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1 Nome: JARDEL DELGADO MARQUES Matrícula: 19116080237 Polo: RIO DAS FLORES DISCIPLINA: ARTES VISUAIS E EDUCAÇÃO Coordenação: Prof. Renato Rodrigues da Silva AD1 – 2020-1 Prezados alunos, O primeiro trabalho requer a leitura do material postado na website do curso. Primeiramente, leia os textos designados, procurando, depois, conectar o aprendizado com as obras de Michelangelo e Portinari (temas 1 e 2, respectivamente). Um bom trabalho necessariamente empregará os conceitos principais dos textos na análise das obras. Portanto, o primeiro passo é a leitura atenta do material do curso. Note que as imagens podem ser facilmente encontradas na internet. Na redação dos seu trabalho, por favor evite copiar os textos da internet, ou outro material qualquer, escrevendo uma prova que seja de sua autoria – evite “plagiar” outros autores! BOA SORTE! Questões: 1- Baseado na leitura das aulas 21, 22, 23 e 24, faça a análise da obra O Juízo Final (1534-41), que Michelangelo pintou na Capela Sistina. Na sua análise, utilize elementos dos textos lidos. (2 páginas, valor 5 pontos). 2- Baseado na leitura dos artigos "Criatividade" (3 páginas) e "Funções da arte" (3 páginas), faça a análise da obra O Lavrador de Café (1934) do pintor Cândido Portinari. Na sua análise, utilize elementos dos textos lidos. (2 páginas, valor 5 pontos). UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2 QUESTÃO 1: Imagem disponível em: <https://artout.com.br/juizo-final-michelangelo/ > (Acessado em 16/02/2020) O Juízo Final é uma pintura criada pelo artista italiano Michelangelo, e está no altar da Capela Sistina, no Vaticano. O trabalho demorou quatro anos para ser concluído. A obra é majestosa, e descreve a Segunda Vinda de Cristo e o Juízo Final, como narrado na Bíblia. As almas dos seres humanos ascendem ao Paraíso ou descem ao Inferno, dependendo de como são julgados pelo Cristo cercado de santos importantes. A obra possui inúmeras curiosidades tais como: um indivíduo condenado ao Inferno, logo abaixo e à direita de São Bartolomeu, esse indivíduo por muito tempo foi tratado como masculino, mas após a remoção da folha de figo, descobriu-se que se tratava de uma figura feminina. Outra curiosidade é quando a maioria das genitálias expostas foram cobertas após a morte de Michelangelo. Todas essas características e curiosidades tornam a obra muito visitada na cidade do atual Papa Francisco. Analisando a obra acima a partir dos elementos estudados na disciplina de Artes Visuais e Educação, pode-se notar a gama de cores utilizados pelo artista, prevalecendo o azul e branco. Percebe-se ainda as formas delicadas e simétricas utilizadas para o desenhos dos personagens que compõem o afresco. A simetria e perfeição são características marcantes desse período artístico e o homem é colocado como um ser praticamente divino. https://artout.com.br/juizo-final-michelangelo/ https://www.infoescola.com/biografias/michelangelo/ https://www.infoescola.com/arquitetura/capela-sistina/ https://www.infoescola.com/arquitetura/capela-sistina/ https://www.infoescola.com/cristianismo/vaticano/ 3 Michelangelo coloca os seres nus como uma forma de demonstrar ainda mais a perfeição que almeja. As genitálias são, em sua maioria, pequenas numa forma de não chamarem a atenção para elas, mas sim para todo o teor e forma que ele utiliza para desenhar cada um dos atores que participam da cena do Juízo Final. Observa-se ainda que algumas imagens estão sobrepostas a outras, criando assim um fundo celeste onde as imagem sobrevoam, ascendendo ou descendo, de acordo com o que pensou o pintor. A obra artística em questão tem como tema a religião, uma vez que na época a Igreja Católica era a principal financiadora das obras de arte e, por esse motivo, as obras de arte eram destinadas a reverenciar temas e santos católicos. A pintura renascentista aqui analisada tem importantes detalhes que corroboram para confirmar esse juízo, tais como: a presença de Jesus Cristo crucificado no centro do afresco, alguns santos mártires em torno da obra, além da presença de seres com roupas esvoaçantes e características angelicais. A obra, em suma, é uma forma figurativa de representação de uma narrativa bíblica e vai ao encontro daquilo que a Igreja Católica visava incutir em seus fiéis. Traz ainda elementos abstratos como a questão de seres voando em cima de nuvens e batalha entre os seres destinados ao Céu e outros condenados à flagelação do Inferno. Cabe ainda destacar que o artista, ao produzir uma obra, expressa suas características pessoas com originalidade e, desse modo, Michelangelo realiza isso quando opta por pintar alguns personagens de forma nua, mas que não agradam os olhos do clero da época e por isso é obrigado a modificar um pouco sua pintura. Assim, o artista expressa suas verdades, mas também precisa agradar o seu financiador (mecena). REFERÊNCIA UTILIZADA PARA A ELABORAÇÃO DA RESPOSTA: PORTO, Gabriella. Juizo Final (Michelangelo). Disponível em: <https://www.infoescola.com/ pintura/juizo-final-michelangelo/> (Acessado em 16/02/2020) https://www.infoescola.com/%20pintura/juizo-final-michelangelo/ https://www.infoescola.com/%20pintura/juizo-final-michelangelo/ 4 QUESTÃO 2: Imagem disponível em: <https://masp.org.br/acervo/obra/o-lavrador-de-cafe> (Acessado em 16/02/2020) O quadro do pintor brasileiro, Cândido Portinari, pertence ao movimento conhecido como expressionismo. Dessa forma, pode-se assinalar algumas características marcantes que corroboram para a classificação dessa obra como expressionista. Dentre as características do tal movimento destaca-se: aumento da musculatura do trabalhador, de forma a dar a ideia de mais força que ele realmente possui, há ainda um contraste bastante evidente da calça clara com o chão escuro e ainda pode-se notar que o trabalhador está em primeiro plano e seus pés e mãos estão em tamanho desproporcional para o corpo e restante dos detalhes que fazem parte do cenário. Cândido Portinari retratou pessoas, em suas relações de amizade, nas cenas dos retirantes nordestinos e nos tipos populares, retratando sua história social. Foi um pintor social, tocado de doloroso e revoltado humanitarismo em face da miséria, da fome e da ignorância. O quadro em questão foi pintado em 1934 e tornou-se uma de suas mais famosas obras. Nele, vê-se um trabalhador negro – típico das fazendas de café do século XX, com uma enxada nas mãos e plantações ao fundo, seu corpo está em tamanho notadamente exagerado e desproporcional. Cabe ainda destacar algumas curiosidades acerca dessa pintura: Portinari pintou cerca de 56 afrescos contendo essa temática do café, percebe-se ainda uma árvore decepada perto do homem o que conota o desmatamento que era algo natural para que houvesse a cultura do café na região, vê-se ainda alguns grãos próximos aos pés do lavrador o que podemos destacar como se ele estivesse iniciando a plantação, levando em conta a enxada e os grãos. Talvez aquele homem retrate a hora de descanso do trabalhador. https://masp.org.br/acervo/obra/o-lavrador-de-cafe http://www.historiadasartes.com/prazer-em-conhecer/candido-portinari/ 5 Analisando o quadro com os artigos de Maria Lucia de Arruda Aranha, cabe ressaltar que Portinari foi criativo quando imaginou um cenário (lavoura de café) e uma personagem para compor esse cenário (lavrador) e a partir daí foi imaginando e idealizando o que essa personagem estaria fazendo e ainda foi retratando elementos criativos para dar uma dose a mais nessa cena (árvore decepada, grãos, enxada, entre outros que podemos observar na pintura). Portinari desenvolveu e se inspirou em algo que era real para o momento em que vivia e a partir disso criou a cena toda que pode ser vista em “O Lavrador de café”. Sua inspiração foi trabalhada durante apintura e ele desejou criar algo novo, pois essa é a grande missão do artista: sempre buscar criar algo novo e criativo. Assim, cabe relembrar que nem tudo que é novo é criativo. O artista busca essas duas verdades, a novidade e a criatividade. A função da arte, a partir desse quadro e tomando como base a época e o estilo de Portinari, pode-se afirmar que é naturalista. Desse modo pode-se elencar o aspecto do trabalhador com seus membros em tamanho aumentado, o desmatamento que sugere a partir da árvore decepada e a lavoura nos campos que estão ao fundo do homem e ainda pode-se notar o tom de pele negra do trabalhador o que sugere certo preconceito racial ao atribuir ao negro o trabalho braçal de um lavrador. De acordo com Maria Lucia de Arruda Aranha a obra de arte que possui função naturalista reflete a realidade, porém as características físicas do homem do quadro nos denotam que seria impossível alguém possuir aquelas medidas de braços e pés. Em vista disso, ressalta que o quadro de Cândido Portinari foi criado para ser uma representação social: servir para refletir uma sociedade preconceituosa, denunciar o desmatamento que servia aos interesses capitalistas dos donos de lavouras de café e ainda demonstrar a força daqueles que trabalham em tais lavouras no século XX. Dessa forma, a arte a realidade se cruzam e se completam. REFERÊNCIA UTILIZADA PARA A ELABORAÇÃO DA RESPOSTA: IMBROISI, Margareth. Lavrador de café, Candido Portinari. Disponível em: < https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/lavrador-de-cafe-candido-portinari/> (Acessado em 22/02/2020) https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/lavrador-de-cafe-candido-portinari/ https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/lavrador-de-cafe-candido-portinari/
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