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Resumo Anatomia da ATM - Livro Madeira

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Tatyane Ferreira
Resumo Anatomia
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Referência: Anatomia da face 7º Ed. Madeira
· A ATM é uma articulação sinovial, logo permite amplos movimentos da mandíbula em torno de um osso fixo, que é o temporal. Ela é uma articulação bilateral, interligada pela mandíbula e interdependente, com movimentos próprios para cada lado, porém simultâneos, podendo ser considerada como uma única articulação.
· Há também uma relação de interdependência da ATM com a oclusão dos dentes de ambos os arcos, o que a torna peculiar e funcionalmente complexa.
· Peculiaridades da ATM, que a distinguem das demais articulações do corpo:
1. Revestimento de fibrocartilagem;
2. A cabeça da mandíbula cresce na superfície, sem cartilagem epifisial;
3. As faces articulares são bastantes discordantes;
4. Um disco articular se coloca entre as faces articulares;
5. Tem movimento de rotação e translação associados;
6. Impulsos proprioceptivos são gerados também no nível dos dentes e estruturas bucais.
· Faces articulares ósseas
· As partes ósseas da ATM são: 
1. Cabeça da mandíbula (côndilos)
2. Eminência articular
3. Fossa mandibular do temporal. 
OBS: Na ATM, a remodelação óssea (deposição e reabsorção) pode ocorres em qualquer idade e compromete preferencialmente as vertentes anterior e posterior da cabeça da mandíbula.
· Cartilagem articular
· Diferente das outras articulações sinoviais (exceção feita à esternoclavicular), as faces articulares temporal e condilar são cobertas por cartilagem fibrosa (principalmente colágeno, com poucos condrócitos) e não por cartilagem hialina.
· Ambas as camadas fibrosas têm espessura variáveis, segundo o local que cobrem. São espessas na vertente anterior da cabeça da mandíbula e na vertente posterior da eminência articular. Funcionalmente essas áreas são as mais importantes, pois são locais de impacto dessa articulação e a quantidade de fibrocartilagem resiste melhor a esse impacto.
· No fundo da fossa mandibular a cartilagem fibrosa é muito delgada, isso indica que a transferência de forças de mandíbula para o temporal nesse local é diminuta. Porém, o côndilo não exerce força diretamente na fossa mandibular.
OBS: A cartilagem hialina tem pouca capacidade regenerativa quando lesada, assim a fibrocartilagem tem vantagem devido a potencialidade de regeneração. De qualquer modo, há a cartilagem hialina abaixo da camada superficial fibrosa com células que produz tanto matriz cartilagínea quanto óssea. Logo, a cartilagem articular é o tecido avascular denso fibroso, e a cartilagem de crescimento, a cartilagem hialina, a que ocasiona remodelamento ativo em resposta às pressões.
· Disco Articular
· As articulações sinoviais podem ter disco, menisco ou nenhum dos dois. A ATM tem um disco extenso, componente ativo, com verdadeiras faces articulares. Sem ele, ou com uma má função dele, ele não trabalha bem.
· O disco é uma placa fibrocartlagínea que se situa sobre a cabeça da mandíbula. A extensão anterior do disco excede os limites da cabeça da mandíbula e se coloca em contato com a eminencia articular, dessa forma, ele não se prende a nenhuma área do temporal, mas na cabeça da mandíbula, e insere-se através de um tecido ligamentoso em dois pontos: Pólo medial e Pólo lateral. Isso significa que a mandíbula pode girar abaixo dos disco articular sem que este se movimente, mas só no movimento de translação o disco acompanha o deslocamento da mandíbula. 
· Um descompassa entre disco e mandíbula, nesses movimentos pode provocar ruídos articulares (estalidos ou crepitação).
· A borda anterior do disco, além de se fusionar com a capsula articular, quase inexistente nesse ponto, mantem contato com algumas fibras da cabeça superior do músculo pterigóideo lateral na maioria das pessoas. Essas fibras estiram o disco, mas não movimentam para frente. Sua função é prevenir a retenção ou deslocamento o complexo disco-cápsula durante os movimentos. Posteriormente, a fusão do disco com capsula é intermediada pelo coxim retrodiscal.
· A parte central do disco é bem delgada em comparação com suas bordas anterior e posterior.
· Quanto maior for a altura da eminencia articular, maior é a espessura da borda posterior.
· A periferia do disco é ligada à capsula articular que fecha a articulação sem prejudicar seus movimentos. Com essa conexão e por se colocar entre as superfícies articulares, o disco divide a cavidade articular em dois compartimentos, o supradiscal e o infradiscal.
OBS: Apesar do disco articular ser fibroso, ele não se regenera ou se remodela após sofrer danos.
· Coxim retrodiscal é uma camada bem vascularizada e inervada de tecido conjuntivo frouxo com fibras elásticas, também fonte de fluido sinovial, por ser coberta por membrana sinovial. Ele permite o movimento de translação anterior da cabeça da mandíbula.
· Fibras elásticas ligam a borda posterior do disco ao processo retroarticular. Apesar de se oporem à ação do músculo pterigóideo lateral, eles não chegam a competir em tração com o musculo. O resto do coxim prende-se à capsula, mas as fibras mais fortes, colágenas, que o compõem prendem-se na porção posterior da cabeça da mandíbula.
· Essas duas pequenas lâminas de fibras elásticas e colágenas, que ligam o disco ao temporal e a mandíbula, constituem um freio discal posterior. Sua lesão por distensão, trauma ou pressão pode levar a luxação do disco e desordens temporomandibulares com ou sem alterações degenerativas.
· As fibras periféricas do disco articular dispõem-se de maneira concêntrica, circular e previnem o achatamento e alargamento de suas dimensões.
· As fibras centrais são de disposição ântero-posterior e facilitam o deslizamento ântero-posterior. Por conveniência funcional, as fibras superficiais da cartilagem articular também se dispõem em direção ântero-posterior (as profundas são perpendiculares à superfície óssea).
· Cápsula articular
· A ATM é circundada por uma cápsula fibrosa bastante frouxa, principalmente na porção superior que permite os amplos movimentos da articulação. Prende-se:
· Acima, nos limites da face articular do temporal.
· Abaixo, no colo da mandíbula, portanto, abaixo das inserções discais nos pólos medial e lateral da cabeça da mandíbula.
· A frente, ela se prolonga até os limites superiores da fóvea pterigóidea e atrás num nível bem mais abaixo.
· A capsula articular é bem inervada. Sua inervação relaciona-se com os nervos: 1. auriculotemporal 
2. massetérico 
3.temporal profundo posterior. 
· A vascularização da capsula também é abundante relaciona-se com a árteria temporal superficial e artéria timpânica anterior que supre os tecidos retrodiscais, estende-se até a periferia do disco articular, principalmente na membrana sinovial, mas nunca na sua porção central.
OBS: Lesão de ramos do nervo auriculotemporal provoca relaxamento da ATM com sua consequente instabilidade. O mesmo acontece se forem lesados ramos do nervo massetérico e do temporal profundo posterior.
· Membrana sinovial
· Reveste internamente a cápsula articular nos compartimentos supradiscal e infradiscal e se estende em cima e embaixo do coxim retrodiscal. Não recobre o disco ou cartilagem articular, excedo na artrite reumatóide, quando então recebe a denominação de PANNUS.
· A membrana sinovial elabora a sinovial, que é um líquido viscoso nutritivo, fagocítico e lubrificante. Trata-se de uma solução aquosa de sais retirados do sangue, glicose e pequenas quantidades de proteína que com esses elementos, penetra e nutre as fibrocartilagens. Possui em sua composição o ácido hialurônico que dá viscosidade ao líquido e, com isso a fricção fica reduzida e facilita os movimentos de uma superfície sobre a outra.
· Ligamento temporomandibular
· É o único verdadeiro ligamento da ATM. Cobre quase toda a superfície lateral da capsula articular e é continuo a ela.
· Acima, ele se insere numa longa linha no processo zigomático do temporal, além da eminencia articular ate as imediações do processo retroarticular. As fibras convergem em direção inferior parase inserir no colo da mandíbula, em uma pequena área logo abaixo da inserção do disco articular. Essa convergência das fibras da ao ligamento um aspecto triangular e deixa descoberta uma pequena porção posterior da capsula.
· No todo ele age como ligamento suspensório da mandíbula, mas como suas fibras profundas muito inclinadas quase horizontais servem também para limitar os movimentos retrusivos da mandíbula e assim evitar a compressão das estruturas situadas atrás da cabeça da mandíbula.
· Atua portanto estabelecendo o movimento limite posterior da cabeça da mandíbula e disco principalmente nos desdentados posteriores, nos quais falta intercuspidação de dentes para ancoragem da posição condilar.
· Como todo ligamento ele é formado por tecido conjuntivo colagenoso, não elástico, não contrátil. Portanto sua ação frenadora, limitante é passiva, não movimenta a ATM como uma ação muscular movimentaria.
· Ligamentos Acessórios
· Ligamento esfenomandibular, que vai da espinha do esfenoide à língula da mandíbula.
· Ligamento estilo-mandibular, que vai do processo estiloide ao ângulo da mandíbula.
OBS: Algumas fibras do ligamento esfenomandibular podem estar em contato com o osso martelo, através da fissura petrotimpanica. Isto explicaria a sintomatologia auditiva que acompanha a síndrome de disfunção temporomandibular.

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