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DEFINIÇÃO Apresentação de tratamento contábil aplicável às operações mercantis, bem como aqueles dedicados a eventos econômicos diversos. PROPÓSITO Apresentar a tradução contábil para os principais eventos econômicos praticados pelas entidades, avançando para o tratamento contábil de eventos econômicos diversos. PREPARAÇÃO Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos: papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu celular/computador. OBJETIVOS MÓDULO 1 Identificar o tratamento contábil aplicável às operações mercantis MÓDULO 2 Identificar o tratamento contábil aplicável a lançamentos contábeis específicos INTRODUÇÃO Neste tema, o aluno tomará contato com o tratamento contábil aplicável às operações mercantis, envolvendo os métodos de controle de estoques e o cálculo do custo da mercadoria vendida e do resultado com mercadorias. Fonte: create jobs 51/shutterstock Na sequência, serão apresentados lançamentos contábeis dedicados a eventos econômicos diversos, tais como: adiantamentos, ganhos e perdas na alienação de itens do imobilizado e intangíveis, e provisão para devedores duvidosos. MÓDULO 1 Identificar o tratamento contábil aplicável às operações mercantis O tratamento contábil das operações com mercadorias envolve vários tópicos distintos, tais como: (i) inventário de estoques; (ii) o cálculo do custo da mercadoria vendida; (iii) descontos e abatimentos concedidos e recebidos; (iv) tributos incidentes sobre a produção e venda de mercadorias. Vamos abordar esses tópicos individualmente e conectá-los ao final. INVENTÁRIO DE ESTOQUES De maneira geral, as operações com mercadorias são praticadas por empresas comerciais que as adquirem com a finalidade de revendê-las com lucro. O resultado com mercadorias (RCM) é calculado, conforme expressão algébrica a seguir: 𝑅𝐶𝑀 = 𝑉 − 𝐶𝑀𝑉 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde V corresponde às vendas do período; e CMV, ao custo da mercadoria vendida. Como as vendas são conhecidas, a variável a ser determinada é o CMV. Para empresas comerciais, é essencial a determinação do custo da mercadoria vendida (CMV), pois é a partir desse valor que a revenda das mercadorias gerará lucro. A depender da frequência de aquisição e revenda dessas mercadorias, assim como da variedade mercadorias transacionadas, a determinação do CMV pode se tornar algo bastante complexo. Fonte: Rawpixel.com/shutterstock E como o CMV pode ser determinado? O CMV observa um conceito de fluxo e sua expressão algébrica é: 𝐶𝑀𝑉 = 𝐸 I + 𝐶 − 𝐸 F Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde Ei é o estoque inicial do período, C corresponde às compras de mercadorias, e Ef é o estoque final do período. O estoque inicial do período e as compras são conhecidos. A variável a ser determinada é o estoque final do período. Há duas alternativas para isso: 1. O INVENTÁRIO PERIÓDICO; 2. O INVENTÁRIO PERMANENTE. INVENTÁRIO PERIÓDICO O inventário periódico é a alternativa escolhida por empresas de menor porte que optam por um controle mais simples, ainda que menos preciso. Ele apura o estoque de mercadorias ao final do período escolhido, por meio de uma contagem física das mercadorias em estoque. Fonte: Rawpixel.com/shutterstock Esse estoque final inventariado é mensurado pelo preço de custo ou de mercado, o que for menor. Uma vez determinado o estoque final do período (Ef), o CMV pode ser calculado. Exemplo Considere uma entidade que apresente os saldos a seguir e observe a determinação do estoque final de mercadorias e do resultado com mercadorias, a partir da utilização da conta mista de mercadorias. Mercadorias em estoque Conta mista de mercadorias Fornecedores Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos Ei 600 (SI) 600 (1) Ei 600 (1) 2.600(2) C 2.600 (2) 2.600 (3) V Ef 1.300 (4) 600* Ef 1.300 (4) 800** Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Duplicatas a receber 2.600 (3) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal * Saldo da conta mista de mercadorias (SM). ** RCM ‒ conta mista como conta de resultado; o saldo é o RCM. RESPOSTA A conta mista de mercadorias é a contrapartida de todos os lançamentos envolvendo a compra e a venda de produtos. O saldo final, $800,00, corresponde ao RCM, enquanto o lançamento (4) é o resultado do inventário periódico realizado no estoque. INVENTÁRIO PERMANENTE Este é o controle constante do estoque de mercadorias, realizado por meio de controles individuais por tipo de mercadoria. Existem três métodos para realizar o inventário permanente. São eles: PEPS Primeiro a entrar, primeiro a sair; ou FIFO (First-in, first-out); UEPS Último a entrar; primeiro a sair; ou LIFO (Last-in, first-out); CMP Custo médio ponderado. Exemplo Considere as operações com mercadorias e apure o estoque final do período, segundo os três métodos de inventário permanente. Data Operação Quantidade Preços Unitário $ Total $ Saldo Inicial (Ei) 100 40 4.000 (1) Compra 100 60 6.000 (2) Venda 50 140 7.000 (3) Venda 60 200 12.000 (4) Compra 100 90 9.000 (5) Venda 40 140 5.600 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Método PEPS CONTROLE DE ESTOQUES — PEPS Data ENTRADAS SAÍDAS SALDO Qtde. Preço Unit. Preço Total Qtde. Preço Unit. Preço Total Qtde. Preço Unit. Preço Total ESTOQUE INICIAL 100 40 4.000 (1) 100 60 6.000 100 100 200 40 60 - 4.000 6.000 10.000 (2) 50 40 2.000 50 100 150 40 60 2.000 6.000 8.000 (3) 50 10 60 40 60 2.000 600 2.600 90 60 5.400 (4) 100 90 9.000 90 100 190 60 90 5.400 9.000 14.400 (5) 40 60 2.400 50 100 150 60 90 3.000 9.000 12.000 Totais 200 15.000 150 7.000 150 12.000 CMV – Custo das mercadorias vendidas 7.000 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Método UEPS CONTROLE DE ESTOQUES — UEPS Data ENTRADAS SAÍDAS SALDO Qtde. Preço Unit. Preço Total Qtde. Preço Unit. Preço Total Qtde. Preço Unit. Preço Total ESTOQUE INICIAL 100 40 4.000 (1) 100 60 6.000 100 100 200 40 60 - 4.000 6.000 10.000 (2) 50 60 3.000 100 50 150 40 60 4.000 3.000 7.000 (3) 50 10 60 60 40 3.000 400 3.400 90 40 3.600 (4) 100 90 9.000 90 100 190 40 90 3.600 9.000 12.600 (5) 40 90 3.600 90 60 150 40 90 3.600 5.400 9.000 Totais 200 15.000 150 10.000 150 9.000 CMV – Custo das mercadorias vendidas 10.000 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Método: Custo médio ponderado CONTROLE DE ESTOQUES — CMP Data ENTRADAS SAÍDAS SALDO Qtde. Preço Unit. Preço Total Qtde. Preço Unit. Preço Total Qtde. Preço Unit. Preço Total ESTOQUE INICIAL 100 40 4.000 (1) 100 60 6.000 100 100 200 40 60 50 4.000 6.000 10.000 (2) 50 50 2.500 150 50 7.500 (3) 60 50 3.000 90 50 4.500 (4) 100 90 9.000 90 100 190 50 90 71,05 4.500 9.000 13.500 (5) 40 71,05 2.842 150 71,05 10.657,50 Totais 200 15.000 150 150 10.657,50 CMV – Custo das Mercadorias Vendidas 8.342 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Comparação entre os métodos de avaliações de estoques pelo inventário permanente Método Vendas CMV RCM EF PEPS 24.600 7.000 17.600 12.000 UEPS 24.600 10.000 14.600 9.000 CMP 24.600 8.342 16.258 10.657,50 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal A questão de fundo na comparação entre os métodos de avaliação de estoques é o tratamento da inflação. O PEPS prioriza a baixa das mercadorias adquiridas há mais tempo e, possivelmente, a preços mais baixos, superestimando os estoques e subestimando o CMV. O UEPS, ao contrário, prioriza a baixa das mercadorias adquiridas recentemente e, por outro lado, a preços mais altos, subestimando os estoques e superestimando o CMV. A consequência direta dessas escolhas é a maximizaçãodo resultado com mercadorias no PEPS e a minimização no UEPS. O método do custo médio ponderado segue um caminho intermediário entre PEPS e UEPS, distribuindo o efeito das variações de preços das mercadorias entre estoques e CMV. Em consequência dos efeitos que os métodos de avaliação de estoques exercem sobre o resultado, e, em consequência, sobre o lucro tributável, a legislação do IR admite que sejam utilizados apenas o PEPS e o custo médio ponderado. FATOS QUE MODIFICAM COMPRAS E VENDAS As compras e vendas de mercadorias podem ser afetadas por eventos alheios à vontade dos administradores ou por decisões comerciais consentidas pelos administradores facilitar a realização da transação. Fatos que modificam compras: Fonte: Andrew Angelov/Shutterstock Gastos necessários ao recebimento da mercadoria, comocusto de embalagem e desembaraço aduaneiro devem ser adicionados ao valor das compras; O custo do transporte deve ser adicionado ao valor das compras; Os tributos não recuperáveis incidentes sobre mercadorias devem ser adicionados ao valor das compras; As devoluções de compras devem ser deduzidas do valor das compras; Descontos incondicionais ou abatimentos obtidos devem ser deduzidos do valor das compras. Fonte: Monkey Business Images/Shutterstock Fatos que modificam vendas e devem ser deduzidos do valor das vendas: Devoluções de vendas e vendas anuladas; Descontos incondicionais concedidos ou abatimento sobre vendas; Impostos incidentes sobre vendas. TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE OPERAÇÕES COM MERCADORIAS Neste caso, estamos falando de impostos cujo fato gerador deriva da compra ou venda de mercadorias e cujas alíquotas se relacionam ao preço de venda. Os principais tributos são: Tributos Competência IPI ‒ Imposto sobre produtos industrializados Federal PIS ‒ Programa de integração social Federal COFINS ‒ Contribuição para financiamento da seguridade social Federal ICMS ‒ Imposto sobre circulação de mercadorias1 Estadual Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal 1 Também incide sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações. Os impostos podem ser cumulativos e não cumulativos. Fonte: RomanR/Shutterstock CUMULATIVOS São aqueles que incidem em cascata ao longo de toda a cadeia de produção e suas alíquotas são calculadas sobre o valor de venda em cada etapa da cadeia de produção. A extinta CPMF é um exemplo. NÃO CUMULATIVOS Também incidem em cascata ao longo de toda a cadeia de produção. Contudo, cada etapa da cadeia de produção é tributada apenas pelo valor agregado e não pelo valor de venda. ATENÇÃO Dos exemplos apresentados na tabela anterior, IPI e ICMS são impostos não cumulativos, enquanto PIS e COFINS podem assumir ambas as características. A operacionalização contábil dos impostos não cumulativos exige que a tributação incidente sobre a compra seja deduzida da tributação incidente sobre a venda, de forma que a entidade seja tributada apenas pela diferença, equivalente ao valor agregado na etapa de produção. Os exemplos, a seguir, tratam desses casos para o ICMS. Quanto ao IPI, as entidades comerciais são, usualmente, consumidoras finais de produtos industrializados, pois não integram a cadeia de transformação do bem. Para essas entidades, o IPI é tratado como uma despesa sobre vendas pelo valor incidente na aquisição das mercadorias. Exemplo Considere uma entidade comercial que realiza compra e venda de mercadorias submetidas a uma alíquota de ICMS de 18%. No período de análise, a entidade realiza duas únicas operações: (i) compra de mercadorias, no valor de $60.000,00; e (ii) venda de mercadorias, no valor de $80.000,00. Observe, a seguir, as notas fiscais das operações: Nota fiscal de compra Nota fiscal de venda Preço da mercadoria 60.000 Preço da mercadoria 80.000 ICMS incluso no preço 10.800 ICMS incluso no preço 14.400 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Observe os razonetes com os lançamentos relativos à compra (1) e à venda (2 e 3). Compras ICMS a recuperar Fornecedores 49.200 (1) 10.800 (1) 60.000 (1) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Receita bruta Clientes 80.000 (2) 80.000 (2) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal ICMS s/ vendas ICMS a recolher 14.400(3) 14.400(3) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal O passo final é a apuração do ICMS a recolher. Observe o lançamento (4) a seguir: ICMS a recuperar ICMS a recolher 10.800 (1) 10.800 (4) 10.800 (4) 14.400(3) 3.600 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal O saldo devido de ICMS no período é $3.600,00. Exemplo (adaptado de NEVES; VICENCONTI, 2009) A Cia ABC é uma empresa comercial que realiza uma série de operações com mercadorias ao longo de 09/X1. O exemplo apresenta a contabilização desses eventos e a apuração do resultado com mercadorias (todas as operações com mercadorias foram efetuadas a prazo). a) NOTAS FISCAIS VENDAS COMPRAS Valor bruto (-) Desconto incondicional 40.000 (5.000) 20.000 (5.000) Total da nota fiscal 35.000 15.000 ICMS destacado 6.300 2.700 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal b) NOTAS FISCAIS DEVOLUÇÃO DE VENDAS COMPRAS Valor bruto (-) Desconto incondicional 4.000 (500) 2.000 (500) Total da nota fiscal 3.500 1.500 ICMS destacado 630 270 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal c) Abatimentos concedidos após a operação para evitar a devolução das mercadorias: - Abatimentos sobre vendas → $405 - Abatimento sobre compras → $520 d) Fretes sobre compras a pagar em 30 dias → $250 e) Seguro sobre compras a pagar em 30 dias → $180 f) COFINS sobre receita bruta → $915 g) PIS incidentes sobre a receita bruta → $215 h) Estoque inicial de setembro → $4.200 i) Estoque final de setembro → $4.400 Contabilização: Lançamento (a) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 01/09/X1 Diversos a Vendas brutas Clientes Abatimentos sobre vendas (Descontos incondicionais) 40.000 35.000 5.000 40.000 Pelo registro das vendas Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (a.1) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 01/09/X1 ICMS sobre vendas a ICMS a recolher 6.300 6.300 Pelo registro do ICMS devido Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (a.2) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 05/09/X1 Diversos a Diversos Compras brutas ICMS a recuperar a Fornecedores a Abatimentos sobre compras (Descontos incondicionais) 20.000 17.300 2.700 20.000 15.000 5.000 Pelo registro das compras Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (b) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 10/09/X1 Devolução de vendas a Diversos a Abatimentos sobre vendas (Descontos incondicionais) a Clientes 4.000 4.000 500 3.500 Pela devolução de vendas Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (b.1) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 10/09/X1 ICMS a recuperar a ICMS sobre vendas (Despesa de ICMS) 630 630 Pelo estorno do ICMS sobre vendas Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (b.2) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 10/09/X1 Diversos a Diversos Fornecedores 2.000 1.500 2.000 Abatimentos sobre compras (Descontos incondicionais) a Devolução de compras a ICMS a recolher 500 1.730 270 Pela devolução de compras e estorno do ICMS Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (c) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 15/09/X1 Abatimentos sobre vendas a Clientes 405 405 Pelo abatimento sobre vendas Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento(c.1) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 15/09/X1 Fornecedores a Abatimentos sobre Compras 520 520 Pelo abatimento sobre Compras Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (d) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 15/09/X1 Fretes sobre Compras a Fornecedores 250 250 Pelo frete sobre Compras Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (e) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 15/09/X1 Seguros sobre Compras a Fornecedores 180 180 Pelo seguro sobre Compras Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (f) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 20/09/X1 COFINS – Dedução da receita bruta a COFINS a recolher 915 915 Pela dedução da COFINS Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (g) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 20/09/X1 PIS – Dedução da receita bruta a PIS a recolher 215 215 Pela dedução da COFINS Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal APURAÇÃO DAS COMPRAS LÍQUIDAS COMPRASLÍQUIDAS = COMPRASBRUTAS + FRETES + SEGURO – DEVOLUÇÕESCOMPRAS – ABATIMENTOSCOMPRAS Onde: ComprasBrutas: (20.000 – 2.700) = 17.300; lembre-se de deduzir o ICMS, faturado por dentro. Fretes: 250 Seguros: 180 DevoluçõesCompras: (2.000 – 270) = 1.730; lembre-se de deduzir o ICMS, faturado por dentro. AbatimentosCompras: 5.020 (obtido da seguinte maneira: 5.000 de desconto incondicional, conforme a) Notas Fiscais; deduzido de 500 devolvidos, conforme b) Notas Fiscais; e acrescido de 520, conforme item c). Então, ComprasLíquidas = 17.300 +250 +180 – 1.730 – 5.020 = 10.980 Lançamento (h) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 Compras líquidas a Diversos a Compras brutas a Fretes sobre compras a Seguros sobre compras 17.730 17.730 17.300 250 180 Pela apuração das compras líquidas Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (h.1) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 Diversos a Compras líquidas Devolução de Compras Abatimentos sobre compras 6.750 6.750 1.730 5.020 Pela Apuração das compras líquidas Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal APURAÇÃO DAS VENDAS LÍQUIDAS VENDASLÍQUIDAS = VENDASBRUTAS – DEVOLUÇÃOVENDAS – ABATIMENTOSVENDAS - IMPOSTOSVENDAS Onde: VendasBrutas: 40.000 DevoluçãoVendas: 4.000, conforme b) Notas Fiscais AbatimentosVendas: (5.000 – 500 + 405) = 4.905, dos quais 5.000 referem-se ao desconto incondicional conforme a) Notas Fiscais; 500 devem ser deduzidos desse desconto em razão da devolução das mercadorias, conforme b) Notas Fiscais; e 405 e o abatimento adicional oferecido para evitar a perda do negócio, conforme dados adicionais ao problema. ImpostosVendas: (ICMS + PIS + COFINS) = 5.670 + 215 + 915 = 7.000, conforme cálculo do ICMS abaixo. ICSM = 6.300 – 630 = 5670 VendasLíquidas = 40.000 – 4.000 – 4.905 – 7.000 = 40.000 – 15.905 VendasLíquidas = 24.095 Lançamento (i) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 Vendas Brutas a Vendas líquidas 40.000 40.000 Pela apuração das vendas líquidas Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (i.1) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 Vendas Líquidas a Diversos a Devolução de vendas a Abatimentos sobre vendas a ICMS sobre vendas a COFINS – Dedução da receita bruta a PIS - Dedução da receita bruta 15.905 15.905 4.000 4.905 5.670 915 215 Pela apuração das vendas líquidas Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV) CMV = EINICIAL +CLÍQUIDAS – EFINAL RESPOSTA CMV = 4.200 + 10.980 - 4.400 CMV = 10.780 Lançamento (j) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 Custo das mercadorias vendidas (CMV) a Diversos a Mercadorias em estoque (EstoqueInicial) a Compras líquidas 15.180 15.180 4.200 10.980 Pela apuração do CMV Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (j.1) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 Mercadorias em estoque (EstoqueFinal) a Custo das mercadorias vendidas (CMV) 4.400 4.400 Pela apuração do CMV Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal APURAÇÃO DO RESULTADO COM MERCADORIAS (RCM) RCM = VENDASLÍQUIDAS - CMV RESPOSTA RCM = 24.095 – 10.780 RCM = 13.315 Lançamento (k) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 Vendas líquidas a Resultado com mercadorias (RCM) 24.095 24.095 Pela apuração do RCM Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento (k.1) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 Resultado com mercadorias (RCM) a Custo das mercadorias vendidas (CMV) 10.780 10.780 Pela apuração do RCM Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal APURAÇÃO DO ICMS A RECOLHER Trata-se da transposição do ICMS a recuperar (zerando a conta) para a conta ICMS a recolher. Do confronto desses valores, ou seja, da dedução do ICMS a recuperar do saldo de ICMS a recolher, resulta o valor final do imposto a ser recolhido pela empresa. Veja o razonete mais adiante e o saldo final de $3.240,00 como o valor do imposto a ser recolhido. Lançamento (l) Débitos Créditos Rio de Janeiro, 30/09/X1 ICMS a recolher a ICMS a recuperar 3.330 3.330 Pela apuração do ICMS a recolher Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Observe os mesmos lançamentos em razonetes: Compras brutas Devolução de compras Abatimentos s/ compras Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos 17.300(a.2) 17.300(h) 1.730(h.1) 1.730(b.2) 500(b.2) 5.000(a.2) 5.020(h.1) 520(c.1) - - - Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Seguros s/ compras Fretes s/ compras Compras líquidas Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos 180(e) 180(h) 250(d) 250(h) 17.730(h) 6.750(h.1) 10.980(j) - - - Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Vendas brutas Devolução de vendas Abatimentos s/ vendas Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos 40.000(i) 40.000(a) 4.000(b) 4.000(i.1) 5.000(a) 500(b) 405(c) 4.905(i.1) - - - Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal ICMS s/ Vendas (Despesa ICMS) COFINS Dedução da rec. bruta PIS Dedução da rec. bruta Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos 6.300(a.1) 630(b.1) 915(f) 915(i.1) 215(g) 215(i.1) 5.670(i.1) - - - Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Vendas líquidas Custo das mercadorias vendidas — CMV Resultado com mercadorias — RCM Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos 15.905(i.1) 40.000(i) 15.180(j) 4.400(j.1) 10.780(k.1) 24.095(k) 24.095(k) 10.780(k.1) - - 13.315 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Fornecedores Clientes COFINS a recolher Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos 1.500(b.2) 15.000(a.2) 35.000(a) 3.500(b) 915(f) 520(c.1) 250(d) 180(e) 405(c) 13.410 31.095 915 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal PIS a recolher ICMS a recolher ICMS a recuperar Débitos Créditos Débitos Créditos Débitos Créditos 215(g) 3.330(l) 6.300(a.1) 2.700(a.2) 3.330(l) 270(b.2) 630(b.1) 215 3.240 - Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Mercadorias em estoque Débitos Créditos 4.200 (SI) 4.200(j) 4.400(j.1) 4.400 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Utilizando os mesmos dados do exercício anterior, finalizaremos a análise com a elaboração da demonstração do resultado do exercício (DRE). A DRE é o relatóriofinanceiro que informa o lucro ou o prejuízo do exercício. RESPOSTA Receita operacional bruta (vendas brutas) 40.000 (-) Deduções da Receita Bruta Devoluções e Abatimentos 8.905 Impostos Incidentes s/ Vendas 7.000 (15.905) Receita operacional líquida (vendas líquidas) 24.095 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (10.780) Lucro operacional bruto (RCM) 13.315 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. (IADES ‒ 2014 ‒ CAU-RJ ‒ ASSISTENTE FINANCEIRO / ADAPTADA) OBSERVE O SEGUINTE LANÇAMENTO CONTÁBIL: DEBITA – CAIXA $1.000 CREDITA – ESTOQUE DE MERCADORIAS $700 CONSIDERANDO ESSES DADOS, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE COMPLEMENTA CORRETAMENTE O LANÇAMENTO APRESENTADO: A) Debita – Custo das mercadorias vendidas (CMV) $700 Credita – Receita de vendas 1.000 B) Credita – Receita de vendas $300 C) Credita – Custo das mercadorias vendidas (CMV) $300 D) Debita – Custo das mercadorias vendidas (CMV) $300 Credita – Estoque de mercadorias $600 2. (CFC ‒ 2016 ‒ CFC ‒ BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS ‒ 2º EXAME) UMA SOCIEDADE EMPRESÁRIA APRESENTOU OS SEGUINTES DADOS EM 31/12/2015: A SOCIEDADE EMPRESÁRIA UTILIZA O INVENTÁRIO PERIÓDICO PARA APURAÇÃO DO CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA. OS VALORES INFORMADOS DE COMPRAS E DEVOLUÇÃO DE COMPRAS DE MERCADORIAS ESTÃO LÍQUIDOS DOS TRIBUTOS RECUPERÁVEIS. CONSIDERANDO-SE OS DADOS APRESENTADOS, A SOCIEDADE EMPRESÁRIA APRESENTARÁ LUCRO BRUTO NO VALOR DE: A) R$1.365.342,00. B) R$1.391.775,00. C) R$2.236.625,00. D) R$2.938.125,00. GABARITO 1. (IADES ‒ 2014 ‒ CAU-RJ ‒ Assistente Financeiro / Adaptada) Observe o seguinte lançamento contábil: Debita – Caixa $1.000 Credita – Estoque de mercadorias $700 Considerando esses dados, assinale a alternativa que complementa corretamente o lançamento apresentado: A alternativa "A " está correta. A contrapartida da baixa do estoque é o registro do CMV; enquanto a contrapartida do ingresso de caixa é a Receita de Vendas. 2. (CFC ‒ 2016 ‒ CFC ‒ Bacharel em Ciências Contábeis ‒ 2º Exame) Uma sociedade empresária apresentou os seguintes dados em 31/12/2015: A sociedade empresária utiliza o inventário periódico para apuração do custo da mercadoria vendida. Os valores informados de compras e devolução de compras de mercadorias estão líquidos dos tributos recuperáveis. Considerando-se os dados apresentados, a sociedade empresária apresentará lucro bruto no valor de: A alternativa "C " está correta. Observe a DRE: Faturamento 3.750.000 (-) Impostos sobre faturamento -136.875 (soma de PIS e COFINS) Receita bruta de vendas 3.613.125 (-) Impostos sobre vendas -675.000 (ICMS) Receita líquida de vendas 2.938.125 (-) CMV -701.500 (CMV = Ei + ComprasLíquidas -Ef) Lucro bruto 2.236.625 Estoque inicial 185.000 Compras (líquidas)* 1.129.000 (-) Estoque final - 612.500 CMV 701.500 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal * Compras líquidas = ComprasBrutas – Devoluções de compras MÓDULO 2 Identificar o tratamento contábil aplicável a lançamentos contábeis específicos Neste módulo, você aprenderá sobre o tratamento contábil aplicável a diversos eventos econômicos típicos realizados pelas empresas e que afetam o patrimônio, tais como: Adiantamentos Despesas pagas antecipadamente Resultado não operacional obtido na alienação de imobilizado e intangível Provisão para devedores duvidosos ADIANTAMENTOS Trata-se da antecipação de valor a ser recebido ou pago no futuro, e serão deduzidos quando da efetiva liquidação do direito ou obrigação. Exemplo Adiantamento pago a fornecedores, no valor de $1.000,00, por meio de transferência bancária. Lançamento Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Adiantamento a fornecedores a Bancos 1.000 1.000 Pelo adiantamento pago a fornecedores, no valor de $1.000 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Exemplo Adiantamento recebido de clientes, no valor de $1.000,00, por meio de transferência bancária. Lançamento Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Bancos a Adiantamento a fornecedores 1.000 1.000 Pelo adiantamento recebido de clientes, no valor de $1.000. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Exemplo Compensação do adiantamento pago a fornecedores, no valor de $1.000,00, quando da quitação da obrigação. Lançamento Débitos Créditos Rio de Janeiro KK/YY/X1 Fornecedores a Adiantamento a fornecedores 1.000 1.000 Pela compensação do adiantamento pago a fornecedores com a obrigação, no valor de $1.000. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE O regime de competência define que a alocação de receitas e despesas é feita no período a que se referem. Observe o exemplo a seguir. EXEMPLO Em 02/01/X1, a empresa ABC contratou o seguro de suas instalações industriais pelo período de 12 meses por $1200,00, pagos à vista. Trata-se, em essência, de uma despesa de seguros desembolsada à vista. Contudo, a cobertura do seguro contempla todo o ano de X1, razão pela qual a despesa equivalente deve ser reconhecida ao longo do mesmo período. O saldo bancário (SI) no momento da operação era de $10.000,00. Observe os lançamentos a seguir. Lançamento Débitos Créditos Rio de Janeiro, 02/01/X1 Seguros a vencer (Ativo) 1.200 a Bancos 1.200 Pagamento à vista de cobertura de seguros Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Lançamento Débitos Créditos Rio de Janeiro, 02/01/X1 Despesa de seguros a Seguros a vencer 100 100 Apropriação da despesa de seguros relativa ao primeiro mês Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Todo final de mês, deve ser apropriada a despesa relativa ao “consumo” do seguro naquele mês. Repete-se, portanto, o lançamento 2 a cada final de mês. Ao final dos 12 meses, teremos a situação apresentada nos razonetes a seguir: Bancos Seguros a vencer Despesas de seguros 10000 (SI) 1200 (1) 1200 (1) 1100 (2-12) 100 (13) 1100 (2-12) 100 (13) 9800 (SF) 0 (SF) 1200 (SF) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Embora o efeito financeiro da contratação do seguro tenha ocorrido no primeiro dia do ano (observe o lançamento creditando o caixa), sua conversão em despesa não é imediata. A contratação do seguro é registrada como ativo (despesas antecipadas) e será, gradualmente, absorvida como despesa ao longo de sua vigência. AÇÕES EM TESOURARIA Ações em tesouraria é a rubrica contábil na qual é feito o registro das ações da companhia que foram adquiridas pela própria sociedade. Como as ações adquiridas não deixam de existir, não haverá redução do capital social. No futuro, essas ações podem voltar a ser negociadas. Desse modo, a rubrica ações em tesouraria é uma conta retificadora do patrimônio líquido. EXEMPLO A Cia ABC apresentou lucro expressivo nos últimos exercícios e a assembleia geral aprovou destinar parte desse lucro para recomprar ações no mercado, com o propósito de estimular e valorizá-las. A Cia ABC tem capital subscrito e realizado de $20 milhões e adquiriu ações no valor patrimonial de $2 milhões. Observe o lançamento a seguir: Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Ações em tesouraria (retificadora do PL) a Bancos 2.000 2.000 Compra de ações da própria Cia em mercado. Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal RESULTADO NÃO OPERACIONAL Trata-se do ganho ou da perda de capital na venda de bens do imobilizado ou intangível. O ganho ou perda de capital será a diferença entre o valor justo líquido de venda e o valor contábil líquido. Observe o exemplo a seguir: EXEMPLO A Cia ABC alienou um imóvel por $1 milhão. Os custos envolvidos não operacionais foram de $200.000,00 e o imóvel estava registrado por um custo de aquisição de $1.500.000,00e depreciação acumulada de $800.000,00. Cálculo do valor justo líquido de venda e do valor contábil líquido VALOR JUSTO LÍQUIDO DE VENDA = VALOR DE VENDA − DESPESAS RELACIONADAS À VENDA VALOR JUSTO LÍQUIDO DE VENDA = 1.000.000 − 200.000 = 800.000 VALOR CONTÁBIL LÍQUIDO = VALOR DE CUSTO − DEPRECIAÇÃO ACUMULADA VALOR CONTÁBIL LÍQUIDO = 1.500.000 − 800.000 = 700.000 RESULTADO NÃO OPERACIONAL = 800.000 − 700.000 = 100.000 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Histórico dos lançamentos (em $1.000,00) Despesas incorridas na venda do imóvel; Atualização do valor contábil líquido do imóvel; Venda do imóvel por $ 1 milhão; Baixa do Imóvel. O registro contábil é realizado tendo como contrapartida única de todos os lançamentos o fato de que a rubrica ganhou perdas não operacionais. Esaa conta age como uma espécie de concentrador de lançamentos, cujo valor líquido será o resultado não operacional. (1) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Ganhos ou perdas de capital a Despesas gerais 200 200 Despesas incorridas na venda do imóvel Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal (2) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Depreciação acumulada a Ganhos ou perdas de capital 800 800 Baixa da depreciação acumulada Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal (3) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Ganhos ou perdas de capital a Imóveis 1.500 1.500 Baixa do bem Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal (4) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Bancos a Ganhos ou perdas de capital 1.000 1.000 Recebimento do valor de venda do bem Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Bancos Imóveis Depreciação acumulada 1000 (4) 1.500 (SI) 1500 (3) 800 (2) 800 (SI) 1000 0 0 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Ganho ou perda de capital Outras despesas 1500 (3) 800 (2) 200 (SI) 200 (1) 200 (1) 1.000 (4) 100 0 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS Operações de crédito não têm recebimento garantido, uma vez que estão expostas ao risco de crédito, o risco do devedor não pagar. Dessa forma, a norma contábil exige que a entidade estime o valor das perdas decorrentes do risco de crédito e constitua provisões para fazer face a essas perdas. VOCÊ SABIA O CPC 48, em vigor a partir de janeiro/2008, revisou todo o racional de constituição de provisões para perdas com crédito. Até então, a constituição de provisões exigia a ocorrência de um evento que caracterizasse a perda do crédito, como, por exemplo, o atraso no pagamento de alguma parcela. ATENÇÃO A provisão originada a partir da inadimplência do devedor é denominada perda incorrida, sendo expressada contabilmente como uma conta retificadora do direito de recebimento (contas a receber, operações de crédito etc.). A mensuração da provisão para créditos de liquidação duvidosa, ou simplesmente provisão para devedores duvidosos, é feita a partir da aplicação de um percentual sobre o saldo devedor do ativo. A partir do CPC 48, a provisão para devedores duvidosos foi alterada para incorporar um componente adicional, denominado perda esperada. A perda esperada expressa a expectativa de perda do credor, independentemente da ocorrência da pena incorrida. Para isso, cada crédito é classificado em estágios. PRIMEIRO ESTÁGIO No primeiro estágio, são classificadas as operações em curso normal, ou seja, operações que estejam observando os fluxos contratuais previstos. SEGUNDO ESTÁGIO No segundo estágio, são classificadas as operações em que houve aumento significativo do risco de crédito e o cumprimento dos fluxos contratuais previstos encontra dificuldades. Uma forma simplificada (e não exaustiva) de determinar o aumento significativo do risco de crédito é o atraso superior a 90 dias. TERCEIRO ESTÁGIO No terceiro estágio, classificam-se as operações que não cumprem as obrigações contratuais, caracterizando a perda incorrida. Observe o esquema a seguir. Estágio 1 Perdas esperadas de crédito estimadas para os próximos 12 meses; Crédito performando. Estágio 2 Se houver aumento significativo do risco de créditos; Perdas esperadas de crédito estimadas para a vida do crédito; Crédito performando mal. Estágio 3 Houve perda incorrida; Perdas esperadas de crédito estimadas para a vida do crédito; Crédito não está performando. A perda esperada é estimada em concordância com o estágio em que o crédito está classificado. Para o Estágio 1, a perda esperada contempla apenas os 12 meses seguintes, ou seja, a probabilidade de haver aumento significativo de risco nos próximos 12 meses. Para os estágios 2 e 3, a perda esperada com o tempo de toda a vida restante do crédito, ou seja, a probabilidade de haver inadimplência ao longo dela. A perda esperada é calculada conforme a expressão a seguir.: PERDA ESPERADA = EAD X PD X LGD Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Onde: EAD é a exposição à inadimplência, isto é, o valor do crédito a receber do devedor; PD é a probabilidade de inadimplência, isto é, a probabilidade de haver inadimplência nos próximos doze meses (estágio 1) ou na vida restante do crédito (estágios 2 e 3); LGD é a perda dada a inadimplência, isto é, dado que houve a inadimplência, quanto a entidade espera perder após submeter o crédito aos procedimentos de cobrança, execução judicial etc. Observe o exemplo a seguir: Exemplo: Perda esperada A Cia ABC possui contas a receber junto à Cia MNO, no valor de $10 milhões. Os créditos estão performando normalmente (Estágio 1) e a Cia ABC estima a probabilidade de inadimplência da Cia MNO em 2%. A LGD estimada pela Cia ABC para créditos dessa natureza é de 10%. Qual seria a perda esperada? Como contabilizá-la? Cálculo da Perda esperada EAD = $10 milhões PD = 2% LGD = 10% PERDA ESPERADA = EAD X PD X LGD PERDA ESPERADA = EAD X PD X LGD = $10 MILHÕES X 2 % X 10% = $ 20 MIL Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Lançamentos (1) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Despesas com PDD a PDD (Retificadora de ativo) 20 20 Constituição da provisão para perda esperada Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal A PDD é uma conta retificadora do ativo, que deduz o saldo de contas a receber ou operações de crédito. PDD Despesa de PDD 20 (1) 20 (1) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal EXEMPLO A Cia MNO entrou em atraso. O crédito devido e não pago mais antigo excede 90 dias, caracterizando um aumento significativo do risco de crédito. Dessa forma, a carteira de contas a receber detida pelo Banco ABC junto à MNO avançou para o estágio 2. Segundo o Banco ABC, A PD passou a 12%. Qual seria a perda esperada? Como contabilizá-la? PERDA ESPERADA = EAD X PD X LGD = $10 MILHÕES X 12 % X 10 % = $ 120 MIL Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Lançamentos (2) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Despesas com PDD a PDD (Retificadora de ativo) 100 100 Constituição da provisão para perda esperada Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal PDD Despesa de PDD 20 (1) 20 (1) 100 (2) 100 (2) Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal EXEMPLO A Cia MNO entrou em perda incorrida e avançou ao estágio 3. Em consequência, A PD passou a 100%, uma vez que não há mais probabilidade de inadimplência e sim uma certeza de inadimplência, decorrente da manutenção indefinida da condição de atraso. Qual seria a perda incorrida? Como contabilizá-la?PERDA ESPERADA = EAD X PD X LGD = $10 MILHÕES X 100 % X 10% = $ 1 MILHÃO Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Lançamentos (3) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro, KK/YY/X1 Despesas com PDD a PDD (Retificadora de ativo) 880 880 Constituição da provisão para perda esperada Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal PDD Despesa de PDD 20 (1) 20 (1) 100 (2) 100 (2) 880 (3) 880 (3) 1.000 1.000 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal EXEMPLO A Cia ABC adotou os procedimentos de cobrança previstos em sua política interna e conseguiu recuperar, de fato, os 90% do crédito estimados inicialmente. Dessa forma, a LGD de 10% foi confirmada e o crédito foi baixado contra o recebimento de garantias. Observe os lançamentos a seguir: Lançamentos (4) Lançamento (Em $1.000) Débitos Créditos Rio de Janeiro. KK/YY/X1 Diversos a Contas a receber PDD Bens recebidos em garantia 10.000 1.000 9.000 10.000 Liquidação do crédito pelo recebimento de garantias Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal PDD Despesa de PDD Contas a receber 1.000 (4) 20 (1) 20 (1) 10.000 (SI) 10.000 (4) 100 (2) 100 (2) 880 (3) 880 (3) 0 1.000 0 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal Bens recebidos em garantia 9.000 (4) 9.000 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal DEDUTIBILIDADE DA DESPESA COM DEVEDORES DUVIDOSOS A despesa com devedores duvidosos não é dedutível da base de cálculo do imposto de renda, pois o Fisco considera estimativas de perda como perdas não realizadas e, portanto, não dedutíveis. ATENÇÃO A conversão das estimativas de perdas em perdas realizadas e, sendo assim, dedutíveis, deve observar as regras definidas pela RFB, na Instrução Normativa RFB 1700/17, apresentada a seguir: CAPÍTULO VIII DAS PERDAS NO RECEBIMENTO DE CRÉDITOS Seção I Da Dedução Art. 71. As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real e do resultado ajustado, observado o disposto neste artigo. § 1º Poderão ser registrados como perdas os créditos: I - Em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário; II - Sem garantia, de valor: a) Até R$15.000,00 (quinze mil reais) por operação, vencidos há mais de 6 (seis) meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento; b) Acima de R$15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação, vencidos há mais de 1 (um) ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida a cobrança administrativa; e c) Superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação, vencidos há mais de 1 (um) ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento; III - Com garantia, vencidos há mais de 2 (dois) anos, de valor: a) Até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e b) Superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e IV - Contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observado o disposto no § 8º. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. (FCC ‒ 2009 ‒ TRT / ADAPTADA) A EMPRESA RF PAGOU À VISTA UM SEGURO CONTRA INCÊNDIO, CUJO PRAZO DE VIGÊNCIA É DE 12 MESES. NO MOMENTO DO PAGAMENTO A EMPRESA: A) Debitou o caixa e creditou contrato de seguros. B) Creditou o caixa e debitou patrimônio líquido. C) Debitou o caixa e creditou passivo circulante. D) Creditou o caixa e debitou despesa paga antecipadamente. 2. (AOCP ‒ 2016 / ADAPTADA) SOBRE A CONSTITUIÇÃO DE PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS, OU PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) Diminui o ativo e o patrimônio líquido. B) Aumenta o ativo e o patrimônio líquido. C) Diminui o ativo e o passivo. D) Aumenta o passivo e diminui o patrimônio líquido. GABARITO 1. (FCC ‒ 2009 ‒ TRT / Adaptada) A empresa RF pagou à vista um seguro contra incêndio, cujo prazo de vigência é de 12 meses. No momento do pagamento a empresa: A alternativa "D " está correta. Trata-se de antecipação de despesa que deve ser registrada no ativo em obediência ao regime de competência. 2. (AOCP ‒ 2016 / Adaptada) Sobre a constituição de provisão para devedores duvidosos, ou para créditos de liquidação duvidosa, assinale a alternativa correta: A alternativa "A " está correta. As operações de crédito estão expostas ao risco de crédito. Dessa forma, a norma contábil exige que a entidade estime o valor das perdas decorrentes do risco de crédito e constitua provisões para fazer face a essas perdas. Essas provisões reduzem o ativo tendo como contrapartida uma despesa. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste tema, apresentamos a tradução contábil para os principais eventos econômicos praticados pelas entidades, iniciando pelo reconhecimento dos eventos relacionados às entidades comerciais, sobretudo ao tratamento das operações mercantis. A seguir, avançamos para o tratamento contábil de eventos econômicos diversos que afetam o patrimônio, como adiantamentos, despesas pagas antecipadamente, resultado não operacional obtido na alienação de imobilizado e intangível, e provisão para devedores duvidosos. REFERÊNCIAS NEVES, S.; VICECONTI, P. Contabilidade básica. 14 ed. São Paulo: Frase, 2009. EXPLORE+ Para se aprofundar nas operações contábeis, leia o seguinte livro: NEVES, S.; VICECONTI, P. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. CONTEUDISTA José Américo Pereira Antunes CURRÍCULO LATTES
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