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FICHAMENTO UC9

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Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Aluna: Juliana Aline Salmazo
Data: 01/06/2020
Disciplina: Unidade Curricular 9
Instrutora: Márcia Rosa
FICHAMENTO UC9: REALIZAR PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS PARA PREVENIR E AMENIZAR O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE MANCHAS NA PELE DA FACE.
· Aula 1: Revisão da Pele da Face
- Classificação da pele: Eudérmica (pele normal), Alipídica (pele seca), Lipídica (pele oleosa), Mista (zona T);
- Divisão da pele: Epiderme, Derme, Hipoderme;
- A importância de uma boa ficha de anamnese, deve conter as principais queixas para um tratamento mais preciso, informações importantes do paciente e tipos de lesões;
- Tipos de lesões, causas e tratamentos – As mais comuns são as Efelides (
- Sinais de envelhecimento – Rugas estáticas, são causadas pelo envelhecimento natural da pele; Rugas dinâmicas, são ocasionadas pela atividade muscular;
- Tipos de peeling: Esfoliantes (peeling físico), Diamante e Cristal (peeling mecânico), Ácidos (peeling químico) – No geral são procedimentos que promovem a descamação da pele com intuito estético ou tratamento de algumas enfermidades;
- Protocolos para linha de expressão e olheiras – com a ajuda de microcorrente (melhora a musculatura e viscosidade), endermoterapia (aumento da circulação sanguínea), peeling químico (retardo), peeling mecânico (estimula a renovação celular e o colágeno);
- Hidratação em todo o tratamento é importante pois repõe água, vitaminas e possui antioxidante.
- Melasma: surgimento de manchas escuras no rosto, provocadas pelo excesso de produção de melanina.
- Discussão de um caso qualquer de melasma – sempre começar com a higienização da pele, pois promove limpeza, remoção da oleosidade, a maquiagem e impurezas causadas pela poluição das cidades. Com uma semana de uso de melanox avalia-se a paciente e fazer uma esfoliação física e uso de hidratante. Após 30 dias de uso da medicação pode-se utilizar aparelhos como o peeling mecânico (peeling de diamante ou cristal) – sempre começar com tratamentos mais leves até chegar aos tratamentos mais agressivos – neste intervalo sempre orientar a cliente sobre possíveis acontecimentos durante o tratamento para não houver problemas futuros. A utilização de Vitamina C pode ser feita durante o dia desde que utilize filtro solar, causo não houver ocorrerá efeito rebote. A cliente deve ser orientada a ir semanalmente, intercalando procedimentos e quando chegar no tratamento de peeling mecânico fazer um intervalo de 10 a 15 dias para fazer o tratamento de peeling químico, quando feito o peeling químico o intervalo é maior, a cliente deve retornar de 20 a 30 dias.
- Pacientes que fazem uso de medicações constantes não alcançam o efeito desejado para tratamento de melasma, pois as medicações podem interferir no tratamento. Antes de fazer o tratamento deve orientar o paciente sobre esse possível acontecimento.
- A paciente poderá apresentar os seguintes efeitos: vermelhidão, pele sensível, estado febril, orientar a cliente de forma que ela entenda e que isso é normal, caso os efeitos sejam maiores sempre procurar o profissional para uma avaliação. Uma orientação valida é tomar suco de 1 limão em jejum pois ajuda no processo de oxidação.
- Após 30 dias fazer uma nova avaliação, começando com uma limpeza de pele e um peeling mecânico e finalizar com uma máscara (clareadora, revitalizante, hidratante), após uma semana pode voltar com o peeling químico.
· Aula 2: Melanogênese e o processo de formação de manchas
- Processo químico que forma a melanina, pigmento que ao mesmo tempo protege a pele da ação da radiação ultravioleta e lhe confere cor;
- Enzima responsável – Tirosinase;
- A mancha surge por descompensação no mecanismo fisiológico dos melanócitos;
- Localizada na epiderme;
- Eumelanina – formação de pigmentos preto/marrom e Feomelanina – formação de pigmentos vermelho/amarelo, ambas são responsáveis por estabelecer o fototipo dos indivíduos;
- Inibidores de tirosinase – Hidroquinona – encontrado no trigo, na cerveja no café e em berries. Outros substitutos da hidroquinona são Arbutin (derivados de glicosilado da hidroquinona) e o Deoxiarbutin, Ácido Kójico e Ácido Azelaico.
· Aula 3: Discromias
- Alteração na coloração da pele resultante da diminuição (hipomelanoses) ou do aumento (hipermelanose) da melanina e da deposição de substancias endógenas ou exógenas na derme.
- Hipocromia – diminuição da produção de melanina, pode ser hereditária, congênita ou adquirida. Podem ser encontradas nos braços, pernas, colo, costas, glúteo. Hipocromias não apresentam sintomas, fisiologia – falta de ferro, diminuição das hemácias. Sua reposição é por via oral e alimentação. O exemplo mais comum é o Vitiligo.
- Hipercromia – excesso de pigmentação – as mais comuns são melasma, efélides, lêntigo solar e senil; apresenta no início da puberdade e entre os 20 aos 40 anos. 
· Aula 4: Artigo Cientifico - Fisiopatologia do Melasma
- Processos biológicos que ocorrem na formação da melanina;
- A melanina é o principal pigmento biológico envolvido na pigmentação cutânea, sendo determinante das diferentes colorações de pele;
- O artigo mostra reações químicas na pele sob o efeito de raios UVA/UVB e o que acontece com a melanina durante este processo;
- O melasma acomete a grande maioria mulheres na faixa de 30 a 50 anos;
- Formação de melanócitos sua importância e responsáveis pela pigmentação de pele e pelos; 
- Melasma – dermatose – hiperfuncionalidade dos melanócitos acomete fototipos intermediários; 
- O melasma pode aparecer por razões hormonais e emocionais;
- O melasma é uma doença de fácil diagnóstico, porém existe muitos aspectos fisiológicos desconhecidos;
- Um estudo mais aprofundado das taxas hormonais seria esclarecedor, pois os hormônios são reguladores do nosso corpo;
· Aula 5 e 6: Mercado da estética no tratamento de melasma
- Laser Fotonico: é menos agressivo, atinge a camada mais superficial da pele; pode ser feito em climas quentes; gera ondas mecânicas em vez de calor o que previne o efeito rebote, ajuda na estimulação de colágeno;
- MMP (microfusão de medicamentos na pele): Microagulhas que fazem infusão de medicamentos ou ativos na pele; é um aparelho parecido com o de tatuador que introduz ativos na pele; é feito anestesia local; a profundidade e a velocidade é ajustada de acordo com o tipo de pele; para tratamento de melasma é muito utilizado o ácido Tranexâmico e vitamina C; são realizadas de 4 a 6 sessões com intervalo de 20 dias;
- Microagulhamento robótico: é um aparelho que o profissional consegue definir a profundidade de penetração de cada agulha; e quando as agulhas estão dentro da pele há um disparo de radiofrequência (estimula a produção de colágeno); são microagulhas de ouro e a dor no paciente é menor; o resultado é melhor devido a radiofrequência, a recuperação é mais rápida, é utilizado anestésico.
- Microagulhamento roller: chamado também de percutânea de colágeno por agulhas; procedimento realizado por dermatologista ou profissional habilitado; possui agulhas bem pequenas que perfuram as camadas da pele para estimular o colágeno, vasodilatação; promove a abertura de microcanais que funcionam como meio de passagem de ativos permeáveis ou também conhecido como “drug delivery”; 
· Aula 7: Limites de atuação do esteticista na interferência sobre os processos de formação de manchas.
- Tratamentos mais evasivos só dermatologistas podem fazer;
- Orientar-se pela regulamentação do esteticista até onde pode atuar;
- Executar procedimentos estéticos faciais, utilizando como recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos com registro na ANVISA;
- Utilização de ácidos para peelings profundos só dermatologistas podem fazer ou esteticista pode fazer desde que seja em uma clínica e supervisionado por um dermatologista;
- Microagulhamento só com especialização;
- Orientar sempre aos clientes o funcionamento do procedimento e o que poderá ocorrer durante o processo, sempre mostrando segurança e entendimento.
· Aula 8: Ácidos Despigmentantes no tratamento de manchas e Alimentosantioxidantes que ajudam a prevenir o processo
- Função dos despigmentantes: atua na inibição da tirosinase; inibição da produção de melanina; aumento de produção de colágeno; proteção contra os radicais livres;
- O ácido Tranexâmico é muito utilizado para tratamento de melasma;
	Ácidos Despigmentantes
	Concentrações
	Ácido Azeláico
	5% a 25%
	Ácido Retinóico
	0,05%, 5% e 8%
	Ácido Glicólico
	2%, 3%, 10% e 70%
	Ácido Kójico
	0,005% e 4%
	Ácido Ascórbico
	3% a 5%
	Ácido Fítico
	0,5% a 2%
	Ácido Tranexâmico
	0,4% a 3%
- Alimentos antioxidantes que ajudam na prevenção de manchas
	Ativos
	Exemplos de Alimentos
	Propriedades
	Beta-Carotenos
	Cenoura, mamão, manga, pimentão, batata doce, abobora, brócolis e espinafre
	Protegem a pele dos raios UVA e UVB, deixando a pele mais bonita e duradoura
	Vitamina C
	Laranja, Kiwi, Limão, tangerina
	Importante para formação de colágeno, que contribui para uma pele saudável e firme.
	Ômega 6
	Avelã, amêndoas, nozes, semente de linhaça 
	Ajuda a reparar a pele e reforçar a barreira cutânea 
	Ômega 3
	Sardinha, salmão
	Contribui para a manutenção dos lipídeos da pele e previne a acne e o desenvolvimento de psoríase e alergias cutâneas 
	Antioxidantes
	Mirtilos, amoras, morangos, abacaxi
	Previnem o envelhecimento precoce.
	Teobromina
	Cacau
	Tem ação foto protetora, prevenindo a formação de manchas
	Vitamina E
	Amêndoas, avelãs, nozes, sementes de girassol
	Ajudam a nutrir, a reparar a pele e a reforçar a barreira cutânea 
	Selênio 
	Alimentos Marinhos, carnes vermelhas e castanha do pará
	Tem ação anti-inflamatória e antioxidante.
	Ácido elágico
	Romã
	Inibi a enzima que produz a melanina
	Resveratrol
	Uvas vermelhas
	Protege e trata a pele contra inflamações, por ser um anti-histamínico natural ajuda a controlar efeitos colaterais de reações alérgicas, amenizando vermelhidão e manchas.
· Aula 9: Mapa Mental – Melasma
- Produção excessiva de melanina;
- Mulheres são mais propensas que homens;
- Caracterizado por manchas escuras ou acastanhadas;
- É um tipo de discromia;
- Tratamentos combinados geram resultados melhores;
- Podem surgir na face, braço, pescoço e colo;
- Fatores hormonais e emocionais contribuem para o surgimento de manchas;
- Tratamentos: fotoproteção, cremes clareadores, peelings, laser e luz intensa pulsada;
- Ácidos mais utilizados no tratamento: Azelaico, retinóico, glicólico, Kójico, ascórbico, Fítico e Tranexâmico;
- Alguns alimentos como cacau, frutas vermelhas, amêndoas, alimentos marinhos, vitamina C, romã e castanhas ajudam no tratamento;
- Uso de proteção solar é importante.
 
· Aula 10: Artigo cientifico – Melasma e Rejuvenescimento facial com o uso de peeling da Ácido Retinóico a 5% e Microagulhamento caso clínico
- Trata-se se um estudo de caso;
- Inicialmente fala sobre o melasma e de que se trata de uma condição de difícil tratamento;
- O microagulhamento tem como objetivo melhorar a produção de colágeno;
- O método foi intercalado com microagulhamento e a utilização do ácido retinóico a 5%;
- Foram feitas 4 sessões, 2 de cada procedimento com intervalos de 21 dias;
- A utilização de fatores de crescimento para regulação do ciclo celular, solução de ácido Tranexâmico e hidratação com glucolactona a 20%;
- Com o tratamento combinado foi possível ver uma melhora significativa do melasma. Houve uma redução de 23,4 para 5,4 na escala de severidade de melasma MAIS.
- No artigo mostra a utilização dos métodos para o tratamento.
· Aula 11: Artigo Cientifico – Complicações decorrentes do uso de peelings químicos em dermatologia
- Peeling químico é um dos principais recursos para deter o envelhecimento da pele;
- O peeling é uma destruição controlada da epiderme;
- Os peelings são classificados em superficial, médio e profundo 
- Podem ocasionar diversas complicações na pele;
- Os peelings químicos apresentam contraindicações em caso de gravidez e antecedentes de cicatrizes hipertróficas e queloides;
- Algumas complicações estão relacionadas a fatores específicos como a indicação incorreta do procedimento, orientações deficientes ou não obedecidas pelo cliente;
- Todas as complicações ou reações provenientes dos peelings químicos são imprevisíveis e inevitáveis.
· Aula 12: Criação de artigo cientifico com os seguintes temas – Clareamento de Axila e Virilha.
- O escurecimento da pele é desencadeado de uma resposta inflamatória que estimula a produção de melanina;
- Processos alérgicos, irritações causadas por cremes e as depilações provocam o escurecimento;
- Atrito de roupas, hormônios femininos e o uso de desodorante contribuem para a hiperpigmentação da região da virilha e axila;
- Alguns tratamentos indicados são: cremes clareadores (com hidroquinona, ácido Kójico, Azelaico e retinóico); Peeling químico, Luz intensa pulsada, depilação a laser, microdermoabrasão, radiofrequência e esfoliantes físicos;
- Métodos caseiros de clareamento não funcionam e podem colocar a saúde em risco;
- A depilação a laser é recomendada, além de clarear a pele esse tipo de depilação ajuda a evitar manchas decorrentes do atrito com a cera ou gilete;
- Outro tratamento muito eficaz é o peeling químico, pois ajuda na remoção da camada superficial da pele.
· Aula 13: Finalização da UC9 com fichamento e resumo sobre irradiação ultravioleta e suas ações na pele.
- A principal fonte de R-UV é o sol
- Estimula a produção de Vitamina D, substância muito importante ao metabolismo do cálcio e fósforo.
- Exposição exagerada pode causar eritemas, rugas de envelhecimento, ceratose solar, queimaduras solares e melanomas.
- Lâmpadas de UV é utilizada na medicina para desinfecção de salas cirúrgicas, equipamentos.
FONTES DE RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E SUAS AÇÕES NA PELE
	
RESUMO
Ultravioleta (UV) são ondas com vibrações eletromagnéticas – como a luz visível – mas não pode ser vista, e sim sentir os seus efeitos na pele. 
Descoberta por um físico alemão Johann Wilhelm Ritter (1776 – 1810). Em 1801, Ritter realizou uma série de experimentos com o cloreto de prata e um prisma. Ele projetou um feixe de luz solar através do prisma, que como Isaac Newton explicou separa o feixe de luz em suas cores componentes – o espectro de luz. Ele, então, aplicou a cada cor ao cloreto de prata para ver o resultado. A luz vermelha provocou apenas uma pequena mudança enquanto a luz violeta escureceu o cloreto. Ritter colocou o cloreto em uma área luminosa logo após a luz violeta – região que não podemos ver – e o cloreto também foi escurecido. Portanto, devia haver de alguma forma de energia ou outro tipo de onda naquela região logo após a luz violeta. Atualmente chamamos de luz ultravioleta ou UV.
A radiação solar, como toda onda eletromagnética, é composta por uma componente elétrica e outra magnética, que oscilam perpendicularmente entre si, e são perpendiculares à direção de propagação, conforme mostrado na figura 1. Na sua trajetória até o sol, onde o fluxo médio de energia é de 5,98x107 W/m2, até o topo da atmosfera terrestre, a radiação solar é atenuada de acordo da lei do inverso do quadrado da distância. Assim, a denominada constante solar é o valor relativo a quantidade de energia recebida no limite exterior da atmosfera, por unidade de área e por unidade de tempo, integrado em todos os comprimentos de onda, quando a terra se encontra a uma distância média do sol. 
A radiação solar corresponde basicamente a um espectro de emissão de corpo negro em uma temperatura aproximadamente 5.800K, distribuída, em sua maior parte, entre as faixas espectrais de radiação infravermelha (4000 > λ > 780 nm), visível (400 < λ < 780 nm) e UV (100 < λ < 400 nm). Cada faixa tem particularidades distintas em relação a interação com a atmosfera terrestre, assim como na interação com a biosfera. No caso particular da UV, a Comissão Internacional de Iluminação (CIE) subdivide o espectro UV, em função de seus efeitos fotoquímicos e fotobiológicos da seguinte forma.
· RUV – A (315 < λ < 400 nm), representa a maior parte da R-UV que atinge a superfície terrestre, é pouco absorvidapelos componentes atmosféricos;
· RUV – B (280 < λ < 315 nm), é intensamente absorvida pela camada de ozônio e oxigênio presente na atmosfera e atinge a superfície em níveis muito tênues, porém suficientes para desencadear processos fotoquímicos e fotobiológicos relevantes;
· RUV – C (100 < λ < 280 nm), é completamente absorvida pelo ozônio e oxigênio presentes nas camadas mais altas da atmosfera.
Os fluxos de radiação são geralmente representados pela grandeza física denominada irradiancia. A irradiância é o quociente entre o fluxo unidirecional de radiação incidente, sobre um elemento de superfície contendo um ponto, e a área de elemento de superfície. A unidade utilizada para irradiancia é W/m2. Integrando as irradiancias medidas em um intervalo de tempo, obtém-se a Dose (J/m2), variável fundamental para avaliar os efeitos cumulativos da R-UV sobre os seres humanos.
Os raios UV podem ser produzidos artificialmente passando uma corrente elétrica através de um gás ou vapor de mercúrio. A luz solar é a nossa maior fonte de radiação UV. A radiação UV é amplamente utilizada em indústrias alimentícias e medicamentos usando lâmpadas germicidas para desinfetar vários tipos de produtos e seus recipientes, seu principal uso é na fabricação de circuitos integrados. Na medicina são eficazes em matar bactérias e tornar o vírus inativo. Os hospitais usam lâmpadas que produzem estas ondas para esterilizar equipamentos, água e o ar em salas de cirurgia. São utilizadas para tratar acne e psoríase. As ondas ultravioletas também são utilizadas para identificar materiais pela perícia policial, exemplo, através da luz UV incidindo ou fluorescência sobre os mesmos. São muito utilizadas para formar as lâmpadas negras.
Existem três tipos de comprimentos de ondas e podem interferir na pele humana. UVA, embora não causem queimaduras, são capazes de penetrar nas camadas mais profundas da pele e danificam as fibras de colágeno e elastina, causando envelhecimento precoce. Os raios UVB, provocam vermelhidão da pele (eritema) e queimaduras. As frequentes exposições a esses raios, além das complicações, também podem levar ao surgimento de sardas e manchas e até aumentar o risco de desenvolver câncer, causando também prejuízo aos olhos como catarata e cegueira. Os raios UVC são nocivos a biosfera e são completamente absorvidos pela camada de ozônio. Através de fontes artificiais, a radiação UVC é aplicada na esterilização de materiais cirúrgicos e em processos de tratamento de água, pois contém propriedade bactericida.
A exposição aos raios UV é essencial para uma boa saúde. Ele estimula a produção de vitamina D no corpo, substancia muito importante ao metabolismo do cálcio e do fósforo, é sintetizada pela pele somente quando a exposição aos raios ultravioletas. Na prática médica, as lâmpadas UV são usadas para o tratamento de icterícia em recém-nascidos.
Efeitos da R-UV sobre a saúde
A pele humana é o maior órgão sensitivo formando uma barreira contra agentes físicos, químicos e biológicos. Além disso contribuem na regulação da temperatura corporal. E constituídas por três partes: Epiderme, Derme e Hipoderme. A Epiderme é a camada mais superficial da pele, em contato com o ambiente. Ela é formada por tecido epitelial estratificado pavimentoso e queratinizado. Derme é a camada intermediaria da pele, garantindo a elasticidade e resistência da pele. Hipoderme é a camada mais profunda, tem espessura variável e além de exercer a função nutricional de reserva, participa do isolamento térmico, dá proteção as pressões e traumas externos e facilita a mobilidade da pele em relação as estruturas subjacentes.
As lesões decorrentes da exposição a raios UV são referidas, principalmente, ao histórico de exposição do indivíduo e a exposição aos diferentes comprimentos de ondas. Desta forma, consideram-se cinco fatores de perigo referentes a exposição solar excessiva para um indivíduo de pele saudável de pele saudável.
1. Efeitos agudos (eritemas, queimadura solar, fototoxicidade induzida por medicamentos);
2. Efeitos a longo prazo da exposição solar descontrolada e repetida resultando no desenvolvimento de modificações actínicas ou dermatohelioses (rugas, envelhecimento precoce da pele, adelgaçamento irregular da epiderme, telangiectasias, máculas hiperpigmentadas);
3. Efeito de desenvolvimento de lesões pré-malignas (ceratose solares) e malignas (carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanomas);
4. Dano fotoquímico cumulativo aos olhos que não tiveram nenhum tipo ou pouca proteção produz novas formações no campo visual, como o pterígio e a catarata nuclear;
5. Alteração da resposta imune provocando imunodeficiência seletiva.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
- COARITI, J.R. Características da Radiação Ultravioleta Solar e seus efeitos na saúde humana nas cidades de La Paz – Bolívia e Natal – Brasil. 2017. 110 f. Tese (Doutorado em Ciências Climáticas) – Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, 2017.

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