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CIDADANIA[3699]

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16
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA 
Faculdade Mineira de Direito
	
Aline Martins Nonato,
Ana Paula Santana de Sousa Santos.
CIDADANIA
Belo Horizonte
2019
Aline Martins Nonato,
Ana Paula Santana de Souza Santos.
CIDADANIA
Trabalho final, apresentado a Disciplina de Formação do Mundo Contemporâneo do curdo de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 1° período.
Orientador: Prof. Dr. André Mascarenhas Pereira
Belo Horizonte
2019
Sumário 
1-	INTRODUÇÃO	4
2-	CONCEITO DE CIDADANIA CONTEMPORÂNEO E SUA RELATIVIDADE AO LONGO DA HISTÓRIA	5
3-	RELAÇÃO HISTÓRICA ENTRE CIDADANIA E CONSUMO	7
4-	CIDADANIA, NEOLIBERALISMO E CONSUMO	9
4-1 CIDADANIA	9
4-1-1 CIDADANIA NO BRASIL	10
4-2 NEOLIBERALISMO	10
4-2-1 NEOLIBERALISMO NO BRASIL	12
4-4 RELAÇÕES ENTRE CIDADANIA, NEOLIBERALISMO E CONSUMO.	13
4-4-1 MUNDO	13
4-4-2 BRASIL	14
5-	PONTO DE VISTA DOS AUTORES	16
6-	CONCLUSÃO	17
7-	REFERÊNCIA	18
1- 
2- INTRODUÇÃO
O trabalho desenvolvido tem como objetivo abordar sobre o tema “Cidadania, neoliberalismo e consumo”. A partir disso, será feito uma breve exposição sobre cada termo, com o objetivo de direcionar o leitor ao pleno entendimento da pesquisa. Além disso, o trabalho apresentara a relação histórica existente entre os termos abordados e, mais que isso, será feita uma relação entre eles patenteando as problemáticas que surgem para o cidadão numa sociedade com o alto grau de consumismo no século XXI no Brasil, que por sua vez é gerado pela ideologia neoliberalista.
Dentre as problemáticas geradas por essa relação tridimensional, está no fato de que o processo para alcançar a cidadania plena no Brasil se torna mais penosa com doutrina neoliberal, pois a partir dela os indivíduos se tornam anestesiados aos reais problemas do país, deixando de lado a luta pelos direitos políticos, civis e principalmente sociais, pela luta de querer se tornar um consumidor em potencial. Assim, o consumismo gerado pelo sistema neoliberal retira a identidade dos indivíduos fazendo-os se tornarem meros consumidores que mantêm o marcado capitalista e se fecham para as questões sociais a serem enfrentadas.
Portanto, o objetivo específico do trabalho é apresentar como a ideologia neoliberal tem corrompido o sentido do que é ser cidadão. Para efeitos didáticos o trabalho será dividido em seis partes que primeiramente irão traçar alguns momentos históricos da cidadania, neoliberalismo e consumo no Brasil. Também será apresentada a relação histórica entre cidadania e consumo e por fim a relação que se faz problemática entre cidadania, neoliberalismo e consumo. 
O trabalho terá como principal referencia os autores José Murilo de Carvalho (Cidadania no Brasil: o longo caminho), Nestor Garcia Canlclini (Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização) e James Holston (Cidadania insurgente: disjunções de democracia e da modernidade). Além do mais, no tópico cinco, será abordado o ponto de vista de cada autor – baseado em seus textos- sobre o tema central do trabalho: a relação problemática entre cidadania, neoliberalismo e consumismo.
3- CONCEITO DE CIDADANIA CONTEMPORÂNEO E SUA RELATIVIDADE AO LONGO DA HISTÓRIA
A cidadania de acordo com o jurista Dalmo de Abreu Dallari significa conjunto de direitos e deveres que dá uma pessoa à oportunidade de participar da vida e do governo do seu povo. Esse conceito constantemente se renova ao decorrer dos séculos, em conformidade com as transformações sociais, evolução histórica e com a necessidade do povo. 
 	No livro Cidadania no Brasil de José Murilo de Carvalho conta-se que a cidadania recebeu atributo de “gente”, de como a cidadania precisasse de algo para se erguer. Depois do golpe do estado que durou até 1985 e uma nova Constituição Federal que promulgou em 1988, a qual chamou de Constituição Cidadã, havia uma crença que traria direitos igualitários. 
	O direito é ligado instantaneamente à concepção de cidadania, porque é relacionada a quatros tipos de direitos: civis, políticos e sociais
	Os direitos civis garante a vida em sociedade, os direitos políticos tem a ideia do autogoverno, garantindo a participação do individuo no governo com partidos e um parlamento livre e representativo. Os direitos sociais têm como garantia a participação à educação, ao salário justo ao trabalho, à saúde e à aposentadoria. O principal foco do direito social é acabar com a desigualdade que é produzida pelo capitalismo. 
	O sociólogo Marshall estabelece três aspectos ao conceito de cidadania; civil, político e social. Ele utilizou como base para o seu conceito de cidadania, a Inglaterra. Primeiro surgiu os direitos civis, no século XVIII que significa direito à liberdade. Depois os direitos políticos no século XIX que seria o direito de participar no exercício do poder político e por último o direito social que foi alcançado somente no século XX que traria o bem estar social. Desse modo a cidadania seria um direito que só poderia ser concedido àqueles que são membros integrais de uma comunidade, e quem possuem o status são iguais em direitos e obrigações. E além desses direitos serem conquistados na comunidade por ordem cronológica, é também por lógica. 
	Não podemos comparar o modo que os ingleses conquistaram a cidadania com os demais países, pois cada um segue o seu próprio caminho como no Brasil que tem uma maior ênfase nos direitos sociais, que surgiu logo quando suspenderam os direitos políticos e de redução de direitos civis. E logo depois que precederam os outros. 
	Segundo José Murilo de Carvalho, a construção da cidadania tem a ver com a relação das pessoas e com a nação. E de como a sociedade passou a se organizar para garantir os direitos e os privilégios distribuídos pelo estado, pois ocorrem de forma desigual. 
James Hoston em seu livro Cidadania insurgente sugere que as democracias prometem cidadanias mais igualitárias, mas que ocorreriam conflitos entre os cidadãos, por causa da democratização e urbanização do século XX. Que no Brasil teria o tipo de cidadania que as outras nações desenvolveram, 
Uma cidadania que administra as diferenças sócias legalizando-as de maneira que legitimam e reproduzem a desigualdade. A cidadania brasileira se caracteriza, além disso, pela sobrevivência de seu regime de privilégios legalizados e desigualdades legitimadas. (HOSTON, 2013, p.22)
4- RELAÇÃO HISTÓRICA ENTRE CIDADANIA E CONSUMO
A cidadania tem a função de abrigar direitos e deveres civis, políticos e sociais de um indivíduo, o consumidor que também é o individuo, mas aquele que consome, podendo ser aquele que compra ou que demanda bens e serviços proporcionados por um produtor.
Para interligar a cidadania e o consumo, precisamos desconstruir a concepção deste, o consumo não sendo apenas como algo supérfluo e influenciado pelo marketing e sim como um bem necessário para o indivíduo. E a cidadania não como algo exclusivamente de questão política e que os cidadãos votam por obrigação, porque o conceito de cidadania vai, além disso, pois abrange os direitos civis e sociais, como liberdade de expressão e educação.
	Não podemos dizer apenas que o consumidor é aquele que tem poder aquisitivo e nem que o cidadão é aquele que goza de direitos e deveres, mas que todos os consumidores têm direito ao acesso a bens e serviço essenciais.
	A advogada Ana Paula Oriola de Raeffray vê diferenças entre o consumidor e o cidadão, porque o cidadão é aquele titular de direitos civis, políticos e sociais dentro de seu território que adota os preceitos da democracia de origem, desse modo o cidadão pode ser ou não ser consumidor. Entretanto para ser o consumidor tem que preencher as condições previstas no artigo 2°, do Código de Defesa ao Consumidor, 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se ao consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relaçõesde consumo.
Segundo a advogada, o cidadão terá que estabelecer uma relação de utilização do bem ou do serviço de consumo, pois sem essa relação não tem consumidor, ainda que ele seja um cidadão com os plenos direitos. Podemos fazer uma analise da fala da advogada Ana Paula Oriola de Raeffray com o livro Consumidores e Cidadãos de Néstor García Canclini, que cita que nos Estados Unidos, 
Ser cidadão não tem a ver apenas com os direitos reconhecidos pelos aparelhos estatais para os que nasceram em um território, mas também com as praticas sociais e culturais que dão sentido de pertencimento, e fazem com que se sintam diferentes os que possuem uma mesma língua, formas semelhantes de organização e de satisfação das necessidades. (CANCLINI, 1996, p.22)
	Desse modo, ser cidadão e consumidor precisasse de uma conexão, pois os direitos adquiridos para exercer uma cidadania conjugam com os direitos que um consumidor tem com o produto que se adquiriu. 
Pois para se consumir têm direitos e deveres, como o cidadão já tem esses direitos cabe ao consumidor e os produtores terem ao seu lado as leis para se protegerem de eventuais abusos de ambos os lados, a democracia que vivemos faz nos pensar na ideia de que só teremos cidadania e se formos consumidores, todavia o exercício da cidadania pode ser realizado sem o consumo atrelado. 
5- CIDADANIA, NEOLIBERALISMO E CONSUMO.
Em primeiro lugar, será explanado o que são os conceitos de: Cidadania, Neoliberalismo e consumo. Além do mais, será abordado o processo referente a cada conceito e, em seguida far-se-á uma relação entre os três. 
 4-1 CIDADANIA
A ideia de cidadania já percorreu grande trajeto na história, tendo sido preconizada na Grécia, na chamada Polis – Grega. Neste período, o poder não era concentrado, pelo contrário, todas as decisões eram discutidas e votadas entre os cidadãos. No entanto a cidadania não se fazia universal, quando que apenas quem possuía riquezas matérias e terras seria considerado como tal.
Na idade média a cidadania era ainda mais restrita, pois foi um período de domínio do clero, ou seja, da igreja. Portanto, tendo em vista que o poder da igreja era inquestionável e incontestável, era quase impossível que houvesse cidadania. Além do mais, a sociedade feudal era extremamente rígida com relação aos estamentos sociais, sendo assim ela era tinha como principais características a forte hierarquia e extrema desigualdade.
No período denominado Renascimento, foi quando houve a transição do feudalismo para o capitalismo e, junto a isso veio novamente a ideia de cidadania. Nesse período era apenas considerado cidadão aqueles que possuíam direitos referentes à cidade-estado. Tal direito não abrangia a todos, a cidadania era privilégio da elite dominante. Portanto, por mais que o conceito de cidadania tenha emergido novamente, ele ainda era restrito para a classe dominante.
Nos dias atuais, ser cidadão é muito mais do que a definição que Aristóteles deu, dizendo que: “cidadão é aquele que participa dos poderes do Estado”. Hoje, ser cidadão é ser dotado de direitos e deveres, ter reconhecimento na sociedade com igualdade.
É através da cidadania que o indivíduo pode exercer seu papel fundamental no desenvolvimento da sociedade, lutando por melhores garantias individuais e coletivas e por direitos essenciais como: o direito à vida, à liberdade, à propriedade, e à igualdade.
4-1-1 CIDADANIA NO BRASIL
A cidadania no Brasil teve um processo longo e lento para ser garantida e, ainda hoje vivemos num constante processo para que as garantias de um cidadão sejam de fato efetivadas. 
O auge da cidadania no Brasil foi após a ditadura militar em 1985, nesse período a cidadania foi motivo de grande entusiasmo, o povo passou a se reconhecer como cidadão e como diz o autor José Murilo de Carvalho em seu livro “Cidadania no Brasil”: Não se diz mais “o povo que isto ou aquilo”, diz-se “a cidadania quer”.
Nesse interim, surge a Constituição de 1988, que por sua vez foi chamada de Constituição Cidadã. Mediante tanta empolgação, o povo estava anestesiado quanto aos problemas que ainda precisariam ser combatidos. O povo pensou que após garantir novamente o direito de eleger políticos, garantia a eles liberdade de participação, justiça social, etc.
No entanto, problemas como a falta de assistência social, violência, e a grande desigualdade social e econômica, continuaram e continuam reverberando na sociedade brasileira, havendo cada vez mais piora. Portanto é possível visualizar que o direito a liberdades e voto, não significaram o desenvolvimento em outras áreas como a segurança e emprego.
A consolidação das leias trabalhistas (CLT), foi um marco da conquista cidadã no Brasil, pois está foi um mecanismo criado para a proteção contra a violação dos direitos garantidos aos trabalhadores.
Apesar disso, ainda se vive no Brasil um processo penoso para a chegada da cidadania plena, pois se trata de uma cronologia histórica complexa, com forte desigualdade e preconceitos enraizados.
4-2 NEOLIBERALISMO
Em primeiro lugar, será explanado o que são os conceitos de: Cidadania; Neoliberalismo e consumo. Além do mais, será abordado o processo referente a cada conceito e, em seguida far-se-á uma relação entre os três. 
Antecedente ao neoliberalismo tinha-se o liberalismo que se caracteriza por uma doutrina econômica e política do capitalismo, que por sua vez se enfraqueceu após a crise mundial dos anos 30 (crise de 1929). Assim sendo, o liberalismo foi substituído pelo dirigismo econômico de Keynes e, em parte, pelas doutrinas fascistas e nazistas. Durante a Segunda Guerra Mundial, o dirigismo econômico foi reforçado, mas a democracia restabeleceu-se como grande símbolo de luta contra o nazismo. Essa combinação de democracia política liberal e dirigismo estatal na economia tornaram-se responsável, entre os anos 50 e 80, pela afluência das sociedades de consumo e bem-estar social (walfare states). 
Nos anos 80, porém, a crise econômica e os novos parâmetros de produtividade e rentabilidade estabelecidos pela revolução tecnológica colocaram em questão o Estado de bem-estar e as políticas de benefícios social nos Estados Unidos e na Inglaterra. Reagan e Thatcher lideraram a implantação de uma nova política econômica, baseada em conceitos liberais extremados: Estado mínimo, desregulamentação do trabalho, privatizações, funcionamento do mercado sem interferência estatal e cortes nos benefícios sociais: o neoliberalismo.
O Estado, na concepção neoliberal, deve intervir pouco na economia, procurando eliminar barreiras ao comércio internacional, atrair investimentos estrangeiros, privatizar as empresas públicas, a manter o equilíbrio fiscal e controlar a inflação. Para os neoliberais, não é papel do estado petróleo e minérios, administra refinarias e siderúrgicas nem participar de qualquer outro tipo de atividade econômica. Cabe a ele estimular a pesquisa tecnológica para apoiar a iniciativa privada, assegurar a estabilidade econômica e facilitar o livre funcionamento do mercado. A produção de mercadorias é o papel das empresas particulares.
Os direitos trabalhistas e o sistema de proteção social devem ser reduzidos e restringidos, porque, para os neoliberais, eles são os principais responsáveis pelos déficits públicos. Além disso, os gastos das empresas com mão de obra acabam sendo repassados para o preço dos produtos, que perdem competitividade no mercado internacional. Da mesma forma, os gastos do Estado em setores que amparam a sociedade não devem ser muito altos, para não acarretar impostos também elevados sobre as empresas e a sociedade como um todo
4-2-1 NEOLIBERALISMO NO BRASIL	
O neoliberalismo no Brasil começa com o governo de Fernando Collor de Mello e é efetivado de fato no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Após a ditadura militar o Brasil sofreu com o problema de uma alta inflação. Para resolver o problema, Collor propôs que houvesse a abertura do mercado nacional, mudança nas leis trabalhistas e que se privatizassem as empresas estatais. Além domais o país se encontrava atrasado tecnologicamente em relação aos outros países do ocidente.
A fim de abrir o Brasil aos mercados internacionais, o país participou da fundação de alguns blocos econômicos regionais como o MERCOSUL.
Com o fim do governo de Collor – através de um impeachment – o plano não foi efetivado por ele.
Após isso, o presidente Itamar Franco chama o senador Fernando Henrique Cardoso para ser Ministro da Fazenda. Cardoso delinearia o Plano Real que acabou com a inflação no Brasil e estabilizou a economia. Com o sucesso de seu plano, FHC venceu as eleições presidenciais e a partir daí implantou medidas neoliberais no Brasil, como por exemplo: 
· Privatização da telefonia estatal como a Telebrás, Telerj, Telesp, Telemig, etc. e da empresa nacional Embratel;
· Venda dos bancos estaduais como BANERJ, Banestado, Banesp, etc.
· Privatização de empresas como Embraer, Vale do Rio Doce e Companhia Siderúrgica Nacional, entre outras;
· Redução de 20% dos funcionários públicos em nível federal e estadual por meio da aposentadoria antecipada ou demissão;
· Terceirização de trabalhadores e vários serviços do estado;
· Abertura do mercado nacional para empresas estrangeiras.
Desta maneira, o neoliberalismo foi efetivado no Brasil e ainda hoje surtem seus efeitos.
.4-3 CONSUMO 
A ideia de consumismo não teve uma data ou país de surgimento, na realidade, ele sempre existiu. No entanto pode-se dizer que houve períodos em que o consumo teve grande abrangência e força. O primeiro deles pode ser considerado a I Revolução Industrial. Nesse período o homem adquire a capacidade de modificar a natureza, o aumento vertiginoso da produção e por consequência da produtividade barateou os produtos e os processos de produção, com isso milhares de pessoas puderam comprar produtos antes restritos às classes mais ricas.
John Stuart Mill em 1836 foi o primeiro a mencionar um conceito que relaciona o home ao consumo, sendo este o homo economicus. Este termo define o homem como perseguidor de seus próprios interesses, tornando-se “parceiros na troca” comercial, maximizando o seu próprio ganho pessoal.
4-4 RELAÇÕES ENTRE CIDADANIA, NEOLIBERALISMO E CONSUMO.
4-4-1 MUNDO
A relação que existe entre os três termos está no fato de que a doutrina neoliberal cria indivíduos cada vez mais com senso de individualidade e competição, além disso, a sociedade passa a ver a exploração por meio do capital como algo natural.  A sociedade neoliberal no século XXI indica que há um padrão predominante de percepções, pensamentos e comportamentos que devem ser seguidos por todos que desejam ser considerados bons cidadãos e bons trabalhadores.
Assim sendo, a desigualdade começa a se predominar, tendo em vista que na sociedade neoliberal somente aquele possuidor de poder aquisitivo terá relevância, somente o que produz algo e que consome em excesso estará inteirado e inserido de fato na sociedade, caso contrário, o indivíduo é excluído do meio social, perdendo assim, a noção do que é ser cidadão e do que é cidadania.
4-4-2 BRASIL
No Brasil a doutrina neoliberal é marcada principalmente pelo alto grau de desigualdade social. Dessa forma, a ideologia neoliberal divide a sociedade em “dois brasis”, como expõe o autor José Murilo de Carvalho em seu livro “Cidadania no Brasil” ao dar o seguinte exemplo: 
Mas há também sintomas perturbadores oriundos das mudanças trazidas pelo renascimento liberal. Não me refiro à defesa da redução do papel do Estado, mas ao desenvolvimento da cultura do consumo entre a população, inclusive a mais excluída. Exemplo do fenômeno foi à invasão pacífica de um shopping Center de classe média no Rio de Janeiro por um grupo de sem-teto. A invasão teve o mérito de denunciar de maneira dramática os dois brasis, o dos ricos e o dos pobres. Os ricos se misturavam com os turistas estrangeiros, mas estavam a léguas de distância de seus patrícios pobres. Mas ela também revelou a perversidade do consumismo. Os sem-teto reivindicavam o direito de consumir. Não queriam ser cidadãos, mas consumidores. Ou melhor, a cidadania que reivindicavam era a do direito ao consumo, era a cidadania pregada pelos novos liberais. Se o direito de comprar um telefone celular, um tênis, um relógio da moda consegue silenciar ou prevenir entre os excluídos à militância política, o tradicional direito político, as perspectivas de avanço democrático se vêm diminuídas. (Murilo de Carvalho, p 228)
Portanto, conforme a nossa sociedade foi criando padrões de comportamento que demonstram o quão bem-sucedido um indivíduo é — padrões esses reforçados pela mídia —, pessoas de todas as classes sociais passaram a ter vontades semelhantes em relação aos “sonhos de consumo”.
Agora não se tem mais indivíduos que lutam para garantir seu direito como cidadão, mas têm-se indivíduos que buscam satisfazer seus desejos de consumo para assim estarem a par da sociedade neoliberal. Se antes ser cidadão era costumeiramente reduzido ao individuo dotado de direitos e deveres, hoje, ser cidadão é ser consumidor, é ter os mesmos desejos e ambições que a doutrina liberal prega, é portanto, ser levado pela massa.
Mediante a isso, a perversidade do consumismo é evidenciada, ela não se preocupa com o bem-estar do indivíduo, pelo contrário, ela está interessada em fazer com ele reivindique pelo direito de consumir, deixando-os indiferentes em relação aos direitos políticos e sociais que se encontram defasados no país e precisam de uma reforma para que o problema da cidadania enraizado seja desfeito e efetivamente solucionado.
Porém, com a nova cidadania pregada pelos liberais/neoliberais as perspectivas de avanço democrático são minimizadas e diminuídas. Como dito por José Murilo de Carvalho:
A cultura do consumo dificulta o desatamento do nó que torna tão lenta a marcha da cidadania entre nós, qual seja a incapacidade do sistema representativo de produzir resultados que impliquem a redução da desigualdade e o fim da divisão dos brasileiros em castas separadas pela educação, pela renda, pela cor. (p 228, 229).
Também é consequência dessa relação problemática a falta de identidade, que de maneira muito clara foi exposta pelo autor Néstor García Canclini em “Consumidores do século XXI, cidadãos do XVII”, trás graves problemas para a sociedade: 
Vamos nos afastando da época em que as identidades se definiam por essência a-historia: atualmente configuram-se no consumo, dependem daquilo que se possui, ou daquilo que se pode chegar a possuir. As transformações constantes nas tecnologias de produção, no desenho de objetos, na comunicação mais extensiva ou intensiva entre sociedades – e do que isto gera na ampliação de desejos e expectativas- tornam instáveis as identidades fixadas em repertórios de bens exclusivos de uma comunidade étnica ou nacional. Essa versão política de estar contente com o que se tem que foi o nacionalismo dos anos sessenta e setenta, é visto hoje como último esforço das elites desenvolvimentistas, das classes médias e de alguns movimentos populares para conter dentro das vacilantes fronteiras nacionais a explosão globalizada das identidades e dos bens de consumo que as diferenciavam. (p 15).
Além disso, o autor ressalta que no Brasil se perdeu o nacionalismo de se consumir o que é nosso, pois agora tudo o que vem de fora é melhor:
Agora o que se produz no mundo esta aqui e é difícil saber o que é o próprio. A internacionalização foi uma abertura das fronteiras geográficas de cada sociedade para incorporar bens materiais e simbólicos das outras. A globalização supõe uma internacionalização funcional de atividades econômicas e culturais dispersas, bens e serviços gerados por um sistema com muitos centros, no qual é mais importante a velocidade com que se percorre o mundo do que as posições geográficas a partir das quais se está agindo. (p 17).
Portanto, no atual status quo, as sociedades se organizam para nos fazer consumidores em massa, não se preocupando mais com os direitos civis, políticos ou sociais. No século XXI têm-se consumidores em grandequantidade e cidadãos que pouco têm lutado para que a plena cidadania e democracia seja de fato estabelecida.
6- PONTO DE VISTA DOS AUTORES
· Néstor Garcia Canlclini: Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. 
Consumidores e Cidadãos apresenta como as mudanças na maneira de consumir alteram o exercício da cidadania, percebendo que muitas das perguntas dos cidadãos são respondidas mais pelo consumo de bens e dos meios de comunicação de massa do que pela participação coletiva em espaços públicos. 
Néstor Canclini aponta para a importância das práticas de consumo para os aspectos comunicacionais do direito à cidadania, demonstrando como o consumo não é um ato “irracional”, um gasto desnecessário e inútil, mas um espaço onde se organiza parte da racionalidade econômica, política e psicológica social. Quando selecionamos os bens e nos apropriamos deles definimos o que consideramos publicamente valioso, assim como nos integramos e nos distinguimos na sociedade. Assim, os meios eletrônicos irrompem as massas populares na esfera pública e deslocaram o desempenho da cidadania em direção às práticas de consumo.
O autor acredita que agora as decisões são tomadas com base no consumo, não levando mais em conta o bem-estar coletivo da sociedade. Para isso o autor explica:
...as decisões políticas e econômicas são tomas em função das seduções imediatistas do consumo, o livre comércio sem memória dos seus erros, a importação afobada dos últimos modelos que nos faz cair, uma e outra vez, como se cada uma fosse à primeira, no endividamento e na crise da balança de pagamentos. (CANCLINI, 1996, p 18)
Além disso, para expor que o neoliberalismo na verdade não se preocupa com o indivíduo e com as questões sociais, mas sim com sua estabilidade, ele expõe:
A maneira neoliberal de fazer a globalização consiste em reduzir empregos para reduzir custos, competindo entre empresas transnacionais, cuja direção se faz desde um ponto desconhecido, de modo que os interesses sindicais e nacionais quase não podem ser exercidos. A consequência de tudo isto é que mais de 40% da população latino-americana se encontra privada de trabalho estável e de condições mínimas de segurança. (CANCLINI, 1996, p 18).
· José Murilo de Carvalho: Cidadania no Brasil: o longo caminho.
O autor segue a linha de Thomas Humphrey Marshall e a partir disso ele separa a cidadania em três partes, sendo elas aos direitos sociais, políticos e civis.
Para Carvalho, se o ideal de cidadania plena é semelhante ao da tradição ocidental, os caminhos são distintos e nem sempre seguem linha reta (como pretende Marshall). Pode haver desvio e retrocessos. No caso do Brasil, o autor destaca duas diferenças importantes. "A primeira refere-se à maior ênfase em um dos direitos, o social, em relação aos outros. A Segunda refere-se à alteração na sequência em que os direitos foram adquiridos: entre nós o social precedeu os outros" (p. 12).
Outro aspecto destacado por Carvalho é que a cidadania se desenvolveu dentro do fenômeno a que chamamos de Estado-nação, datado da Revolução Francesa. A luta pelos direitos era uma luta política nacional. “Isto quer dizer que a construção da cidadania tem a ver com a relação das pessoas com o Estado e com a nação”. Segundo Carvalho, a redução do poder do Estado, fruto da aceleração da internacionalização do sistema capitalista e da criação dos blocos econômicos, afeta a natureza dos antigos direitos, sobretudo dos direitos políticos e sociais. “Desse modo, as mudanças recentes têm recolocado em pauta o debate sobre o problema da cidadania, mesmo nos países em que ele parecia estar razoavelmente”.
Para o autor, os direitos sociais chegaram primeiro ao Brasil e isso teria reforçado no povo brasileiro certa supremacia do Estado, pois nos tornamos cada vez mais dependentes dele. Para a resolução de tal fato, o autor propõe que “a sociedade se organize para dar embasamento social ao político, isto é, para democratizar o poder”. Para isso o autor diz:
Diante dessas mudanças, países como o Brasil se vêm frente a uma ironia. Tendo corrido atrás de uma noção e uma prática de cidadania gerada no Ocidente, e tendo conseguido alguns êxitos em sua busca, veem-se diante de um cenário internacional que desafia essa noção e essa prática. Gera-se um sentimento de perplexidade e frustração. A pergunta a se fazer, então, é como enfrentar o novo desafio. As mudanças ainda não atingiram o país com a força verificada na Europa e, sobretudo, nos Estados Unidos. Não seria sensato reduzir o tradicional papel do Estado da maneira radical proposta pelo liberalismo redivivo. Primeiro, por causa da longa tradição de estatismo, difícil de reverter de um dia para outro. Depois, pelo fato de que há ainda entre nós muito espaço para o aperfeiçoamento dos mecanismos institucionais de representação. Mas alguns aspectos das mudanças seriam benéficos. O principal é a ênfase na organização da sociedade. A inversão da sequência dos direitos reforçou entre nós a supremacia do Estado. Se há algo importante a fazer em termos de consolidação democrática, é reforçar a organização da sociedade para dar embasamento social ao político, isto é, para democratizar o poder. A organização da sociedade não precisa e não deve ser feita contra o Estado em si. Ela deve ser feita contra o Estado dientelista, corporativo, colonizado. (p.226,227).
· James Holston: Cidadania insurgente
A obra de James Holston analisa a distribuição substantiva da cidadania brasileira, a partir do período do Brasil colonial, gerando uma cidadania diferenciada no país ao longo de séculos, excluindo a maioria da população de direitos políticos, e que levou à insurgência de uma nova forma de cidadania contemporânea, a partir da luta pelo direito à cidade.
 O livro começa com uma indagação que não é propriamente original: o que torna nossa cidadania singular? A resposta começa a ser esboçada pela comparação com as formulações da cidadania francesa e estadunidense, experiências que teriam em comum a presença de um "ideal radical de igualdade" (p. 95) - que toma a identificação de um indivíduo como membro pleno do Estado-Nação como medida que garante a igualdade de tratamento - dando sentido aos seus processos históricos de distribuição de direitos (capítulos 2 e 3). Não é o nosso caso. No Brasil opera uma cidadania diferenciada na qual a incorporação dos indivíduos ao Estado-Nação não implica na igualdade legal entre os cidadãos. Nossa formulação da cidadania toma o status atribuído a categorias sociais específicas como medida para o reconhecimento de direitos e a observância de diferenças sociais da ordem de gênero, raça, ocupação, propriedade, renda e educação, que são critérios utilizados para sua distribuição seletiva entre cidadãos de diferentes tipos. A cidadania, no nosso caso, não equipara cidadãos, antes disso, é uma medida "para diferenciar e uma forma de distanciar as pessoas umas das outras" (p. 23).
...num sistema de direitos de cidadania assim baseado na imunidade de alguns e na incapacidade de outros, os direitos se tornam relações de privilégio que atuam sem a obrigatoriedade do dever para com aqueles que não têm o poder de impor suas reivindicações (HOSTON, 2013, p. 333).
7- CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos apresentados, é possível dizer que no status quo em que se vive no século XXI a cidadania tem sido corrompida pela ideologia neoliberalista, que se torna um problema para o cidadão e para a sociedade/indivíduo. O neoliberalismo prega algo que relata a vida consumista. Sendo assim, criam-se indivíduos que não lutam por direitos políticos, civis e sociais, mas sim indivíduos que lutam pelo direito de consumir. Retrata a ideia de se fazer aparecer pelo que se possui ou aparenta ter. Portanto, dentro da ótica neoliberalista, observa-se a instrumentalização do indivíduo como sendo mais uma peça da engrenagem do mercado consumidor.
8- REFERÊNCIAS 
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