Data: 28 de novembro de 2013 (quinta-feira) Horário: 13h30m às 16h30m Proposta de atividade: (ANEXO H) Quando fui chamar os meninos nas salas, notei que eles não queriam participar da aula de reforço, pois estavam em aula de revisão para a prova de matemática. E notei que Alexssanderson estava bastante preocupado. Como os meninos estavam desanimados, expliquei essa seria o último dia de reforço e a nossa despedida, para isso, eu e Sâmara elaboramos uma surpresinha para eles. No primeiro momento passamos a atividade de reescrita do conto: “O diamante”, de Luís Fernando Veríssimo. (ANEXO B) E pedimos que eles primeiramente, acompanhassem a leitura de uma das estagiárias e perguntando novamente sobre o que se tratava aquele conto. Solicitamos que assim como a primeira produção que ele desenvolveram, escrevessem a história que ouviram. Poderia ser só um trecho, ou criar um nosso final. Pedimos que na folha de produção, escrevessem de caneta preta ou azul. Sugeri que quem quisesse poderia escrever a lápis e depois passar a caneta para o texto não ficar muito borrado. Orientamos que os alunos colocassem o nome completo, o nome da escola, a série, o nome da professora e a data. Para que depois pudesse ser analisado e comparado com o primeiro texto elaborado. Assim como na aula anterior, os que foram terminando foram escolhendo livros para ler. Após o intervalo, entregamos as lembrancinhas para os alunos. Como ainda faltava um pouco para a aula de reforço terminar, jogamos com eles o jogo “soletrando”. Eles tiveram um pouco de dificuldade em entender as regras, mas todos foram se envolvendo e desafiando os adversários. Antônio e João Marcos apresentaram dificuldades até durante os jogos e as leituras de palavras soltas e comuns. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS O material em anexo é produção dos alunos da Escola de Ensino Fundamental Profª. Maria Carmelita Cardoso Gama – CAIC – Jorge de Lima, das turmas dos 5º anos E, D e A, onde foram realizadas 5 aulas de reforços semanais sobre o ensino de ortografia. Na primeira oficina, trabalhamos a primeira produção escrita dos alunos e já pudemos observar sérios problemas na estruturação, mas com o passar das aulas foi melhorado. O exercício da reescrita contribuiu para que eles se policiassem e melhorasse as dificuldades. O aluno Lucas foi o que mais me chamouatenção. Apesar de apresentar alguns problemas nas produções, ortografia (exemplo: clarto= quarto), uso indevido de letras maiúsculas e minúsculas, pontuação, estrutura bem os parágrafo, espaçamento. O aluno 14 apresenta boa leitura, boa escrita, cognição e interpretação. Lucas atendeu bem a proposta do reforço, atentando para tudo aquilo que propomos e apresentou grandes avanços de acordo com as orientações. Abaixo segue o processo de reescrita de Lucas, dos dias 17/10, 21/11 e 28/11. O acompanhamento e as intervenções foram fundamentais, apesar do aluno está em um nível ideal para a série que está inserido. 1ª produção - 17/10 1º reescrita – 21/11 15 2ºreescrita – 28/11 16 Aluno: Lucas Já os alunos João Marcos e Antônio não apresentaram muitos progressos, mesmo recebendo as mesmas orientações, ambos tinham auxilio maior que os demais, justamente por apresentar mais dificuldades de leitura e escrita. Nas aulas os dois sempre ficavam em um nível menor que os outros colegas, inclusive nos jogos. 1ª produção 1ª reescrita com acompanhamento das estagiárias – 21/11 17 2ª reescrita – com orientação, mas sem acompanhamento Aluno : João Marcos Observação.: houve poucos progressos. Nota-se os mesmo erros de hipersegmentação e ortografia presente na última e na primeira produção. O aluno tem falta de interesse e não atendeu bem a proposta do reforço, apresenta muitas dificuldades com leitura e escrita. O aluno Antônio apresenta erros na estrutura do parágrafo, ortografia errada de palavras, uso inadequado de letras maiúsculas e minúsculas, hipo e hipersegmentação, texto incompleto e sem elementos coesivos, o aluno apresenta problemas de cognição , segmentação, ortografia e falta de interesse. Observação: O aluno não atendeu bem a proposta do reforço, precisava avançar bastante, pois apresentava muitas dificuldades com leitura e escrita. Assim como João Marcos não teve muitos progressos. 18 Aluno: Antônio Eduardo Fidelis, apesar de ter faltado dois de reforço, interpreta e lê muito bem, apresenta problemas na estruturação do parágrafo, e fazer uso indevido de letras maiúsculas e minúsculas, ortografia (exemplo: ceu= seu), apresenta também problemas de pontuação, assim como todos os seis alunos. Em seu primeiro texto o aluno colocou seu ponto de vista no fim da história, expressando sua opinião. Ao decorrer das aulas mostrou avanços. Observação: respondeu bem a proposta do reforço, embora tenha faltado muito. 19 Aluno: Eduardo Alexandersson nas primeiras produções apresentava problemas de estruturação do parágrafo, uso indevido de letras maiúsculas e minúsculas, pontuação e ortografia (letra pouco legível). Durante as aulas o aluno apresentou grandes progressos. Assim como Lucas fez boa leitura, boa escrita, interpretação e argumentação. Alexandersson respondeu bem a proposta do reforço, apresentando uma melhora gradativa de acordo com o avanço das aulas e orientações. Aluno: Alexsandersson Por fim, Anderson apresenta boa escrita, leitura razoável, interpretação e argumentação. Participou bastante das discursões, mas apresentou também, problemas na estruturação do parágrafo, espaçamento, ortografia (exemplo: dice= disse), faz o uso indevido de letras maiúsculas e minúsculas, pontuação. De um modo geral, o respondeu extremamente bem a proposta do reforço, se mostrou interessado e com o passar do tempo acompanhou o ritmo dos demais. Segui todas as orientações. 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de um país. É através dela que os cidadãos produzem conhecimentos e ajudam no crescimento pessoal e da nação em que vive aumentando sua renda e qualidade de vida das pessoas inseridas no contexto. O estágio possibilita aos futuros professores a compreensão das ações praticadas dentro da instituição, assim dando uma prévia da realidade, como também do que nos queremos realmente para a preparação à inserção profissional. Vale ressaltar, que aprendemos observando o professor, porém, elaboramos nosso próprio modo de ser, um incentivo para a profissão futura. A experiência adquirida com a Prática do Estágio Supervisionado I, nos proporcionou uma reflexão sobre como é a realidade do docente, de onde foram tiradas lições que irão servir de base para o futuro professorado, em que precisamos melhorar nossos métodos de ensino para facilitar a vida dos discentes enquanto docente e aprendiz, sendo que a teoria não é suficiente, por isso necessita-se do estágio para uma prática eficaz. Sabemos que o bom profissional não pode ficar estagnado no tempo, ele tem que estar sempre renovando. O professor deve sempre estar se aperfeiçoando de forma contínua, deve ser consciente de que ele é um agente transformador e que não pode estar à frente na formação de alguém se não levar a serio a sua própria formação. Precisa sair em busca de novos conhecimentos, precisa criar e recriar novas técnicas para que seus aprendizes não sejam meros repetidores e sim construtores de conhecimentos. Devemos ser verdadeiros com nossos alunos e acima de tudo com nós mesmos, pois estar em sala de aula é uma lição que temos a cada dia, e seu trabalho depende da ação, pois aprendemos e crescemos com os alunos e, estes por vezes, nos tem como espelho para a sua vida futura. Portanto, esta disciplina Prática de Ensino, Estágio Supervisionado I, proporcionou o contato com a prática social, e o convívio na Escola, criando condições para perceber os problemas inerente à atividade docente, principalmente como o ensino da Língua Portuguesa está hoje sendo aplicado na Escola. Este Estágio foi de grande importância, para aprendermos com é a realidade dentro da sala de aula, junto aos alunos e é claro, poder acompanhar o trabalho de um professor já formado, podendo, ver os erros que não podemos cometer no futuro, servindo como lição de vida os futuros professores de Português. Faz-se necessário que a educação seja levada a sério e que a teoria e a prática caminhem juntas em favor de possibilitar a compreensão do aluno e que esta educação tenha efeito significativo em sua vida. 21 ANEXOS 1 (ATIVIDADES) ANEXO A SONDAGEM INCIAL 17/10/2013 Sondagem da escrita dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, para levantamento dos conhecimentos prévios e principais dificuldades quanto à escrita de textos, a fim de serem discutidas em sala, para planejamento das interferências didáticas. 1.atividade: reescrita do conto: “o diamante”, de luis fernando veríssimo 2.orientações: realize uma atividade de reescrita com os alunos, atendendo às seguintes etapas: a) leia, expressivamente, o texto para os alunos (ou passe a audição). b) leia uma segunda vez perguntando, em seguida, se entenderam do que trata o texto. c) faça algumas perguntas sobre o texto (p. 18 da revista “na ponta do lápis”). d) solicite aos alunos que escrevam a história que ouviram (ou parte dela, ou um final diferente etc.), numa folha do caderno. e) na folha devem ser registrados os nomes: do aluno, da escola, da série, do professor e do município, além da data da coleta. f) recolha os textos, colocando-os numa pasta ou envelope, identificando a turma. g) nesse momento, os alunos não podem ter acesso à cópia escrita do texto. uma cópia em xerox deve ser deixada com eles, no final da tarde. h) após uma primeira análise dos textos, relacionando os conhecimentos prévios e as dificuldades dos alunos, leve os textos para análise e discussões no grupo da turma de graduação. i) no segundo momento, osalunos participarão de um dos jogos de língua portuguesa. ANEXO B O diamante Luis Fernando Veríssimo Um dia, Maria chegou em casa da escola muito triste. — O que foi? — perguntou a mãe de Maria. Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopy1 e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada. A mãe de Maria foi ver se Maria estava com febre. Não estava. Perguntou se Maria estava sentindo alguma coisa. Não estava. Perguntou se estava com fome. Não estava. Perguntou o que era, então. 22 — Nada — disse Maria. A mãe resolveu não insistir. Deixou Maria deitada na cama, abraçada com o seu Snoopy, emburrada. Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho, a mãe de Maria avisou: — Melhor nem falar com ela... Maria estava com cara de poucos amigos. Pior. Estava com cara de amigo nenhum. Na mesa de jantar, Maria de repente falou: — Eu não valo nada. O pai de Maria disse: — Em primeiro lugar, não se diz “eu não valo nada”. É “eu não valho nada”. Em segundo lugar, não é verdade. Você valhe muito. Quer dizer, vale muito. — Não valho. — Mas o que é isso? — disse a mãe de Maria. — Você é a nossa filha querida. Todos gostam de você. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade. Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. A milhões de outras pessoas. Só na minha aula tem sete Marias! — Querida... — começou a dizer a mãe. Mas o pai interrompeu. — Maria — disse o pai —, você sabe por que um diamante vale tanto dinheiro? Porque é bonito. — Porque é raro. Um pedaço de vidro também é bonito. Mas o vidro se encontra em toda parte. Um diamante é difícil de encontrar. Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale. Você sabe por que o ouro vale tanto? — Por quê? — Porque tem pouquíssimo ouro no mundo. Se o ouro fosse como areia, a gente ia caminhar no ouro, ia rolar no ouro, depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para não ficar suja. Agora, imagina se em todo o mundo só existisse uma pepita de ouro. — Ia ser a coisa mais valiosa do mundo. — Pois é. E em todo o mundo só existe uma Maria. — Só na minha aula são sete. — Mas são outras Marias. — São iguais a mim. Dois olhos, um nariz... 23 — Mas esta pintinha aqui nenhuma delas tem. — É... — Você já se deu conta de que em todo o mundo só existe uma você? — Mas, pai... — Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesma, só existe uma. Se algum dia aparecer outra você na sua frente, você pode dizer: é falsa. — Então eu sou a coisa mais valiosa do mundo. — Olha, você deve estar valendo aí uns três trilhões... Naquela noite a mãe de Maria passou perto do quarto dela e ouviu Maria falando com o Snoopy — Sabe um diamante? O santinho. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. ANEXO C ATIVIDADE DO DIA 24/10/2013 ATIVIDADE 1 - Foram retiradas letras de algumas palavras dessa parte do conto. Procure e tente consertá-las, riscando e reescrevendo em cima. Um dia, Maria chegou em casa da escola muito trite. — O que foi? — perguntou a mãe de Maria. Mas Maria nem quis convesa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopy e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada. A mãe de Maria foi ver se Maria estava com febe. Não estava. Perguntou se Maria estava sentindo alguma coisa. Não etava. Peguntou se etava com fome. Não estava. Perguntou o que era, então. — Nada — dise Maria. A mãe resolveu não insitir. Deixou Maria deitada na cama, abraçada com o seu Snoopy, emburada. Quando o pai de Maria chegou em casa do tabalho, a mãe de Maria avisou: — Melho nem fala com ela... ATIVIDADE 2 - Enfrente o desafio de organizar os parágrafos e as falas dessa parte do conto, reescrevendo-o abaixo. Atenção à pontuação do texto (vírgulas, ponto, dois pontos, aspas, ponto final). Discuta com o colega. MARIA ESTAVA COM CARA DE POUCOS AMIGOS PIOR ESTAVA COM CARA DE AMIGO NENHUM NA MESA DE JANTAR, MARIA DE REPENTE FALOU EU NÃO VALO NADA O PAI DE MARIA DISSE EM PRIMEIRO LUGAR NÃO SE 24 DIZ EU NÃO VALO NADA É EU NÃO VALHO NADA EM SEGUNDO LUGAR NÃO É VERDADE VOCÊ VALHE MUITO QUER DIZER VALE MUITO ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ALUNOS:___________________________________________DATA:_____________ ANEXO D O Voador Irmãos Grimm Uma vez um lenhador que, entrando em uma floresta para caçar, ouviu um choro de criança. Aproximou-se do lugar de onde vinha o som, avistou, no alto de um pinheiro, uma criancinha que para lá fora levada por uma ave de rapina, quea arrancara dos braços da mãe, que adormecera debaixo da árvore. O lenhador subiu na árvore e salvou a criança. Ao constatar que era um menino,decidiu levá-lo para casa e criá-lo, junto com sua filhinha Nina. O menino foi chamado Voador, já que fora encontrado no alto de uma árvore. Voador e Nina gostavam tanto um do outro, que se entristeciam quando tinham de se separar. O lenhador tinha uma cozinheira que todas as tardes pegava dois jarros e ia buscar água, e não ia uma só vez, mas muitas vezes, ao poço. Nina teve curiosidade e perguntou à cozinheira, que se chamava Morgana: — Por que trazes tanta água? — Eu lhe direi, se prometeres não contar a ninguém — disse Morgana. Ela prometeu não contar, e a cozinheira disse: Amanhã bem cedo, vou ferver a água toda que eu trouxer, em um jarro muito grande, e jogar Voador dentro. Na manhã seguinte, o lenhador saiu bem cedo, deixando as crianças ainda . E Nina disse a Voador: — Se nunca me deixares, eu também nunca te deixarei. — Nem agora nem em tempo algum te deixarei — replicou Voador. — Vou dizer-te então — falou Nina. — Ontem, vendo a velha Morgana trazer para casa muitos jarros de água, perguntei-lhe por que estava fazendo aquilo, e ela, depois de me fazer prometer que não contaria a ninguém, disse que hoje cedo ferveria água suficiente para encher uma grande tina e jogaria você dentro da tina com água fervendo. Mas nós vamos nos levantar rápido, vestirmos e sairmos daqui juntos. 25 E assim o fizeram. Quando a água estava fervendo, a cozinheira foi ao quarto procurar Voador para jogá-lo dentro da tina com água fervendo, e não o encontrando,assim como Nina, ficou alarmada, perguntando a si mesma: “O que farei quando meu patrão voltar para casa e descobrir que as crianças saíram? Tenho demandar alguém imediatamente atrás delas”. Deu ordem, então, a três criados de saírem em perseguição às crianças e trazê-las de volta. Elas estavam descansando e, quando viram de longe os três criados correndo, Nina disse a Voador: — Se nunca me deixares, eu também não te deixarei. — Nem agora nem em tempo algum te deixarei. — replicou Voador. — Vais virar uma roseira e eu a rosa da roseira — decidiu Nina. Quando os três criados chegaram à floresta, não viram nem sinal das crianças, apenas uma roseira com uma rosa. Certos de que nada se poderia fazer ali, os criados voltaram para casa e anunciaram o fracasso, explicando que nada mais tinham visto de novidade, a não ser uma roseira com uma rosa: — Idiotas!— exclamou a cozinheira, furiosa. — Deveríeis ter cortado a roseira, colhido a rosa e trazido para cá. Ide fazer isso, imediatamente. Os criados chegaram à floresta, mas as crianças os viram de longe. Nina disse então: — Se nunca me deixares, eu também jamais te deixarei. — Nem agora nem em tempo algum te deixarei — replicou o Voador. — Então, vais virar uma igreja e eu o candelabro da igreja. Assim foi feito, de modo que, quando os três criados lá chegaram, coisa alguma encontraram, a não ser a igreja com um candelabro. Voltaram para junto da cozinheira para se desculparem, dizendo então que só haviam encontrado uma igreja com um candelabro. — Idiotas! — esbravejou a cozinheira. — Por que não derrubastes a igreja e trouxestes o candelabro? Então a cozinheira dispensou os três criados e assumiu a perseguição aos fugitivos. Estes, porém, avistaram de longe a aproximação de Morgana. Nina, mais uma vez, disse a Voador: — Se nunca me deixares, eu também não te deixarei. — Nem agora nem em tempo algum te deixarei — replicou Voador. — Serás uma lagoa e eu serei um pato nadando nela — disse a menina. E de fato assim aconteceu. A cozinheira não tardou a chegar e, quando viu alagoa, deitou-se junto dela para saciar a sede que o calor e a caminhada haviam provocado. Então, o pato pousou em sua cabeça e com fortes bicadas empurrou-a para dentro da água, até que a velha Morgana se afogou. As crianças voltaram para casa, satisfeitíssimas,e assim continuaram, e, se ainda não morreram, estão vivas até hoje. Adaptação do conto “O Voador”, dos Irmãos Grimm. ANEXO E ATIVIDADES COM BASE NO CONTO “O VOADOR” 14/11/2013 26 ATIVIDADE 1 – Discuta com o colega como devem separar as palavras do texto abaixo. Marquem as separações e contem as palavras encontradas, para discutir com o grupo. UMAVEZUMLENHADORQUE,ENTRANDOEMUMAFLORESTAPARACAÇAR,O UVIUUMCHORODECRIANÇA.APROXIMOUSEDOLUGARDEONDEVINHAOSO M,AVISTOU,NOALTODEUMPINHEIRO,UMACRIANCINHAQUEPARALÁFORA LEVADAPORUMAAVEDERAPINA,QUEAARRANCARADOSBRAÇOSDAMÃE, QUE ADORMECERADEBAIXODAÁRVORE. ATIVIDADE 2 – Audição do conto O voador, dos Irmãos Grimm. ATIVIDADE 3 – Agora leia silenciosamente o texto O voador e marque apenas uma palavra que você gostaria de saber o significado bem direitinho, para conferir no dicionário. ATIVIDADE 4 – Escreva abaixo o fragmento do texto O voador que será ditado pelo professor. Quando a água estava fervendo, a cozinheira foi ao quarto procurar Voador para jogá-lo dentro da tina com água fervendo, e não o encontrando,assim como Nina, ficou alarmada, perguntando a si mesma: “O que farei quando meu patrão voltar para casa e descobrir que as crianças saíram? Tenho demandar alguém imediatamente atrás delas”. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ _____________________ ALUNO:_________________________________ DATA: ________________. ANEXO F ATIVIDADE DO DIA 21/11/2013 Conteúdo selecionado: concordância (pelo acréscimo do ‘s’ como marca de plural) 27 ATIVIDADE 1 - Algumas palavras não estão combinando no texto. Procure e conserte- as. Maria estava com cara de pouco amigos. Pior. Estava com cara de amigo nenhum. Na mesas de jantar, Maria de repente falou: — Eu não valo nada. O pai de Maria disse: — Em primeiro lugar, não se diz “eu não valo nada”. É “eu não valho nada”. Em segundo lugar, não é verdade. Você valhe muito. Quer dizer, vale muito. — Não valho. — Mas o que é isso? — disse a mãe de Maria. — Você é a nossa filha querida. Todos gosta de você. A mamãe, o papai, a vovó, o tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade. Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoa. A milhões de outras pessoas. (Conto O Diamante, de Luis Fernando Veríssimo – fragmento). ANEXO G ATIVIDADE DO DIA 21/11/2013 28 ANEXO H Sondagem final da escrita dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental, para comparação com a escrita inicial do período de reforço. Dia 28/11/2013 1.Atividade: Reescrita do conto: “O diamante”, de Luis Fernando Veríssimo (ANEXO B) 2.Orientações: Realize uma atividade de reescrita com os alunos, atendendo às seguintes etapas: 29 a) Leia, expressivamente, o texto para os alunos (ou passe a audição). b) Leia uma segunda vez perguntando, em seguida, se entenderam do que trata o texto. c) Solicite aos alunos que escrevam a história que ouviram (ou parte dela, ou um final diferente etc.), na folha de produção, preferencialmente de caneta preta ou azul. d) Na folha devem ser registrados os nomes: do aluno, da escola, da série, do professor e do município, além da data da coleta. e) Recolha os textos, colocando-os numa pasta ou envelope, identificando a turma. f) Nesse momento, os alunos não podem ter acesso à cópia escrita do texto. Uma cópia em xerox deve ser deixada com eles, no final da tarde. g) Após uma primeira comparação com o texto inicial, leve os textos para análise e discussões no grupo da turma de graduação. ANEXO 2 (REGISTRO FOTOGRÁFICO) 30 ANEXO 3 31 (REGISTRO DOS PROBLEMAS E DIFICULDADES APRESENTADOS NOS TEXTOS DOS ALUNOS RELACIONADOS COM OS SEGUINTES ASPECTOS DA ESCRITA): ALUNOS→ ASPECTOS OBSERVADOS ↓ A lu n o 1 A lu n o 2 A lu n o 3 A lu n o 4 A lu n o 5 A lu n o 6 T O T A L - Apresenta dificuldades para representar sílabas cuja estrutura seja diferente de consoante- vogal. x x x x x 23 - Apresenta erros por interferência da fala na escrita em fim de palavras ou no radical. x x x x x x 25 - Troca letras ("c"/"ç", "c"/"qu", "r"/ "rr", "s"/"ss", "g"/"gu", "m"/"n") por desconhecer as regularidades contextuais do sistema ortográfico. x x x x 21 - Troca letras ("c"/"ç"/"s"/"ss"/"x", "s"/"z", "x"/"ch", "g"/"j") por desconhecer as múltiplas representações do mesmo som. x x x 22 - Realiza trocas de consoantes surdas (como "p" e "t") e sonoras (como "b" e "d"). x 8 - Revela problemas na representação da nasalização ("ã"/"an"). x x x 17 - Não domina as regras básicas de concordância nominal e verbal da língua. x x x x x 20 - Não segmenta o texto em frases usando letras maiúsculas e ponto (final, interrogação, exclamação). x x x x x x 27 - Não emprega a vírgula em frases. x x x x x x 24 - Não dispõe o texto (margens, parágrafos, títulos, cabeçalhos) de acordo com as convenções. x x x x x x 24 TOTAL 5 6 6 9 9 10 32 REFERÊNCIAS RUIZ, Eliana Donaio. Como corrigir redações na escola: uma proposta textual interativa. São Paulo, Contexto, 2010. BECHARA, Evanildo. A nova ortografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & linguística. São Paulo: Scipione, 2009. LOPES, Adna (org.) Aulas de língua portuguesa. Maceió, SEMED, 2005. FURTADO, V. Q. Dificuldades na aprendizagem da escrita: uma intervenção psicopedagógica via jogos de regras.Petrópolis, RJ, Vozes, 2012 1
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