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Aula (1) Organização de Campeonatos e Eventos Esportivos

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ORGANIZAÇÃO DE CAMPEONATOS E EEVENTOS ESPORTIVOS – AULA 1 
O QUE É UM EVENTO? 
Evento é um acontecimento previamente planejado, com objetivos claramente definidos, 
e tem um perfil marcante: esportivo, social, cultural, filantrópico, religioso, entre outros. 
Sua realização obedece a um planejamento e costuma ter como um de seus objetivos a interação entre seus participantes, público, personalidade e entidades (POIT, 2013, p.19).
ORIGEM
A origem exata dos primeiros eventos é incerta. Acredita-se que eles começaram há milhares de anos, quando os povos ainda não civilizados se reuniam para comemorar os bons tempos de caça ou mesmo quando realizavam competições que tinham como objetivo identificar os mais fortes e habilidosos ao mesmo tempo que já entretinham o restante do grupo.
Muitas vezes, esses povos se preparavam durante várias semanas para essas comemorações pintando seus rostos e ensaiando cânticos que eram apresentados em sequência e com alguém da tribo conduzindo o cerimonial que, via de regra, sempre continha muita comida, música e disputas.
Mesmo em um cenário tão primitivo como este, é fácil identificar um evento. 
· Há um planejamento prévio, com as tribos preparando a comida e ensaiando os cantos;
· existe um motivo principal (comemorar a fartura da caça); há as disputas esportivas (lutas para ver o mais forte); 
· além da participação praticamente completa da tribo (público), com grande entretenimento. 
Quando as tribos acendiam a fogueira, as comemorações começavam. Essa simbologia ainda permanece, pois, nos Jogos Olímpicos, quando do seu início, acende-se a pira olímpica.
Já faz um bom tempo que os eventos esportivos deixaram de ser organizados por amadores para se tornar uma área para profissionais qualificados. 
Atualmente, os eventos esportivos movimentam milhões de dólares em suas edições, e as principais capitais mundiais disputam o privilégio de sediar uma Olimpíada ou Copa do Mundo. 
Mas por que tanto interesse em receber o evento?
Quando falamos sobre Jogos Olímpicos ou Copa do Mundo, temos diversas justificativas tais como: 
· a melhora das estruturas – instalações desportivas, malha viária, reformas em aeroportos, metrôs e transporte urbano. 
· A Vila Olímpica – construída como dormitório, tem seus imóveis vendidos com condições especiais em um programa de moradia do governo federal. 
Além disso, temos: 
· A criação de novos empregos, 
· grandes benefícios para o setor de turismo, devido ao grande número de turistas que comparecem aos eventos e gastam em diversos setores, como, por exemplo, em hotelaria, bares, restaurantes, compras, entre outros.
Apesar de todos esses motivos, ainda existe uma controvérsia sobre o real benefício que tais eventos podem trazer para as suas cidades-sedes. 
Apesar da possibilidade de eles serem responsáveis por trazer retorno econômico, podem também prejudicar muito as finanças do país-sede. 
Se, por um lado, temos exemplos positivos sobre legado esportivo e a transformação da cidade, por outro temos cidades que não conseguiram realizar uma política para que o evento esportivo servisse como ponto de partida para uma transformação por meio do esporte.
Temos como exemplo negativo a Grécia. 
O país sediou os Jogos Olímpicos de 2004 e teve um grande prejuízo financeiro, além do abandono das instalações olímpicas após o seu término. 
Exemplos bem-sucedidos: 
· Jogos Olímpicos realizados em Los Angeles (1984), 
· Atlanta (1996), e, 
· Barcelona (1992). 
EUA e Espanha conseguiram ganhos econômicos com a realização do evento e, especialmente em Barcelona, ocorreu um dos melhores exemplos de legado esportivo. 
No caso da Copa do Mundo, pode-se citar como exemplos positivos e de sucesso a Alemanha em 2006 e novamente os EUA em 1994.
Independentemente da discussão sobre o legado, esses eventos tiveram o envolvimento direto de milhares de pessoas entre: participantes, voluntários, técnicos e público presente, além de serem vistos por milhões de pessoas ao redor do planeta devido às transmissões de TV.
Segundo o relatório oficial elaborado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016 contaram com a maior audiência da história, levando em consideração a cobertura de TV vista nas plataformas digitais e televisivas, além do engajamento nas redes sociais. 
Conforme o relatório, metade da população mundial assistiu à cobertura da Olimpíada do Rio 2016, atingindo uma audiência de 3,5 bilhões de pessoas.
Mas qual a importância de tamanha audiência de um evento?
Quanto mais público e audiência tem o evento, maior é o seu valor para o mercado. 
Temos inúmeros exemplos seguindo esta lógica.
· A final do campeonato de futebol americano de 2018, que leva o nome de Super Bowl, foi transmitida ao vivo para 130 países. 
· Na decisão do Super Bowl de 2019, quase 100 milhões assistiram a final nos EUA, e um comercial de 30 segundos custou US$ 5,2 milhões (R$ 19 milhões de reais).
Muitas companhias multinacionais com abrangência global, como as grandes empresas de automóveis, cartões de crédito, refrigerantes, entre outras, incluem como estratégias de divulgação de serviços ou produtos em nível mundial o lançamento de suas campanhas publicitárias no intervalo do Super Bowl.
Mas o que há em comum em todos esses segmentos? 
Em todas as situações, temos claramente o conceito de evento: um acontecimento previamente planejado, com objetivos claramente definidos, tem um perfil marcante e a interação entre seus participantes, público, personalidade e entidades. 
Depois de definido o que é um evento, pode-se constatar que existem poucas diferenças conceituais entre a comemoração que as tribos faziam para celebrar as temporadas de caça em comparação com uma Copa do Mundo, pois, guardadas as proporções, em ambas as situações temos planejamento, objetivos definidos, perfil marcante e inteiração de seus participantes. 
A diferença básica é que no evento tribal ainda não existiam conceitos de administração e marketing. 
Além do conceito já abordado anteriormente, acredita-se que, provavelmente, a origem do evento tenha vindo da necessidade dos homens em viver em grupo e, assim, congregar as pessoas, compartilhar as emoções, homenagear os feitos históricos, entre outros motivos.
O limite do evento é até onde vai a imaginação, atrelada a um bom plano, orçamento e uma meta bem definida. 
É preciso que o futuro organizador de eventos esteja com aquela inquietação necessária de não se conformar com sua rotina de trabalho sem que haja o seguinte questionamento de forma cíclica em sua mente: 
“Onde cabe um campeonato ou evento esportivo aqui?” 
Ao descobrir a resposta desta pergunta, é preciso ter em mente algumas diretrizes. 
Em primeiro lugar, a gestão de eventos surgiu como uma nova profissão que abrange uma série de atividades consideradas, anteriormente, como áreas distintas. 
Num segundo ponto, os ambientes em que os eventos são realizados, assim como as expectativas dos participantes, se tornaram muito mais complexos, o que aumenta a necessidade de gerenciar riscos. 
Por último, cresceu muito o envolvimento das empresas e governos com interesses diretos na realização destes eventos, e, com isso, o incremento da necessidade de medir o retorno deste investimento (ALLEN et al., 2008).
Um conceito claro que deve ser observado é que se deve buscar a satisfação de todos dentro de um evento.
Quando falamos de um campeonato esportivo, temos vários stakeholders (pessoas que possuem algum tipo de interesse nos processos e resultados - parceiros): 
· Atletas, 
· diversas equipes de trabalho (arbitragem, segurança, staff),
· voluntários, 
· público, 
· patrocinadores, entre outros. 
A tarefa do organizador é elaborar um planejamento que atenda à necessidade de todos os envolvidos.
É necessário que o gerente de eventos obtenha capacitação contínua, sempre aproveitando para realizar cursos de gestão e, principalmente, se envolvendo de forma prática na realização de eventos diversos. 
Em seu trabalho, Allen et al. (2008) citam uma pesquisafeita com 105 gerentes para identificar o conhecimento exigido desses profissionais. 
Eles descobriram sete atributos que eram citados com frequência: 
· a visão foi apontada como o mais importante, seguida pela
· liderança, 
· adaptação, 
· habilidades em organização, 
· comunicação, 
· marketing, e, 
· gestão de pessoas.
Ciente de que tais competências são importantes para o gerente de eventos, podemos focar nossos esforços em aprimorá-las cada vez mais para que nossos eventos sejam memoráveis e consigam atingir os objetivos propostos em sua realização.

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