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Teorias de Aprendizagem e Tendências Pedagógicas no Contexto Educativo

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• Empirismo: “leis universais que determi-
nam o comportamento dos fenômenos”. 
O conhecimento é uma cópia de algo que 
já existe. Considera que o indivíduo é uma 
“tábula rasa”, sendo que o conhecimento 
o preencheria. O ato de conhecer dá-se de 
fora para dentro, “uma cópia mental da 
realidade”, por meio de experiências, ver-
balizações ou recursos e materiais audio-
visuais; 
• Apriorismo ou Inatismo: “primado do su-
jeito”. Somente a razão é capaz de desco-
brir leis gerais da natureza. O indivíduo, ao 
nascer, já teria toda a predisposição ne-
cessária para que o conhecimento sur-
gisse, sendo este um fruto de uma pré-
formação endógena (“herança gené-
tica”); 
• Construtivismo ou Interacionismo: é uma 
resolução do dualismo anterior. Defende 
a interação entre sujeito-objeto, sendo o 
conhecimento uma construção contí-
nua. Nesta corrente, “o conhecimento 
não é transmitido ou adquirido, como uma 
mercadoria”, pois provêm de “uma histó-
ria de conhecimento”.
• Pedagogia diretiva (S ← O): empirista. Co-
nhecimento é transmitido do professor 
ao aluno, sendo o professor o centro do 
processo de aprendizagem. O aluno, ao 
nascer, é uma “tábula rasa”, uma folha 
em branco, a ser preenchida pelo profes-
sor. O aluno deve ter uma postura passiva, 
como apenas receptor do conhecimento. 
A principal estratégia do professor, nesse 
modelo, é a utilização de aulas expositi-
vas, a fim de que levem o aluno a co-
piar/memorizar/repetir um conteúdo 
pré-existente. A organização pedagógica 
é vertical → de cima (ministério da educa-
ção) para baixo (escolas/professores). 
Assim, este modelo acaba criando, em úl-
tima instância, um aluno com pensa-
mento acrítico, com características 
apreciadas pelo mercado de trabalho 
(servo); 
• Pedagogia Não-Diretiva (S → O): aprio-
rista/inatista. Em extremo oposto à dire-
tiva, defende o conhecimento como algo 
inato, que o aluno já possui ao nascer e que 
só é necessário trazê-lo à consciência. 
“Ninguém ensina ninguém”. O professor 
é apenas um facilitador do processo, de-
vendo interferir o mínimo possível. É, na 
realidade, um modelo impossível, em que 
ensino e aprendizagem não são inter-
cambiados, mas há, sim, uma aprendiza-
gem autossuficiente. Neste modelo, os 
professores seriam “sucateados”, deixa-
dos de lado. Dessa forma, se o aluno fra-
cassar, a culpa e a responsabilidade se-
riam, inteiramente, dele. Além disso, o 
sucesso individual gera, muitas vezes, re-
compensas ao estudante, incentivando 
ainda mais o individualismo; 
• Pedagogia Relacional (S ⇋ O): interacio-
nista ou construtivista. O conhecimento 
é, nesta vertente, fruto da construção do 
sujeito (individual ou coletiva), por meio de 
uma ação sobre objeto, compreendendo-
o e modificando-o. “Professor e aluno 
aprendem e ensinam mutuamente”. O 
professor deixa de ser mero transmissor 
para ser mediador entre aluno e conheci-
mento, auxiliando o aluno a equilibrar, 
acomodar e refletir-agir sobre seus co-
nhecimentos. A proposta é criar um es-
paço para que o conhecimento seja cons-
truído em conjunto. Piaget, um dos 
 
principais teóricos que influenciaram a Pe-
dagogia Relacional, defende que não há 
determinismo hereditário no quesito co-
nhecimento. Rejeita, também, que a sim-
ples pressão do meio sobre o sujeito cria-
ria alguma espécie de conhecimento ver-
dadeiro. Segundo Piaget, o conhecimento 
possui duas dimensões: conteúdo e a 
forma/estrutura (processo – capacidade 
lógica do aluno). Ademais, Piaget co-
menta que, para que o conhecimento seja 
adquirido, é necessário que haja conscien-
tização/tomada de consciência sobre as 
reflexões propostas entre passado, pre-
sente e futuro.

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