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OSSEOINTEGRAÇÃO

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Ósseo-integração 
Introdução: 
É definida como uma união anatômica e funcional direta entre o osso 
vivo e remodelado e a superfície do implante. 
Histórico da ósseo-integração (anos 60-70): 
O implante endo-ósseo foi resultado de uma filosofia que evoluiu no 
decorrer dos anos. Os resultados iniciados por Branemark marcaram 
influência monstruosa. Davarpanah (2013) 
PER-INOVAR BRANEMARK (1929): Médico ortopedista sueco que iniciou 
estudos à frente de um grupo de pesquisadores da Universidade de 
Gotemburgo. Na época (1965), Brånemark estava interessado por 
pesquisa e protocolos de procedimentos cirúrgicos que resolvessem 
deficiências físico-funcionais de seres humanos. 
Branemark não estava interessado em reabilitações orais. 
No início Brånemark investigava a microcirculação sanguínea em tíbias 
de coelho com ajuda de uma câmara de observação em titânio, quando 
percebeu que o metal e o osso se integravam perfeitamente, sem 
haver rejeição. Com base nesta observação, desenvolveu cilindros 
personalizados. 
Um primeiro protocolo clínico foi desenvolvido em animal; 
Cães parcialmente desdentados foram reabilitados com próteses 
implanto-suportadas; 
Os implantes foram instalados no osso respeitando um período de 
cicatrização de 3 a 4 meses. 
Estudos experimentais foram realizados em cachorros sendo 
observada a estabilidade de próteses sobre os implantes; 
A implantação de implantes na Tíbia de coelhos e cães; tornando-se 
mais tarde uma base segura, modificada e otimizada para receber 
próteses fixas de longa duração em maxila e mandíbula para aplicação 
humana. 
Porque o Titânio? 
 Metal muito leve. 
 Seu módulo de elasticidade é o mais próximo do osso. 
 Muito resistente à corrosão, excedendo ao aço inoxidável. 
 É usinável e Sólido em Temperatura ambiente. 
 Dureza e Alta tolerância a determinados ácidos 
 Resistência ao desgaste, à fratura. 
 Mesma força do aço / com a metade do peso 
IMPORTANTE: Considera-se que um implante está ósseo-
integrado quando não há movimento entre este e o osso, com o qual 
existe um contato direto e quando se verifica a inexistência de 
interposição de tecido fibroso entre as duas estruturas (Mavrogenis 
et al, 2009; Carneiro-Campos et al, 2010). 
Ósseo-integração: 
 
 
 
 
Estas células, ao serem ativadas, libertam citocinas e fatores de 
crescimento e de diferenciação que promovem a ósseo-condução, 
baseada no recrutamento e migração de células osteogénicas 
(Mavrogenis et al, 2009). 
Após a ativação das plaquetas, os neutrófilos e monócitos/macrófagos 
invadem o coágulo sanguíneo e iniciam a sua substituição por tecido de 
granulação, ao mesmo tempo que funcionam como mediadores da 
angiogénese (Sakka & Coulthard, 2009). 
A matriz de fibrina atua, então, como um suporte para a ósseo-
condução e também para a diferenciação das células 
osteogénicas/osteoindução. 
Assim, no dia 1, forma-se uma matriz não colagenosa sobre a 
superfície do implante, com uma espessura de 0.5mm, que regula a 
adesão celular. Esta matriz é rica em cálcio, fosfato, fósforo, 
osteopontina e sialoproteina (Junker et al, 2009; Mavrogenis et al, 
2009). 
Neste local, as células mesenquimatosas indiferenciadas proliferam e 
diferenciam-se em osteoblastos, originando tecido osteóide e osso 
imaturo que, posteriormente, se remodela em osso lamelar (Schenk & 
Buser, 1998; Junkeret al, 2009; Mavrogenis et al, 2009; Lavenus et 
al, 2010). 
 
 
 
 
Layara Aquino 
A ósseo-integração inicia-se com a colocação 
do implante. 
Seguidamente, ocorre uma interação entre a 
superfície deste e componentes sanguíneos, 
entre os quais eritrócitos, células inflamatórias 
e plaquetas. (Mavrogenis et al, 2009). 
 
 
A formação de osso imaturo ou primário tem 
como função restaurar a continuidade entre o 
osso e o implante, sendo evidente 5/7 dias 
após a sua colocação. 
Este osso caracteriza-se pela orientação 
aleatória das fibras de colágeno, pela pouca 
resistência mecânica, 
Resistência mecânica, pela presença de numerosos e irregulares 
osteócitos e pela pouca densidade mineral (durante 4-6 semanas após 
a cirurgia). 
É possível observar fibras de colágeno em camadas paralelas e 
organizadas, o que conduz a uma maior resistência do osso. Nesta fase 
de remodelação, que continua durante o resto da vida, verifica-se 
reabsorção realizada pelos osteoclastos, seguida de aposição óssea 
pelos osteoblastos (Chang et al, 2010). 
Este fenómeno melhora a qualidade óssea, ao substituir o tecido 
necrótico e o osso inicialmente formado por osso lamelar. Ao fim de 
8/12 semanas, observa-se osso maduro ou lamelar em contato com a 
superfície do implante (Chang et al, 2010). 
 
 
 
 
O insucesso do implante se dá a presença de tecido conjuntivo entre 
o tecido ósseo e a superfície do implante. 
 
 
 
Após a perdida, a ósseo-integração não é mais reconstruída. O tecido 
conjuntivo pode se tornar organizado até um certo grau, mas não é 
um tecido apropriado para ancoragem, o que favorece a criação de 
um local menos resistente. 
Fatores que determinam a osteointegração 
Um dos fatores determinantes no sucesso da osteointegração é a 
rápida união do osso com a superfície do implante, evitando, assim, a 
formação de espaços com fluídos em redor do implante, que 
aumentaria o risco de infeção e insucesso (Colombo et al, 2012). 
IMPORTANTE: Os altos níveis de sucesso estão ligados a união 
estrutural direta e funcional entre osso e o implante que, nos dias de 
hoje, ultrapassam os 90% na maioria dos trabalhos. 
A falta de íntimo contato entre implante e osso pode propiciar a 
proliferação de tecido mole, gerando fibro-integração. 
Deste modo, inúmeros fatores foram observados para o sucesso da 
cirurgia, como a minimização dos danos aos tecidos adjacentes por 
trauma térmico, cirúrgico e ainda contaminante. 
De acordo com Albrektsson e os seus colaboradores (1981), os seis 
fatores determinantes para a osteointegração são: 
 Biocompatibilidade do material do implante, 
 Geometria, 
 Caraterísticas de superfície, 
 Tipo de osso, 
 Técnica cirúrgica e 
 Condições de carga 
Vários estudos têm demonstrado que as caraterísticas do implante 
influenciam diretamente a adesão, a diferenciação e a proliferação 
celulares, afetando, consequentemente, a estabilidade primária do 
implante e a ósseo-integração (Le Guehennec et al, 2008; Abuhussein 
et al, 2010; Gittens et al, 2011; Zareidoost et al, 2012). 
É importante a comprovação da ósseo-integração, por meio de 
radiografias, batida com espelho, ou lâminas histológicas (apesar de 
serem inviáveis). 
Princípios: Protocolo de Branemark 
Além de manter um íntimo contato com o osso, no período de 
cicatrização. 
O trauma deve ser evitado sobre o osso, de maneira a não interferir 
com a recuperação. 
Não deverá incidir sobre o implante nenhuma carga durante o período. 
Devem permanecer sepultados no osso durante um período de 4 a 
6 meses, servindo como tempo de reparo para o tecido ósseo. 
(Mandíbula 2 a 4 meses, maxila 4 a 6 meses) 
O sepultamento serviria para que ocorresse a ósseo-integração de 
forma efetiva. 
A instalação dos implantes foi dividida em duas etapas: No primeiro 
estágio, os implantes são inseridos no osso, sendo de fundamental 
importância o controle do calor abaixo de 43ºC com rotação de até 
2000 RPM por minuto. 
 
No segundo estágio os implantes são expostos e preparados para 
receber cargas provenientes das próteses colocadas sobre eles. 
 
Implantodontia estágio único ou imediato: No início, os 
implantes eram utilizados para reabilitação de áreas edêntulas e 
somente eram instalados entre 2 e 6 meses após a extração dos 
dentes, devendo ficar livres de carga por um período de 6 a 12 meses. 
Período pós-branemark (após 1978): Europa e 
América do Norte 
Titânio, Ligas de Titânio e Hidroxiapatita 
Particularidades: ELABORAÇÃO DO CONCEITO DE CARGA IMEDIATA 
Implantodontia 
dois estágios 
(Branemark)
Implantodonti
a estágio 
único
Implantodontia 
carga imediataAo fim do período de cicatrização, o tecido 
ósseo vivo está em contato íntimo com a 
superfície do implante. 
Remodelação do tecido ósseo na região de 
roscas, em resposta ao estímulo mastigatório. 
 
Nos casos de insucesso dos implantes, ocorre 
uma pseudo-atrose na região de roscas do 
implante. Essa formação pode ser oriunda de 
um trauma excessivo durante a cirurgia, 
infecção, carca prematura ou sobrecarga, 
mesmo muitos anos após a instalação da 
prótese.

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