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PAPER VI

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2
SUJEITOS E O PAPEL DO PROFESSOR NA EJA
Acadêmicos ¹
 Professor Tutor ²
RESUMO: 
O presente trabalho mostrará o desafio da EJA em tentar incluir e aceitar os diferentes indivíduos, valorizar cada pessoa e promover uma boa covivência entre elas mesmas. A sala de aula é um ambiente de troca de experiências, de saberes, afetividades que envolve os educadores e alunos. O presente trabalho tem como objetivo: Analisar o perfil do sujeito da EJA, Reconhecer o papel do professor dentro da EJA e incentivar os sujeitos a retomar os estudos. Para a realização deste trabalho utilizou-se artigos, livros e sites de fontes seguras. O trabalho tem como base os autores: FREIRE (1997,2009), OLIVEIRA (1999), PAIVA (2003) E SALTINI (2008). Diante do assunto escolhido, pode-se observar que o professor é de suma importância para o aluno, para que ele possa avançar nos seus estudos. O ensino da EJA é muito importante para aqueles que estão buscando concluir sua escolaridade.
Palavras-chave: EJA, Educação Jovens e Adultos, Papel do Professor.
INTRODUÇÃO
Essa pesquisa teve como objetivo analisar o perfil dos sujeitos da EJA, pois os motivos de cada um são reais e mostram por que eles estão ali. Os motivos são muitos, como serem excluídos da educação regular, fracasso escolar, o sistema social que obriga a ir para o mercado de trabalho precocemente, o despreparo dos professores e gravidez na adolescência. 
A EJA foi criada como uma modalidade de ensino para oferecer uma chance a mais para as pessoas que por algum motivo não tiveram acesso aos estudos ou que foram forçados a largar os estudos. É direito de todos terem acesso à educação, por isso é preciso pensar na diversidade que constitui a sociedade brasileira. Nosso país é composto por varias diversidades, como por exemplo; jovens, idosos, adultos, imigrantes, agricultores, pescadores, indígenas, pessoas com deficiência, quilombolas. Dentre eles também entra a religião, raça, gênero e etc. 
O desafio da EJA é tentar incluir e aceitar os diferentes indivíduos, valorizar cada pessoa e promover uma boa covivencia entre elas mesmas. A sala de aula é um ambiente de troca de experiências, de saberes, afetividades que envolvam os educadores e alunos. Por isso o papel do professor deve ser muito especial capaz de identificar o potencial de cada aluno. O perfil do professor da EJA é muito importante para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto que vê seu professor como um modelo a ser seguido.
Os objetivos elencados na construção deste paper se referem a: Analisar o perfil do sujeito da EJA, reconhecer o papel do professor dentro da EJA e incentivar os sujeitos a retomar os estudos. Este trabalho foi desenvolvido com base em referenciais teóricos dos seguintes autores: FREIRE (1997,2009), OLIVEIRA (1999), PAIVA (2003) E SALTINI (2008).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os grupos de sujeitos da EJA são muitos, entre eles; adultos e jovens. Que por varias razões, largaram os estudos para entrar no mercado de trabalho e deixaram para trás o sonho de uma realização profissional. Às vezes não voltam a estudar por medo de perder seu emprego e às vezes é a única renda da família, esses são alguns dos vários motivos que os adultos ou jovens param os estudos. Grande parte dos sujeitos da EJA são mulheres, estudos comprovam que elas são a grande maioria da sala de aula, pois largamos estudos para sustentar seus filhos e família, às vezes por uma gravidez não planejada e também muitas sustentam seus pais que são idosos. 
[...] geralmente, o migrante que chega as grandes metrópoles provenientes de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar. [...] E o jovem [...] não é aquele com uma historia de escolaridade regular. [...] São alunos com perfil de analfabetos funcionais (possuem menos de quatro anos de estudo; incapazes de interpretar o que leem); jovens de origem urbana e veem na EJA uma oportunidade de concluir seus estudos (OLIVEIRA, 1999, P. 59).
A EJA é vista por muitos como solução para a exclusão e para a desigualdade social, como pagamento de uma dívida da sociedade para com os analfabetos e as pessoas com escolaridade interrompida. Esses educandos têm níveis de ensino diferentes e são trabalhadores, desempregados, donas-de-casa, portadores de necessidades especiais, de origem rural e urbana, de etnias diferentes, entre outras. 
Seus objetivos são: realização pessoal, aumento da autoestima, afirmação e promoção profissional, continuidade nos estudos até chegar ao Ensino Superior, leitura da Bíblia, etc. Tiveram parte de suas vidas roubada por uma sociedade desigual, excludente e, como todos, eles merecem a chance de recomeçar. É aquele que tem capacidade de decidir o que fazer com sua vida e de assumir as responsabilidades pelos seus atos, pois tem maturidade suficiente para tais atitudes adquirida através de experiências vividas negativas e positivas. É aquele que tem sede de conhecer, decide o que quer conhecer, possui senso crítico, ou seja, é um ser pensante, capaz de produzir ideias que surgem nas mais diversas conversas e observações. Muitas vezes suas ideias não aparecem porque se sentem inibidos diante de pessoas mais cultas. 
O número de jovens na EJA é crescente desde a década de 90, devido à legislação que permitiu a entrada desses jovens a partir dos quinze anos de idade. As mudanças velozes no mundo do trabalho fazem o trabalhador, também, ampliar sua escolaridade (desde a alfabetização até o ensino superior) não só para conseguir ascensão profissional, mas para não perder seu emprego. Para o aluno da EJA o trabalho é, quase sempre, um motivo de abandonar a escola e, ao mesmo tempo, um motivo de retomada dos estudos. 
Tornando-se gente, o indivíduo qualifica-se como ser social, pronto a contribuir para o seu país, para a sociedade: um ser livre e criativo que busca, critica, renova, entende, pensa e possui as estruturas necessárias para que possa integrar se à sua família, ao seu Estado. Enfim, ele é um ser que se relaciona em uma trama de desafios, cooperações e, principalmente, competições. (SALTINI, 2008, p. 126).
Sabe-se que o papel do professor é de fundamental importância no processo de reingresso do aluno às turmas de EJA. Por isso, o professor da EJA deve, também, ser um professor especial, capaz de identificar o potencial de cada aluno. O perfil do professor da EJA é muito importante para o sucesso da aprendizagem do aluno que vê seu professor como um espelho e tende a seguir seus passos. Educar é muito mais que reunir pessoas numa sala de aula e transmitir-lhes um conteúdo pronto. 
É papel de o professor compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional. 
Educar jovens e adultos, hoje, não é apenas ensiná-los a ler e escrever seu próprio nome. É oferecer-lhes uma base ampla e com mais qualidade. E isso requer atividades contínuas. Além disso, a educação de jovens e adultos não deve se preocupar apenas em reduzir números de analfabetismo. Deve ocupar-se de fato com a cultura do educando, com sua preparação para o mercado de trabalho. O educador deve perceber o aluno como um ser pensante, cheio de capacidade e portador de ideias, que surge em uma conversa simples dos fatos do dia-a-dia. O professor deve apresentar-se como um aliado do educando, e não como um “doutor”, arrogante, pois nesse caso o aluno vai se sentir inferiorizado, discriminado. Conforme FREIRE (2009, p.36), o bom professor e aquele que se coloca junto com o educando e procura superar com o educando o seu não saber e suas dificuldades, com reação de trocas onde ambas as partes aprendem. 
O Governo Federal criou vários programas que ajudam esses sujeitos a terem uma nova oportunidade de concluir seus estudos. 
Um deles é o ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), é um exame realizado pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), ela diagnostica a educação básicabrasileira.
 É uma avaliação voluntaria e gratuita para as pessoas que não concluíram o ensino fundamental e médio, na sua idade curricular apropriada. O exame é composto por Língua Portuguesa, Língua estrangeira (inglês), artes, educação física e redação, isso é a prova numero I, a prova numero II é composta por matemática, historia e geografia e ciências naturais.
A emissão do certificado fica na competência das secretarias estaduais ou municipais de educação de cada estado. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
 
Fonte: Disponível em : htpp:culturagenial.com/quadro-operarios-de-tarsila-do-amaral/. 
Esta pesquisa foi feita através de referenciais bibliográficos, como: artigos, livros, sites de fontes seguras.
Neste quadro de Tarsila do Amaral ela retrata a diversidade da população que buscam na cidade de São Paulo uma oportunidade de crescer profissionalmente. Pessoas vindas de outros estados brasileiros, com nenhuma ou pouca escolaridade, para poder trabalhar, às vezes precocemente e sustentar sua família, assim deixando para trás o sonho de realizar uma graduação. 
Como nos mostra o quadro, existem varias pessoas diferentes uma das outras, isso nos mostra a miscigenação que existe em nosso país, pois imigrantes vindos de outros países buscam no Brasil como uma janela de oportunidade para crescer na vida. Mas muitos deles chegam ao país sem ao menos terem concluído os estudos, e às vezes são forçados a trabalhar e depois pensar em voltar a estudar. 
[...] como direito e não apenas com a ideia de resgate da oportunidade perdida- e perdida na lógica do senso comum, por lógica própria. Não mais o argumento de suprir a escolaridade não obtida como definia a função de suplência, mas a que traz a concepção de que para aprender não há idade, e que a todos devem ser assegurados direitos iguais
(PAIVA, 2003, p.98).
O papel do professor é de fundamental importância no processo de reingresso do aluno no ensino de Educação de Jovens e Adultos – EJA. Por isso, o professor desta modalidade de ensino deve, também, ser um profissional especial, capaz de identificar o potencial de cada aluno. O perfil do professor é muito importante para a aprendizagem de seus alunos, pois os alunos constroem e grande parte desse processo depende dos incentivos e da habilidade do professor. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante a realização do trabalho, foi possível observar que os sujeitos da EJA, são os mais diversos, e tem vários motivos para estarem nesta modalidade de ensino. Este trabalho mostra a diversidade de pessoas que existem na EJA, como jovens, adultos, idosos, pescadores, indígenas e entre outros que tiveram que largar os estudos para poder trabalhar e sustentar sua família. 
Observamos também que o papel do professor é de suma importância para os alunos, pois ele tem que ser capaz de identificar o potencial de cada aluno, para o sucesso da aprendizagem do mesmo. Alguns autores expõem seus pontos de vista sobre a educação, destacando que ensinar na Educação de jovens e adultos é um grande desafio, pois, nessa área, o professor precisa estar se questionando durante sua trajetória, analisando conceitos, revendo concepções e acima de tudo quebrando paradigmas. 
A importância de um sujeito retomar seus estudos são inúmeras, mas as mais especificas são: O crescimento profissional, o ingresso numa universidade, o incentivo dos cônjuges e filhos e sua própria auto estima se eleva quando decidem retomar os estudos para serem alguém na sua vida.
Freire (1997) afirma que a partir do momento em que buscamos o conhecimento, este deve derivar-se do ensino, do aprendizado com a docência. Porém, produzir conhecimento só se dá por meio da pesquisa, do instinto de se informar, da vontade de ir atrás das indagações e dessa forma construir meios para chegar próximo do conhecimento da verdade. O referido autor infere que “toda docência implica pesquisa e toda pesquisa implica docência”.
CONCLUSÃO
Concluiu-se que a função reparadora da EJA, significa não só a entrada no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito negado, o direito a uma escola de qualidade mas também ao reconhecimento daquela igualdade de todo e qualquer ser humano.
Acredita-se no potencial da EJA, onde se discute cada vez mais a educação dos adultos como uma perspectiva. A educação é capaz de transformar as pessoas e as pessoas juntas transformarem o mundo, ninguém consegue fazer nada sozinho, nem mesmo educar.
Pode-se enxergar através das discussões que o problema da educação do Brasil, não está somente ligado a modalidade da EJA, e sim concordamos que e um problema de toda a educação. Muito importante também concluirmos que as legislações vigentes no Brasil acerca da EJA de modo que suprir necessidades educacionais dos indivíduos que buscam a realização de um sonho de concluir seus estudos, de possuir seu diploma, de se sentir uma pessoa inserida novamente numa sociedade que muito exige. A educação e um direito de todos e não pode ser escondida das pessoas que necessitam dela. 
 
Neste trabalho pode-se observar que o professor é de suma importância para o aluno, para que ele possa avançar nos seus estudos. O ensino da EJA é muito importante para aqueles que estão buscando concluir sua escolaridade. Alfabetizar na EJA envolve também a afetividade, e a responsabilidade. É fundamental que o professor da EJA tenha a consciência da valorização do aluno, é importante valorizar o conhecimento que este aluno possui, pois durante toda a vida o aluno adquire um vasto conhecimento do senso comum, entretanto o diálogo tem que estar presente nas aulas, o professor tem que usar uma linguagem simples e acessível. O professor é um incentivador um meio para alcançar a motivação dos alunos e nesta fase da vida motivação é um aspecto fundamental. No sentido de identificar o papel do professor no processo de ensino/aprendizagem, este trabalho teve como objetivo relatar sua relevante presença. Assim como sua intervenção na produção do conhecimento, uma vez que este conhecimento é construído em parceria com o aluno.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à Prática Educativa. 36. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 24. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
OLIVEIRA, Martha Kohl de. Jovens e Adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n.12,set./out./nov./dez.1999.
PAIVA, Vanilde. Historia da Educação Popular do Brasil: educação popular e educação de adultos. Sâo Paulo:Loyola,2003.
SALTINI, Cláudio. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008
1 Joseane Martins dos Santos, Mariana Rodrigues da Rosa, Roberta Daniela Oliveira da Rosa.
2 Marly Spier
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (Ped1912) – Prática do Módulo VI – 30/04/2020

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